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  • Mantivemos nossa integridade por cinco décadas
    A Sentinela — 1981 | 1.° de julho
    • ficou maior, com uma assistência de mais de 500 pessoas. Outro fator inconveniente foi que houve uma batida da polícia na casa dum irmão, na semana anterior, quando foi confiscado um exemplar do suplemento do informante que anunciava os arranjos para esta assembléia María e eu estávamos presentes ao “piquenique” com nossos dois filhinhos, David e Paquito.

      O programa estava em andamento e tudo parecia normal, até que vimos repentinamente quatro homens correndo montanha acima, um deles carregando uma pistola. Mandaram que não nos movêssemos. Sim, é verdade, eram policiais à paisana. Pensando terem realmente conseguido dar um golpe, colocaram-nos a todos — homens, mulheres e crianças — dentro de caminhões que estavam à espera e que nos levaram à chefatura de polícia para identificação e interrogatório. Imagine o desgosto de alguns deles quando compreenderam que haviam apanhado famílias inofensivas, que se haviam reunido para estudar a Bíblia, em vez de um grupo político clandestino. Embora isso tudo não tenha resultado em nada, esta experiência serviu para fortalecer nossa integridade e nos ajudou a apreciar a proteção de Jeová. — Sal. 34:7.

      ATINGIDOS POR UMA TRAGÉDIA

      Por volta de 1963, nossos filhos, David, Paquito e Isabel, tinham 13, 11 e 9 anos respectivamente e progrediam bem na verdade. Era uma alegria para nós vê-los participar no serviço de campo e deleitar-se conosco nas reuniões de estudo da Bíblia que assistíamos em lares particulares.

      Então, certo dia, em março daquele ano, Paquito voltou da escola queixando-se de severas dores de cabeça. Dentro de três horas morreu de meningite.

      Ficamos tão profundamente afetados por esta terrível perda, que não sei como conseguimos fazer os arranjos para o funeral, pois mesmo nisto tivemos de contender com a Igreja Católica. Obviamente, queríamos um funeral civil e, para isso, tínhamos de obter a autorização do sacerdote paroquial local. Esta barreira foi vencida com um documento que provava que éramos Testemunhas de Jeová.

      Mais de mil irmãos, amigos e colegas comerciais apareceram em casa. Imagine a agitação que isto causou na vizinhança. O trânsito ficou obstruído, e as pessoas na rua perguntavam quem era a pessoa importante que havia morrido. Essa pessoa muito importante era o nosso querido filho, Paquito. Somente o conhecimento da esperança da ressurreição nos sustentou durante este período dificílimo. (João 5:28, 29; 11:23-25) Como pais amorosos, María e eu ansiamos o dia em que veremos novamente nosso menino e poderemos continuar a educá-lo, mas no novo sistema de coisas que Deus prometeu para esta terra — 2 Ped. 3:13; Isa 25:8, 9.

      Duas semanas após o funeral, foi chamado à chefatura de polícia e interrogado por duas horas. Seus agentes haviam espionado o ajuntamento no funeral, e era evidente que o compadecimento em massa das Testemunhas provocou sua reação. Suas perguntas eram uma tentativa de obter informações sobre os irmãos que dirigiam a obra na Espanha naquele tempo. Eu estava cônscio de suas táticas e resolvido a não dizer nada que pudesse implicar alguém mais. Disse-lhes diretamente que eu não era um Judas. Embora me ameaçassem de pesada multa, não tinham nenhuma acusação provada contra mim, e seu blefe fracassou.

      LIBERDADE HÁ MUITO ESPERADA

      Em 1967, o governo espanhol aprovou a Lei de Liberdade Religiosa, que garantia maior liberdade às religiões não-católicas. Perguntamo-nos se esta lei beneficiaria as Testemunhas e lhes concederia o reconhecimento legal. Que nossa posição quanto à pregação de casa em casa e à neutralidade cristã era um obstáculo para as autoridades políticas e eclesiásticas pareceu evidente quando a nossa inscrição no registro oficial de religiões não-católicas foi adiada até julho de 1970.

      Paco e eu esperáramos mais de 30 anos por este dia. Podíamos praticar agora a nossa religião dentro da lei, sem medo. Imagine o prazer que sentimos ao assistir à inauguração do primeiro Salão do Reino de Barcelona, em fevereiro de 1971. Nosso coração encheu-se de alegria naquele dia, ao juntarmos nossas vozes cantando cânticos do Reino, algo que as Testemunhas de Jeová não puderam fazer na Espanha durante muitos anos.

      A INTEGRIDADE E SUAS MUITAS BÊNÇÃOS

      Ao olhar para trás, para as quase cinco décadas no serviço de Jeová, tenho de admitir que sua benevolência e bênção têm-nos acompanhado, ao passo que procuramos andar no caminho da integridade. (Sal. 26:1-3) Abençoou a María e a mim com filhos leais que têm continuado nos caminhos da verdade. Até hoje, somos uma família feliz e unida, com um forte laço de amizade. Nosso filho David foi mandado para a prisão em 1972 por causa de sua posição como cristão neutro. Essa foi sua primeira separação da família, e foi uma experiência angustiante para todos nós. Mas, compreendíamos o motivo, e fortaleceu-nos vê-lo manter sua integridade cristã durante os três anos de prisão. Quando foi solto, em 1976, teve o privilégio adicional de servir em Betel, a sede da Sociedade Torre de Vigia aqui em Barcelona. Casou-se mais tarde com uma cristã dedicada, que também serviu ali com ele por algum tempo. Recentemente, tivemos a feliz bênção de nos tornarmos os avós do primeiro filho deles, Jonatan.

      Em 1976, nossa filha, Isabel, começou a testemunhar como pioneira (proclamadora do Reino por tempo integral). Agora, ela acompanha o marido no serviço de circuito, visitando congregações aqui na Catalunha.

      No decorrer dos anos, Jeová nos sustentou através de muitas provas difíceis. E, na verdade, somos pessoas bem comuns, com as mesmas fraquezas de todos os humanos. Não obstante, nossas experiências como família nos ensinaram a nos estribar pacientemente em Jeová e esperar a execução da sua vontade. Estamos decididos a continuar sustentando a resolução de Davi, expressa no Salmo 26:11, 12: “Quanto a mim, andarei na minha integridade. Oh! redime-me e mostra-me favor. Meu próprio pé certamente ficará posto em lugar plano; bendirei a Jeová no meio das multidões congregadas.”

  • “Tal pai, tal filho” — não no caso de Asa!
    A Sentinela — 1981 | 1.° de julho
    • “Tal pai, tal filho” — não no caso de Asa!

      COMO é seu pai? Ou, se você for mulher, como é sua mãe?

      Um provérbio comum em português é: “Tal pai, tal filho.” A mesma idéia é transmitida no provérbio alemão: Der Apfel fällt nicht weit vom Stamm. (A maçã não cai longe do tronco.) Estes ditos se originam do fato de que os filhos geralmente possuem características

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