De fato, o estado de solteiro pode impor uma grande prova de fé, para muitos, mas, suportar provações pela causa da justiça traz a bênção de Deus. Quem procura a companhia dos de fora, pode acabar casando-se fora da verdade. Tais matrimônios mistos trazem provações, em resultado de se desconsiderar o conselho de Deus. Essas provações fazem muitas vezes que a pessoa se torne espiritualmente doente e abandone a verdade; e assim perde a vida. Pedro declarou: “Se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom, do que praticando o mal.” (1 Ped. 3:17, ALA) Suporte a provação; uma bênção de Jeová o aguarda.

²⁰ Visto que o Armagedon está tão perto e o novo mundo de promessa está ao nosso alcance, ‘mantenham-se puros os que levam os vasos de Jeová’, para que ele os preserve em vida para o seu novo mundo de promessa, a fim de que o possam servir para sempre em justiça. Seja esta a sua sorte feliz. — Isa. 52:11.

Não houve “pia fraude”

OS CRÍTICOS modernos da Bíblia argumentam que muitos livros da Bíblia são na realidade pia fraus, uma pia fraude; e essa é uma teoria de muitos. Com isso querem dizer, por exemplo, que foi cerca de quatro séculos após Moisés que se escreveu o livro de Êxodo; que alguns séculos depois de Moisés se escreveu o livro de Deuteronômio, e ainda mais tarde, após o retorno de Babilônia, o livro de Levítico. Esses críticos afirmam que os que escreveram esses livros os atribuíram então a Moisés, a fim de acrescentar o prestigio do nome dele a seus escritos. Os críticos admitem que esses homens tinham boas intenções, que eram sinceros, mas que não tinham entendimento suficiente para se aperceber de que estavam fazendo uma fraude.

O que se pode dizer dessa teoria? É simplesmente Isso: uma teoria, o produto do orgulho e da ignorância de homens sábios aos seus próprios olhos. Três linhas de testemunho arrasam completamente a sua teoria descrente.

Em primeiro lugar temos o fato de que não há absolutamente base alguma para tal teoria salvo nas mentes de homens críticos da Bíblia. Não é que tenham descoberto certos fatos e chegado a conclusões empíricas baseadas neles. Não, é antes um caso de se ter inventado uma teoria que se adapta à filosofia deles e é uma busca vã de algo em apoio dela e da propagação dela, mesmo sem encontrar provas. Como prova disso, note-se o testemunho de um destacado arqueólogo dos Estados Unidos, o Sr. W. F. Albright, versado em assuntos da Palestina:

“A suposição de que pias fraudes e pseudepígrafos [escritos espúrios passados como sendo de caráter bíblico — Webster] eram comuns em Israel, não acha paralelo no Oriente pré-helênico. O que encontramos é exatamente o oposto, uma veneração [religiosa] tanto pela palavra escrita como pela tradição oral.” — The American Scholar.

Em segundo lugar, há o antigo, venerável e inequívoco testemunho da tradição judaica, que certamente tem peso pela ausência de qualquer evidência ao contrário. Não admite nenhuma teoria de pia fraus a respeito de quem escreveu os cinco livros de Moisés, o Pentateuco.

Em terceiro lugar, a maior evidência de todas é que temos o testemunho de outros escritores inspirados da Bíblia, e especialmente o testemunho do próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. Esses profetas, quando tratam do assunto, atribuem unanimemente os livros de Moisés a Moisés. E, seja dito, o mesmo se dá com os outros livros da Bíblia. — 1 Reis 8:53; Sal. 103:7; Mal. 4:4; Mat. 24:15; João 5:46.

A teoria de “pia fraude”, portanto, é um Instrumento ou arma forjada contra o povo de Deus, e ela não tem êxito, conforme Jeová disse pela boca de seu profeta Isaías: “Não prosperará nenhuma ferramenta que tiver sido fabricada contra ti, e toda a língua que se levantar contra ti em juizo, tu a condemnarás. Esta é a herança dos servos de Jehovah, e sua justiça que de mim procede.” — Isa. 54:17.