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Atos Dos ApóstolosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Policarpo de Esmirna, por volta de 115 E.C., por Inácio de Antioquia, por volta de 110 E.C., e por Clemente de Roma, talvez já em 95 E.C. Atanásio, Jerônimo e Agostinho, do quarto século, confirmam todos as listas anteriores que incluíam Atos.
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 191-196.
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AugustoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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AUGUSTO
[O Augusto; aplicado às coisas mais nobres, veneráveis, sagradas; lat., augere, “aumentar”; gr. , Sebastós, “O Reverente”].
Este título, que subentende a divindade, foi dado a Caio Otávio. Posteriores imperadores romanos também assumiram tal título (Atos 25:21, 25), mas, por si mesmo, quando usado como nome, refere-se a Otávio, o primeiro imperador do Império Romano.
Otávio nasceu em 23 de setembro de 63 A.E.C., sendo filho de Otávio e de sua esposa Átia, ambos de famílias nobres. A morte de seu pai, quatro anos depois, levou à adoção secreta de Otávio por parte do tio de sua mãe, Júlio César. Após a morte de Júlio, a adoção se tornou pública e o jovem Otávio logo veio a participar dum triunvirato, junto com Marco Antônio e Lépido. Estes três agiram rapidamente de forma implacável para mandar assassinar 300 senadores e 2.000 cavaleiros. Eles então, com êxito, derrotaram os assassinos de César em Filipos, em 42 A.E.C., e Otávio concedeu a cidadania romana ao povo dessa cidade, onde Paulo pregou, cerca de um século mais tarde. (Atos 16:12) Lépido foi enviado à África, e Antônio fez uma aliança com Cleópatra, rainha do Egito. As relações tensas entre Otávio e Antônio culminaram numa demonstração de força na batalha de Actium, em setembro de 31 A.E.C., onde Antônio e Cleópatra foram derrotados. Otávio assim emergiu como o regente indisputável do Império Romano.
Otávio declinou dos títulos de “rei” e “ditador”, mas aceitou o título especial de “Augusto”, que lhe foi concedido pelo Senado, em 16 de janeiro de 27 A.E.C. Após a morte de Lépido, em 12 A.E.C., Augusto assumiu o título de “Pontifex Maximus”, ou Sumo Pontífice. Com o aumento do seu poder, fez reformas no governo, reorganizou o exército, estabeleceu a Guarda Pretoriana (Fil. 1:13), construiu e restaurou muitos templos.
Em 2 A.E.C., “saiu um decreto da parte de César Augusto, para que toda a terra habitada se registrasse; . . . e todos viajaram para se registrarem, cada um na sua própria cidade”. (Luc. 2:1, 3) Este decreto resultou em Jesus nascer em Belém, em cumprimento da profecia bíblica. (Dan. 11:20; Miq. 5:2) Além desse recenseamento do povo para fins de impostos e de recrutamento para o exército, da nomeação de regentes como o Rei Herodes, e da execução da pena de morte, Augusto interferia pouquíssimo nos governos locais. Suas diretrizes, que continuaram após sua morte, concediam ao Sinédrio judaico amplos poderes. (João 18:31) Esta tolerância imperial fornecia aos seus súditos menos motivos provocativos para rebelarem-se.
Augusto tinha poucas escolhas para seu sucessor. Seu sobrinho, dois netos, um genro e um enteado morreram todos, deixando apenas seu enteado Tibério, a quem fez co-regente um ano antes de sua morte. Augusto morreu em 19 de agosto de 14 E.C., calendário juliano (17 de agosto, calendário gregoriano), mês que ele assim denominou em honra a si mesmo. Este evento é tão universalmente reconhecido que é considerado uma data básica no cálculo da cronologia das Escrituras Gregas. Augusto reinou por 44 anos e gozou duma popularidade não igualada por nenhum outro imperador romano. Um mês após sua morte, foi deificado pelo Senado.
[Foto na página 175]
Troféu naval mostrando a efígie de Augusto.
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Augusto, Destacamento DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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AUGUSTO, DESTACAMENTO DE
Quando, em resultado de seu recurso a César, o apóstolo Paulo foi mandado para Roma, foi colocado sob a custódia dum oficial do exército (centurião) do “destacamento de Augusto” chamado Júlio. (Atos 27:1) A transferência de Paulo e outros presos à custódia do oficial do exército se deu em Cesaréia. — Atos 25:13; 26:30 a 27:1.
Não é possível identificar positivamente o “destacamento de Augusto” do qual Júlio provinha. Os léxicos gregos (veja o de Vine; Liddell e Scott) mostram que a palavra speíra (“agrupamento”), quando usada no sentido militar, em geral representava um manipulus romano, um destacamento igual a três “centúrias”, ou até trezentos homens. No entanto, mostram que o termo é também usado para um grupo maior de homens e, conforme usado nas Escrituras Gregas, crê-se que representa uma “coorte” romana (a décima parte de uma legião, tendo de 400 a 1.000 homens). Em aditamento às legiões romanas regulares, compostas de cidadãos romanos e divididas em coortes, havia também tropas de segundo grau, ou auxilia, formadas de coortes recrutadas dentre os súditos (não-cidadãos) romanos. Tratava-se de unidades independentes de infantaria e geralmente serviam ao longo das fronteiras do império. Ao passo que as coortes dentro das legiões romanas regulares não recebiam nomes característicos, estas coortes auxiliares amiúde tinham nomes. Encontraram-se inscrições de um Cohors I Augusta (latim) e Speíra Augoúste (grego), embora não necessariamente se identifique com o destacamento aqui considerado. The Interpreter’s Bible (A Bíblia do Intérprete, Vol. 9, p. 332), comentando Atos 27:1, afirma sobre o destacamento de Augusto: “Mui provavelmente é uma coorte auxiliar que sabemos ter estado sediada na Síria por volta dessa época.”
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