fazer nosso lar a grandes altitudes, nas baixadas tropicais ou nas frígidas regiões árticas. Com saúde razoavelmente boa, podemos ajustar-nos logo às mudanças das estações ou a climas inteiramente diferentes em outras partes da terra.

Há uma generosa “margem de tolerância” na qual a vida pode continuar a existir confortavelmente. Embora a atuação imprudente e impura do homem tenha causado a morte de milhões, não obstante, a vida tem continuado por milênios. Gases venenosos poluem hoje o ar. Resíduos prejudiciais são lançados nos rios, nas correntes, nos lagos e nos oceanos. Grandes partes de terra são arruinadas pelo descuido, pela ganância e pela ignorância do homem. Contudo, a vida tem capacidade para continuar.

É verdade que os fracassos do homem o levam cada vez mais perto do desastre, do limite da margem generosa dentro da qual a vida pode sobreviver. Contudo, Jeová Deus tem tanto a sabedoria como o poder para lidar com isso. Ele se propôs “arruinar os que arruínam a terra” e preservá-la como lar para a humanidade obediente. — Rev. 11:18; 21:3-5.

A SABEDORIA DE DEUS É VISTA NA CONSCIÊNCIA HUMANA E NA BÍBLIA

Para continuarmos a tirar proveito da sabedoria de Deus, depois da destruição de todos os que arruínam a terra, teremos de mostrar ser pessoas que desejam ser guiadas pelas ordens sábias dadas na Sua Palavra, a Bíblia. Lemos: “O mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1 João 2:17) Familiariza-se com a vontade de Deus e a faz?

Muitos acham hoje que basta levar uma vida boa e que não se precisa da Bíblia para isso. Talvez digam que não se precisa da Bíblia para se usar de bom senso em tratar dos assuntos, em tratar o próximo de modo decente e em ser cidadão acatador da lei. Não nos deve surpreender que haja os que levam uma vida comparativamente ‘boa’, embora sem o conhecimento bíblico. Por que não? Porque os humanos têm a faculdade da consciência dada por Deus, o reconhecimento íntimo ou o senso do certo e do errado. É como diz a Bíblia: “Sempre que pessoas das nações, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, tais pessoas, embora não tenham lei, são uma lei para si mesmas. Elas é que são quem demonstra que a matéria da lei está escrita nos seus corações, ao passo que a sua consciência lhes dá testemunho e nos seus próprios pensamentos são acusadas ou até mesmo desculpadas.” — Rom. 2:14, 15.

Se não fosse pela sabedoria de Deus em dotar o homem com a faculdade da consciência, então, o crime e o que é contra a lei, sem dúvida, já teriam há muito tempo alcançado proporções tais, que fariam a vida humana virtualmente impossível. Felizmente, a faculdade da consciência é tão forte que, mesmo neste século vinte de crescentes crimes e violência, induz a muitos a agir dum modo geralmente decente e a contribuir pelo menos de alguma forma para o bem-estar e a felicidade do próximo. Se a consciência inerente já pode fazer isso, não deve a aderência às ordens de Deus, especificadas na sua Palavra, produzir resultados ainda melhores? Claro que sim!

Outro motivo para se querer a orientação da Bíblia é que o treinamento e o ambiente podem afetar a consciência de modo desfavorável e torná-la um guia falível. Neste século, por exemplo, os homens têm justificado a tortura e o assassinato brutal de homens, mulheres e crianças, por dizerem que os que agiram assim estavam sob ordens superiores. Portanto, não devemos querer tirar proveito da sabedoria apresentada na Palavra de Deus, para que não comecemos a justificar atos errados e a causar dano a nós e a outros?

As testemunhas cristãs de Jeová verificaram que, viverem em harmonia com a Bíblia, deu à sua vida um objetivo e orientação segura à sua consciência. Aplicarem a Palavra de Deus na sua vida diária faz com que sejam melhores maridos, pais, mães, esposas, filhos e filhas. Ao surgirem problemas, recorrem confiantemente à Palavra de Deus em busca duma solução fidedigna. Da próxima vez que o visitarem, por que não lhes permite deixar que lhe mostrem como tiraram proveito da sabedoria encontrada na Bíblia? Terão prazer em dirigir um estudo bíblico gratuito no seu lar, semanalmente, para que possa tirar proveito mais pleno da sabedoria de Deus, agora e no futuro.

Que espécie de governante precisa a humanidade?

UM DOS governantes mais sábios dos tempos antigos, o Rei Salomão, observou que “homem tem dominado homem para seu prejuízo”. (Ecl. 8:9) Isto se dá porque, demasiadas vezes, os governantes humanos são orgulhosos, impiedosos e opressivos. Não demonstram para com seus súditos a ternura e a preocupação que o pastor oriental tem para com seu rebanho. De fato, eles têm sido tirânicos.

A humanidade, certamente, estaria em situação muito melhor sem tais governantes ou “pastores” tirânicos. É assim que pensa também o Supremo, o Soberano do universo, Jeová Deus. Por exemplo, quando os “pastores” do antigo Israel se tornaram impiedosos para com seus súditos, Jeová os expôs, por meio de seu profeta Ezequiel, dizendo:

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel. Profetiza, e tens de dizer-lhes, aos pastores: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Ai dos pastores de Israel, que foram tornar-se apascentadores de si mesmos! Não é ao rebanho que os pastores devem apascentar? A gordura e o que comeis e com lã é que vestis a vós mesmos. Abateis o animal gordo. Não apascentais o próprio rebanho. Não fortalecestes as adoentadas, e não curastes a doentia, e não pensastes a quebrada, e não trouxestes de volta a dispersada, e não procurastes a perdida, porém, mantiveste-as em sujeição com severidade, sim, com tirania. E aos poucos foram espalhadas por não haver pastor, de modo que se tornaram alimento de toda fera do campo e continuaram a ser espalhadas. Minhas ovelhas continuaram a perder-se em todos os montes e em todo morro alto; e minhas ovelhas foram espalhadas sobre a superfície inteira da terra, sem haver quem as buscasse e sem haver quem as procurasse.”’” — Eze. 34:2-6.

GOVERNANTES DA CRISTANDADE SÃO INDESEJÁVEIS

Não atuaram os governantes da cristandade como os maus pastores de Israel ao lidarem com seus súditos, que afirmam ser “ovelhas” de Deus? Não trataram estes governantes o povo como se fosse propriedade deles, em vez de propriedade do Deus a quem professam adorar? Não foram eles, bem como os papas, os cardeais e os arcebispos, que ocuparam