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  • Jeová supre todas as minhas necessidades
    A Sentinela — 1988 | 1.° de novembro
    • Sociedade Torre de Vigia (EUA), o irmão Rutherford, e o congresso no Campo de Esportes de Sídnei. Nesse congresso fez-se uma convocação de pioneiros dispostos a servir na Birmânia, Malaia, Sião (agora Tailândia) e Java (agora Indonésia). Hector Oates, Fred Paton e eu recebemos com prazer a designação para servir na Birmânia.

      Eu nunca havia saído da Austrália. Contudo, dentro de dois meses eu estava num navio junto com outros pioneiros rumo à nossa designação. Aportamos em Cingapura em 22 de junho de 1938 e fomos recebidos no cais por Bill Hunter, que já trabalhava de pioneiro ali. Quão estranho e interessante tudo nos parecia, ao observarmos as roupas e os costumes do povo local e ouvirmos línguas que não entendíamos!

      O irmão Hunter entregou-me um telegrama da Austrália, que mudava a minha designação da Birmânia para a Malaia. Fred Paton e Hector Oates deveriam prosseguir rumo à Birmânia, sem mim. Fiquei contente em saber que eu trabalharia junto com dois missionários experientes, Kurt Gruber e Willy Unglaube. Eles eram da Alemanha, mas já serviam na Malaia há algum tempo.

      Depois de três meses na Malaia, fui designado para a Tailândia. Willy Unglaube me acompanharia, junto com Frank Dewar, que já havia trabalhado como missionário ali. Chegamos de trem em setembro de 1938, arranjamos uma hospedagem temporária e iniciamos a obra de testemunho. O povo tai era bondoso e paciente enquanto lutávamos para aprender o seu expressivo idioma.

      Estimulante Congresso em Rangum

      Foi de Bancoque, na Tailândia, que empreendemos aquela penosa viagem a Rangum, na Birmânia, descrita antes. Era a primeira vez que se realizava um congresso na Birmânia, e o belo auditório da Prefeitura Municipal ficou superlotado com mais de mil pessoas para o discurso público. Foi necessário fechar as portas, pois não havia mais lugar. Havia apenas um punhado de Testemunhas na Birmânia e nos países vizinhos, assim, a maioria das pessoas que compareceram para ouvir o discurso vieram em resultado de milhares de convites distribuídos antes do congresso.

      Para nós que viéramos de designações missionárias isoladas, o congresso foi realmente um tônico espiritual. Mas, terminado o congresso, voltamos à Tailândia — desta vez, porém, por uma rota mais fácil, que não exigia cruzar a selva a pé.

      A Guerra e a Invasão Japonesa

      As nuvens de tormenta da guerra moviam-se agora ominosamente em direção ao sudeste da Ásia. Quando os exércitos japoneses entraram na Tailândia, impôs-se uma proscrição contra a obra das Testemunhas de Jeová. Todos os britânicos, americanos e holandeses foram confinados a um campo de prisioneiros até o fim da guerra. George Powell, um pioneiro que se mudara de Cingapura para juntar-se a nós em Bancoque, foi preso junto comigo. Passamos três anos e oito meses no campo.

      Durante o nosso confinamento foi impossível recebermos qualquer nova publicação ou comunicado da Sociedade. Mas, sentimos o cumprimento da promessa do salmista: “Jeová sustenta a todos os que estão caindo e ergue a todos os encurvados.” — Salmo 145:14.

      De Volta à Austrália

      Com o fim da guerra, em 1945, voltei à Austrália. Com boa alimentação e melhores condições de vida, recuperei a saúde e pude reiniciar o serviço de pioneiro. Daí, em 1952, fui designado para o serviço itinerante como superintendente de circuito, e usufruí esse privilégio nos 22 anos seguintes. Em 1957 casei-me com Isabell, que era pioneira há 11 anos, e continuamos no serviço de circuito como marido e esposa.

      Problemas de saúde passaram a tornar difícil viajar constantemente, de modo que, em 1974, estabelecemo-nos em Melbourne para trabalhar de pioneiro. Ainda sirvo de vez em quando como superintendente de circuito substituto e, recentemente, tive o privilégio de ser co-instrutor numa das turmas da escola de pioneiro. Em todo esse trabalho minha esposa tem-me dado apoio constante e alegre. Agora aos 78 anos de idade, sinto-me profundamente grato a Jeová, à medida que ele continua a suprir todas as minhas necessidades.

      Ao rememorar os anos que se passaram, muitas vezes reflito sobre como Jeová nos tem treinado, ajudado a corrigir os nossos enganos e nos disciplinado a fim de nos refinar como servos seus. Lembro-me das ocasiões em que Deus proveu-me os meios de passar por provações humanamente impossíveis de suportar. Tais recordações são uma fonte de força e um constante lembrete de que Jeová deveras tem suprido todas as minhas necessidades.

  • ‘Um latão que ressoa ou um címbalo que retine’
    A Sentinela — 1988 | 1.° de novembro
    • ‘Um latão que ressoa ou um címbalo que retine’

      Quem é que deseja ser apenas um grande ruído? “Se eu . . . não tiver amor”, disse o apóstolo Paulo, “tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um címbalo que retine”. (1 Coríntios 13:1) Paulo acabara de frisar a necessidade de usar dons especiais recebidos através do espírito de Deus para o benefício da inteira congregação cristã. Se faltasse o amor, o orgulho e a arrogância poderiam fazer com que o cristão se assemelhasse a um ruído alto dissonante e ensurdecedor que, em vez de atrair, repele outros. — Veja 1 Coríntios 12:4-9, 19-26.

      A idéia de um címbalo retinindo perto de nós é fácil de entender, mas, que dizer da outra ilustração de Paulo, “um pedaço de latão que ressoa”? (Grego, khal·kós e·khón) Alguns traduziram isso por “barulho do gongo” (A Bíblia na Linguagem de Hoje), e “barulho dum chocalho” (O Novo Testamento, Interconfessional). William Harris, escrevendo em Biblical Archaeology Review, diz que e·khón vem da mesma raiz que a palavra portuguesa “eco”, daí a idéia de ecoar ou ressoar. Contudo, ele diz também: “O substantivo chalkos é usado para descrever uma ampla variedade de objetos fundidos da liga de cobre e estanho conhecida como bronze ou latão — armaduras, facas, caldeirões, espelhos, dinheiro, e até mesmo plaquetas. Mas, não há prova de que essa palavra seja usada para algum instrumento musical.” O que sugere ele, então?

      Ele se refere a um livro escrito por Vitruvius, um arquiteto que vivia no primeiro século AEC. Vitruvius escreveu sobre o problema de projetar vozes em teatros construídos de materiais tais como o mármore, e disse que se usavam dispositivos especiais de eco chamados e·kheí·a. Tratava-se de vasos sonoros feitos de bronze que eram colocados nos fundos do anfiteatro para ajudar a amplificar e projetar o som. Alguns destes foram levados a Roma de um teatro saqueado em Corinto, uns cem anos antes de Paulo escrever sua carta à congregação coríntia.

      Conforme consta, Platão falou dum vaso de bronze que ecoava sem parar, como certos oradores frívolos. Isto se harmoniza com a expressão de Shakespeare de que ‘panelas vazias fazem o maior barulho’. Paulo talvez tivesse algo similar em mente ao falar dos que alardeavam seus dons especiais mas careciam do maior dom de todos — o amor. Eles ecoavam altamente, mas não tinham verdadeira substância. Eram como um ruído estridente e dissonante, em vez de como um som atraente e cativante. Que dizer de você? São as suas ações e as suas palavras motivadas por amor, ou é você ‘um latão que ressoa ou um címbalo que retine’?

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