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Gafanhoto (Locusta)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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USO FIGURADO
Em Naum 3:16 menciona-se que o gafanhoto se despe de sua pele. O gafanhoto, diferente de outros insetos, tais como a borboleta, não passa pelo estádio metamórfico da pupa. Antes, liberta-se da casca cinco vezes até atingir o tamanho adulto. Em Naum 3:17, os guardas e oficiais recrutadores assírios são comparados a gafanhotos que acampam em redis de pedra durante um dia frio, mas que fogem quando o sol brilha. A alusão feita aqui pode ser a que o tempo frio torna hirtos a estes insetos, fazendo com que se escondam nas fendas das paredes até que sejam aquecidos pelos raios do sol, após o que alçam vôo. Relata-se que os gafanhotos não podem voar senão depois que seus corpos atinjam por volta de 21°C.
O termo gafanhoto também traduz a palavra hhagáv, mas existe incerteza quanto ao inseto ou insetos designados por este termo hebraico. Considera-se que o vocábulo se deriva duma raiz que significa “ocultar, cobrir”. Por isso, hhagáv poderá denotar uma variedade de gafanhoto voador cujas vastas nuvens virtualmente ocultam o sol e recobrem o solo. Ou, visto que o gafanhoto (Heb., ’arbéh) em seu estádio plenamente desenvolvido é mencionado junto com o hhagáv em Levítico 11:22 (como sendo limpo como alimento), hhagáv pode referir-se a um saltador, antes que a um voador.
Além de ser alistado como inseto limpo como alimento, e da alusão feita à destruição que causa à vegetação (2 Crô. 7:13), o gafanhoto (hhagáv) surge num contexto ilustrativo na Escritura. Os infiéis espias israelitas relataram que, quanto ao tamanho, eles eram como gafanhotos, quando comparados aos habitantes de Canaã. (Núm. 13:33) Do ponto de vista de Jeová, e considerando-se Sua grandeza, os homens são como gafanhotos. (Isa. 40:22) Ao ilustrar as dificuldades da velhice, o congregante utilizou a figura dum gafanhoto que se vai arrastando, talvez, desta forma, representando a pessoa idosa como tendo uma figura curva e enrijecida, com os braços lançados um tanto para trás. — Ecl. 12:5.
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GaioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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GAIO
1. Um macedônio que acompanhou o apóstolo Paulo em sua terceira viagem missionária e que, junto com Aristarco, foi conduzido à força para o teatro de Éfeso, durante o motim instigado pelo prateiro Demétrio. — Atos 19:29.
2. Um cristão de Derbe, na Ásia Menor, que é alistado junto com seis outros como acompanhando o apóstolo Paulo em sua última viagem missionária. Gaio e estes outros evidentemente se separaram de Paulo e então foram a Trôade, na costa O da Ásia Menor, onde esperaram por ele. (Atos 20:4 , 5) Este Gaio pode ter sido o mesmo que o Número 1, visto que Aristarco também é mencionado no relato. Se assim for, isto provavelmente significaria que Gaio era de origem (ou descendência) macedônia, mas residia em Derbe.
3.Um cristão de Corinto a quem Paulo batizou pessoalmente. Quando Paulo escreveu sua carta aos romanos, este Gaio, pelo que parece, era seu anfitrião, bem como da congregação. Isto indicaria que as reuniões da congregação de Corinto eram realizadas na casa de Gaio. — 1 Cor. 1:14; Rom. 16:23.
4.Um cristão a quem o apóstolo João escreveu sua terceira carta inspirada, e a quem elogiou por andar na verdade, e pela hospitalidade, pela obra fiel, e pelo amor dele. — 3 João 1 , 3-6.
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Gaita De FolesAjuda ao Entendimento da Bíblia
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GAITA DE FOLES
Assim se traduz a palavra aramaica sumponyáh, instrumento que talvez se assemelhasse à atual e simples gaita de foles oriental. (Dan. 3:5, 10, 15) O saco hermético necessário é feito de couro inteiriço de cabra, excetuando-se as patas, o rabo ou a cabeça, mas que, muitas vezes, ainda possui pêlos. Neste saco são inseridos tubos semelhantes à flauta, feitos de caniços e de pontas dos chifres de vaca, bem como um tubo para encher o odre de ar.
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GaivotaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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GAIVOTA
[Heb., sháhhaph]. Alguns lexicógrafos entendem que o nome hebraico se deriva de uma raiz que significa “ser fino, delgado ou magro”, o que poderia descrever a gaivota do ponto de vista de sua aparência delgada e a relativa estreiteza de seu corpo em comparação com suas asas longas, pontiagudas. Outros crêem que o nome hebraico sháhhaph seja uma imitação do grito estridente soltado por esta ave geralmente barulhenta. É uma das aves de rapina ou necrófagas que foram proibidas como alimento segundo a lei de Deus fornecida aos israelitas. — Lev. 11:13, 16; Deut. 14:12, 15.
A família das gaivotas (chamada Larídeos) compõe-se de várias aves oceânicas, palmípedes, aparentadas de perto, incluindo as gaivotas verdadeiras, as andorinhas-do-mar, os talha-mares, todos sendo poderosos voadores que capturam seu alimento em vôo ou o retiram da superfície da água (ao invés de mergulharem ou imergirem na água para apanhá-lo), e que sabem nadar bem, descansar e até mesmo dormir na água. A gaivota alternadamente bate suas asas, ascende, rodopia e plana no ar, descendo para capturar seu alimento em forma de peixes, insetos, e praticamente qualquer espécie de sobras e lixo (assim servindo como valioso necrófago em portos e baías). As gaivotas amiúde levam mexilhões e outros moluscos bem alto no ar e então os deixam cair sobre rochas, para quebrá-los e tornar possível que comam o conteúdo deles. Apesar de seu apetite voraz por carniça, a gaivota possui hábitos excepcionalmente limpos.
[Foto na página 641]
Uma gaivota deixando cair um molusco para abri-lo com a queda.
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GaláciaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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GALÁCIA
A província romana que ocupava a parte central do que é agora conhecido como Ásia Menor. Limitava-se com outras províncias romanas — em parte com a Capadócia, a E, a Bitínia e o Ponto, ao N, a Ásia a O, e a Panfília, ao S. (1 Ped. 1:1; veja Ásia.) Esta região do planalto central achava-se entre os montes Tauro, ao S, e os montes da Paflagônia, ao N. Em sua parte norte-central situava-se a cidade de Ancira, agora chamada Ancara, a capital da Turquia. E através dessa área fluía o curso médio do rio Hális (o moderno Quizil Irmac), e o alto rio Sangarius (Sacária), ambos os quais deságuam no mar Negro. A história desta região (de 400 anos ou mais, desde o terceiro século A.E.C.) mostra que houve muitas mudanças nas fronteiras e nas afiliações políticas desta área estratégica.
Parece que, por volta de 278-277 A.E.C., hostes de pessoas indo-européias conhecidas como celtas ou gálicos, da Gália, a quem os gregos chamavam de Galatai (daí o nome que foi dado a esta região), atravessaram o Bósforo e se fixaram ali. Trouxeram com eles suas esposas e filhos, e, aparentemente, evitaram ligar-se por casamento ao povo que já estava ali, desta forma perpetuando durante séculos suas características raciais. Seu último rei, Amintas, morreu em 25 A.E.C., e foi durante o reinado dele como vassalo do Império Romano, e depois disso, que a área designada como Galácia foi ampliada a fim de incluir regiões tais como a Licaônia, a Pisídia, a Paflagônia e partes do Ponto e da Frígia. Esta, então, era a Galácia ampliada que o apóstolo Paulo e outros cristãos evangelizadores do primeiro século E.C. visitaram, e na qual encontraram pessoas ansiosas de organizar-se em congregações cristãs. — Atos 18:23; 1 Cor. 16:1.
Tanto Paulo como Pedro dirigiram cartas às congregações cristãs localizadas na província da Galácia. (Gál. 1:1, 2; 1 Ped. 1:1) Não se declara se estas eram as mesmas congregações estabelecidas por Paulo e Barnabé. Nesse giro através da Galácia, Paulo e Barnabé visitaram várias cidades gálatas, tais como a Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe (Atos 13:14, 51; 14:1, 5, 6), e, quando retornaram aos irmãos na Antioquia da Síria, relataram como nestes, e em outros lugares, Deus “abrira às nações a porta da fé”. — Atos 14:27.
A exclamação de Paulo: “Ó insensatos gálatas!”, não é evidência de que ele tinha presente apenas certo povo étnico que havia surgido exclusivamente da raça gálica na parte norte da Galácia. (Gál. 3:1) Antes, Paulo estava censurando certas pessoas, nas congregações dali, por se deixarem influenciar por um segmento de judaizantes dentre eles, judeus que tentavam estabelecer sua própria justiça, por meio do arranjo mosaico, em lugar da ‘justiça devida à fé’, provida pelo novo pacto. (Gál. 2:15 a 3:14; 4:9 10) Racialmente, “as congregações da Galácia” (Gál. 1:2), a quem Paulo escreveu, eram um misto de judeus e não- judeus, estes últimos incluindo tanto prosélitos circuncisos como gentios incircuncisos, e, sem dúvida, alguns de descendência celta. (Atos 13:14, 43; 16:1; Gál. 5:2) Paulo se dirigiu a todos eles como cristãos gálatas, porque a área em que viviam era chamada Galácia. O inteiro teor da carta é de que Paulo estava escrevendo àqueles que ele conhecia bem, na parte S desta província romana, e não para pessoas inteiramente estranhas, no setor N, que ele, pelo que parece, jamais visitou.
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Gálatas, Carta AosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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GÁLATAS, CARTA AOS
A carta inspirada, escrita em grego, por Paulo, um apóstolo, “às congregações da Galácia”.— Gal. 1:1, 2.
ESCRITOR
A sentença inicial menciona Paulo como escritor deste livro. (Gál. 1:1) Também, seu nome é novamente usado no texto, e ele se refere a si mesmo na primeira pessoa. (5:2) Um trecho desta carta, à guisa duma autobiografia, fala da conversão de Paulo e de algumas de suas outras experiências. As referências à sua aflição na carne (4:13, 15) acham-se em harmonia com expressões aparentemente relacionadas com tal aflição em outros livros da Bíblia. (2 Cor. 12:7; Atos 23:1-5) As outras cartas de Paulo foram geralmente escritas por um secretário, mas esta, diz ele, foi escrita com a sua “própria mão”. (Gál. 6:11) Em seus outros escritos, quase que sem exceção, ele manda suas saudações e as daqueles que estão com ele, mas, nesta carta, ele não faz isso. Caso, o escritor da carta aos gálatas fosse um impostor, é bem provável que teria citado um secretário e teria mandado algumas saudações, como Paulo geralmente fazia. Assim, a forma direta de discurso do escritor e seu estilo direto e honesto garantem a autenticidade da carta. Não seria razoável que fosse falsificada desse modo.
A QUEM SE DIRIGE
Há muito tem sido uma questão controversial quais as congregações que estariam incluídas no endereçamento “às congregações da Galácia”. (Gál. 1:2) Em apoio do argumento de que se tratava de congregações cujos nomes não foram citados, da parte norte da província da Galácia, argúi-se que as pessoas que viviam nessa área eram etnicamente gálatas, ao passo que as do S não eram. No entanto, Paulo, em seus escritos, geralmente fornece os nomes
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