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  • A unidade da Bíblia como livro
    A Sentinela — 1960 | 1.° de janeiro
    • A unidade da Bíblia como livro

      Entre as muitas evidências internas da Bíblia, que argumentam a favor de sua autenticidade e origem divina, acha-se a sua unidade como livro. O erudito Orr, no seu livro (inglês) O Problema do Velho Testamento, faz algumas observações pertinentes neste respeito:

      “Achamos que a primeira coisa que nos deve impressionar neste respeito é que este livro é, num sentido notável, uma unidade. Considerado de outro ângulo, a Bíblia, naturalmente, não é um só livro, mas uma coleção de livros: Jerônimo chamou-a de ‘biblioteca divina’. Ela nos chega às mãos ‘em diversas partes e por diversos modos’. Os escritos que a compõem estendem-se sobre um período de pelo menos 1.000 anos. Contudo, o fato singular é que, quando reunidos, formam, organicamente, um só livro; constituem uma ‘Bíblia’, como a chamamos, tendo princípio, corpo e conclusão, que produzem na mente um senso de harmonia e de inteireza.

      “Esta peculiaridade da Bíblia, que não é afetada essencialmente em resultado de qualquer criticismo — visto que, deveras, quanto mais os críticos dividem e separam a sua matéria, o resultado quanto ao livro assim como o temos, é ainda mais maravilhoso — pode ser melhor ilustrada pelo contraste. Pois o cristianismo não é a única religião no mundo, nem é a Bíblia a única coleção de livros sagrados em existência. Há muitas Bíblias de diversas religiões. O muçulmano tem o seu Alcorão, o budista tem o seu Cânon de Escrituras Sagradas; o zoroastrista tem o seu Zenda-aventa, o brâmane os seus Vedas. A base deste próprio fato, a religião comparativa agrupa várias destas religiões como sendo ‘religiões de livros’. Estes livros sagrados tornaram-se-nos acessíveis pelas traduções fidedignas, e podemos compará-los com as nossas próprias Escrituras.

      “Mas, nem se falando da enorme superioridade da Bíblia sobre estes outros livros sagrados, mesmo num sentido literário, — pois, presumimos, que são poucos os capacitados a julgar que pensariam em comparar até mesmo os mais nobres dos hinos babilônicos ou védicos, ou dos Gotas zoroástricos, com os salmos hebraicos, quanto a vigor ou grandiosidade, nem fariam um paralelo entre as extravagâncias desenfreadas do Lolita Vistara budista e a simplicidade, a beleza e o autodomínio dos Evangelhos cristãos, — queremos fixar a atenção semente neste ponto — o contraste quanto à unidade. É em vão que buscamos nestas Escrituras étnicas qualquer coisa que corresponda a este nome. O Alcorão, por exemplo, é uma miscelânea de peças desconjuntas, dentre as quais é impossível extrair qualquer ordem, progresso ou arranjo. As 114 suratas, ou capítulos, de que se compõe são arranjadas principalmente segundo o seu comprimento — as mais compridas geralmente precedendo as mais curtas. Não é diferente com as Escrituras zoroástricas e budistas. Estas se acham igualmente destituídas de princípio, corpo ou conclusão. São, na maior parte, coleções de matéria heterogênea, imprecisamente reunida.

      “Quão diferente é com a Bíblia, conforme todos se vêem obrigados a reconhecer! Desde Gênesis até Apocalipse sentimos que este Livro é em sentido real uma unidade. Não é uma coleção de fragmentos, mas ela tem, como dizemos, um caráter orgânico. Ela diz uma só história coordenada desde o princípio até o fim; vemos algo crescer diante dos nossos olhos; há ali plano, propósito, progresso; a conclusão relaciona-se com o princípio, e, terminado o todo, sentimos novamente que aqui, como na criação primitiva, Deus acabou toda a Sua obra, e eis que era muito boa. Êste é admitidamente o modo externo de se encarar a Bíblia, contudo é muito importante. Apresenta-nos a Bíblia desde o início como livro único. Não há nada, em toda a literatura, que se assemelhe a ela exatamente, ou que chegue mesmo perto dela. Para encontrarmos a sua explicação, somos obrigados a investigar o que se acha atrás da qualidade fragmentária de suas partes, para encontrar a unidade básica de pensamento e propósito do conjunto. A unidade da Bíblia não é algo artificial — feito. . . . A história bíblica não é apenas um registro de acontecimentos, mas evidencia intento, propósito e objetivo, indicando que atrás disso acha-se uma mente divina.”

  • A antiga Corinto — próspera e licenciosa
    A Sentinela — 1960 | 1.° de janeiro
    • A antiga Corinto — próspera e licenciosa

      A ANTIGA cidade de Corinto era famosa pela sua riqueza, pelo seu luxo e pela sua licenciosidade. Neste respeito, não era muito diferente da moderna civilização ocidental com sua prosperidade material e a ênfase dada ao sexo. A informação a respeito de Corinto ajuda-nos a entender melhor as cartas de Paulo dirigidas aos coríntios, bem como a apreciar a oportunidade do seu conselho.

      A primeira cidade de Corinto foi uma metrópole próspera no tempo em que havia ainda reis no trono de Jeová em Jerusalém. A cidade estava situada numa faixa estreita de terra que se estendia até o Acrocorinto, uma fortaleza rochosa natural de aproximadamente 580 metros de altura. Esta faixa estreita de terra entre dois mares ligava a península do Peloponeso à parte setentrional da Grécia e se chamava “a ponte do mar”, ou isthmos, de que se deriva o moderno termo “istmo”, significando uma faixa estreita de terra entre dois mares.

      Corinto era favorecida por um porto marítimo em cada mar, um sendo o ponto terminal das vias marítimas do mar asiático, e o outro sendo o ponto terminal das da Itália. Grandes quantidades de mercadorias eram transportadas sobre o istmo, de um porto para o outro. Corinto tornou-se a cidade mais rica da Grécia. Tornou-se também “um dos berços mais antigos da arte”. As colunas coríntias eram extremamente ornamentadas e amplamente imitadas.

      Corinto “possuía todo o esplendor que a riqueza e o luxo podiam criar”. “Nem a todos é dado ir a Corinto” rezava um provérbio. O seu luxo era acompanhado de imoralidade, auxiliada pela adoração da “rainha do céu”, Afrodite, a deusa do “amor” e da beleza, fazendo que Corinto fosse também conhecida como a cidade mais licenciosa da antiga Grécia. No santuário desta deusa, mil hieroduli, ou sacerdotisas, ofereciam seus corpos aos estranhos, em prova de sua devoção a Afrodite. As heteras, ou meretrizes, de Corinto eram famosas tanto pela sua diabólica beleza como pelo elevado preço que cobravam pelos seus favores. Corinthiázesthai significava “praticar a ocupação de alcoviteiro”. Libertinos masculinos e femininos eram conhecidos por “corintiastas”.

      No ano 146 A. C., o general romano Múmio destruiu Corinto, despojando-a de muitos dos seus tesouros de arte por razões comerciais. Um século depois, em 46 A. C., Júlio César reconstruiu a cidade

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