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Cortar cabelo em casa — será que o faria?Despertai! — 1973 | 22 de maio
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ou o leitor. Coloque a criança sentada bem no alto, de modo que não tenha de curvar-se para cortar o cabelo. Escolha um quarto bem iluminado.
Também, fique alerta quanto a altos e baixos na cabeça. Quando a máquina bate neles, pode deixar falhas de péssima aparência. Por questão de segurança, recomenda-se que, enquanto a máquina de cortar cabelo estiver ligada, tanto o barbeiro como o ‘freguês’ fiquem longe do alcance de outros aparelhos elétricos, radiadores, ou outros encanamentos.
É bom trabalhar devagar. Não cave buracos nem debaste demais um lugar. Mantenha descontraídos seus dedos e sua mão, e não duros ou tensos. Segure o pente e outros instrumentos de forma leve. O cabelo é uma fibra delicada e é cortado com facilidade, de modo que o corte com uma ação leve.
Não espere excelentes resultados logo de início. É necessária a prática. Mas, com a vantagem de trabalhar nas mesmas pessoas vez após vez, muitos pais aprendem a fazer excelentes cortes, com grande economia. O leitor, também, poderá decidir que cortará cabelo em casa.
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O salão de chá — parte da vida na CoréiaDespertai! — 1973 | 22 de maio
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O salão de chá — parte da vida na Coréia
Do correspondente de “Despertai!” na Coréia
EM SEUL, capital de Coréia, há 2.800 salões de chá, ou cerca de um para cada 2.000 pessoas! Isso talvez dê a impressão que os coreanos têm muita sede. Mas, os salões de chá aqui são populares por motivos outros além de pelas bebidas que servem. São um lugar de contatos sociais.
A pessoa talvez encontre inesperadamente alguém na rua e queira conversar de modo quieto e confidencial. Ou talvez aconteça que uns negociantes desejem um lugar em que possam reunir-se. Usualmente as casas são pequenas, e as famílias são grandes. Há pouca privatividade aqui. Mas, os salões de chá, situados em toda vizinhança, há muito são lugares naturais de reuniões.
Torna-se cada vez mais comum os jovens com quase vinte ou com vinte e poucos anos encontrarem com suas “namoradas” num salão de chá. É verdade que namorar não é considerado de bom gosto na Coréia a menos que o casal esteja noivo, e então se espera que haja uma acompanhante. No entanto, muitos jovens quebraram os velhos costumes, e, para eles, os salões de chá se tornaram um lugar onde se encontrar.
Os salões de chá são também usados pelos pais para arranjar casamentos. Isto é usualmente feito através dum intermediário, ou mediador. Este amiúde se reúne com os pais num salão de chá e, enquanto bebem algo, ele procurará saber a formação da família, bem como as qualidades da noiva ou do noivo prospectivos. Depois das negociações, os pais de ambas as partes se reúnem de novo — no salão de chá local.
Daí, também, os restaurantes que servem alimento coreano não servem café ou chá. Assim, as pessoas talvez se dirijam a um salão de chá para tomarem uma bebida depois da refeição. Também, as pessoas usam os salões de chá como ponto de espera. Amiúde os salões de chá junto aos cinemas servem justamente para isso.
Tais salões de chá estão cheios de pequenas mesas baixas. Com freqüência há pouca ou nenhuma luz do dia lá dentro, e as luzes são reduzidas ao mínimo. A música contribui para o ambiente. Poderá ser alta e estridente, ou do tipo mais brando. Com freqüência, há uma grande tela de televisão que mostra algum evento esportivo ou um drama diário.
Usualmente, a dona é uma viúva ou a amásia de algum comerciante, vestida dum costume coreano atraente e custoso. Trabalham para ela garçonetes bem educadas e amigáveis, chamadas reji. Usualmente têm vinte e poucos anos e vestem-se de minissaias.
As circunstâncias variam em cada casa de chá. Algumas visam tipos especiais de pessoas. Exemplificando: no distrito comercial do centro, há as destinadas aos comerciantes. Outros lugares da cidade procuram atrair artistas, e ainda outros, universitários. Muitas não visam nenhuma clientela em especial, mas simplesmente qualquer pessoa que deseje entrar.
A competição entre os salões de chá é grande. A fim de conseguir fregueses, tentam manter-se na frente dos outros salões de chá por meio de decoração atraente. Seus nomes são escolhidos de forma a contribuir para a atmosfera geral. Para exemplificar: há o “Paraíso”, “Encruzilhada”, “Urso Branco”, “Mundo Novo”, “Rosa”, e assim por diante.
A maioria dos salões de chá servem as mesmas coisas. Há chá, café, sucos de frutas, bebidas especiais para a saúde feitas de ervas e, no verão, refrigerantes. Muitos também servem chá com uísque e outras bebidas alcoólicas. Há também o ovo cru no café quente, chamado “café da manhã”. No entanto, o chá e o café, xaropes adocicados, são as ofertas básicas do ramo.
Uma característica dos salões de chá que muitos apreciam é o telefone, visto que nem todas as casas possuem um. Podem ser dados telefonemas pela taxa nominal. E, se alguém telefonar para a pessoa, ela será chamada. Alguns comerciantes que não têm escritórios costumam usar certo salão de chá como centro de operações. Talvez cheguem até a imprimir o telefone dum salão de chá em seus cartões comerciais e façam ali seus contatos telefônicos. Os donos dos salões de chá, contudo, não aprovam essa prática.
Na entrada usualmente há um bonito quadro de mensagens, revestido de tecido. Ali se pode inserir uma mensagem em papel dobrado com bom gosto, mostrando o nome da pessoa a quem se dirige. Este sistema de comunicações não custa nada. Os jornais, também, acham-se disponíveis nos salões de chá, e são passados de mesa em mesa.
A pessoa talvez gaste considerável tempo num salão de chá, muito embora só incidentalmente beba algo. Em tal caso, o dinheiro para algo a beber é chamado de cha-ri-kap, o preço do lugar ocupado, ao invés da consumação.
Tais lugares podem ser chamados de salões de chá, mas, na realidade, são muito mais do que isso. São parte da vida na Coréia.
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“Ajudem-nos! Precisamos de lixo!”Despertai! — 1973 | 22 de maio
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“Ajudem-nos! Precisamos de lixo!”
Do correspondente de “Despertai!” na Alemanha Ocidental
MUITO POUCO lixo quando o gênero humano se vê ameaçado por uma avalancha de lixo? Na atualidade, a montanha de lixo da Alemanha contém, calculadamente, cerca de 200 milhões de metros cúbicos. Com esta quantidade, uma área de cerca de 2.000 quilômetros quadrados poderia ser coberta com uma camada de dez centímetros de profundidade.
O problema do lixo é internacional. A Inglaterra e a França já formaram comissões para a preservação do meio-ambiente. O antigo Senador estadunidense Joseph Tydings, de Maryland, expressou a opinião de que se deveria destinar Cr$ 26.000.000.000,00 à eliminação do lixo por um período de cinco anos.
Como, então, é possível que alguém envie um S.O.S. pedindo lixo? Bem, natural é que a maioria dos lugares não estejam desejosos de ter mais lixo; já têm muito. Mas, há locais em que a mensagem, com efeito, é: “Ajudem-nos! Precisamos de lixo!” Por quê? De que valor é o lixo?
Há cerca de trinta anos, o governo da Holanda descobriu seu valor para a agricultura. Os comissários municipais de Haia planejavam custoso projeto para incinerar o lixo; no entanto, o governo os induziu a abandonar seu plano e transformar o lixo, ao invés, em adulto composto. Este adubo composto era tão valioso para a agricultura que I. R. Teensma, de Amsterdã, disse: “Nos
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