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  • A febre das discotecas varre o mundo
    Despertai! — 1979 | 8 de setembro
    • O Que É Discoteca?

      Discoteca — também chamada disco — até recentemente era uma palavra quase desconhecida. O Novo Dicionário Aurélio define “discoteca”, em uma de suas acepções, como “boate cuja música é apenas de gravação”.

      Mas a discoteca envolve mais do que isso. Discoworld, uma das revistas nascidas no ardor da febre das discotecas, em 1976, explica: “Num certo sentido, a discoteca foi um retorno, na versão dos anos de 1970, do toca-discos automático. Só que desta vez os toca-discos automáticos eram mais sonoros e maiores e mais aparatosos do que nunca.”

      De modo que o termo “discoteca” não identifica apenas um lagar para dançar, assim como uma boate, mas também se refere a um tipo de música distinto, projetado para dançar.

      Mas o que torna a hodierna discoteca diferente dos anteriores locais para dançar? E como a música de discoteca difere de outra música?

      Música e Lugares Distintos

      O que dá o som caraterístico à música de discoteca é a batida pesadona do baixo, que vibra repetidamente no compasso 4/4 e em cerca de 120 batidas por minuto. A música também tem um “refrão” lírico — geralmente algo tão simples como “Eu te amo” — que é repetido vez após vez. Os alto-falantes graves geralmente são colocados embaixo perto do piso, de modo que os que dançam sentem literalmente por todo o corpo a batida forte, impetuosa. Assim, pessoas totalmente surdas podem dançar acompanhando a música, pois, embora não a escutem, podem sentir sua batida.

      Nas discotecas modernas, geralmente é tocada música de discoteca. Mas este novo tipo de música não é a única coisa que distingue as discotecas dos anteriores locais de dança. Têm também como caraterística luzes coloridas, oscilantes, frenéticas, imagens elétricas refletidas de paredes espelhadas, e tetos cintilantes. Tudo isso é projetado para criar uma experiência psicodélica.

      Contudo, o ponto central da discoteca atual é o seu sistema de som sofisticado, altamente poderoso, que pode custar centenas de milhares de cruzeiros. Os discos fonográficos, também, são produto da moderna tecnologia. Estes discos são uma mixagem eletrônica de diferentes grupos de instrumentos que gravaram suas partes separadamente e em tempos diferentes. Este processo é uma mixagem múltipla. A mixagem fantástica e as editorações animadas são o que tornam os discos de discoteca atraentes para tantos. Conforme observou Discoworld: “Apresentações ao vivo em discotecas nem se comparam com suas versões de estúdio, tecnologicamente incrementadas.”

      O papel do “disc jockey” também é importante no sucesso da discoteca. Há uma arte em mudar de uma música para outra sem quebrar o ritmo, e em saber exatamente que música tocar e quando. A revista Spinner comentou a respeito de um famoso “disc jockey”: “Por usar de iluminação e do disco psicologicamente certo, ele pode criar uma aceleração que leva as pessoas ao auge do frenesi, e desacelerar para a calma de uma canção de ninar, sem que o interesse delas se desvaneça.”

      O Começo da Febre

      O som de discoteca nasceu recentemente em Nova Iorque, derivando-se duma combinação de música negra e latina. Começou a ficar popular no verão de 1974. Por volta da mesma época, uma nova dança ensinada, dançada em par, estava também se desenvolvendo — o hustle. Esta foi a dança que deu vida à discoteca. É bem parecida com o lindy ou o jitterbug de uma geração anterior. Daí, em 1975, o cancionista Van McCoy escreveu o contagiante sucesso musical The Hustle, e a febre das discotecas começou a aumentar.

      O que realmente fez a febre das discotecas disparar, porém, foi o filme Embalos de Sábado à Noite, lançado inicialmente em fins de 1977. Até o ano passado havia rendido Cr$ 3.510.000.000,00, tornando-se um dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema. O álbum da trilha sonora vendeu uns 15 milhões de cópias, sem precendentes, superando o de A Noviça Rebelde como o álbum de maior renda na história do disco. E parece que a febre das discotecas continua a aumentar.

      Por Que as Pessoas Vão?

      Mais pessoas estão dançando do que em qualquer outro tempo de que se possa lembrar. Por quê? O que as atrai as discotecas?

      Escrevendo na revista Harper, Salley Helgesen talvez tenha resumido isso bem. “Prestem atenção”, disse ela, “as discotecas vão ser a próxima IBM. Tem que ser, as pessoas precisam compensar a falta de satisfação na vida, e não há outra coisa.”

      É verdade que muitas pessoas derivam pouca satisfação de seu trabalho, da escola, ou de outra faceta de sua vida. Desejam encontrar um escape, livrar-se das inibições, e as discotecas provêem esta oportunidade. Como disse um gerente de discoteca: “Por algumas horas por semana, eles podem desligar-se de tudo e só se embalar, e deixar que a música encha suas cabeças e impulsione tudo o mais. Por um pouco de tempo, eles podem escapar de suas vidas.”

      É compreensível que todos necessitemos de alguma distração, uma mudança de ritmo nas nossas atividades regulares. São as discotecas, porém, um lugar benéfico para se desfrutar um divertimento descontraente? Os estudantes dos 20 países, mencionados no início, expressaram sua preocupação quanto a isso. Eles eram Testemunhas de Jeová, representantes de filiais da Sociedade Torre de Vigia, e freqüentavam um curso de recapitulação de cinco semanas, em Brooklyn. Tinham eles razões para se preocupar com a ida de cristãos a discotecas?

  • Quais são suas raízes?
    Despertai! — 1979 | 8 de setembro
    • Quais são suas raízes?

      AS raízes ou origens de alguma coisa geralmente têm muito que ver com o que produz. E que dizer, então, das discotecas? Quais são suas raízes?

      Ficará surpreso. Considere a capa do número de janeiro de 1978 de Discoworld. Anunciando um dos artigos nela, dizia:

      A TURMA DAS FESTAS — AS RAÍZES HOMOSSEXUAIS DAS DISCOTECAS

      Surpreende-se com isso? Contudo, e verdade que os homossexuais têm tido muito que ver com o desenvolvimento das discotecas. E eles continuam a ser uma grande força por trás delas. O novo livro A Febre das Discotecas (em inglês) publicou uma lista de discotecas e observou:

      “Alguns leitores reconhecerão que muitas das discotecas alistadas são clubes ou discotecas homossexuais. A revista ‘Billboard’ [um periódico proeminente do ramo das diversões] estimou que pelo menos 50 por cento das discotecas no país são homossexuais, o que não é de surpreender, visto que o movimento das discotecas teve seu impulso inicial da comunidade homossexual. Invariavelmente, à medida que se espalham as notícias sobre um novo clube homossexual, com decoração e som ostentosos, pessoas normais que querem dançar começam a bater à porta.”

      Não se faz esforço para ocultar as conexões homossexuais das discotecas. Pelo contrário, observou o Free Press de Detroit, E. U. A.: “A discoteca provavelmente será lembrada como o primeiro evento cultural onde a participação homossexual foi anunciada abertamente.”

      E, mais do que isso, às vezes parece haver um certo orgulho de tais conexões homossexuais. Richard Peterson, um professor de sociologia da Universidade de Vanderbilt, cuja especialidade são as implicações sociais da música contemporânea, observou que no mundo da discoteca ser alguém homossexual “não é apenas aceitável, é até mesmo um tanto chique”.

      Realmente tem havido grandes mudanças nos anos recentes nos padrões da moralidade sexual. E as discotecas refletem esta mudança num grau maior do que qualquer outro aspecto da vida moderna. Apontando para este fato, a revista Horizon, de maio de 1977, disse:

      “Em dançar um homem com outro, e uma mulher com outra, a discoteca representa uma mudança realmente drástica na convenção social e nas atitudes sexuais.

      “Não é nem segredo nem pretexto para tagarelar o fato de que algumas das melhores discotecas na América e na Europa começaram como estabelecimentos homossexuais que passaram a abrir suas portas a qualquer um que quisesse dançar. . . . O fato de algumas discotecas serem homossexuais, ou ‘misturadas’, é observado incidentalmente nos destaques da vida noturna dos principais jornais, que aceitam como naturais certas liberdades que até bem recentemente eram base para escândalo.”

      Um Fato Preocupador?

      Muitas pessoas, em vez de se preocupar, aplaudem os padrões sexuais mutantes. Alegram-se em ver inibições serem postas de lado e acolhem as novas liberdades sexuais que são tão evidentes entre as pessoas das discotecas. Mas aqueles que têm alta consideração pelos ensinos da Bíblia estão preocupados. Por quê?

      Porque, ao invés de aprovar, ou mesmo tolerar o homossexualismo, a Bíblia o condena. Na sua lei à nação de Israel, Deus declarou: “Não te deves deitar com um macho assim como te deitas com uma mulher. É algo detestável.” (Lev. 18:22) Quão sério era esse assunto?

      A Palavra de Deus responde: “Quando um homem se deita com um macho assim como alguém se deita com uma mulher, ambos realmente fazem algo detestável. Sem falta devem ser mortos. Seu próprio sangue está sobre eles.” (Lev. 20:13) Sim, era assim que Deus encarava o homossexualismo.

      Mudou o ponto de vista de Deus? Considere essa admoestação apostólica aos cristãos: “Não sabeis que os injustos não terão parte no reino de Deus? Não vos enganeis! Nem impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem homossexuais . . . terão parte no reino de Deus. — 1 Cor. 6:9, 10, Taizé.

      Sim, a Palavra de Deus revela claramente que o homossexualismo é errado, e que aqueles que se envolvem nesse proceder na vida não usufruirão as bênçãos de Deus. Em vista disso, pode ver por que superintendentes cristãos expressam preocupação sobre a alastrante popularidade das discotecas?

      Mas as discotecas têm outras raízes. Quais são?

      Raízes da Música e da Dança

      No artigo inicial, foi observado que a música de discoteca é de popularidade recente. Mas os entendidos dizem que suas origens podem remontar a um tempo bem anterior. Num artigo de capa de setembro de 1977, “A Evolução da Música de Discoteca”, Discoworld dizia:

      “O que consolida tudo, o que faz ser música de discoteca, de fato, é a batida.

      “E saibam os desinformados que a batida da discoteca não começou numa bela manhã de 1965 . . . nem mesmo quando Van McCoy deu o modelo uma década depois com sua versão de ‘The Hustle’. A batida — a base da música de discoteca — é expressão da África.

      “Falemos de raízes. Quando vai a uma discoteca hoje em dia, basicamente está participando numa versão 1977 de cerimônias que aconteciam em priscas eras na Costa Oeste da África. É claro que a música de discoteca foi ataviada com os mais avançados aparatos tecnológicos, tais como vinte e quatro canais de gravação, sintetizadores, amplificação ultrapossante, abundância de instrumentos de corda e vocais refinados. Mas retire todos estes acessórios e então estará saracoteando na mesma batida que sem dúvida agitava os ancestrais de Kunta Kinte.”

      Ter a música de discoteca em si uma origem africana a torna objetável? É óbvio que não, não mais do que se tivesse origem na antiga Ásia, Europa ou América. O que tem que ver com a questão, contudo, é o propósito da música antiga. Que tipo de passos se dançavam com ela?

      A literatura de discoteca tem comentado sobre as danças antigas e seu propósito. De fato, o abandono selvagem desses antigos dançadores é apresentado como um modelo a ser seguido pelos modernos dançarinos de discoteca; são incentivados a abandonar as inibições que possam ter. A Discoworld de maio de 1977 disse:

      “Os nativos dançavam para exorcismar demônios e espíritos maus de seus corpos desvairados, e para convencer a Mãe Terra a dar novas colheitas. Na primavera, dançavam durante os ‘ritos da fertilidade’, para que as mulheres pudessem dar à luz crianças sadias para perpetuarem a espécie. Dançavam para celebrar uma nova vida e até mesmo para se prepararem para a morte. Mas não importa qual era o propósito exato de dançarem, toda sua dança era em verdade uma mostra de adoração a seus deuses, adoração esta que prestava homenagem a seus deuses, buscava seu favor ou procurava acalmar a ira deles . . . A atividade com freqüência ficava tão intensa que uma virgem jovem ou um cordeiro eram sacrificados, na esperança de que o sangue derramado apaziguasse os deuses.”

      Daí, como conselho para os modernos dançarinos de discoteca, o artigo prossegue dizendo: “E apenas uma questão de se abandonar. Primeiro deve liberar sua mente; daí seu corpo a seguirá. Quando eu danço, quase me projeto no astral e abandono meu corpo.”

      Outro número de Discoworld chamou atenção para as raízes da discoteca “entre adoradores do vodu, homens de tribos primitivas, na macumba brasileira, e nos bosquímanos de Calaári”, e então aconselha: “Seu corpo é um complexo de forças energéticas fundidas umas nas outras e em conexão com forças energéticas cósmicas maiores. Era assim que os antigos o viam e é assim que estamos começando a reaprender. Tente ficar cônscio de cada sensação enquanto dança, até que gradualmente perca essa consciência e se funda com o ambiente.”

      Acatam este tipo de conselho os que dançam em discotecas? Será que se deixam levar por este abandono selvagem? Observe o que o novo livro A Febre das Discotecas (em inglês) diz: “Com as discotecas veio também a dança de discoteca — um tipo de dança totalmente divorciada da disciplina do hustle, mas completamente à vontade com ele na pista de dança. . . . A dança de discoteca — quer seja chamada estilo livre, quer sem regras — é dança faça-ao-seu-modo.” Sim, é um estilo de dança sem inibições, qualquer-coisa-vale.

      Mas há objeção a isso? É errado adotar um estilo de dança que os antigos usavam na adoração de seus deuses? Sim, para os verdadeiros cristãos é. Por quê? Porque esses deuses das nações eram condenados pelo Criador, o Deus da Bíblia. Ele não aprovou as antigas danças da fertilidade, que tinham por objetivo estimular as paixões sexuais tanto dos participantes‵ como dos espectadores. Lamentando a situação que se desenvolveu entre os israelitas de antanho, a Bíblia diz:

      “Também construíram para si altos [lugares onde eram praticados ritos licenciosos], e colunas sagradas [símbolos fálicos do deus Baal], e postes sagrados [representando a deusa cananéia da fertilidade] sobre todo morro elevado e debaixo de cada árvore frondosa. E até mesmo veio a haver no país homem que se prostituía no serviço dum templo. Agiam de acordo com todas as coisas detestáveis das nações que Jeová tinha desalojado de diante dos filhos de Israel.” — 1 Reis 14:23, 24; Isa. 57:5-8.

      Contudo, há realmente base para comparação entre o que acontece nas discotecas atuais e os antigos locais onde se realizavam as sexualmente estimulantes danças da fertilidade? Olhemos mais de perto para as discotecas.

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