na Escola do Ministério Teocrático é o mesmo usado por Jesus — sua confiança na Palavra autorizada de Deus, a simplicidade com que falou e seu uso de ilustrações. Ser a simplicidade a chave para o ensino eficiente é animador para muitos. Conforme explicou Paulo, Deus não chamou os altamente instruídos, nem os “sábios em sentido carnal, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre estirpe; mas Deus escolheu as coisas tolas do mundo, para envergonhar os sábios . . . Mas, é devido a ele que estais em união com Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria de Deus”. (1 Cor. 1:26-31) Portanto, a falta de instrução secular não deve deter a ninguém de se matricular na Escola do Ministério Teocrático, nem de transmitir a verdade a outros.

20. O que foi necessário para que Salomão usasse palavras deleitosas no ensino da verdade a outros?

²⁰ Tornar-se eficiente no ministério exige esforços de cada um. Escreveu-se até mesmo a respeito do Rei Salomão: “E além do fato de que o congregante se tornara sábio, ele ensinou também ao povo continuamente o conhecimento, e ponderou e fez uma investigação cabal, a fim de por em ordem muitos provérbios. O congregante procurou achar palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade.” Os matriculados na Escola do Ministério Teocrático têm o desejo similar de ensinar a Palavra de Jeová a todos os que buscam a verdade. Reconhecem que isto exige investigação e estudos cabais das Escrituras, para se achar palavras deleitosas que tornem a sua mensagem tanto interessante como instrutiva para seus ouvintes. Conforme observou Salomão, tais palavras bem escolhidas podem ser tão poderosas como um aguilhão para encaminhar as pessoas à estrada da vida. — Ecl. 12:9-11.

21. Como devemos falar à nossa família, mas o que devemos evitar?

²¹ Se nosso interesse, como o de Salomão, for achar e usar palavras corretas e deleitosas de verdade, então deve afetar a maneira em que falamos cada dia. Deve influir na nossa palestra com a família e com os amigos, no trabalho e no ministério de campo, porque os cristãos não devem ter duas normas no falar. Diz-se aos pais que não devem ‘irritar seus filhos’. Diz-se às esposas que elas devem ter “profundo respeito” pelo seu marido, e diz-se às crianças que devem ‘honrar pai e mãe’. (Efé. 4:31 a 5:4, 33; 6:2-4; Tito 2:7, 8) Por que deveria alguém falar dum modo que cria infelicidade na sua família, deleitar-se em divulgar tagarelice ou em fazer observações mordazes ou sarcásticas? Conforme explicou Jesus: “As coisas procedentes da boca saem do coração, e estas coisas aviltam o homem. Por exemplo, do coração vêm raciocínios iníquos, assassínios, adultérios, fornicações, ladroagens, falsos testemunhos, blasfêmias. Estas são as coisas que aviltam o homem.” — Mat. 15:18-20.

22. De que modo pode nosso coração ser motivado a falar de coisas edificantes?

²² O contrário também se dá. Se pusermos no coração a informação edificante e fortalecedora da fé que nos é provida como ‘alimento espiritual no tempo apropriado’ pelos da classe do “escravo fiel e discreto”, então as coisas que o coração nos motivará a falar serão palavras de vida, que promovem cura, paz, felicidade e reverência pelo nosso Criador. É esta a atitude de coração que vocês, pais, criam nos seus filhos? É esta a atitude que fortalecem em si mesmos por um programa regular de leitura e estudo da Bíblia? Em caso afirmativo, segue o proceder que desenvolverá no seu íntimo um bom entendimento dos propósitos maravilhosos de Jeová e que o habilitará a contribuir tanto para a “edificação da congregação”, como para uma vida feliz em família. — 1 Cor. 14:12; Sal. 19:14.

23. Em que obra que ainda continua devemos desejar participar, e como?

²³ Se for do seu desejo poder falar palavras deleitosas de verdade, assim como Salomão, Jeová o ajudará a fazer isso. Mostre isso pela maneira em que fala à sua própria família e por expressar apreço pelas coisas que Jeová proveu. (Efé. 5:20) Focalize o coração e a mente de sua família e de seus amigos no Criador, ao falar, “não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as ensinadas pelo espírito”. (1 Cor. 2:13) Por fazer isso, você, leitor, e sua família serão motivados a participar na grande obra de evangelização predita pelo porta-voz de Jeová quanto à verdade, Jesus, obra que agora se realiza em todo o mundo. Jeová preparou seu povo numa escala nunca antes vista para fazer discípulos de pessoas de todas as nações. Poderá também participar nesta obra profética, por aceitar o convite do salmista: “Toda coisa que respira — louve ela a Já. Louvai a Já!” — Sal. 150:6.

Conselheiros que mostram “brandura que pertence à sabedoria”

A CONGREGAÇÃO cristã que tiver nela homens sábios e entendidos é deveras abençoada ricamente. Pois aquilo que se aplica a uma família, aplica-se também à “família de Deus”, a saber, que “os da casa serão edificados pela sabedoria, e serão firmemente estabelecidos pelo discernimento. E pelo conhecimento se encherão os quartos interiores com todas as coisas preciosas e agradáveis de valor”. — Efé. 2:19; Pro. 24:3, 4.

Os que servem como anciãos cristãos têm o privilégio de dar aos seus irmãos conselhos da Palavra de Deus. Como pode o ancião mostrar-se “sábio e entendido” ao fazer isso? O discípulo Tiago responde: “Mostre ele as suas obras pela sua boa conduta com a brandura que pertence à sabedoria [“na humildade da sabedoria”, An American Translation; “com a modéstia que provém da sabedoria”, New English Bible; veja Negromonte; Lincoln Ramos].” Tal brandura provém dum profundo respeito e apreço pela sabedoria de Deus, a “sabedoria de cima”, e do reconhecimento modesto das próprias limitações. Esta atitude humilde protegerá o conselheiro de cometer erros prejudiciais. Aumentará grandemente a eficácia de seu conselho. — Tia. 3:13, 17, NM ed. ingl. 1971.

A BRANDURA DE ESPÍRITO ORIENTA O CONSELHO DO SÁBIO

Ocasionalmente, alguém talvez se chegue a um ancião, ou mesmo vá de um ancião para outro, procurando achar alguém que lhe dê a resposta que ele quer receber — não necessariamente a que é direita segundo os princípios bíblicos. Esta tática é similar à de alguns filhos, que lançam ou jogam um progenitor contra o outro. Às vezes, pode ser que o ancião primeiro queira perguntar se aquele que procura conselho já falou com outros, ou não, e qual o conselho que eles deram. A humildade fará com que hesite em contradizer tal conselho, especialmente se não tiver tido a oportunidade de falar primeiro com o outro conselheiro.