adúlteros, nem qualquer pessoa que voluntariamente pratique o que a Bíblia condena, compartilhe o ministério como associado das testemunhas de Jeová.

Estes elevados requisitos morais talvez façam que a pessoa se sinta indigna de servir qual ministro de Deus por causa das más ações que tenha praticado no passado. Mas, se alguém se arrependeu e deixou de praticar essas coisas, pedindo perdão a Deus mediante Jesus Cristo, tal buscador da vida pode ficar seguro de que Jeová Deus o perdoou. (Isa. 55:7) Viver em harmonia com Suas leis agora é o que importa. Lembre-se de que até mesmo alguns dos cristãos coríntios eram anteriormente ladrões, adúlteros, beberrões, e assim por diante, mas abandonaram tais costumes por completo e foram aceitos por Jeová como Suas testemunhas cristãs. Jeová também aceitará e abençoará seus esforços de servir a Ele. Assim, não hesite.

SEPARAR-SE DO MUNDO

Todavia, há ainda outros requisitos a serem satisfeitos a fim de ficar apto a ser uma testemunha de Jeová. Um deles envolve manter-se separado das falsas organizações religiosas do mundo, como indicou o apóstolo Paulo por suas perguntas: “Que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem o templo de Deus com os ídolos?” Daí, trazendo à atenção a profecia de Isaías, em que os israelitas foram avisados a evitar a contaminação com a Babilônia, religiosamente corrupta, escreveu o apóstolo: ‘Portanto, saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura’.” — 2 Cor. 6:14-17.

Para a pessoa, hoje em dia, que deseja representar a Jeová como uma de suas testemunhas, isto significa ser necessário deixar de ser membro de todas as organizações da religião falsa às quais talvez estivesse afiliada. Quando a pessoa que deseja adorar a Deus com “espírito e verdade” compreende que as organizações com as quais anteriormente se associava não aderem à verdade da Palavra de Deus, ela deixará de freqüentar as reuniões delas e de participar das atividades delas. (João 4:23) A Bíblia identifica o império da religião falsa como sendo a moderna “Babilônia, a Grande”, e insta: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados.” É vital acatar esta ordem. — Rev. 17:5; 18:4.

Outro requisito a satisfazer a fim de se tornar apto para compartilhar o ministério com as testemunhas de Jeová é o de ajustar-se ao que Jesus disse a respeito de seus seguidores, a saber: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 17:16) Isto inclui ficar livre de qualquer envolvimento nos assuntos políticos do mundo. Como torna tão meridiano a Palavra de Deus, tais assuntos não são da alçada do cristão verdadeiro. Jesus Cristo não tentou dizer aos governantes políticos como eles deveriam cuidar de seus assuntos, nem se envolveu neles. Com efeito, rejeitou as tentativas de outros de fazê-lo um governante mundano. (João 6:15; Luc. 4:5-8) E quando se trata da questão dos conflitos entre as nações mundanas, quem serve a Jeová por certo tem de crer e portar-se em harmonia com o que a Bíblia afirma em Isaías 2:4.

TREINAMENTO QUE É PROVIDO

Não obstante, talvez ache que jamais poderia ir de casa em casa e pregar publicamente como fizeram os cristãos primitivos. (Atos 5:42; 20:20) “Como é que eu iria aproximar-me das pessoas? O que diria?” — talvez pergunte. “Não estou apto a fazer a obra de pregação. Não tenho a habilidade de ser um ministro de Deus”, talvez conclua.

Não é surpreendente que pense assim. A maioria dos servos de Deus já teve uma vez ou outra pensamentos similares, e talvez os tenha expressado. Todavia, aprenderam a confiar em Deus, e ele jamais os desapontou. Pelo seu espírito, Deus tem habilitado seus servos e os ajudado a realizar o ministério. Certamente não é realizado na própria força da pessoa ou por sua aptidão pessoal. Como disse o apóstolo Paulo: “Estarmos adequadamente qualificados procede de Deus, quem deveras nos qualificou adequadamente para sermos ministros.” — 2 Cor. 3:5, 6.

No primeiro século, há de lembrar-se, Deus proveu treinamento na obra ministerial para o seu povo. (Efé. 4:11, 12) Os novos eram ajudados pelos membros maduros da organização cristã a realizar o ministério de casa em casa e outras fases do serviço do Reino. Atualmente, a organização cristã de Deus provê similar programa de instrução. Assim, não fique ansioso; ser-lhe-ão dados amoroso encorajamento e ajuda. Um ministro experiente ficará feliz de acompanhá-lo e demonstrar como pode ser cumprido eficazmente o ministério.

Talvez já tenha sido convidado a acompanhar outrem no ministério de casa em casa. Se ainda não aceitou tal convite, faça isso. Ficará tão feliz de ter iniciado esta obra muitíssimo recompensadora. Se não foi convidado e gostaria de participar no ministério, dê isto a conhecer à pessoa que estuda a Bíblia com o leitor. Não só ficará contente de fazer arranjos de levá-lo no ministério, mas a pessoa o ajudará a preparar uma pequena apresentação e treiná-la junto com o leitor, de modo que esteja preparado a dar testemunho às portas, se desejar fazê-lo.

Durante o mês de dezembro, as testemunhas de Jeová fazem esforço especial de ajudar os novos a iniciar o seu ministério. Assim, aceite o convite que lhe é estendido para participar dele. É a obra que Jesus Cristo e os cristãos primitivos faziam. E Jesus profetizou que a pregação do Reino serra feita em escala mundial antes do fim deste sistema de coisas. (Mat. 24:14) Que privilégio, portanto, é ter parte nesta obra! Não hesite. Não a postergue. Comece agora a compartilhar da obra que lhe granjeará a aprovação de seu Pai celeste, para a sua bênção eterna.

Perguntas dos Leitores

● Pode João 17:17 ser usado para provar que Jesus considerava as Escrituras Hebraicas como sendo inspiradas? Não se referia à palavra de Deus que pessoalmente dera aos doze apóstolos? — H. J., Dinamarca.

Em oração a seu Pai, Jesus disse a respeito de seus discípulos: “Tenho-lhes dado a tua palavra.” Daí, mais tarde, na mesma oração, acrescentou: “Santifica-os por meio da verdade; a tua palavra é a verdade.” — João 17:14, 17.

Os ensinos orais que Jesus deu a seus seguidores não eram suas próprias idéias, mas provinham de seu Deus e Pai. Admitiu publicamente isto, afirmando: “Não falei de meu próprio impulso, mas o próprio Pai que me enviou tem-me dado um mandamento quanto a que dizer e que falar.” (João 12:49; compare-se com João 3:34; 7:16; 8:28; 14:10.) Por isso, as palavras que pessoalmente deu a seus seguidores podem ser tidas corretamente como a palavra e a verdade de Deus, mas isto não excluía, antes, incluía, as Escrituras Hebraicas.

Durante todo o seu ministério, citou das escritas Escrituras Hebraicas, de Gênesis a Malaquias. (Mat. 19:5; 11:10) Ora, apenas no que é agora Mateus, capítulo vinte e dois, Jesus citou de quatro lugares diferentes das Escrituras Hebraicas. (Mat. 22:32, 37, 39, 44) Não podemos evitar o fato de que Jesus considerava inspiradas as Escrituras Hebraicas.

O que está registrado nos livros das Escrituras Hebraicas pode ser tido como a Palavra inspirada de Deus por várias razões. Uma razão é que, contrário à natureza humana, a matéria deve ser creditada, não ao profeta ou escritor, — mas a Deus. Com referência à promessa de Jeová a Abraão sobre a descendência deste, lemos: “Veio a Abrão a palavra