‘Bem, Charles, não pode ter a Palavra de Deus em uma das mãos e maconha na outra.’ Assim, fiquei com a Palavra de Deus e abandonei a maconha. A mesma coisa aconteceu com o uso do fumo no mês seguinte.

“Mais tarde, recebi outra visita, o superintendente presidente da congregação com que se associava o empregado postal. Dali em diante, dirigiram estudos bíblicos comigo. Ao passar o tempo, mais pessoas me visitavam, de modo que, embora estivesse sozinho e sem parentes, era quem mais recebia visitas na prisão.

“O que eu aprendia da Bíblia me fez mudar por completo a minha personalidade. Deixei de ser relaxado na aparência, e senti-me movido a falar a outros sobre as boas coisas que aprendia.

“Com o tempo, senti desejo de simbolizar minha dedicação a Jeová pelo batismo em água. Mas, era um pouco difícil porque não havia nenhuma piscina na prisão. No entanto, consegui um pouco de madeira e, com ferramentas rudimentares fiz uma caixa e cobri seu interior com polietileno à prova d’água. Dentro em breve iria realizar-se na cidade em que a prisão se localizava uma assembléia de circuito das testemunhas de Jeová, foram feitos arranjos para que o superintendente de circuito e o superintendente presidente viessem à prisão, de modo que eu pudesse ser batizado.

“Continuei a falar a outros na prisão sobre as boas novas da esperança de todas as pessoas. Alguns ouviam, e iniciamos um estudo da revista ‘Sentinela’, realizado todo domingo na minha cela.

“Daí, chegou do secretário do interior uma carta. Elogiava-me pela minha conduta e mudança de personalidade. Mas, o que me deixou muitíssimo grato a Jeová foi que na mesma carta dizia-me que para cada dois dias de atividade cultural que eu executasse como publicador das boas novas, a minha sentença seria reduzida em um dia.

“Assim, então, ao invés de ficar livre em fins de 1975, hoje, em agosto de 1973, graças à bondade imerecida de Jeová, estou inteiramente livre. Fui deportado para meu país de origem, os Estados Unidos. Legalizei meu casamento com a mulher que havia sido minha concubina e que agora serve como fiel testemunha de Jeová. Estamos determinados a servir nosso Criador por todo o tempo que ele permita, no atual sistema de coisas.”

Similarmente, um rapaz de Ohio, EUA, observou como, no seu próprio caso, viver apenas para o presente, entregando-se aos chamados “prazeres”, logo o deixou sentindo que sua vida não tinha sentido. Afirma ele:

“Há dois anos parti de casa e comecei a viver por minha conta. Aluguei um apartamento junto com vários amigos e, antes que me desse conta, estava a caminho da ruína. Gastava todo dia de minha vida em conseguir tóxicos, usar tóxicos, vender tóxicos com lucro e usar mulheres para fins impuros. Como eu achava que me divertia! Mas, festas do arromba que incluíam uso excessivo do álcool, tóxicos e conduta dissoluta logo começaram a se tornar desagradáveis. As festas tornavam-se caóticas, com brigas físicas ao ponto de quase se matarem uns aos outros. Sabia que tinha de cair fora desse modo de vida e instilar alguma finalidade na minha própria vida, pois não mais tinha nenhuma razão para viver.

“Sempre cri num Criador e sempre tinha pensado: ‘Será que Ele visava que nós vivêssemos esse tipo de vida?’ Recordações de uma das testemunhas de Jeová vir à minha casa e estudar a Bíblia quando eu estava no primário me vieram então. Um amigo meu me emprestou sua Bíblia e comecei a estudá-la, passei a ir ao Salão do Reino por mim mesmo e, depois de dois anos de estudo, decidi ser batizado.”

Na verdade, a Bíblia pode enriquecer a vida das pessoas por suprir-lhes as coisas espirituais necessárias. Se estiver entre os muitos que se conscientizam de sua necessidade de ter mais do que as coisas materiais e os prazeres, por que não visita um Salão do Reino das testemunhas de Jeová perto de sua casa e vê por si mesmo de que ajuda a Palavra de Deus lhe pode ser?

Infecções pela agulha

● A epidemia de tóxicos resultou num aumento das doenças infecciosas transmitidas pelo uso de agulhas e seringas contaminadas. Picadas repetidas de agulha rompem a barreira protetora da pele e abrem caminho para as doenças infecciosas percorrerem o corpo. Em certa cidade, vinte e quatro jovens adultos morreram num ano apenas de infecções cardíacas. No caso duma jovem, as bactérias atravessaram sua pele, onde se usaram agulhas contaminadas, percorrendo suas veias, e alojaram-se numa válvula cardíaca. Apesar do tratamento com dezenas de milhões de unidades de antibióticos, ela morreu.