cidade fortificada, e uma coluna de ferro, e uma muralha de cobre contra toda a terra.” — Jer. 1:7, 17, 18.

O sábio escritor inspirado de Eclesiastes disse: “Semeia de manhã a tua semente, e não descanse a tua mão até à noitinha; pois não sabes onde esta terá bom êxito, quer aqui quer ali, ou se ambas serão igualmente boas.” (Ecl. 11:6) Lembre-se de que Deus é Aquele que faz a semente crescer. Também, as circunstâncias mudam. Por conseguinte, onde parecia não haver resultados, de repente, certo bairro brotou com muitas pessoas que mostravam interesse na verdade. — 1 Cor. 3:6, 7.

Pense também no bem que os profetas da antiguidade fizeram. Não só tiveram suas palavras tremenda influência na ocasião em que profetizaram, mas elas têm ainda maior impacto hoje. Do mesmo modo, sua pregação poderá ter resultados além de suas maiores expectativas, ajudando de diversos modos a muitos obter a vida eterna sob o reino de Deus. — 1 Tim. 4:16; Tia. 5:10, 11.

Perguntas dos Leitores

● O Salmo 5:4 diz a respeito de Jeová: “Ninguém mau pode residir contigo por tempo algum.” Então, por que permitiu Jeová que Satanás permanecesse no céu durante milênios e até mesmo comparecesse ocasionalmente na Sua presença?

O contexto revela que Satanás não ‘residiu’ com Jeová Deus no sentido usado pelo salmista Davi. No quinto salmo, Davi expressou confiança na disposição de Jeová escutar a sua oração. Daí, apresentando seu motivo para isso, Davi indicou a justeza de Deus, dizendo: “Pois tu não és um Deus que se agrade da iniqüidade; ninguém mau pode residir contigo por tempo algum.” (Sal. 5:8, 4) Tal ‘residir’ com Deus significa ser hóspede aprovado na Sua casa ou no Seu santo templo. (Veja Salmo 15:1-5.) Isto se evidencia nas palavras posteriores de Davi. Contrastando a sua própria situação com os que praticavam o que era mau, aos quais não se permitia que ‘residissem’ com Jeová, ele diz: “Quanto a mim, na abundância da tua benevolência entrarei na tua casa, curvar-me-ei em temor de ti em direção ao teu santo templo.” — Sal. 5:7.

Permitiu-se que Satanás, o Diabo, continuasse no céu durante milênios, e em certas ocasiões (evidentemente por algum motivo específico) concedeu-se-lhe estar presente numa assembléia dos filhos de Deus. (Jó 1:6, 7; 2:1) Mas, foi apenas porque se precisava resolver uma questão moral que Jeová Deus tolerou a presença de Satanás nos céus. Conforme evidencia o livro de Jó, Satanás sustentava que todas as criaturas inteligentes eram basicamente egoístas e se mostrariam infiéis e desleais a Deus, se a obediência a Ele não mais parecia ser um meio de lucro material ou pessoal. (Jó 2:4, 5) Portanto, a fim de que esta questão universalmente importante fosse solucionada, Jeová Deus permitiu que Satanás tentasse provar a sua alegação. Isto permitiu que Satanás usasse a sua influência na tentativa de persuadir outros filhos angélicos a fazer valer a sua independência, submetendo-os assim a uma prova quanto à sua lealdade a Deus.

Muitos anjos tornaram-se desleais. Mas todos estes infiéis, embora ainda tivessem acesso ao céu, perderam sua posição de confiança e responsabilidade. Foram rebaixados, postos sob restrição e privados de esclarecimento divino, adicional. É desta situação que se fala figurativamente em Judas 6: “Os anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta, ele reservou com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande dia.”

Assim, estes anjos infiéis foram expulsos da família de Deus de criaturas espirituais leais. Nem eles, nem seu governante, Satanás, continuavam a residir com Jeová Deus na maneira que haviam usufruído como seus filhos obedientes. Embora tivessem acesso ao domínio celestial, eram então proscritos.

● Por que podia Jeová dizer, conforme registrado em Deuteronômio 32:39: “Não há outros deuses comigo”, quando João 1:1 diz que “a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era deus”?

Vistos no conjunto certo, estes textos de modo algum se contradizem. Consideram assuntos inteiramente diferentes.

Em Deuteronômio 32:39 salienta-se que os deuses falsos das nações não têm nenhuma participação com Jeová nos seus atos salvadores. São incapazes de livrar seus adoradores do desastre. Isto se evidencia nos dois versículos precedentes, Deut. 32:37, 38) que rezam: “Onde estão os seus deuses, a rocha em que procuraram refugiar-se, que comiam a gordura dos seus sacrifícios, bebendo o vinho das suas ofertas de bebida? Levantem-se e vos ajudem. Tornem-se para vós esconderijo.”

Outras partes deste cântico igualmente indicam que estes deuses falsos não têm participação na expressão do poder salvador de Jeová. O Deut. 32 versículo 12 diz com referência à nação de Israel, conforme representada pelo seu antepassado Jacó: “Somente Jeová o guiava, e não havia deus estrangeiro com ele.” No entanto, começou a apostasia entre os israelitas, conforme nos dizem os Deut. 32 versículos 16, 17 e 21: “Com deuses estranhos começaram a provocá-lo ao ciúme; ofendiam-no com coisas detestáveis. Foram oferecer sacrifícios a demônios, não a Deus, a deuses que não conheciam, novos, que entraram recentemente, com os quais os vossos antepassados não estavam familiarizados. Eles, da sua parte, me provocaram ao ciúme com aquilo que não e deus.”

Com este fundo histórico, podemos avaliar que nenhum de tais deuses falsos ‘estava com Jeová’ em nada do que ele fez. Só ele é o verdadeiro Deus, ao passo que os deuses falsos são irrealidades, inexistentes e sem poder para ajudar seus adoradores em tempo de calamidade.

Quanto à referência a ser a Palavra “deus”, isto não discorda da declaração em Deuteronômio 39:39. Por que não? Porque a “Palavra” não está em oposição a Jeová, nem é seu rival, como era o caso dos deuses falsos. Também, na frase vertida “a Palavra era deus”, o termo “deus” é o predicativo do sujeito “Palavra”. O famoso erudito Westcott, co-produtor do famoso texto grego de Westcott e Hort das Escrituras Gregas, diz: “Descreve a natureza da Palavra e não identifica Sua Pessoa.” Em vista da natureza descritiva do predicativo “deus” no grego original, Uma Tradução Americana, em inglês, verte João 1:1: “A Palavra era divina.”a A Tradução do Novo Mundo, porém, retém o substantivo predicativo e indica a significação da omissão do artigo definido por omitir qualquer artigo ali na edição portuguesa, na italiana e na francesa.

Sendo Filho primogênito de Deus, “a Palavra” podia corretamente ser descrita como sendo “deus” ou poderoso, assim como outros filhos angélicos de Deus, no Salmo 8:5. (Veja Hebreus 2:6-8.) Mas, nem o Filho primogênito, nem os outros filhos angélicos fiéis de Deus estão em oposição a seu Criador, nem tentam ser iguais a ele ou substituí-lo, como fazem os falsos deuses. Todos reconhecem que a adoração é corretamente devida só a Jeová Deus. — Fil. 2:5, 6; Rev. 19:10.

[Nota(s) de rodapé]

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