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  • Como sabemos que vivemos nos “últimos dias”
    A Sentinela — 1967 | 15 de dezembro
    • REFERÊNCIAS

      1 Life, 13 de março de 1964, p. 45.

      2 The World Book Encyclopedia, 1966, Vol. 20, p. 377.

      3 Evening Star de Londres, citado no Times-Picayune de Nova Orleans, 5 de agosto de 1960.

      4 West Parker de Cleveland, 20 de janeiro de 1966, p. 1.

      5 U. S. News & World Report, 13 de setembro de 1965, p. 20.

      6 The World Book Encyclopedia, 1966, Vol. 20, págs. 379, 380, 410.

      7 Ibid., págs. 410, 411.

      8 U. S. News & World Report, 1.o de agosto de 1966, 47.

      9 Weekly Graphic das Filipinas, 13 de maio de 1964.

      10 Chosun Daily da Coréia do Sul, 14 de abril de 1964.

      11 Becko— Journelen de Estocolmo, 14 de maio de 1964.

      12 Look 24 de setembro de 1923.

      13 U. S. News & World Report, 1.° de novembro de 1965, p. 80.

      14 Ibid., 19 de setembro de 1966, p. 43.

      15 Science News Letter, 18 de maio de 1963, p. 309.

      16 Look, 14 de julho de 1964.

      17 U. S. News & World Report, 25 de julho de 1966, págs. 67, 69.

      18 Intelligence Digest, setembro de 1966, p. 4.

      19 Dispatch de S. Paul, EUA, 19 de janeiro de 1963, p. 2.

      20 U. S. News & World Report, 11 de outubro de 1965, p. 144.

      21 Times de Nova Iorque, 19 de fevereiro de 1965, p. 1.

  • A fé é necessária para se agradar a Deus
    A Sentinela — 1967 | 15 de dezembro
    • A fé é necessária para se agradar a Deus

      “Sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam.” — Heb. 11:6.

      1. (a) O que diz a Palavra de Deus, a Bíblia, que aumentaria em nossos dias, e, assim, o que diminuiria? (b) Que recentes ocorrências comprovam isto?

      A PALAVRA de Deus, a Bíblia, diz-nos com respeito aos dias em que vivemos: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” (Mat. 24:12) Observamos a veracidade desta declaração e a diminuição da fé entre as pessoas da cristandade. Isto foi substanciado pelo Departamento Federal de Investigações dos EUA, quando deu a conhecer, ao publicar as estatísticas para 1963, que o número de crimes graves cometidos nos EUA aumentara 40 por cento desde 1958. Isto é cinco vezes mais que o aumento da população, de 8 por cento. Os jovens de menos de dezoito anos eram responsáveis por 50,4 por cento das prisões, nas áreas suburbanas, devido a crimes graves. J. Edgar Hoover, diretor do F. B. I., calculava de forma conservadora que o custo anual do crime nos Estados Unidos era de vinte e sete bilhões de dólares (NCr$ 72.900.000.000).a Adicionalmente, tem havido aumentos na delinqüência juvenil. A imoralidade e o divórcio por razões outras que não a concessão bíblica têm aumentado vertiginosamente, não só nos Estados Unidos, mas também em outras nações. Na Suécia, que tem um governo de igreja-estado, noticiou o American Weekly, “de cada dez mulheres suecas casadas, sete conceberam pelo menos um filho antes de chegarem ao altar”.

      2. Que avisos têm sido dados para proteger a fé?

      2 Talvez uma das causas mais destacadas seja a maneira em que as mentes das pessoas são ludibriadas por declarações anticientíficas, só porque são feitas por pessoas de proeminência. Ao fazer referência a uma circunstância assim, o apóstolo cristão, Paulo, avisou-nos em sua carta à congregação em Colossos: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo.” E, em outra ocasião, o mesmo escritor avisou a um homem jovem: “Guarda o que te foi confiado, desviando-te dos falatórios vãos, que violam o que é santo, e das contradições do falsamente chamado ‘conhecimento’. Por ostentarem tal conhecimento, alguns se desviaram da fé.” — Col. 2:8; 1 Tim. 6:20, 21.

      3. O que aprendemos de 2 Timóteo 3 quanto ao que podemos esperar em nossos tempos?

      3 É interessante examinarmos as ocorrências e as condições neste século, o vigésimo, em vista das revelações proféticas registradas há dezenove séculos atrás. A Bíblia predisse os tempos difíceis que prevalecem, que haveria degradação e colapso moral, em que as pessoas amariam mais aos prazeres do que ao Deus Onipotente, e que seriam violadores de pactos, junto com muitas outras práticas nefandas. Eis o que Paulo escreveu ao jovem Timóteo a respeito das circunstancias que ocorreriam nos “últimos dias”: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder; e destes afasta-te.” Daí, o registro revela que aqueles que têm fé e vivem com devoção seriam perseguidos; e, para confirmar novamente o aumento da iniqüidade, diz que outros seriam desencaminhados: “Todos os que desejarem viver com devoção piedosa em associação com Cristo Jesus também serão perseguidos. Mas, os homens iníquos e os impostores passarão de mal a pior, desencaminhando e sendo desencaminhados.” — 2 Tim. 3:1-5, 12, 13.

      4. Quais são algumas razões pelas quais muitas pessoas abandonaram a fé em Deus e em Sua Palavra?

      4 Alguns abandonaram a Bíblia e a fé na mesma por causa da ridícula explicação da cristandade daquilo que dizem que se acha contido nela, tal como a doutrina do inferno de fogo, e culparem a Deus pela iniqüidade, pelas guerras e inquisições. Por outro lado, algumas pessoas objetam à pureza da lei e à maneira pela qual a Bíblia advoga os princípios justos, ao passo que desejam satisfazer seus apetites carnais e sua ânsia de dinheiro, poder, prazeres e imoralidade. Ao invés de fazerem o que é certo, põem de lado a Bíblia e seguem suas próprias idéias e filosofia de vida. Outros verificam que a Bíblia aponta de forma bem vívida que o requisito de fazer a vontade de Deus abrange a associação com ministros que se empenham vigorosamente na pregação do Evangelho. Esta é uma imposição grande demais quanto ao seu tempo, e, assim, preferem seguir a lei do menor esforço e a que se ajusta aos costumes sociais “deste mundo”. A fé não é uma qualidade que todas as pessoas possuem, nem é o desejo de muitas pessoas. — 2 Tes. 3:2.

      5. Por que não esperaremos que a maioria tenha fé?

      5 Deve-se entender que não será a maioria que aceitará a Bíblia e seguirá as pisadas de Cristo Jesus, o Filho de Deus, fazendo isso fielmente e por sentir amor no seu coração ao Deus Onipotente e prestando-lhe serviço sagrado, bem como manifestando amor ao próximo. É verdade que apenas a minoria aceitará os justos decretos delineados na Palavra de Deus, a Bíblia, e os seguirá. Isto é indicado nas próprias palavras de Jesus, quando ele disse: “Estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos são os que o acham.” Isso não significa que a estrada não se ache disponível, mas que a maioria das pessoas não a procuram. Ao estabelecer um contraste com este padrão, disse também Jesus: “Larga e espaçosa é a estrada que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela.” Isto significa seguir a estrada do menor esforço, seguindo-a em conformidade com o nacionalismo e enchendo o tempo e a vida da pessoa com outras coisas, desperdiçando o tempo e os esforços da pessoa. — Mat. 7:14, 13.

      6. Quem manifestará fé? O que farão?

      6 Há na terra uma minoria dos que guardam a fé, conhecidos como testemunhas de Jeová, que têm confiança explícita na Palavra de Deus e têm dedicado suas vidas em fazer a vontade de Deus, e Deus “purificou os corações deles pela fé”. Isto está em concordância com as palavras e expressões de Jesus. Recomendou ele: “Esforçai-vos vigorosamente a entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos buscarão entrar, mas não poderão.” Por que não? Porque não colocaram o Deus Onipotente e seu amor a Ele em primeiro lugar em seus corações. — Atos 15:9, Luc. 13:24.

      FÉ

      7. O que é fé?

      7 Fé significa ter fidelidade ou lealdade como resultado das promessas de Deus. É melhor definida nas palavras do apóstolo Paulo em sua carta aos hebreus: “A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas.” A fé tem de ser real, viva, e se basear firmemente na crença de que o verdadeiro Deus é Jeová. Gera explícita confiança em sua prometida recompensa para os que o buscam. — Heb. 11:1.

      8, 9. (a) Será a fé uma qualidade inerente? (b) Qual é a diferença entre fé e credulidade? (c) De que deve estar livre a fé?

      8 A fé não é qualidade inerente, mas tem de ser adquirida, e isto é conseguido com êxito pelo estudo diligente da Palavra de Deus, a Bíblia. Pelo estudo progressivo, cultiva-se profundo amor à Bíblia e ao seu Autor, bem como ao Filho dele, Jesus Cristo. Há “um só espírito . . . um só Senhor, uma só fé, . . . um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por intermédio de todos, e em todos.” — Efé. 4:4-6.

      9 Não se deve confundir a fé com a credulidade que tanto prevalece hoje em dia. A fidelidade dum cristão não pode ser diluída com credulidade nem ao mínimo grau sequer, tal como vemos que é feito pelas pessoas, hoje em dia, que expressam crença e lealdade a várias organizações religiosas, sejam elas do paganismo ou da cristandade. Pela observação, pode-se depreender que há variedade de “fés”, sendo uma incompatível com as outras, além de não se harmonizarem com a Palavra de Deus. Isto em si mesmo mostra a importância e a necessidade de buscarmos a genuína fé cristã, que tem firme alicerce baseado em Jeová Deus, o Criador do universo, e em seu Filho, Jesus Cristo. A mesma idéia é destacada pelo apóstolo Paulo ao escrever à congregação de Tessalônica, onde mostra a necessidade de se ficar livre da ingenuidade, ao passo que pede aos irmãos que orem, para “que sejamos livrados de homens nocivos e iníquos, pois a fé não é propriedade de todos”. Quão importante, então, é adquirir e consolidar a fé, e não aceitar as teorias e as opiniões de homens e de sistemas sociais que poderiam destruí-la! (2 Tes. 3:2) A fé não pode ser diluída num grupo de cristãos, de modo a que aceitem crenças diversificadas. Só pode haver uma fé, baseada nos ensinos do verdadeiro Deus e de seu Filho, Jesus Cristo. Tal fidelidade não adulterada é possuída por uma organização dirigida por Jeová Deus, a saber, a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová.

      10. Que unidade de expressão revelam as testemunhas de Jeová, e por que é tão importante ficarmos livres da divisão de pensamentos?

      10 Em muitas ocasiões, um ministro das testemunhas de Jeová, ao participar no ministério de campo, visitando as pessoas em suas portas, encontra um morador que lhe observa: “Oh, o senhor fala a mesma coisa que a última das testemunhas de Jeová que esteve aqui.” Talvez, mais tarde, ouça uma observação semelhante: “Todas as testemunhas de Jeová falam a mesma coisa.” Sentimo-nos felizes de isto acontecer; é um bom sinal. De outra forma, não poderíamos ser uma organização que possui o espírito de Jeová, o qual resulta em unidade de pensamento, de propósito e de função, conforme tão bem recomendado em 1 Coríntios 1:10: “Exorto-vos agora, irmãos, por intermédio do nome de nosso Senhor Jesus Cristo que todos faleis de acordo, e que não aja entre vós divisões, mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar.” É óbvio, então, que com completa unidade de pensamento e de expressão, prevalecerá uma só fé.

      11. Por que o proceder da cristandade não pode ser agradável a Deus? Que quantidade de fidelidade se exige?

      11 Na cristandade, dilui-se a fé, ela não é levada em conta, e não se exige lealdade por parte de seus membros. Fundamentalmente, sem muita fé ou até mesmo com pouca fé, é impossível a pessoa obter o favor de Deus. Pode-se ver isto pelas palavras do apóstolo Paulo dirigidas aos hebreus: “Sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam.” (Heb. 11:6) Realmente não existe graduação da fé, tal como cinqüenta por cento, sessenta por cento, ou até mesmo noventa e cinco por cento, visto que não se permite nada que não seja cem por cento de fidelidade a fim de se ter a aprovação de Deus. É de interesse notar que muitos homens da antiguidade foram citados no capítulo onze de Hebreus por causa da manifestação de tal confiança em cem por cento.

      12. (a) Em que se baseia a fé, e como pode ser fortalecida? (b) Como se pode obter fé e então demonstrá-la?

      12 Para avaliarmos nossa fé, a fim de vermos se é forte ou fraca, se está baseada num alicerce verdadeiro e firme, temos de usar a vara de medir da fé, a Palavra de Deus, a Bíblia. A submissão e a obediência aos padrões de Deus são essenciais. Paulo mencionou como o apostolado se firmava na obediência à Palavra de Deus e na demonstração de fé com relação ao Seu nome. Aos romanos, mencionou a importância de “um intercâmbio de encorajamento entre vós, cada um por intermédio da fé que o outro tem, tanto a vossa como a minha”, para que a sua fé e a deles pudesse tornar-se mais firmemente consolidada. A fé que possuímos pode ser demonstrada pelas palavras que falamos, sim, a palavra da fé que pregamos: “Com o coração se exerce fé para a justiça, mas com a boca se faz declaração pública para a salvação.” Profundamente reafirmadoras são as palavras de Paulo sobre isto, ao declarar ademais: “Ninguém que basear nele a sua fé ficará desapontado.” Surge a questão quanto a como uma pessoa poderá inicialmente obter fé ou estabelecê-la fundamental e basicamente. “Como invocarão aquele em quem não depositaram fé? Por sua vez, como depositarão fé naquele de quem não ouviram falar? Por sua vez, como ouvirão, se não houver quem pregue?” Isto traz à nossa atenção que a fé poderá ser obtida inicialmente por se ouvir um ministro de Deus. Na verdade, então, Deus enviará seus ministros para pregar, de modo que multidões de pessoas possam consolidar sua fé em resultado de ouvirem a Palavra de Deus, a fonte da fé. Uma forma pela qual podemos medir nossa fé é a medida em que nos dispomos a gastar-nos no ministério cristão, ao manifestarmos nossa fé pelas nossas obras. — Rom. 1:12; 10:10, 11, 14; Tia. 2:18.

      13. Como podem as pessoas recém-interessadas na Bíblia consolidar sua fé?

      13 As pessoas recém-interessadas ou as que começam a participar no ministério podem confiar nas pessoas que são ‘firmes na fé’. Aqueles que são fortes podem “suportar as fraquezas dos que não são fortes”. Digamos ainda mais: “Que cada um de nós agrade ao seu próximo naquilo que é bom para a edificação dele”, que, neste caso, seria a sua fé. Ao mesmo tempo, esta declaração torna claro que até mesmo aqueles que são fortes, para manterem inflexível fé, têm de se manter ativos e continuar a participar na obra ministerial. Do que podem depender, de modo a manter sua fé e madureza? Estas palavras o revelam: “Porque todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras, tivéssemos esperança.” Assim, na verdade, Deus fornece a base para nossa esperança e fé. Aqueles que têm fé podem mantê-la viva, assim como Paulo ilustrou: “Ora, eu mesmo também estou persuadido quanto a vós, meus irmãos, de que vós mesmos também estais cheios de bondade, visto que fostes enchidos de todo o conhecimento, e que também podeis admoestar-vos uns aos outros. No entanto, eu vos escrevo com tanto mais franqueza sobre alguns pontos, como que para vos fazer lembrar novamente, por causa da benignidade imerecida que me foi dada da parte de Deus.” O intercâmbio de fé baseada na Palavra de Deus, por expressá-la de uns para os outros, será edificante e fortalecedor contra os empenhos dos oponentes que apresentam idéias contrárias e pressionam-nos de forma intensificada, a fim de minar a fibra moral da fé. — Rom. 15:1, 2, 4, 14, 15.

      14. Por que devemos deixar que Deus nos fale, e que advertência dá contra outras fontes de informações?

      14 Discerne-se prontamente, então, que, é preciso ter conhecimento de Jeová Deus e de Sua Palavra, a fim de se ter verdadeira firmeza. Para nos familiarizar-nos com ele, precisamos deixar que nos fale; não oralmente, por certo, mas por meio das páginas impressas da Bíblia. Esta é a única fonte básica de informações pelas quais podemos conhecer a Jeová. Neste respeito, o salmista nos acautela contra outras fontes, nas seguintes palavras: “Não ponhas a tua confiança em nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação.” Quão razoável é este conselho é o que nós avaliamos ao lermos a respeito do homem: “Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; naquele dia perecem seus pensamentos.” Confiar nos homens, então, significaria por fim perecer junto com eles e seus ensinos fúteis. — Sal. 146:3, 4.

      EXEMPLOS DE FÉ

      15, 16. (a) Que tipo de fé demonstrou Moisés? (b) Quais foram alguns outros que manifestaram forte fé, segundo o relato bíblico?

      15 Deve-se ter presente que a fé não é uma dádiva, antes, porém, é uma qualidade que tem de ser cultivada. Muitos homens da antiguidade demonstraram exemplar fé. Eram criaturas humanas comuns assim como nós; de modo que foi-lhes necessário cultivar e consolidar a fé. Não foi preciso grande fé da parte de Moisés para falar estas palavras corajosas aos israelitas fugitivos: “Não temais! Tende ânimo, e vereis a libertação que o Senhor [Jeová] vai operar hoje em vosso favor: Os egípcios que hoje vedes, não os tornareis a ver jamais. O Senhor combaterá por vós; e vós.estareis tranqüilos”? (Êxo. 14:13, 14, CBC) Daí, além disso, quanta fé foi necessária para que Moisés conduzisse mais de dois milhões de pessoas pelo vasto deserto, quando havia pouco alimento e escassez de água para tão grande multidão de pessoas! Mas, confiava em Jeová e fazia o que lhe era ordenado.

      16 Poder-se-ia enumerar muitos relatos bíblicos a respeito daqueles que possuíam fé, como Noé, Abraão, Moisés, Davi e outros. Na verdade, sua fé era genuína. Eram homens de grande fé. — 2 Ped. 2:5; Heb. 11:7, 8, 17, 24-27, 32.

      17, 18. (a) Por que Jesus não encentrará fé na cristandade? (b) Entre quem a encontrará, e qual será sua disposição mental com respeito à fé?

      17 O que dizer da atualidade? Que tipo de fé podemos esperar encontrar nos “últimos dias” em que vivemos? “Quando chegar o Filho do homem, achará realmente fé na terra?” (Luc. 18:8) É óbvio que a verdadeira fé não pode ser encontrada nas religiões da cristandade, por causa de sua íntima relação com os elementos políticos do mundo, com os planos dos líderes humanos, os planos para a paz e os planos do mundo, ao invés de ter confiança no reino de Deus sob Cristo Jesus.

      18 Aqueles que confiam nas organizações da cristandade são extremamente vagarosos em confiar no reino de Deus. No entanto, a fé no reino de Deus e a confiança em Seu poder protetor podem ser observadas na sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová. Que todos os que amam a Deus e que fazem a sua vontade continuem a cultivar a verdadeira fé e não descuidem de mantê-la forte. Não devemos permitir que o materialismo, o nacionalismo e outros interesses externos nos dominem de modo a enfraquecer nossa fé. Devemos sentir a mesma disposição mental expressa pelos discípulos de Cristo em Lucas 17:5: “Dá-nos mais fé.”

      [Nota(s) de rodapé]

      a Times de Nova Iorque, de 21 de julho de 1964, página 17.

  • Fé firme apesar da oposição
    A Sentinela — 1967 | 15 de dezembro
    • Fé firme apesar da oposição

      “Persisti em examinar se estais na fé, persisti em provar o que vós mesmos sois.” — 2 Cor. 13:5.

      1. (a) Que perguntas podemos formular a nós mesmos? (b) Como se demonstrou a fé de Paulo?

      É INTEIRAMENTE apropriado perguntar a nós mesmos: Será que nossa fé se compara à do manso, mas corajoso, Moisés? ou à do perseverante Paulo? Considere o caso de Paulo, que suportou muitos perigos por causa do seu ministério. Foi espancado, apedrejado, sofreu naufrágio, viajou sob perigosas circunstâncias, correu perigo no deserto, correu perigos no mar, passou fome, sede, e muitas vezes sentiu frio. Mesmo depois de ter cultivado forte fé, Paulo ainda admoestava aos cristãos: “Persisti em examinar se estais na fé, persisti em provar o que vós mesmos sois.” Assim ilustrou ainda mais que os cristãos têm de se examinar vigilantemente a fim de manterem uma condição leal para com Deus. — 2 Cor. 13:5; 11:25-27.

      2. Que provas de fé podemos esperar, e que exemplos temos de coragem fiel?

      2 Quando examinamos o registro bíblico, discernimos prontamente que os homens fiéis dos tempos pré-cristãos, bem como os da primitiva congregação cristã de há dezenove séculos atrás, viram-se confrontados com a oposição, a prisão injustificada, o nacionalismo e muitas outras situações similares. Todavia, suportaram destemidamente estas provas sem transigir com o adversário. Com freqüência eram feitas acusações contra eles individualmente. Alguns foram presos! Considere como José, na terra do Egito, passou dois anos na prisão, acusado dum crime do qual não era culpado. (Gên. 39:7-20) Pedro e João e os outros apóstolos foram presos por causa de continuarem a pregar sem cessar a palavra. (Atos 4, 5) Tais circunstâncias não se limitaram aos dias da primitiva congregação cristã. Também a fé das verdadeiras testemunhas cristãs de Jeová tem sido provada semelhantemente nas últimas décadas, de várias formas.

      ESPANHA

      3. Que exemplo de fé temos na Espanha, e qual foi o resultado, no que se refere à pregação?

      3 Em certa ocasião na Espanha, no ano de 1952, as testemunhas de Jeová estavam sob vigilância. Dirigiam um estudo bíblico em certa casa que visitavam repetidas vezes. Numa ocasião, a polícia secreta as esperava. Foram presas, deram-se buscas em seus lares e foram lançadas no cárcere. Além de ficarem detidas, tiveram de suportar maus tratos e ameaças, e, então, ouvindo a mesma linguagem injuriosa, foram avisadas das conseqüências se continuassem a pregar as boas novas. No entanto, mostraram inabalável fé, visto que naquele tempo havia 121 testemunhas de Jeová que participavam no ministério na Espanha, e continuaram pregando. No ano de 1966, havia 4.302 ministros. Sim, obedeceram “a Deus como governante antes que aos homens”. — Atos 5:29.

      ALEMANHA

      4. (a) Que perseguição confrontou os ministros alemães na década de 1920, e bem no inicio da década de 1930, e como derrotaram a perseguição? (b) Que decreto promulgou Hitler contra as testemunhas de Jeová na Alemanha, depois de assumir o poder?

      4 A obra ministerial das testemunhas de Jeová na Alemanha durante a década de 1920 e até 1933 sofreu muita oposição. Apenas em 1931 e 1932 houve 2.335 processos legais contra as testemunhas de Jeová. Por meio da perseverança, venceram a perseguição, conforme demonstrado pelo fato de que, durante os anos de 1919-1933 quarenta e oito milhões de opúsculos bíblicos e setenta e sete milhões de exemplares de A Idade de Ouro (agora Despertai!) foram distribuídos. Não obstante, a perseguição atingiu um clímax quando Hitler assumiu o poder e, em suas próprias palavras, declarou: “Estes chamados ‘Fervorosos Estudantes da Bíblia’ são causadores de dificuldades . . . Eu os considero impostores; não tolerarei que os católicos alemães sejam manchados de tal maneira; dissolvo os ‘Fervorosos Estudantes da Bíblia’ na Alemanha., dedico sua propriedade ao bem-estar do povo; confiscarei todas as suas publicações.” A propriedade da Sociedade em Magdeburgo foi confiscada e o governo se apoderou, levou e incendiou mais de NCr$ 67.500 em publicações, livros e folhetos. Não obstante, apesar de toda esta oposição, os cristãos fiéis continuaram pregando às ocultas.

      5. Como foi que a transigência apresentada diante dos cristãos alemães se comparava à prova oferecida a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego?

      5 Durante o regime de Hitler, foi dito a muitas delas que, se apenas assinassem um documento renunciando à sua posição como testemunhas de Jeová, poderiam ser soltas e preservar suas vidas. Alguns falharam, mas a maioria se lembrou da luta dos três hebreus que se viram ameaçados de serem lançados na fornalha ardente, se não se curvassem ao enorme obelisco erigido por Nabucodonosor na planície de Dura quando soasse a música. Ao se recusarem a tomar parte na adoração da imagem, a ira do rei se acendeu contra eles. Sua firme fé se manifestou na resposta que deram ao rei: “Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Jeová realmente os livrou porque, mesmo quando foram jogados dentro da fornalha superaquecida, segundo se nos diz, “o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos: nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles”. Esforços similares por parte do inimigo, de provocar a transigência foram frustrados pelo mesmo tipo de fé irreprimível da parte dos fiéis cristãos na Alemanha. — Dan. 3:16-18, 27, Al.

      CANADÁ

      6. O que aconteceu no Canadá durante a década de 1940?

      6 Não só na Alemanha os cristãos se viram confrontados com uma situação crítica. No Canadá, em princípio da década de 1940, a revista A Sentinela foi proscrita, e ali também durante a Segunda Guerra Mundial eles experimentaram muita perseguição e encarceramento. Na Província de Quebeque, tremendos maus tratos e fustigamento foram provados, mas isto foi vencido por meio de longas e duras batalhas nos tribunais de menor instância, chegando por fim ao Supremo Tribunal do Canadá.

      7. Que acusações foram lançadas contra as Testemunhas em Quebeque em 1949, com que perseguição resultante?

      7 Em 1949 foram feitas acusações de sedição contra as Testemunhas em Quebeque. Além da representação falsa e dos motins, elas foram acossadas por toda a Província, e caçadas sistemàticamente, presas injustamente, e detidas em cárceres infestados de parasitos e de doenças, sendo-lhes feitas exorbitantes exigências de fiança. Mas, tais intimações não são novas. Paulo foi levado ao tribunal e acusado de forma semelhante, de que “achamos que este homem [Paulo] é uma peste e atiça sedições entre todos os judeus”, quando fazia a mesma coisa que os ministros canadenses, a saber, falava aos outros a respeito do reino de Deus. — Atos 24:5.

      8. O que aconteceu por fim no Canadá devido à persistente pregação e defesa da liberdade?

      8 Os processos legais e a perseguição continuaram no Canadá por vários anos até que um acórdão favorável, de 5 votos a favor e 4 contra, do Supremo Tribunal, foi anunciado em 6 de outubro de 1953. Com esta vitória, oitocentos casos foram arquivados, como resultado de suportarem o fustigamento e o tratamento angustiante em sua contínua pregação, a fim de sustentarem a liberdade de adoração. Assim como Paulo não iria transigir por parar seu ministério, assim também as fiéis Testemunhas canadenses não o fariam, mas, antes, mantiveram a integridade e derrotaram a perseguição, por meio da fé.

      ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

      9-11 (a) Será que houve qualquer perseguição nos Estados Unidos? (b) Como foram influenciados os filhos das testemunhas de Jeová? (c) Qual foi o resultado final, como conseqüência de não haver transigência?

      9 Nos Estados Unidos, em muitas localidades, suscitou-se muita oposição e injusta perseguição contra as testemunhas de Jeová. Em Texas e Oklahoma violentos motins foram suscitados contra as testemunhas de Jeová. Em Plainfield e Jersey City, New Jersey, na parte sudeste de Pensilvânia, em Griffin, Geórgia, citando-se apenas alguns lugares, as Testemunhas foram encarceradas por pregarem o Evangelho. Seguiram-se longas batalhas legais e por fim venceram a oposição por se manterem cônscias da Palavra de Deus e manterem forte fé.

      10 Casos de saudação à bandeira surgiram, trazendo perseguição contra os filhos das testemunhas de Jeová. Como resultado de manterem integridade a Jeová, e não se curvarem, muitos dos filhos delas se viram privados de educação nas escolas públicas, sendo expulsos delas por não saudarem a bandeira.

      11 Houve numerosos processos legais por todos os Estados Unidos, à medida que as municipalidades se esforçavam de fazer vigorar leis contra vendedores ambulantes, aplicando-as contra a obra ministerial das testemunhas de Jeová. Em todos estes casos, junto com os casos de saudação à bandeira, obteve-se a liberdade de adoração por persistente empenho de se obter justiça por meio dos tribunais dos Estados Unidos, resultando em acórdãos favoráveis do Supremo Tribunal.

      12. Que perseguição houve dos jovens ministros em idade de recrutamento militar?

      12 Durante os anos de 1940-1946, que incluíam a Segunda Guerra Mundial, cerca de 4.300 jovens ministros estadunidenses foram presos e encarcerados, sendo sentenciados até a cinco anos de prisão, ao passo que se esforçavam de manter sua classificação quais ministros. A Lei do Serviço Seletivo isenta especificamente os ministros do serviço militar, mas estes ministros fiéis das testemunhas de Jeová não obtiveram tal isenção. Muitos, depois de cumprirem uma sentença e serem libertos, foram logo presos de novo e enviados de volta à prisão, para um segundo termo. Todavia, estes jovens ministros mantiveram a integridade e até mesmo aproveitaram o período de tempo que passaram na prisão, seguindo delineados programas de estudos bíblicos, continuamente consolidando sua.fé quais ministros. Sim, até mesmo pregaram, ao se apresentar a oportunidade, a guardas e a outros com quem entraram em contato.

      OUTRAS PROVAS

      13. (a) Onde mais houve perseguição? (b) Descrevam o proceder fiel seguido por certa irmã, por trás da Cortina de Ferro, e a que exemplo e conselho bíblicos ela se ajustou?

      13 Severas perseguições e proscrições ocorreram em países tais como a Itália, a Grécia, as Ilhas Filipinas e muitos outros países ao redor da terra. Em todos os casos, os oponentes se esforçavam em intimidar as testemunhas de Jeová, tentando romper sua lealdade e fidelidade a Jeová. Esplêndido exemplo de fidelidade foi manifesto por certa irmã que foi julgada num tribunal comunal do outro lado da Cortina de Ferro. O funcionário presidente terminou sua ameaça e as mulheres presentes gritaram: “Estes inimigos do estado devem ser lançados ao mar.” Este libelo não a deteve nem um iota, pois respondeu prontamente: “Estou dedicada a servir o Deus que governa o universo. Jamais o abandonarei sob nenhuma condição. Se quiserem, podem matar-me de fome, mas não abandonarei minha fé, nem farei qualquer transigência quanto à fé.” Talvez estivesse a par das palavras de Paulo: “Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, . . . nem governos, . . . será capaz de nos separar do amor de Deus.” Quanta fé ela demonstrou! Com que resultado? Foi-lhe permitido ir embora, e não se agiu mais contra ela. (Rom. 8:38, 39) Até mesmo sob graves circunstâncias, como podemos ver, exige-se a fidedignidade, e por certo as bênçãos de Jeová pairavam sobre tal irmã, visto que ela não ‘ficou temerosa dos que matam o corpo’. — Mat. 10:28.

      14. Como se podem apresentar oportunidades de transigência, no que toca à transfusão de sangue, e que conselho se deve seguir?

      14 A fé e a força das testemunhas de Jeová são amiúde provadas em relação com o receber transfusões de sangue. Muitas vezes, parentes ou amigos, que não têm entendimento das ordens de Deus, fazem severa pressão, esforçando-se de obrigar a Testemunha enferma ou ferida a perder a fé na Palavra de Deus e na Sua ordem de se abster de sangue. Não obstante, a testemunha de Jeová se apegará com firmeza ao conselho declarado em Atos 15:29: Deveis “vos absterdes de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas, e de fornicação. Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” Não se pode transigir numa questão como esta, mesmo que os cristãos obedientes sejam vituperados e escarnecidos pelos parentes ou colegas.

      15. Por que não seria correto a pessoa ter um emprego relacionado com a moderna organização babilônica?

      15 Provas de fé talvez venham sobre os cristãos cujo desejo é permanecer livres de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. A ocupação secular da pessoa talvez a leve às igrejas da cristandade, talvez por motivo de ser um construtor, ou trabalhar para um construtor cujo principal negócio é construir edifícios de igreja ou, quanto a isso, talvez trabalhar como zelador de tal edifício. Quão irônico seria um cristão, que admoesta outros em harmonia com as palavras de Revelação 18:4: “Saí dela [de Babilônia], povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas”, e, ao mesmo tempo, ser parte dela por causa do seu emprego!

      16. Que outros problemas talvez surjam devido ao emprego e o que deve o cristão fazer quanto a isso?

      16 Se a pessoa estivesse ocupada em fazer implementos de guerra ou trabalhasse para uma firma cujo produto principal estivesse nessa categoria, tal pessoa estaria colocando sua condição cristã em perigo. Reconhece-se que, sob tal situação, a pessoa não poderia deixar de seguir um proceder contrário à Palavra de Deus, que admoesta os cristãos a não receberem sangue nem a derramar sangue de nenhuma forma. Seguir tal proceder intransigente talvez traga vitupério da parte dos colegas de trabalho ou dos patrões, ou até mesmo a perda do emprego. Todavia, o cristão terá presente que não terá parte alguma nas guerras, ou nos esforços de guerra das nações. Declarou Jesus: “Não deves assassinar.” (Mat. 5:21) Ademais, corroborando com este princípio, a declaração de Paulo em 2 Coríntios 6:14-17 é de que não podemos estar desigualmente ligados a tais práticas que são definitivamente parte deste mundo sem fé. Caso o cristão se encontre em tal posição, o proceder sábio seria procurar outro emprego.

      17. (a) Que circunstâncias confrontavam Pedro e João, quando as autoridades lhes mandaram que se abstivessem de pregar? (b) O que devem fazer os ministros do século vinte?

      17 Situações similares podem surgir em relação à obra ministerial dum cristão. Por exemplo, se César proibir a pessoa de pregar estas boas novas do Reino, os cristãos mantêm-se tão resolutos sobre o assunto como os apóstolos, há dezenove séculos atrás, quando confrontados com um decreto das autoridades governantes, às instâncias dos lideres religiosos, de pararem de falar a base do nome de Jesus. Pense nisso! Isto se deu até mesmo depois de terem sido açoitados, avisando-se-lhes que não mais pregassem e se deixando que fossem embora. A integridade foi mantida de forma inquestionável. Quando todos os apóstolos deixaram o Sinédrio, ficaram “alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de serem desonrados a favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa em casa, continuaram sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo”. Esta ação não foi tomada em desafio aos poderes governantes, mas foi tomada em firme obediência à ordem de Cristo de declarar as boas novas do Reino em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, reconhecendo que ao ser terminada, virá o fim. (Atos 5:41, 42; Mat. 24:14) Muitos cristãos perderam suas posições por causa de sua resoluta posição tomada em pregar estas boas novas quando foram presas sob falsas acusações e lançadas na cadeia. Por conseguinte, os cristãos do século vinte devem manter sua posição de integridade de forma fervorosa, não negando a César as coisas que pertencem a ele, mas, apesar disto, não transigindo quanto à sua fidelidade a Deus, em continuar a pregar por todo o mundo. Com efeito, são tão resolutos como eram os apóstolos, não importa em que nação morem, e continuarão a pregar até mesmo que proscrições sejam impostas à sua obra, sim, até mesmo se isso significar encarceramento e tratamento cruel.

      RESOLUÇÕES A FAVOR DO MINISTÉRIO FIEL

      18. Quantas resoluções foram adotadas entre 1922-1928 contra quem foram dirigidas e onde foram distribuídas?

      18 Durante o período de 1922-1928, sete resoluções corajosas foram adotadas e distribuídas pela maior parte do mundo, mostrando que os juízos anunciados nas sete pragas descritas no capítulo dezesseis de Revelação se achavam sobre a moderna Babilônia, a Grande, e contra ela, bem como os elementos políticos que ela apóia.

      19. (a) Que resolução foi adotada em 1963, por quantas pessoas, e quais foram as declarações incorporadas nela? (b) Por que isto exige coragem?

      19 Em data tão recente quanto 1963, uma forte resolução foi adotada por um total geral de 454.977 pessoas nas Assembléias “Boas Novas Eternas” ao Redor do Mundo, das Testemunhas de Jeová. Em adição a incorporar em sua Resolução unida as sete pragas mencionadas acima, os congressistas inflexivelmente resolveram permanecer inarredàvelmente do lado do reino messiânico de Jeová Deus, cultivar os frutos do espírito, continuar a adoração pura e incontaminada e lutar contra as “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais” até que o satânico “governante deste mundo” e seus demônios sejam lançados no abismo. A Resolução declarava mais: “Continuaremos a declarar a todas as pessoas, sem parcialidade, as ‘boas novas eternas’ concernentes ao reino messiânico de Deus e concernentes aos seus juízos, que são como pragas para os seus inimigos, mas que serão executados para a libertação de todas as pessoas que desejarem adorar a Deus, o Criador, de modo aceitável.” É preciso coragem e intrepidez para se tomar uma posição tão firme contra a adoração nacionalista do estado político e contra a adoração ligada às organizações internacionais de paz e segurança mundiais, tais como as Nações Unidas, com seus 119 membros. Tal valente posição exige indômita fé, como a manifesta por Pedro, João, bem como por tantos outros cristãos primitivos. — Atos 4:18-21.

      20. (a) Em resultado de seguirem um proceder fiel, o que podem esperar os cristãos? (b) Quais são algumas das coisas que podem pôr em perigo a fé inabalável?

      20 Discerne-se prontamente que a fé dos apóstolos e de outros foi severamente provada ao ponto de encarceramento e/ou de morte. Os verdadeiros ministros cristãos da atualidade devem ter igual confiança e devem ter completa certeza da proteção de Jeová. É verdade que alguns não travaram uma luta árdua pela fé e se tornaram vítimas da intimidação das organizações políticas, de parentes ou de amigos, bem como não puderam evitar o engodo enlaçador do materialismo.

      ABUSOS CONTRA A FÉ

      21. Que coisas sutis poderiam perturbar a fé da pessoa?

      21 Um passo inicial para a infidelidade é a pessoa começar a regredir. Este recuo pode começar de forma muito sutil, tornando-se extremamente perigoso. Poderia ser um processo de diminuir de passo ou de recusar enfrentar o desafio das novas verdades. Poderia ser devido à preguiça, ou talvez esteja envolvida a abnegação. Deu-se um aviso específico contra a infidelidade devido à pessoa ser enganada por aqueles que confiam em seu próprio juízo e perdem visão da confiança que devem ter inteira e exclusivamente em Jeová. O irmão e discípulo de Jesus, Judas, faz referência específica a tais pessoas: “Certos homens que há muito têm sido designados pelas Escrituras para este julgamento, homens ímpios, que transformam a benignidade imerecida de nosso Deus numa desculpa para conduta desenfreada e que se mostram falsos para com o nosso único Dono e Senhor, Jesus Cristo.” (Judas 4) Somos admoestados por tais palavras, junto com o aviso de que lobos tentariam entrar furtivamente, usando vestes de ovelhas, mas sendo falsos. (Mat. 7:15) Considerando que isso era aplicável há dezenove séculos atrás, sabemos que é também profético das circunstâncias que surgiriam nestes “últimos dias”.

      22. Como poderia aquilo que lemos enfraquecer a fé?

      22 Em adição a tudo isto, a fé da pessoa talvez fique enfraquecida pelo que ela lê e assimila em sua mente, em se tratando da “alta crítica”, de confiar nos filósofos mundanos. Deve-se lembrar que, quando lemos um livro, o autor do livro se torna nosso mestre, e, por esta razão, deve-se exercer muito cuidado na seleção de material de leitura. Quando a fonte de tais informações são pessoas de fora da organização de Jeová, ou aqueles que penetraram furtivamente na organização com finalidades prejudiciais, seria uma boa hora ou ocasião de dar ouvidos ao conselho de Paulo ao jovem Timóteo, quando disse: “Continua nas coisas que aprendeste e ficaste persuadido a crer, sabendo de que pessoas as aprendeste, e que desde a infância tens conhecido os escritos sagrados, que te podem fazer sábio para a salvação, por intermédio da fé em conexão com Cristo Jesus.” (2 Tim. 3:14-16) Se houver a mínima obstrução de sua fé por parte das pessoas deste velho sistema de coisas, ou de qualquer outra fonte, livre sua mente de tais grilhões e sempre se lembre de que Jeová, o verdadeiro Deus, e Cristo Jesus, seu Filho, são nossos mestres.

      EXIGE-SE FÉ

      23. Em sua carta aos tessalonicenses, que conselho deu Paulo a respeito da fé?

      23 Exercer firmeza e perseverança, ao cumprirmos a vontade de Jeová, manterá forte a nossa fé. Somos aconselhados por Paulo: “Mantende-vos firmes e mantende-vos apegados às tradições que se vos ensinaram, quer tenha sido por mensagem verbal, quer por uma carta nossa. Além disso, o nosso próprio Senhor Jesus Cristo, e Deus, nosso Pai, que nos amou e deu consolo eterno e boa esperança, por meio de benignidade imerecida, consolem vossos corações e vos façam firmes em toda boa ação e palavra.” Estas palavras são palavras vívidas, tendo sido dadas como conselho à congregação há dezenove séculos atrás, e sendo tão valiosas e a propósito como são agora. “O Senhor é fiel, e ele vos fará firmes e vos guardará do iníquo. . . . [Que] o Senhor continue a dirigir os vossos corações com bom êxito ao amor de Deus.” (2 Tes. 2:15-17; 3:3-5) Assim como era importante para o cristão, há dezenove séculos atrás, apegar-se à organização de Jeová, assim também isto continua sendo vital, atualmente. Como?

      24. Com o que nos devemos manter ocupados agora, e o que é necessário a fim de agradarmos a Deus?

      24 Manter-nos ocupados com a declaração das boas novas nos dará força, moral e encorajamento. Lemos em 1 Coríntios 15:58: “Meus amados irmãos, tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o vosso labor não é em vão em conexão com o Senhor.” Os esforços na obra ministerial, os esforços amorosos entre os concristãos, aumentarão a fé da pessoa e promoverão a integridade. Podemos ver prontamente que tal fé, a saber, a fé somente em Jeová, nos dará forças para suportar os abusos e as intimidações das forças inimigas. Sempre tenha presente que “sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam.” — Heb. 11:6.

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