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Solapados os Valores do Trabalho

“A televisão é o maior programador de massas da sociedade moderna”, afirma Edward Cornish, presidente da Sociedade do Futuro do Mundo, e é “muito mais importante do que as escolas, os pais, ou as igrejas”. Sustenta que os que vêem televisão “estão sendo programados com as seguintes crenças: Todos têm direito a um elevado padrão de vida, não importa quão pouco trabalho realizem. O trabalho é, de fato em grande parte desnecessário, pois todos os problemas graves podem ser solucionados pelo produto de algum patrocinador. A pessoa não deve aplicar muito esforço no trabalho, pois isso interferiria em a pessoa divertir-se, e . . . distrair-se — divertir-se — é o objetivo da vida.”

Ao falar numa conferência especial em Washington, D.C. o sr. Cornish declarou que ao passo que os personagens da televisão são apresentados em ambientes de trabalho, estão realmente apenas brincando, realizando “pretenso trabalho — vadiando em seu emprego”. O resultado, diz ele, é que os “programas de TV estão criando uma geração de pessoas que esperam um padrão de vida sem terem de fazer muito para alcançá-lo”, sendo programadas para “crer que o verdadeiro esforço e a autodisciplina são desnecessários”.

Isto, naturalmente, não é o que Deus intencionou para o homem. Ele fez o homem para trabalhar. (Gênesis 2:15) Mas embora o homem realizasse trabalho árduo, isso lhe seria prazeroso e não maçante. A “dádiva” de Deus, diz Eclesiastes 3:13, é que “todo homem coma e deveras beba, e veja o que é bom por todo o seu trabalho árduo”. Além disso, a pessoa que teme a Deus é admoestada a ‘trabalhar arduamente, fazendo com as mãos bom trabalho, a fim de que tenha algo para distribuir a alguém em necessidade’. — Efésios 4:28.

‘Mundo em Desmoronamento’

“A impressão prevalecente” escreveu o analista internacional Gwynne Dyer a respeito dos recentes eventos noticiosos, “é a de que o mundo está-se desmoronando”. Há a possibilidade de que as manchetes estejam torcendo a realidade? Não neste respeito, diz Dyer. “As coisas realmente estão piorando.” Escrevendo para o jornal New Nigerian, Dyer declarou: “No decorrer do ano, os rumores de guerra nos países desenvolvidos, e a guerra e a violência civil reais em outras partes, ofuscaram os graves problemas globais que, em circunstâncias normais, mereceriam atenção” — tais como a recessão econômica e os problemas da dívida mundial. E contudo, “as maiores e mais mortíferas guerras”, diz Dyer “receberam relativamente pouca atenção, por terem estado em progresso durante tanto tempo”.

Isto não surpreende os diligentes estudantes da Bíblia, que foram prevenidos de que haveria “guerras e relatos de guerras” como sinal ‘da terminação do sistema de coisas’. (Mateus 24:3, 6, 7) Mas, Jesus instruiu seus discípulos a não ficarem aterrorizados com a piora das condições mundiais, dizendo: “Reanimai-vos e levantai vossas cabeças, porque está perto a vossa libertação.” — Lucas 21:28, Bíblia Mensagem de Deus.

Cristianismo sob Medida

Há “evidência convincente”, declarou a revista Newsweek “de que as religiões não são mais santuários seguros — se é que alguma vez o foram — contra a confusão moral, a ambigüidade teológica, o conflito social e a desintegração da família”. O que levou a esta conclusão? Um estudo de três anos, publicado recentemente, que, segundo o artigo, “é de tal profundidade e amplitude, que suscita sérias questões quanto ao modo em que todos os cristãos estadunidenses interpretam e praticam sua fé”. A reportagem, diz certo historiador eclesiástico, revela um “cristianismo ‘escolhido a dedo’”, em que os membros individuais selecionam ou rejeitam as crenças segundo seus próprios alvos espirituais. De fato, dois terços dos pesquisados “não viam nenhum mal em rejeitar algumas das doutrinas de sua igreja”. Certa senhora disse: “Acho que na educação religiosa, assim como em qualquer outra coisa, ensina-se-lhe o básico. À partir desse básico, você escolhe o que quer ou o disseca conforme achar apropriado.”

Entretanto, o apóstolo Paulo, sob inspiração, escreveu que isso não deveria ocorrer no caso dos verdadeiros cristãos quando disse: “Exorto-vos agora, irmãos, por intermédio do nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos faleis de acordo, e que não haja entre vós divisões, mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar.” — 1 Coríntios 1:10.