forma de Deus, não deu consideração a uma usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus. Não, mas ele se esvaziou e assumiu a forma de escravo, vindo a ser na semelhança dos homens. Mais do que isso, quando se achou na feição de homem, humilhou-se e tornou-se obediente até à morte.” — Fil. 2:5-8.

Por passar por tais coisas, Jesus pôde dar sua vida humana perfeita como sacrifício expiatório para a espécie humana. Desta forma, Deus, que ama sua criação, que fez de modo tão intricado e elaborado, fez a provisão para resgatar a humanidade. O apóstolo também declarou: “Deus recomenda a nós o seu próprio amor, por Cristo ter morrido por nós enquanto éramos ainda pecadores.” (Rom. 5:8) Jamais tendo pecado nem perdido sua perfeição, como fizera Adão, Jesus Cristo recebeu de seu Pai o poder de transmitir esta herança perfeita de vida a todos os que se dirigirem a ele em fé e obediência. Disse ele: “Pois, assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E deu-lhe autoridade para julgar, porque é Filho do homem.” — João 5:26, 27.

Jesus Cristo, dotado desta autoridade e deste poder, pode regenerar todos que exercerem verdadeira fé neste arranjo. Milhões que viverão na terra, sob a regência do seu Reino, obterão a regeneração, inclusive os que então forem ressuscitados dos túmulos memoriais. É por isso que ele ensinou seus seguidores a orar ao Pai: “Venha a nós o teu reino, seja feita tua vontade, assim na terra, como no céu.” (Mat. 6:10, Hoepers, ed. 1978) Assim, a morte herdada de Adão, o pecador, será eliminada. — Rev. 21:4.

Mesmo as deturpações dos fatos podem anunciar a verdade

OS SERVOS de Deus não devem ficar surpresos quando outros deturpam os fatos sobre eles e sua mensagem. O apóstolo cristão, Pedro, escreveu aos concrentes: “Visto que não continuais a correr com eles neste proceder para o mesmo antro vil de devassidão, ficam intrigados e falam de vós de modo ultrajante.” (1 Ped. 4:4) Às vezes, tais falatórios servem para estimular outros a interessar-se na mensagem da Bíblia.

Um senhor da República do Senegal relata o que aconteceu no primeiro dia em seu novo emprego: “Meus colegas de trabalho crivaram-me de intensa propaganda contra outro senhor que não estava trabalhando naquele dia. ‘Está louco’, disseram. ‘Não consegue falar sobre outro assunto, a não ser sobre Deus, e sempre tenta desviar as pessoas de sua religião. Cuidado com ele! Ele também tentará afastá-lo da sua igreja.’

“Francamente, fiquei intrigado. Aquelas pessoas nem sequer me conheciam. Por que todos mostravam tal ‘consideração’ e ‘bondade’? Isso me tornou um tanto curioso, e fiquei ansioso de conhecer este ‘louco’ que era tão detestado.

“Na manhã do meu terceiro dia de trabalho ali, conheci alguém que não vira antes. Era entusiástico quanto a vida. Notável era sua disposição jovial e seu sorriso apaziguador. Ele me recebeu com braços abertos e estendidos. Nós seríamos colegas de trabalho, disse ele. Parecia ser perfeitamente normal em todos os sentidos. Mas eu estava certo de que era o ‘louco’ a respeito do qual todo o mundo me avisara. Sem qualquer outra apresentação, eu lhe disse: ‘Ora, você deve ser . . .’ Surpreso, ele disse: ‘Sou, sim. Mas como isto é possível? Você me conhece?’

“Expliquei que, de certo modo, pelo menos, eu o conhecia, visto que durante dois dias já tinha ouvido muito falar nele, por parte dos outros trabalhadores. Visto que tínhamos de trabalhar juntos, ele aproveitou os momentos de folga para me falar sobre as boas novas do Reino. De início, eu lhe disse que não tinha objeção a que ele falasse comigo, mas que eu não mudaria de religião por nada neste mundo. Mas, já naquela tarde a mensagem que ele pregava me soava cada vez melhor. No dia seguinte eu já tinha feito minha decisão a favor da verdade.”