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É realmente possível levar uma vida feliz?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 1
É realmente possível levar uma vida feliz?
“É BOM estar vivo!” É assim que nos sentimos quando somos felizes. Mas, se formos realísticos, admitiremos que a vida nem sempre é assim. Há problemas. Podem ser tantos e tão graves, que a verdadeira felicidade parece apenas um sonho. Será que precisa ser assim?
2 Sabemos que uma vida feliz é produzida por diversos elementos. Para usufruirmos a vida, temos de ter bastante para comer e roupa adequada. Precisamos dum lar que nos forneça proteção e descanso. Mas, estas são apenas as coisas básicas. Companheirismo agradável e boa saúde também são importantes.
3 No entanto, mesmo os que usufruem certa medida dessas coisas ainda assim podem estar longe da verdadeira felicidade. O tipo de trabalho que fazem ou as condições em que têm de trabalhar podem privá-los do contentamento. Também, em muitas famílias, há conflito entre marido e mulher, ou entre pais e filhos. Tampouco podemos desconsiderar que todos nós enfrentamos a possibilidade duma doença ou duma morte repentina. Acha ser possível lidar com estes e outros problemas dum modo que possamos obter verdadeira satisfação? Há motivos para crer que sim. Contudo, para que alguém possa usufruir uma vida feliz, terá de ter primeiro algo que nem todos têm — um motivo para viver.
4 Sua vida precisa ter sentido, se quiser ser realmente feliz. O Professor S. M. Jourard escreve no seu livro O Eu Transparente (em inglês):
“A pessoa vive enquanto sente que sua vida tem significado e valor, e enquanto tem um motivo para viver . . . Assim que o significado, o valor e a esperança desaparecem da experiência da pessoa, ela começa a deixar de viver; começa a morrer.”
Isto está sendo agora reconhecido até mesmo na indústria. Um relatório canadense sobre o absenteísmo no trabalho fez o seguinte comentário:
“As pessoas procuram um sentido na sua vida e não se satisfazem mais com serem dentes de engrenagem dispensáveis, sem face, na máquina da sociedade.” — Atlas World Press Review.
5 Isto ajuda a explicar por que tantos ricos realmente não se sentem satisfeitos. Ora, é verdade que comem, dormem, têm família, e usufruem alguns dos prazeres e dos confortos da vida. Talvez sintam, porém, que a mesma coisa se poderia dizer a respeito de muitos animais. Deve haver mais envolvido na vida.
6 A resposta tampouco está apenas numa vida mais longa. Muitos idosos sabem de experiência que uma vida longa sem a sensação de ter realizado algo ou de ser necessário é cansativa. Já viu isso?
7 A falta dum motivo enobrecedor para a vida não se limita a pessoas de idade já avançada. Uma pesquisa realizada pela Universidade Daito Bunka, do Japão, revelou que, dentre 1.500 estudantes do segundo grau, 50 por cento das moças e 34 por cento dos rapazes já pensaram em suicidar-se. Por quê? Entre os motivos apresentados, o primeiro foi “a falta de sentido da vida”. E será que é muito diferente na Europa, nas Américas e na África? O aumento mundial dos suicídios mostra que são cada vez mais as pessoas infelizes que desistiram da vida.
8 Pode ser que nós mesmos não nos sintamos tão desesperados. Talvez achemos que podemos ter alguma felicidade, apesar de nossos problemas. Ainda assim, não podemos deixar de perguntar: Será que a vida tem realmente sentido? Como posso eu ser sempre feliz?
9 Há séculos, certo Rei examinou muitos dos empenhos na vida: constituir família, obter riquezas, melhorar de instrução, usufruir boa comida e construir edifícios impressionantes. Essas coisas podem parecer agradáveis. Ele verificou, porém, que isso também pode causar muito vexame. Perguntou:
“O que é que o homem vem a ter de todo o seu trabalho árduo e do esforço de seu coração com que trabalha arduamente debaixo do sol? Porque todos os seus dias sua ocupação significa dores e vexame, também durante a noite seu coração simplesmente não se deita. Também isto é mera vaidade.”a
10 A vaidade disso foi salientada mais adiante, quando ele descreveu o que aguarda a pessoa depois de relativamente poucos anos de vida: visão fraca, pernas e braços debilitados, dentes estragados ou faltantes, sono perturbado e finalmente a morte.b
11 Portanto, mesmo quando achamos que se pode encontrar felicidade na vida, surgem também perguntas intrigantes, que envolvem a todos nós. E isso especialmente agora. Por quê? Pois bem, o editor Vermont Royster comentou que, em pouco mais de 50 anos, os homens ampliaram grandemente seu conhecimento e sua capacidade técnica, mas, então ele acrescentou:
“Aqui há algo curioso. Na contemplação do próprio homem, de seus dilemas, de seu lugar no universo, avançamos muito pouco desde o começo do tempo. Ainda temos perguntas sobre quem somos, por que existimos e aonde vamos.” — Science Digest.
12 Naturalmente, pode-se simplesmente tentar não fazer caso de tais perguntas e ‘gozar a vida’. Há muito a favor de se ter prazer na vida, apesar de seus problemas. Mas não é realístico levar uma vida de ilusões.c Nossa vida teria verdadeiro significado e a base para a felicidade se pudéssemos começar a entender “quem somos, por que existimos e aonde vamos”. Podemos conseguir isso?
13 Pensadores ponderados amiúde chegaram à conclusão de que a resposta depende da pergunta fundamental: ‘Deus existe?’ Se Deus existe, então é lógico que ele sabe donde viemos, por que existimos e aonde vamos. Ele sabe também por que existe o mal, se este vai acabar, e, neste caso, como. E ele sabe o que podemos fazer para tornar nossa vida mais feliz e mais significativa. Então: ‘Deus existe?’
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Tem sentido que se creia em Deus?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 2
Tem sentido que se creia em Deus?
UMA das questões mais importantes com que poderá confrontar-se é: ‘Deus existe?’ A conclusão a que chegar poderá afetar seu conceito sobre a sua família, o trabalho, o dinheiro, a moralidade e até a própria vida.
2 Muitas pessoas, quando se lhes perguntasse: ‘Deus existe?’ responderiam por repetir o que leram ou ouviram de outros. Todavia, é você mesmo quem deve refletir sobre esta pergunta. O Dr. Ivar Lissner, no seu livro Homem, Deus e Mágica (em inglês), observa que uma “diferença fundamental entre o homem e o animal” é a de que “o homem não se contenta apenas com dormir, comer e aquecer-se”. O homem tem “um impulso estranho e inerente” que pode ser chamado de “espiritualidade”. O Dr. Lissner acrescenta que ‘todas as civilizações da humanidade têm tido sua raiz na busca de Deus’. Portanto, seu empenho de resolver a questão: ‘Deus existe?’ evidencia que você não tem negligenciado um atributo importante — sua espiritualidade.
3 Como poderia proceder para saber se há um ‘criador e governante do universo, um Ser Supremo’, conforme certo dicionário define “Deus”? Pois bem, a razão indica que, se há realmente um ‘criador do universo’, deve haver indícios do começo do universo, bem como evidência de desígnio e ordem. Na sua pesquisa neste respeito, convidamo-lo a considerar o que os biólogos descobriram sobre a vida, e o que os físicos e os astrônomos ficaram sabendo sobre o nosso universo, por meio de telescópios e sondas espaciais
SUA VIDA — FOI O ACASO RESPONSÁVEL POR ELA?
4 Por que não começar com você mesmo? Donde procede a sua vida? É verdade que lhe foi transmitida pelos seus pais. Mas como se originou a vida na terra?
5 No esforço de produzir vida no laboratório, para assim poder explicar como ela começou, os químicos têm lançado faíscas através de misturas de gases especiais. Um dos resultados foi alguns aminoácidos (moléculas do tipo das que constituem os ‘componentes básicos’ das coisas vivas). Estes aminoácidos, porém, não estavam vivos. Além disso, não eram o resultado dum mero acaso; foram produzidos por cientistas treinados, sob condições controladas, em laboratórios modernos.
6 Existem mais de 200 aminoácidos naturais, mas há apenas 20 especiais nas proteínas das coisas vivas. Mesmo se fosse possível que alguns aminoácidos resultassem dum relâmpago, quem escolheu precisamente os 20 certos encontrados na matéria viva? E como foram enfileirados na seqüência exata, necessária, na proteína? O Dr. J. F. Coppedge, analista de pesquisas, calculou que ‘a probabilidade de apenas uma molécula de proteína resultar dum arranjo acidental de aminoácidos é de 1 em 10287’. (Trata-se dum algarismo seguido por 287 zeros.) Ele salientou que, além disso, requer não uma, mas ‘o mínimo de 239 moléculas de proteína para a menor forma teorética de vida’. Acha que tal evidência indica que a vida resultou dum acaso cego, ou de desígnio inteligente?
7 Considere também outro tipo de experiência laboratorial, divulgada nos jornais como “criação de vida”. Os cientistas, com equipamentos complexos, tomaram um vírus produzido por um organismo vivo e separaram os seus componentes. Depois, tomaram esses componentes e os reuniram para formar um vírus. Todavia, o biólogo René Dubos explica na Encyclopaedia Britannica que é realmente um erro chamar esta façanha de “criar vida”. Nem esses cientistas, nem outros, foram capazes de produzir vida nova de matéria inanimada. Em vez de esta experiência sugerir que a vida provém do acaso, ela mostra que “todo o maquinismo biológico” necessário para a vida “teve de ser provido por uma vida pré-existente”.
8 Mesmo que os cientistas pudessem produzir proteína viva de matéria inanimada, isso simplesmente confirmaria que se precisa de vida inteligente, pré-existente, como força orientadora. É evidente que não existiam homens para dar início à vida na terra. Contudo, vida foi criada, inclusive vida humana. Então quem é o responsável? Os escritores bíblicos, há muito tempo, chegaram a uma conclusão que merece séria consideração. Um deles disse: “O sopro do Todo-poderoso deu-me vida.” Outro acrescentou: “[Deus] mesmo é o dador universal da vida.”a
9 Um exame mais detido de nosso corpo lhe ajudará a raciocinar ainda mais sobre isso.
SUAS CÉLULAS — SEU CÉREBRO — VOCÊ
10 A vida vibra no seu corpo, composto de uns 100.000.000.000.000 de pequeníssimas células. A célula é o componente básico de toda coisa vivente na terra. Quanto mais minuciosamente é estudada, tanto mais complexa parece ser.
11 Cada uma das células de seu corpo pode ser comparada a uma microscópica cidade murada. A célula contém partículas que são iguais a usinas geradoras de energia. “Fábricas” na célula produzem proteínas, bem como hormônios, que são enviados a outras partes do corpo. Há uma rede complexa de canais para transportar substâncias químicas para dentro e para fora da célula. “Sentinelas” montam guarda para controlar o que é levado para dentro e para repelir invasores. A chave de tudo isso é o núcleo, a “prefeitura” da célula. Ele dirige todas as atividades da célula e contém todas as plantas genéticas. Algumas das partes da célula são tão pequenas, que seus pormenores não podem ser vistos com clareza, nem mesmo com um microscópio eletrônico com potência de ampliação de 200.000 vezes. (Uma formiga ampliada tantas vezes, na realidade, teria mais de 800 metros de comprimento.) Qual é a explicação para tal espantosa complexidade e organização em cada uma de seus 100.000.000.000.000 de pequeníssimas células?
12 Certa vez, no passado, você era uma única célula fecundada no ventre de sua mãe. Esta célula dividiu-se para se tornar duas, depois quatro, e assim por diante. Mais tarde, algumas dessas células tornaram-se tecido muscular. Outras passaram a constituir seus olhos, seus ossos e seu coração. Como é que as células formaram cada uma das partes de seu corpo no tempo certo e no lugar certo? Por exemplo, por que formaram as células as orelhas no lugar onde devem estar, e não no seu joelho ou no seu braço?
13 Olhe ainda mais de perto. Em cada uma das células, você tem dezenas de milhares de genes, bem como o ADN vital, que informa a célula sobre como deve funcionar e se reproduzir. Diz-se que o ADN em cada célula contém informações suficientes para encher uma enciclopédia de 1.000 volumes. Foi ele quem determinou a cor de seu cabelo, a rapidez com que você cresceu, a amplitude de seu sorriso, e inúmeros outros pormenores sobre a sua pessoa. Tudo isso estava ‘escrito’ no ADN da única célula no ventre de sua mãe.
14 Perguntamos, à luz de mesmo apenas estes poucos pontos sobre a célula: Visto que não foram os nossos pais que prepararam convenientemente a incrível planta genética ou a célula, quem foi? Pode-se explicar isso razoavelmente à parte dum Projetista inteligente?
15 Dentre todos os órgãos que você possui, o mais espantoso provavelmente é aquele que nunca verá — seu cérebro. Ele se compõe de uns 10.000.000.000 de células nervosas, que é um número duas vezes maior do que o da população da terra. Cada uma desta células, por sua vez, pode ter milhares de ligações com outras células nervosas. O número total de ligações é além de imaginação!
16 Você possui armazenados no seu cérebro centenas de milhões de fatos e imagens, mas ele não é apenas um repositório de fatos. Com ele você pode aprender a atar um nó, a falar uma língua estrangeira, a cozer pão ou a assobiar. Pode imaginar como serão suas férias ou que sabor terá uma fruta gostosa. Pode analisar e criar. Pode também planejar, apreciar, amar e relacionar seus pensamentos com o passado, o presente e o futuro. Aquele que projetou o cérebro obviamente possui sabedoria muito maior do que qualquer homem, porque os cientistas admitem:
“Como essas funções são executadas por esta máquina magnificamente modelada, ordeira e fantasticamente complexa, é algo bastante obscuro. . . . os seres humanos talvez nunca resolvam todos os enigmas separados, individuais, apresentados pelo cérebro.” — Scientific American.
17 Quando reflete sobre a existência dum Criador, que é o Ser Supremo, não desperceba o restante de seu corpo. Seus olhos — mais precisos e adaptáveis do que qualquer câmara. Seus ouvidos — capazes de detectar uma variedade de sons, dando-lhe um senso de orientação e equilíbrio. Seu coração — esta bomba hidráulica magnífica, com capacidades que os melhores engenheiros não puderam duplicar. Sua língua, seu sistema digestivo e suas mãos, para se mencionarem apenas mais alguns. Um engenheiro contratado para projetar e construir um grande computador raciocinou:
“Se o meu computador precisou alguém que o projetasse, quanto mais essa complexa máquina fisio-químico-biológica que é meu corpo humano — o qual, por sua vez, é apenas uma parte extremamente minúscula do quase infinito cosmos?”
A “CAUSA PRIMÁRIA” DO UNIVERSO
18 Há uns 3.000 anos, um homem do Oriente Médio, chamado Eliú, disse: “Considera os céus e olha.”b
19 Já fez isso numa noite límpida e escura? Todos deviam fazê-lo. Apenas cerca de 5.000 estrelas podem ser vistas a olho nu. A nossa galáxia, chamada Via-láctea, porém, contém mais de 100.000.000.000 de estrelas. E quantas galáxias existem? Os astrônomos dizem que há bilhões — não de estrelas, mas de galáxias, cada uma com seus bilhões de estrelas! Quão pequenos são os homens em relação com tudo isso! Donde se originou tudo isso?
20 Os cientistas descobriram que as galáxias parecem afastar-se velozmente dum ponto central. Muitos astrônomos têm a teoria de que, há bilhões de anos, uma tremenda explosão, chamada de “grande explosão”, fez com que energia e matéria se espalhassem para formar o universo assim como o conhecemos. Sua teoria não explica o que causou isso. Mas ela tem uma implicação interessante, a saber, que houve um ponto de partida, um momento em que o universo nasceu.
“Hoje em dia, pode-se sentir o tremor do mundo científico diante do acúmulo de evidência a favor da origem do universo por uma ‘grande explosão’. Isso suscita a pergunta sobre o que veio antes disso, e a fé mais fundamental dos cientistas fica abalada ao ser confrontada com a sua incapacidade de responder às derradeiras perguntas.” — The Wall Street Journal.
21 Sim, para os que não crêem em Deus, há perguntas intrigantes: Que ou quem colocou a matéria no universo? Foi o universo criado do nada? Visto que a matéria é considerada como sendo uma forma de energia, qual é a fonte desta energia?
22 O Dr. Robert Jastrow, diretor do Instituto Goddard Para Estudos Espaciais, da NASA, observou: “Em vista de tal evidência, a idéia de que há um Deus que criou o universo é tão cientificamente plausível como muitas outras idéias.”
23 Pessoas bem-informadas, em todas as gerações, chegaram à conclusão de que tem de haver uma inteligente Causa Primária, um criador que é o Ser Supremo. A Bíblia expressa os sentimentos delas, dizendo: “Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando o trabalho das suas mãos.”c
24 Quer já tenha concluído que Deus existe, quer não, o que consideramos aqui sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre o universo, deverá ajudar a explicar por que muitas pessoas pensantes estão convencidas de que Deus existe. Isto nos leva a um assunto relacionado: Se o Criador existe realmente, não é lógico que ele se comunique com as suas criaturas e responda às nossas perguntas: Por que existimos? Por que prevalece a iniqüidade? O que nos reserva o futuro? Como podemos encontrar felicidade?
[Nota(s) de rodapé]
a Jó 33:4; Atos 17:25, Nova Bíblia Inglesa.
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos considerar a pergunta: ‘Deus existe?’ (1-3)
O que indica vida na terra? (4-9)
O que podemos aprender sobre as nossas células, que nos ajuda na consideração da existência de Deus? (10-14)
Que evidência fornece o cérebro humano de que foi projetado? (15-17)
O que leva muitos a concluir que o universo foi criado por Deus? (18-24)
[Foto na página 13]
SUAS CÉLULAS
OS MITOCÔNDRIOS produzem substâncias químicas para gerar energia.
O NÚCLEO dirige todas as atividades da célula.
OS RIBOSSOMOS fabricam proteínas e hormônios para envio a outras partes do corpo.
Uma REDE de CANAIS transporta as substâncias químicas para dentro e para fora da célula.
A MEMBRANA e as PROTEÍNAS controlam o que é levado para dentro e repelem invasores.
[Foto na página 15]
O CÉREBRO DELA
habilita-a a —
equilibrar a bicicleta,
ouvir a aproximação de carros,
cheirar as flores, sentir o vento,
vigiar o cão e
lembrar-se do caminho de volta.
[Foto na página 17]
QUEM PROJETOU O CORPO HUMANO?
CÉREBRO: É muito mais do que um computador, tendo capacidade calculada em um bilhão de vezes maior do que a usada atualmente durante a vida humana.
OLHO: É uma câmara cinematográfica em cores, totalmente automática, autofocalizadora, sem embaçamento.
CORAÇÃO: É uma bomba muito mais eficaz do que qualquer máquina inventada pelo homem. Bombeia 5.700 litros, ou mais, por dia.
FÍGADO: É um laboratório químico com mais de 500 funções. Fabrica mais de 1.000 enzimas.
OSSOS: Formam uma estrutura que pesa apenas 9 quilos, mas é tão forte como uma armação de ferro.
SISTEMA NERVOSO: É uma rede de comunicação que recebe 100.000.000 de impulsos por segundo e/ ou age segundo eles.
[Foto na página 20]
Como se originou o universo, com os seus bilhões de galáxias?
[Quadro na página 13]
“Atualmente, pelo menos 80% dos cientistas que lidam com a biologia provavelmente admitam que a biologia e a vida são reguladas por alguma força superior.
“A magnífica ordem e regulação nas diversas manifestações da vida, e nos processos básicos nos níveis celulares e moleculares, influenciam fortemente a crença na existência duma força superior.” — Journal of the American Medical Association.
[Quadro na página 19]
ORDEM DE ONDE?
O Dr. Paul Davies, lente de matemática aplicada no King’s College, em Londres, escreveu no periódico New Scientist:
“Aonde quer que olhemos no Universo, desde as extensas galáxias até os recantos mais recônditos do átomo, encontramos ordem. . . . Se a informação e a ordem sempre têm a tendência natural de desaparecer, donde se originou toda a informação que torna o mundo um lugar tão especial?”
Sir Bernard Lovell, do famoso observatório de Jodrell Bank, da Inglaterra, escreveu que seus sentimentos eram iguais aos de Albert Einstein:
“Um espanto extático diante da harmonia das leis naturais, que revela uma inteligência de tal superioridade que, comparados com ela, todos os pensamentos sistemáticos e as ações dos seres humanos são um reflexo totalmente insignificante.” — Centre of Immensities.
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Onde poderá obter orientação?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 3
Onde poderá obter orientação?
O QUE se interpõe entre você e a felicidade? São os problemas com que se confronta? Estes talvez sejam de natureza pessoal — envolvendo a saúde, o dinheiro, o sexo ou a sua família. Podem incluir o perigo do crime, a escassez das necessidades da vida, frustrações no emprego, preconceito ou a ameaça de guerra. Sim, a maioria das pessoas tem problemas que interferem na felicidade.
2 Apesar dos esforços dos homens mais instruídos e experientes, os problemas persistem e pioram. Mostra-se veraz aquilo que foi escrito há muito: ‘Não está no homem o seu caminho, não está no homem que anda o dirigir os seus passos.’a Não está claro que precisamos da orientação duma fonte mais sábia do que o homem, se esperamos encontrar felicidade eterna? Mas, onde está disponível tal orientação?
3 Muitos acreditam que o universo, em certo sentido, é o ‘livro da criação’ que confirma a existência dum Criador. Um antigo Rei hebreu concordou com isso, escrevendo: “Os céus declaram a glória de Deus.” Declarou também que o Criador forneceu informações num livro real, escrito, que pode ‘tornar o inexperiente sábio’ e alegre.b
4 Visto que os homens possuem a faculdade de comunicação — enviando até mesmo mensagens à terra, desde o espaço exterior — não é lógico que o Criador do homem possa fazer o mesmo? Além disso, visto que há muitas coisas a respeito da terra que fornecem evidência de Seu interesse na humanidade, é compreensível que ele desejaria ajudar aos homens. Sua atuação neste respeito concordaria com o que observamos numa família amorosa: os pais transmitem conhecimento e orientação aos seus filhos. Mas, como faria isso o Criador do homem em nosso benefício?
5 A escrita, já por muito tempo, é um meio excelente para transmitir informação com exatidão e com muita permanência. O registro escrito tem muito menos probabilidade de conter erros do que uma mensagem amplamente divulgada pela boca. Também, o livro pode ser reproduzido e traduzido, para que pessoas de qualquer língua possam ler a sua mensagem. Não parece razoável que nosso Criador tenha usado tal meio para fornecer informações?
6 A Bíblia, mais do que quaisquer outros escritos religiosos, tem sido encarada como comunicação da parte de nosso Criador, e, por este motivo, tem tido uma distribuição extraordinária. Isto é significativo. Se o Criador da humanidade fosse prover um livro com Sua mensagem para todos os homens, seria de esperar que esse tivesse ampla divulgação. Isto se dá com a Bíblia. Ela pode ser lida nas línguas de 97 por cento da população do mundo. Não se produziu e distribuiu nenhum outro livro em tantas centenas de milhões de exemplares.
7 Deveras, a Bíblia é o livro religioso para toda a humanidade. Por quê? A escrita dela começou perto do berço da civilização. É o único livro sagrado que traça a história da humanidade desde a sua origem. Fala também sobre o propósito de Deus, de dar às pessoas de “todas as nações da terra” a oportunidade de usufruir bênçãos eternas. — Gênesis 22:18.
8 A Encyclopœdia Britannica classifica a Bíblia como “a coleção mais influente de livros da história humana”. Tem tido a maior influência e o maior efeito na história dentre quaisquer dos escritos sagrados. Portanto, é justo dizer que ninguém pode ser encarado como completamente instruído, se não tiver lido a Bíblia.
9 No entanto, alguns têm evitado a Bíblia. Por quê? Muitas vezes isto acontece por causa da conduta de pessoas e nações que supostamente seguem a Bíblia. Em certos países, diz-se que a Bíblia é um livro que leva à guerra, que é um livro de colonialismo ou que é um ‘livro do homem branco’. Mas, tais conceitos são errôneos. A Bíblia foi escrita no Oriente Médio. Ela não aprova as guerras coloniais, nem a exploração gananciosa, realizadas em nome do cristianismo. Ao contrário, lendo a Bíblia, verá que ela condena fortemente as guerras egoístas, a imoralidade e a exploração de outros. A culpa é das pessoas gananciosas, não da Bíblia. (Tiago 4:1-3; 5:1-6) Portanto, não deixe que a má conduta de pessoas egoístas, que vivem em desacordo com o conselho da Bíblia, impeça que você tire proveito de seus tesouros.
O QUE ENCONTRARÁ?
10 Muitos ficam surpresos quando lêem a Bíblia pela primeira vez. Acham que ela não é primariamente um livro de observâncias ou credos religiosos. Tampouco é uma coleção de declarações ou filosofias vagas que têm pouco significado para a pessoa comum. Ela trata de pessoas reais, que tiveram preocupações e problemas iguais aos nossos. Também, por apresentar os tratos de Deus com a humanidade no passado, ela oferece entendimento de Sua vontade para nós, hoje. Exortamo-lo a ler Gênesis, o livro inicial da Bíblia. Dos seus relatos interessantes poderá aprender muito sobre o propósito de Deus para com toda a humanidade. Encontrará lições sobre o que pode estragar a felicidade da pessoa. Ficará também sabendo de características de personalidade, e de ações, que trazem bom êxito e que agradam a Deus.
11 Alguns dos 66 livros individuais da Bíblia tratam da história e das atividades religiosas do antigo Israel. (Êxodo, Josué, e o Primeiro de Samuel, são alguns exemplos, de que certamente gostará.) Esta história foi registrada para que pudéssemos tirar proveito dela. (1 Coríntios 10:11) Portanto, embora Deus não esteja mais dirigindo determinada nação, nem espere que todos cumpram as leis que deu apenas ao antigo Israel, podemos aprender muito de tais livros bíblicos. E, conforme veremos mais adiante, o que Deus fez a favor dos israelitas (bem como os sacrifícios de animais que lhe ofereciam) tem significado para a nossa vida.
12 Para obter uma visão geral da Bíblia, deveria ler também pelo menos uma das narrativas da vida de Jesus. O curto Evangelho de Marcos é um bom exemplo. Depois, deleite-se com o registro emocionante da fundação do cristianismo, apresentado nos Atos dos Apóstolos. Veja então uma amostra do conselho prático da Bíblia para os cristãos, conforme encontrado na Carta de Tiago. Tal amostra básica de todas as diversas partes da Bíblia lhe ajudará a ver por que ela tem sido tão estimada no decorrer dos séculos.
13 Se umas poucas coisas que ler na Bíblia o deixarem perplexo, tenha paciência. Ela contém muitas coisas profundas, conforme é de esperar dum livro provido pelo Criador para ser estudado pela humanidade no decorrer de séculos. (2 Pedro 3:15, 16) Com o tempo, encontrará as respostas a muitas perguntas, porque os relatos bíblicos estão relacionados entre si. As perguntas que surgem sobre determinada passagem serão respondidas por outros textos. Quanto mais você ler, tanto mais útil e satisfatória achará a Bíblia. Também, verá logo que aquilo que a Bíblia diz é bem diferente dos ensinos e das práticas da maioria das igrejas. Isto o induzirá a querer ler todas as Escrituras, e poderá ver-se recorrendo a elas vez após vez.
A BÍBLIA — DE QUE FONTE É?
14 É provável que conheça pessoas que respeitam a Bíblia como literatura ou como sabedoria antiga, mas que acham que ela é produto de homens, não a Palavra de Deus. Quais são os fatos?
15 Lendo a Bíblia, verá que seu conteúdo foi escrito por diversos homens. Moisés foi o primeiro, a partir de 1513 A.E.C. O último homem foi João, apóstolo de Jesus, que escreveu perto do fim do primeiro século E.C. Ao todo, cerca de 40 homens escreveram os diversos livros da Bíblia. Que espécie de homens eram? Eram homens humildes, que estavam dispostos a expor tanto as suas próprias faltas como as de sua nação. Sua honestidade é digna de nota, porque também diziam que escreviam o que Deus lhes mandara. Poderá ver exemplos disso em 2 Samuel 23:1, 2; Jeremias 1:1, 2 e Ezequiel 13:1, 2. Não nos deve induzir isso a considerar seriamente a afirmação da Bíblia, de que “toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa”? — 2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20, 21
16 Aquilo que os escritores bíblicos escreveram é diferente, em muitos sentidos, da maioria dos registros antigos. Conforme qualquer estudante de história antiga sabe, os registros do Egito, da Pérsia, de Babilônia e de outras nações antigas incluem mitologia e flagrantes exageros sobre os governantes e suas façanhas. A Bíblia, em contraste, destaca-se pela verdade e pela exatidão. Está cheia de nomes específicos e de pormenores que podem ser confirmados, e até mesmo datados. Por exemplo, o capítulo cinco de Daniel contém informações sobre um governante babilônico chamado Belsazar. Por muito tempo, os críticos afirmavam que Belsazar nunca existiu, mas foi inventado por Daniel. Em anos recentes, porém, foram descobertos e traduzidos registros em tabuinhas de argila, que concordam com os pormenores do relato de Daniel. Por este motivo, o Professor R. P. Dougherty (da Universidade Yale, E.U.A.) escreveu que a Bíblia é mais exata do que outros escritos e prova que o livro de Daniel foi escrito quando a Bíblia mostra que foi. — Nabonidus and Belshazzar.
17 Se fosse a Jerusalém, poderia percorrer um antigo túnel de água escavado na rocha sólida. Este túnel comprido foi descoberto e limpo apenas dentro do último século. Por que é isso de interesse? Porque confirma o que foi registrado na Bíblia há mais de 2.000 anos, sobre o Rei Ezequias trazer água para dentro de Jerusalém. — 2 Reis 20:20; 2 Crônicas 32:30.
18 Os acima são apenas dois dos muitos exemplos provando que a Bíblia é histórica e geograficamente fidedigna. No entanto, há mais envolvido do que apenas a exatidão, pois, alguns livros modernos de história são exatos. A Bíblia contém coisas que não poderiam ser explicadas se fosse apenas um livro de origem humana. Estas convenceram muitos dos que pesquisaram detidamente a Bíblia de que ela procede dum Ser Supremo.
19 Embora a Bíblia não fosse escrita como compêndio científico, quando toca em assuntos científicos, ela é exata e demonstra conhecimento que não estava disponível aos homens no tempo em que foi escrita. Por exemplo, o Dr. Arno Penzias (premiado com o Prêmio Nobel de 1978) disse sobre a origem do universo:
“Meu argumento é que os melhores dados que temos são exatamente assim como eu teria predito, se não tivesse nada mais em que me basear do que os cinco livros de Moisés, os Salmos, a Bíblia como um todo.”
Além disso, Gênesis alista o aparecimento progressivo de formas de vida na mesmíssima ordem que agora é geralmente aceita pelos cientistas. (Gênesis 1:1-27) E ao passo que outras nações ensinavam mitos tais como a terra ser sustentada por elefantes ou por um gigante, a Bíblia indica corretamente que ela está suspensa sobre o nada e que a terra é redonda. (Jó 26:7; Isaías 40:22) Como sabiam os escritores bíblicos coisas que os cientistas “descobriram” apenas em tempos mais recentes? A informação deve ter vindo duma fonte maior do que eles mesmos.
20 Há algo ainda mais significativo que lança luz sobre a origem da Bíblia. É a profecia. Os homens podem adivinhar eventos futuros, mas não podem constantemente predizer o futuro com algum grau de exatidão. (Tiago 4:13, 14) A Bíblia, porém, faz isso. Muito antes de Babilônia tornar-se império mundial e desolar Jerusalém, Deus fez com que o profeta Isaías predissesse que Babilônia seria derrubada em derrota. Com cerca de dois séculos de antecedência, Deus mencionou por nome a Ciro como sendo o conquistador de Babilônia e disse como a cidade seria capturada. Isaías registrou também em pormenores precisos a desolação final de Babilônia, quando tal calamidade estava então ainda mais de 1.000 anos no futuro. (Isaías 13:17-22; 44:24 a 45:3) Tudo isso se cumpriu. E o mesmo se deu com as profecias bíblicas sobre Tiro e Nínive. (Ezequiel 26:1-5; Sofonias 2:13-15) Poderá visitar suas ruínas no Oriente Médio e verificar a prova por si mesmo.
21 O livro bíblico de Daniel, com muita antecedência, predisse explicitamente outros acontecimentos internacionais. Babilônia seria conquistada pela Medo-Pérsia, a qual, por sua vez, seria derrotada pela Grécia. Depois de o destacado líder da Grécia (Alexandre, o Grande) cair na morte, quatro de seus subordinados assumiriam o governo do ex-império. (Daniel 8:3-8, 20-22) Trata-se de história de longo alcance, escrita de antemão, e ela realmente se cumpriu conforme predita. Como sabia isso Daniel? A única resposta satisfatória é declarada na própria Bíblia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” Isto interessa a nós, pois, conforme será considerado num capítulo mais adiante, a Bíblia contém profecias sobre coisas que têm acontecido em nosso tempo. Ainda mais, ela descreve vividamente coisas que ainda estão no futuro.c
22 Além de tratar do futuro, a Bíblia ajuda-nos a lidar com bom êxito com o presente. Ela explica por que existe tanto sofrimento e ajuda-nos a entender o objetivo da vida. Oferece orientação do Criador sobre como podemos pessoalmente vencer problemas e encontrar a maior felicidade na vida, agora e no futuro. Capítulos posteriores tratarão de alguns dos problemas da vida, bem como do conselho realístico da Bíblia. Primeiro, porém, devemos conhecer melhor Aquele que proveu tal conselho.
[Nota(s) de rodapé]
a Jeremias 10:23, Revised Standard Version.
c Se quiser estudar mais sobre a Bíblia como livro de autoria divina, queira obter o livro intitulado “É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus?, publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
[Perguntas de Estudo]
Por que é razoável que Deus tenha provido um livro de orientação? (1-5)
Que motivos há para examinar a Bíblia? (6-9)
Que espécie de informação é encontrada na Bíblia? (10-13)
Que evidência indica se a Bíblia é apenas de origem humana? (14-19)
O que é significativo nos comentários bíblicos sobre eventos futuros? (20-22)
[Foto na página 22]
Os satélites feitos pelo homem podem enviar mensagens à terra. Não pode o Criador fazer mais?
[Foto na página 27]
O TÚNEL DE EZEQUIAS
Pode-se percorrer este antigo túnel de água em Jerusalém. Ele confirma a exatidão da Bíblia.
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Aprenda algo sobre o que não pode verFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 4
Aprenda algo sobre o que não pode ver
MUITAS das coisas mais fascinantes não podem ser vistas por nós. Por exemplo, visto que a maravilha do desenvolvimento dum bebê no ventre por muito tempo foi um “milagre” invisível, as primeiras fotografias disso foram bem espantosas.
2 Há outras coisas importantes que não podem ser vistas por nós, tais como as forças do magnetismo e da gravidade. Contudo, são reais. Podemos aprender muito sobre elas por observar os efeitos que produzem. Algo similar se dá com Deus. No entanto, se estivermos interessados em aprender algo sobre o nosso Criador — o que devemos fazer — teremos de fazer empenho. — Veja João 3:12.
3 Há principalmente duas maneiras de sabermos algo sobre Deus, a quem não podemos ver. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, mencionou uma, escrevendo: “As suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade.” (Romanos 1:20) Sim, a criação atesta a existência dum Ser Supremo. Além disso, ela fornece indícios sobre as suas qualidades, sobre como ele é. A segunda maneira é muito mais importante, porque fornece informação mais exata sobre Deus. Trata-se da revelação escrita encontrada na Bíblia.
COMO É ELE?
4 Conforme registrado na Bíblia, Jesus disse que “Deus é Espírito”. (João 4:24) Isto quer dizer que o Criador não possui um corpo físico de carne, assim como nós. Isso não deve ser difícil de ser aceito por aqueles que estão familiarizados com realidades invisíveis, tais como a gravidade, o magnetismo e as ondas de rádio. Uma grande diferença com Deus, porém, é que ele é uma Pessoa viva e inteligente, com qualidades que podemos discernir. Quais são algumas delas?
5 Já observou alguma vez enormes ondas abaterem-se contra uma costa rochosa? Ou já observou a tremenda força dum vulcão? Estas são apenas indicações em pequena escala do poder que o Criador deve ter, porque foi ele quem fez a terra e suas forças.
6 Os cientistas explicam, com a famosa equação de Einstein, E=mc2, que toda a matéria não é nada mais do que energia encerrada em átomos básicos. Os homens mostraram que isso é assim por meio da explosão de suas bombas atômicas. Mas, sabia que essas tremendas explosões liberam menos de um por cento do potencial energético dos átomos? Imagine o espantoso poder do Criador, que juntou todos os átomos no universo. Milhares de anos antes de Einstein nascer, as Escrituras reconheceram que o Ser Supremo é a fonte de enorme energia. (Isaías 40:29) É com boa razão que as Escrituras o chamam repetidas vezes de “Deus Todo-poderoso”. — Gênesis 17:1; Revelação 11:17.
7 Deus tem usado muitas vezes o seu poder de maneira a afetar diretamente os homens. Um exemplo disso é o êxodo, quando Deus libertou Moisés e os israelitas do Egito. Talvez queira ler em voz alta o breve relato disso em Êxodo 13:21 a 14:31. Imagine-se entre os que estavam sendo protegidos por uma espantosa coluna de nuvem, de dia, e por uma flamejante coluna de fogo à noite. Como se teria sentido quando parecia que o exército perseguidor o tinha encurralado contra o Mar Vermelho? Imagine, porém, observar Deus usar seu poder para formar a água em altas muralhas em ambos os lados, para que você pudesse escapar. Que Deus! — Êxodo 15:1, 2, 11; Daniel 4:35.
8 O êxodo mostrou também a capacidade de Deus de realizar coisas à distância. Para isto, ele usa sua invisível força ativa, seu espírito, ou espírito santo. Embora esta força ativa seja impessoal, ela pode exercer poder, igual a uma forte brisa de ar. Deus usou seu espírito para criar o universo material. (Salmo 33:6; Gênesis 1:2) Mas ele também pode usá-lo para fortalecer e ajudar pessoas. — Juízes 14:5, 6; Salmo 143:10
9 Quem projeta e depois monta certa máquina certamente tem conhecimento de sua estrutura e funcionamento. Portanto, não nos assegura aquilo que vemos na terra e nos céus que Deus tem um vasto conhecimento? Os químicos passam a vida toda procurando entender a constituição das substâncias naturais. Quanto conhecimento deve ter Aquele que criou estas substâncias! Também, os cientistas estudam a célula e as formas minúsculas de vida. O Criador tinha de conhecer estes campos cabalmente para poder produzir a vida em primeiro lugar!
10 O conhecimento de Deus abrange toda a extensão do universo. Ele pode chamar por nome todos os bilhões de estrelas que criou. (Isaías 40:26) Depois de falar apenas sobre parte do vasto conhecimento de Deus, o homem chamado Jó confessou humildemente: “Fiquei sabendo que és capaz de fazer todas as coisas, e não há idéia que te seja inalcançável.” (Jó 42:2) Não temos amplos motivos para pensar o mesmo?
11 Deus é também a personificação da sabedoria, porque aplica seu conhecimento com bom êxito. Por exemplo, projetou as plantas para que possam combinar água e bióxido de carbono do ar na forma de açúcares e amidos, necessários como alimentos para homens e animais. As plantas podem também fabricar complexas gorduras, proteínas e vitaminas, que usamos para manter-nos com saúde. Todo o nosso alimento depende dum espantoso ciclo que envolve o sol, a chuva, os relâmpagos e as bactérias no solo. (Jeremias 10:12; Isaías 40:12-15) Ao passo que se chega a aprender os tratos de Deus, chega-se a apreciar no coração por que certo escritor bíblico exclamou: “Ó profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus!” (Romanos 11:33) Não é assim que gostaria de sentir-se a respeito do Deus que recebe a sua adoração?
PERSONALIDADE ATRAENTE
12 Pode-se ver facilmente que o Criador tem consideração e provê com abundância. Já mencionamos algumas coisas sobre as suas providências para haver alimento. Mas um escritor dos salmos bíblicos disse:
“És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas. Dão de beber a todos os animais do campo; . . . Fazes crescer a erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento, o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração.” — Salmo 104:10-15, Imprensa Bíblica Brasileira.
Deus preparou a terra de tal modo, que há mais do que suficiente alimento para toda a humanidade. A trágica escassez de gêneros alimentícios, que causa tanto sofrimento, usualmente resulta da ganância ou da má administração do homem.
13 Nosso Criador provê mais do que abundantemente os suprimentos necessários para sustentar a vida. Também os torna agradáveis. Deus poderia ter provido alimento nutritivo totalmente sem gosto. Mas, em vez disso, temos uma infindável variedade de sabores deliciosos em alimentos salutares. Também, não despercebamos que Deus nos fez de modo tal, que podemos deleitar-nos com a beleza das cores, tais como as das flores e das frutas. E ele nos deu a faculdade de ter prazer no som da música. Que sentimentos para com Deus cria tudo isso em você?
14 Pensando nisso, muitos foram induzidos a concluir que Deus deve ser muito amoroso. Estão convencidos de que ele o é. A Bíblia concorda com isso, porque o apóstolo João escreveu: “Deus é amor.” (1 João 4:8) O Criador é a própria personificação do amor; esta é a sua qualidade predominante. Se alguém lhe perguntasse como é Deus, esta seria provavelmente a sua primeira resposta. Ele expressa amorosamente cordial afeição pelos homens. Deus não é uma idéia abstrata, nem uma deidade remota. Ele é uma pessoa afetuosa, com quem podemos ter uma relação amorosa. Jesus disse que seus seguidores podiam orar a Deus como a seu Pai, alguém achegado a eles e que está interessado neles. — Mateus 6:9.
15 Se você realmente amar alguém, desejará o bem para tal. Deus sente o mesmo para com os homens. Por amor, ele nos adverte sobre coisas que poderiam prejudicar-nos. Estes avisos são proteção. Também, ajudam-nos a entender as normas de Deus, e como ele agirá ou reagirá. Por exemplo, a Bíblia nos diz que ele odeia a mentira. (Provérbios 6:16-19; 8:13; Zacarias 8:17) Isto nos assegura que o próprio Deus não pode mentir; podemos crer completamente em tudo o que ele diz. (Tito 1:2; Hebreus 6:18) Portanto, quando encontramos declarações bíblicas que alguém talvez possa considerar como restritivas, devemos reconhecer que elas refletem a personalidade amorosa e justa de Deus, e seu interesse em nós.
16 Ajudando-nos ainda mais a encarar Deus como pessoa com quem podemos relacionar-nos, a Bíblia mostra que ele tem outros sentimentos, além do amor. Por exemplo, ele ficou ‘penalizado’ quando o homem se rebelou contra os seus modos justos. (Salmo 78:8-12, 32, 41) Ele se ‘alegra’ quando os homens defendem o que é direito. (Provérbios 27:11; Lucas 15:10) Quando cometemos erros, ele é compassivo, misericordioso e compreensivo. Achará ser encorajador ler sobre isso no Salmo 103:8-14. E o Criador é imparcial, provendo sol e chuva a todos, e aceitando a adoração de pessoas sem consideração de raça ou nacionalidade. — Atos 14:16, 17; 10:34, 35.
17 A felicidade é algo que a maioria de nós quer. Temos assim motivos para chegar a conhecer o Altíssimo. A Bíblia descreve-o como o “Deus feliz”, e mostra que ele quer que nós sejamos felizes. (1 Timóteo 1:11; Deuteronômio 12:7) Sempre é recompensador dos que mostram ter fé nele. (Hebreus 11:6; 13:5) E Deus tornou possível que os homens fossem saudáveis e felizes eternamente, conforme consideraremos em capítulos posteriores.
“O” DEUS
18 Outra coisa importante que a Bíblia revela sobre o Criador é que ele tem um nome pessoal. Em hebraico, este foi escrito com quatro consoantes, assim: יהוה. A maioria das línguas modernas costuma ter uma versão comum deste nome distintivo. Em português usa-se Jeová. O Salmo 83:18 nos diz que as pessoas deveriam saber “que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra”. (Veja João 17:6.) Note que somente ele é o Altíssimo. Há apenas um Ser Supremo. Os antigos israelitas expressavam isso amiúde do seguinte modo: “Jeová, nosso Deus, é um só Jeová. E tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua força vital”. — Deuteronômio 6:4, 5; veja João 17:3.
19 Nosso Deus, Jeová, é eterno, conforme já a razão indica. Os cientistas dizem que o universo tem bilhões de anos de idade. De modo que o Criador do universo, obviamente, já deve ter existido antes disso. Isto concorda com ele ser chamado na Bíblia de “Rei da eternidade”, sem princípio, nem fim. (1 Timóteo 1:17; Revelação 4:11; 10:6) Os poucos milhares de anos que o homem está na terra são apenas um breve instante em comparação com a eternidade de Jeová. — Salmo 90:2, 4.
OUTROS SERES QUE NÃO PODEMOS VER
20 A Bíblia revela que existem pessoas criadas que também são espíritos. Depois de o Todo-poderoso ter existido sozinho por um longo tempo, decidiu criar outras pessoas espirituais. Inicialmente, ele produziu “o primogênito de toda a criação”, “o princípio da criação de Deus”. (Colossenses 1:15; Revelação 3:14) Este primogênito estava com o Deus Todo-poderoso no começo da criação. Jeová pôde mais tarde usá-lo também como porta-voz, ou Palavra, na comunicação com outros. (João 1:1-3; Colossenses 1:16, 17) Por fim, este Filho primogênito foi enviado à terra para se tornar homem. É conhecido como Jesus Cristo. — Gálatas 4:4; Lucas 1:30-35.
21 Operando por intermédio deste primeiro Filho criado, Deus fez outras criaturas espirituais, comumente chamadas de anjos. Estes servem a Deus como mensageiros e realizam deveres no universo, inclusive serviços a favor dos homens. — 2 Pedro 2:11; Hebreus 2:6, 7; Salmo 34:7; 103:20.
22 Tanto a lógica como a Bíblia indicam que o Filho primogênito, que tanto foi criado como foi enviado à terra por Deus, não poderia ser igual ao seu Pai. Alguns dos que afirmam crer na Bíblia ensinam que Jesus e seu Pai são partes iguais duma deidade composta. Esta idéia não é nova, porque muitas religiões antigas adoravam grupos de deuses. Mas a Bíblia, contrária a isso, diz claramente que Jesus, como pessoa separada, recebeu poder de seu Pai todo-poderoso. Ela nos assegura que o Todo-poderoso sabia coisas que Jesus não sabia, e que, nem quando estava na terra, nem depois disso, Jesus Cristo foi ou é igual ao seu Pai. — João 5:30; 8:28; 14:10, 28; Marcos 13:32.
23 Durante milhares de anos no céu, o Filho usufruía uma relação íntima com o Deus Todo-poderoso, de modo que podia aprender de Deus e imitar seus modos. Assim, quando um discípulo pediu: “Mostra-nos o Pai”, Jesus respondeu: “Quem me tem visto, tem visto também o Pai.” (João 14:8, 9; 1:18) Estudando o relato bíblico sobre a vida terrena de Jesus, podemos aprender muito sobre o Pai, tal como por que Deus faz certas coisas e como espera que nós sejamos. Jesus disse certa vez: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” (João 14:6) É vital que cheguemos a conhecê-lo melhor e que assim também cheguemos a conhecer o Pai. A leitura do Evangelho de João é uma excelente ajuda nisso. Ao se entregar a ela, não se concentre nos meros fatos ou pormenores, mas procure assimilar o espírito de como era Cristo. Ele era o homem mais importante sobre quem pode aprender algo.
PRECISAMOS DE DEUS
24 Ao passo que aprendemos algo sobre o Todo-poderoso por observar a criação e ler a Bíblia, torna-se evidente que os homens não foram criados para viverem independentes dele. Fomos criados para estarmos em relação com Deus, de quem recebemos a vida e cujas provisões diárias sustentam a nossa vida. A tentativa de ser independente dele e de sua Palavra, a Bíblia, pode ser comparada a alguém tentar achar o caminho através duma selva desconhecida sem ter um bom mapa. Com o tempo, ele poderá ficar completamente perdido e morrer por falta de provisões para sustentar a vida. O mesmo se dá com os homens que deixam a Deus de lado e eliminam de sua vida a orientação dele. A Bíblia e a história asseguram-nos que, para usufruirmos o melhor da vida, precisamos de mais do que apenas alimento, roupa e abrigo. Para sermos realmente felizes, temos de ter orientação e ajuda de nosso Criador. — Mateus 4:4; João 4:34.
25 Muitos outros sabem pouco sobre o Criador. Ao passo que entrar em contato com tais pessoas e conforme a oportunidade permitir, por que não aproveita transmitir-lhes algumas das boas coisas que consideramos aqui? É muito bom quando alguém está inclinado a compartilhar com outros as verdades importantes que veio a saber sobre Jeová, nosso amoroso Pai celestial. — Salmo 40:5.
[Perguntas de Estudo]
Como é possível aprendermos algo sobre um Deus invisível? (1-3)
Por que pode ter certeza do espantoso poder de Deus e de sua capacidade de usá-lo? (4-8)
O que devemos saber sobre Deus quanto a conhecimento e sabedoria? (9-11)
Que proveito se tira da demonstração da personalidade de Deus? (12-14)
Como mostra Deus seu amoroso interesse em nós? O que acha disso? (Salmo 30:4, 5) (15-17)
O que podemos saber sobre o nome de Deus e a duração de sua vida? (18, 19)
Por que Deus não está sozinho no céu? (20, 21)
Qual é a relação entre o Pai e o Filho? (22, 23)
Por que deve Deus ser importante na sua vida? (24, 25)
[Foto na página 33]
O poder de Deus partiu o Mar Vermelho.
[Fotos na página 36]
O que indicam sobre Deus o sol, a chuva e o solo produtivo?
Não provê Ele com abundância e amor?
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Poderá lidar com os problemas da vidaFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 5
Poderá lidar com os problemas da vida
“A VIDA está cheia de problemas”, dizem as pessoas. Você talvez concorde com isso.
2 Muitos são afligidos por dificuldades financeiras: contas, inflação, insegurança no emprego, ou encontrar moradia decente. Sérios problemas conjugais e familiares são comuns. O sexo, o álcool ou os tóxicos são problemas para muitos jovens. Para os mais idosos, o declínio da saúde traz consigo dificuldades. Todas estas coisas criam danosas tensões e pressões emocionais.
3 Quão bem se sai ao lidar com os problemas da vida? As notícias a respeito de ampla depressão e de suicídios indicam claramente que muitos simplesmente não sabem lidar com os problemas. Mas há milhões de pessoas que não perdem seu equilíbrio quando confrontadas com a adversidade. Por quê?
4 Estas últimas aprenderam a confiar no conselho do Criador da humanidade, encontrado na Bíblia. Nenhum psicólogo, nem conselheiro matrimonial, nem redator duma coluna de conselhos dum jornal, sabe mais sobre a vida do que Deus. Ele criou os primeiros humanos, de modo que tem conhecimento cabal de nossa constituição física, mental e emocional. (Salmo 100:3; Gênesis 1:27) Melhor do que qualquer homem de vida curta, Jeová sabe o que se passa dentro de nós e por que agimos de certo modo. — 1 Samuel 16:7.
5 Além disso, ele conhece melhor os problemas que nos defrontam neste mundo, do que qualquer de nós. Jeová tem observado os problemas da humanidade — todos eles — não apenas por uns poucos anos, mas desde o tempo do primeiro homem. A Bíblia nos diz: “Jeová olhou desde os céus, viu todos os filhos dos homens. . . . Fitou todos os que moram na terra. . . . Considera todos os trabalhos deles.” (Salmo 33:13-15) Isto significa que ele sabe o que funciona e o que não funciona, para resolver quaisquer problemas que tenhamos.
6 De maneira generosa, ele torna possível que tiremos proveito de seu conhecimento e de sua experiência. A Bíblia contém seu conselho, apresentado de tal modo, que se ajusta às nossas necessidades, não importa qual a nossa situação na vida e sem tomar em conta onde vivemos. Conforme diz o Salmo 19:7-11: “A lei de Jeová é perfeita, fazendo retornar a alma. A advertência de Jeová é fidedigna, tornando sábio o inexperiente.”
7 Consideremos brevemente como estas advertências podem ajudar alguém a lidar com dois sérios problemas pessoais, a saber, a severa tensão e a solidão. Depois de considerarmos a ajuda prática da Bíblia para eles, examinaremos outros problemas comuns, envolvendo dinheiro, o casamento e os entorpecentes.
PODERÁ LIDAR COM BOM ÊXITO COM A TENSÃO?
8 Poucos diriam que nunca sentiram uma severa tensão. Quanto mais aumentam nossas dificuldades individuais — por causa do dinheiro, da família, do sexo e do crime — tanto mais severa se torna a tensão. Uma recente reportagem jornalística comentou que aquilo que melhor caracteriza os nossos tempos não é o modo de agir ou a maneira de se vestir. É “a terrível sensação de tensão”.
9 Sabia que a tensão pode até mesmo abreviar a sua vida? Note:
“Chamada de ‘Matador do Século Vinte’, a tensão surge principalmente das demandas psicológicas da vida contemporânea. Os males físicos que gera contribuem agora para um vasto número de casos hospitalares e de mortes, cada ano — pelo menos dezenas de milhões.” — To the Point, revista noticiosa da África.
“A tensão severa ou prolongada pode tornar o corpo mais vulnerável a doenças, desde irritações da pele e o resfriado, até ataques cardíacos e o câncer.” — The Wall Street Journal, E.U.A.
Mesmo os ainda por nascer ficam afetados. A tensão das mulheres grávidas, tal como a proveniente de discórdia conjugal ou do temor do desemprego, pode causar dano físico, mental e emocional à criança no ventre.
10 A tensão causa também dano por criar outros problemas. Por causa dela, muitos perdem horas de trabalho, o que aumenta seus problemas financeiros. Ela gera violência, até mesmo no matrimônio. Certo marido escreveu:
“Cada dia fico mais tenso e nervoso. Sinto vontade de invectivar todos, e é minha esposa quem costuma sofrer com isso. Sinto vontade de embriagar-me, mas isso tampouco adianta.”
11 Um pouco de tensão é normal na vida, e não é necessariamente má. Sair da cama, de manhã, envolve tensão, assim como também assistir a um emocionante jogo de futebol. O que prejudica é a tensão (ou aflição) severa e prolongada. Naturalmente, muitas das pressões que sofremos talvez pareçam inevitáveis, envolvendo outras pessoas ou circunstâncias na nossa própria vida. Não obstante, há algo que podemos fazer a respeito da tensão prejudicial? Se soubermos lidar melhor com a tensão, isso talvez diminua outros problemas, tais como os que afetam a nossa saúde.
12 Uma chave para lidar com a tensão foi dada por um homem reconhecido mundialmente como o maior instrutor que já viveu, Jesus Cristo. Quando se lhe perguntou sobre qual era o mais vital de todos os mandamentos de Deus, Jesus respondeu: ‘Tens de amar a Jeová de todo o teu coração, alma e mente. E tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’ (Mateus 22:37-39) Aplique isso e será ajudado a lidar com a tensão.
13 Por exemplo, quando lida de modo amoroso com o seu cônjuge ou os seus parentes, é bem provável que aumente a paz. Cria-se um ambiente de cordialidade e felicidade. A tensão diminui. Sim, este conselho bíblico pode ser seguido com resultados positivos na redução da tensão.
14 Nem se limita isso à família. Quando aplica o conselho bíblico de mostrar amor — inclusive a ‘regra áurea’, de fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem — as pessoas gostam mais de você. (Lucas 6:31) Tem sido assim no emprego, na escola e na comunidade. Ora, pode haver algumas fricções, mas certamente serão menores. É fácil de ver que, em resultado, você enfrentará menos tensão.
15 Até mesmo nos círculos científicos se reconhece que aquilo que a Bíblia recomenda ajuda às pessoas a reduzir a tensão e a lidar com ela. O Professor Hans Selye (da Universidade de Montreal, Canadá) uma das mais destacadas autoridades em efeitos da tensão, aconselhou:
“Em vez de confiar em drogas ou em outras técnicas, acho que há outra maneira, melhor, de lidar com a tensão, envolvendo adotar uma atitude diferente para com os diversos acontecimentos da nossa vida.”
Ele salientou a necessidade de uma “filosofia de comportamento segundo a qual as pessoas possam viver”, que contribuiria “muito mais para a humanidade em geral do que qualquer outra descoberta”. Qual é? Depois de 40 anos de estudos da tensão, ele disse que a solução resumia-se essencialmente no — amor.
16 Por que se dá que, mesmo no dia-a-dia, é tão prático mostrar amor, assim como a Bíblia recomenda? Por que funciona isso? O Dr. Selye disse:
“As duas grandes emoções que provocam a ausência ou a presença do estresse são o amor e o ódio. A Bíblia frisa vez após vez este ponto. A mensagem é que, se não modificarmos de algum modo nosso egoísmo inato, suscitaremos o temor e a hostilidade em outras pessoas. . . . Quanto mais persuadirmos as pessoas a nos amar, ao invés de nos odiar, tanto mais seguros ficaremos, e tanto menos estresse teremos de suportar.”
17 A ira é outra causa de tensão. Todos nós nos iramos às vezes, conforme a Bíblia reconhece. Mas, ela aconselha: “Melhor é o vagaroso em irar-se do que o homem poderoso, e aquele que controla seu espírito, do que aquele que captura uma cidade.” (Provérbios 16:32; Efésios 4:26) Portanto, a advertência de Deus é que, quando nos iramos, evitemos acessos de ira ou ‘explodir de raiva’. Amiúde acontece que os que desconsideram tal conselho explodem com palavras injuriosas ou entram em brigas violentas. Isto resulta às vezes em dano físico ou em rancor, com tensão permanente. Por isso, ao ponto em que puder seguir o conselho sábio e prático da Bíblia sobre a ira, a tal ponto será ajudado a lidar com a tensão.
18 Para citar mais um exemplo, a Bíblia ajuda-nos também a reduzir a tensão por exortar-nos a levar uma vida diversificada e equilibrada. Alguns sempre trabalham freneticamente, outros raras vezes trabalham. Alguns são sempre sérios, outros nunca o são. Qualquer destes extremos quase invariavelmente causa problemas e resulta em tensão. No entanto, leia os comentários em Eclesiastes 3:1-8, onde Deus diz que há um tempo para toda atividade. Conforme pode ver, a Bíblia apresenta um conceito realístico, bem como mais equilibrado, sobre a vida. O trabalho é bom, em contraste com a preguiça. A Bíblia exorta também as pessoas a se descontraírem um pouco e a gozarem dos frutos dos seus labores. (Eclesiastes 3:12, 13; 10:18; Provérbios 6:9-11) É proveitoso gastar algum tempo em reflexão séria sobre o significado da vida e como devemos levá-la. No entanto, é também valioso descontrair-se com a família e os amigos. Ao ponto em que pudermos aplicar o conselho da Bíblia sobre o equilíbrio, a tal ponto teremos menos problemas com a tensão.
COMO LIDAR COM A AGONIA DA SOLIDÃO
19 “A solidão é universal”, disse o assistente social Henry Regehr, de Toronto, Canadá. “Pare qualquer pessoa na rua e diga: ‘Fale-me sobre a sua solidão’, e ouvirá histórias e mais histórias.” Numa pesquisa entre 52.000 pessoas, mais de 40 por cento disseram que “muitas vezes se sentem solitárias”. Era a sensação que mais constantemente trazia desconforto, estragando a felicidade. Tampouco faz distinção entre as pessoas, atingindo idosos e jovens, homens e mulheres. Embora possamos pensar numa pessoa não casada, tal como uma viúva, como sendo uma pessoa tipicamente solitária, alguns dos mais desesperadamente solitários são os casados que não conseguem comunicar-se.
20 Muitos procuram afastar a solidão com o sexo ilícito, ou afogá-la com bebidas alcoólicas, ou amortecê-la com uma comilança compulsiva. Mas as causas ainda permanecem. Um fator é o crescimento das cidades grandes, onde se pode estar cercado de pessoas, e ainda assim se sentir extremamente solitário. A dissolução do casamento tem aumentado o problema. Até mesmo a televisão parece ter aumentado a solidão por reduzir a conversação.
21 O que se pode fazer para lidar com a solidão? Embora não queiramos simplificar demais o problema, pode-se dizer que a Bíblia pode ajudar qualquer pessoa a lidar melhor com a solidão. Por que se dá isso? Em primeiro lugar, a solidão muitas vezes leva à depressão e à perda do amor-próprio. O cultivo duma boa relação com o Criador pode ajudar a restabelecer tal pessoa. Ela pode desenvolver maior senso de valor, reconhecendo que Deus está interessado nela, o que pode resultar num conceito mais positivo sobre a vida. (Mateus 18:10) Além disso, a Bíblia delineia para os cristãos um modo de vida que pode ajudar a aliviar a solidão.
22 Muitas vezes se diz às pessoas solitárias que devem “manter-se ocupadas”. Isto tem certo valor. Mas a Bíblia dá um conselho mais realístico e prático. Ela exorta os cristãos a serem ativos em fazer o bem aos outros, o que também produz felicidade. (Atos 20:35) Temos um exemplo disso em Dorcas, que gastava tempo em fazer coisas para outras cristãs, muitas das quais eram viúvas. Os esforços dela ajudaram-nas em sentido material e provavelmente também a vencer a solidão. Ao mesmo tempo, a própria Dorcas não era solitária, mas amada. Talvez goste de ler sobre ela em Atos 9:36-42.
23 Uma atividade muito satisfatória para muitos cristãos tem sido a de ajudar outros a aprender algo sobre Deus e a Bíblia. De fato, o apóstolo Paulo disse que a liberdade para fazer isso em grau maior é uma das vantagens dos solteiros, sendo que, naturalmente, também os ajudaria a vencer a solidão. (1 Coríntios 7:32-35) O próprio Paulo é um exemplo disso. Leia em Atos 17:1-14 como Paulo, apesar de oposição incomum, se manteve ocupado, ajudando muitos na cidade de Tessalônica. Note então o resultante sentimento de intimidade com eles, mencionado em 1 Tessalonicenses 2:8. Centenas de milhares de Testemunhas de Jeová podem hoje atestar quão satisfatório é estar ocupado em ensinar a Bíblia a outros.
24 Também, as Testemunhas de Jeová reúnem-se regularmente em grupos para estudar as Escrituras. Enquanto aprendem, gozam também da cordial associação cristã. É verdade que só estar na presença de outros não é em si mesmo a resposta para a solidão, conforme sabem muitos dos moradores de cidades. Mas os que assistem a tais reuniões estão entre cristãos que se esforçam a aplicar de coração a exortação bíblica de se interessarem genuinamente em outras pessoas. (Filipenses 2:4) Estas reuniões são ocasiões estimulantes e felizes. Os presentes juntam-se numa breve oração a Deus, algo que muitos acharam de ajuda para se darem conta de que nunca estão sozinhos. (João 16:32) Exortamo-lo a assistir a uma reunião das Testemunhas de Jeová. Poderá observar ali como seguir o conselho bíblico ajuda muitos a lidar com a solidão e com outros problemas, tais como os que envolvem as finanças ou a família.
[Perguntas de Estudo]
Que motivo de otimismo temos quanto aos problemas da vida? Como está Deus envolvido nisso? (1-7)
Quão severo é o problema da tensão? (8-11)
Como nos pode ajudar o conselho bíblico a lidar com a tensão? (12-14)
O que descobriram os cientistas a respeito do conselho bíblico sobre o amor? (15, 16)
De que outro modo pode ajudar-nos o conselho bíblico com respeito à tensão? (17, 18)
Quão sério é o problema da solidão? (19, 20)
Que conselho bíblico pode ajudar a vencer a solidão? Como? (21-23)
De que valor é a associação cristã? (Eclesiastes 4:9, 10) (24)
[Foto na página 41]
INFLAÇÃO
DOENÇA
INSEGURANÇA NO EMPREGO
PROBLEMAS FAMILIARES
MORADIA
[Foto na página 49]
Fazer o bem aos outros, assim como fazia Dorcas, ajuda a vencer a solidão.
[Quadro na página 45]
AS SITUAÇÕES MAIS ‘TENSAS’ DA VIDA
ESCALA EVENTO NA VIDA
1 O falecimento do cônjuge.
2 Divórcio.
3 Separação conjugal.
4 Sentença à prisão.
5 O falecimento dum membro achegado da família.
6 Danos ou doenças pessoais.
7 Casamento.
8 Ser despedido do emprego.
9 Reconciliação conjugal.
10 Aposentadoria.
11 Mudança na saúde dum membro da família.
12 A gravidez.
13 Dificuldades sexuais.
14 Aumento da família.
15 Reajustes comerciais.
Baseado na pesquisa feita pelos Drs. T. Holmes e R. H. Rahne: “Madureza Moderna.”
[Quadro na página 50]
Na sua própria vida congregacional, as Testemunhas constituem uma comunidade genuína de confiança e aceitação. . . . As Testemunhas de Jeová oferecem [à pessoa] uma estratégia alternativa da vida, que dá aos seus aderentes um modo de encontrar uma identidade e amor-próprio, uma comunidade de aceitação e uma esperança para o futuro.” — Religious Movements in Contemporary America.
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Problemas financeiros — o que poderá ajudar?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 6
Problemas financeiros — o que poderá ajudar?
“O BANQUETE faz você feliz e o vinho o alegra, mas não pode ter nenhum dos dois sem dinheiro.” — Eclesiastes 10:19, Good News Bible.
2 O dinheiro causa grande preocupação em cada país. Um motivo disso é a inflação. O custo de vida aumenta cada dia. Muitos não têm nem mesmo o necessário para comprar o alimento de que precisam. É cada vez maior o número dos homens que trabalham em dois empregos, e mais esposas vão trabalhar fora. As famílias sofrem. A saúde sofre. Os problemas financeiros são usualmente aumentados quando entram em cena as compras a crédito. Confiando no crédito, muitos que se endividaram grandemente continuam a gastar dinheiro com objetos de que realmente nem precisam. Isto ocorre não somente nos países desenvolvidos, mas também em regiões em que as pessoas têm poucos recursos.
3 Que ajuda prática oferece a Bíblia? Pode ajudá-lo a encontrar ou a reter um emprego? Pode aliviar as preocupações de sua família com o dinheiro, resultando numa vida mais feliz?
AJUDAM A HONESTIDADE E O TRABALHO ÁRDUO?
4 “Os que trabalham arduamente não recebem tratamento justo. Concorda com isso?” Numa pesquisa, 85 por cento concordaram. Muitas vezes parece que ser bem-sucedido depende de defraudar, furtar, subornar e de ter relações influentes. No entanto, as Escrituras salientam o valor da honestidade e da diligência. Por exemplo, a Bíblia diz:
“O gatuno não furte mais, antes, porém, trabalhe arduamente, fazendo com as mãos bom trabalho.” — Efésios 4:28.
“O preguiçoso cobiça, mas nada obtém. É o desejo dos homens diligentes que é satisfeito. Viste um homem hábil em sua obra? Ele entrará ao serviço dos reis.” — Provérbios 13:4; 22:29, Centro Bíblico Católico.
“Procurem viver em paz, tratem dos seus próprios negócios, e vivam do seu próprio trabalho, como já dissemos antes. Assim vão conseguir o respeito de todos os que não são cristãos, e não dependerão de ninguém.” — 1 Tessalonicenses 4:11, 12, A Bíblia na Linguagem de Hoje.
5 Tanto o tempo como a ampla experiência têm provado que este conselho é prático. Ora, é verdade que alguns preguiçosos parecem estar prosperando. Mas, em geral e a longo prazo, se você aplicar o conselho da Bíblia, sair-se-á melhor do que aqueles que o desconsideram.
6 Os empregadores freqüentemente se queixam de que os empregados chegam tarde, folgam muito, estão sujos e são indignos de confiança. Portanto, alguém que, seguindo os princípios bíblicos, é pontual, cuidadoso, limpo, fidedigno e diligente costuma achar emprego. E é provável que ganhe mais, porque os patrões amiúde estão dispostos a pagar pelo serviço bem feito. Muitos relatórios de Testemunhas de Jeová contam que isso está acontecendo.
7 Mas não são a mentira e a fraude quase que necessárias hoje em dia? Cristãos que, por aplicarem princípios da Bíblia, se negaram a furtar, mentir ou defraudar têm visto que o conselho bíblico funciona.
Uma firma de Joanesburgo, na África do Sul, que vendia aparelhos eletrodomésticos, não ia muito bem. Um motivo disso era que muitos empregados furtavam. Certo dia, o gerente reuniu os empregados negros, e despediu a todos. Todavia, na manhã seguinte, certo empregado estava no trem que costumava tomar para o trabalho e se encontrou com um colega de trabalho. ‘Como é que você vai ainda trabalhar?’ perguntou. O outro empregado disse que o gerente lhe dissera em particular que, visto ele ser honesto, seu caso era uma exceção. O primeiro homem disse que o mesmo acontecera com ele. Chegando ao lugar de trabalho, encontraram um terceiro empregado, a quem também se dissera em particular que viesse trabalhar como de costume. Todos eram verdadeiros cristãos.
Roberto trabalhava para uma firma britânica que construía estradas. Certo dia, o diretor mandou que, se alguém telefonasse, Roberto devia explicar que ele não estava. Mas, quando Roberto atendeu a um telefonema, ele explicou que o diretor estava ocupado. Ouvindo isso, o diretor criticou-o. Mas o assunto foi esquecido quando Roberto explicou que, como Testemunha de Jeová, não podia mentir. (Efésios 4:25) Mais tarde, quando Roberto estava para ser promovido, um colega ganancioso tentou suscitar dúvidas sobre a honestidade dele. Então o diretor falou com franqueza sobre a honestidade de Roberto. Este obteve a promoção.
8 Pode você ser honesto, se trabalhar por conta própria? Em alguns casos, ser honesto talvez não seja prático. Mas, ainda assim é o melhor proceder. Ajuda-lhe a ter uma consciência limpa perante Deus e a ter paz mental. Além disso, muitos preferem fazer negócios com alguém de quem acham que não os defraudará. É assim como a Bíblia diz — você vai “conseguir o respeito de todos os que não são cristãos”.
AJUDA NA MORADIA
9 Encontrar uma moradia decente é outro grande problema. Em alguns países, famílias inteiras vêem-se obrigadas a viver cada uma em um só cômodo apertado. Ou a dificuldade pode ser a de encontrar moradia limpa dentro das posses financeiras. Poderá a Bíblia ajudar nestes problemas?
10 Quando aluga (ou arrenda) uma casa ou um lar, está lidando com a propriedade de outra pessoa. É digno de nota que Deus exortou os israelitas a respeitarem a propriedade dos outros e a terem cuidado com ela. (Deuteronômio 22:1-4) Ele incentivou também a limpeza física. (Deuteronômio 23:12-14; Êxodo 30:18-21) Concordemente, os cristãos conscienciosos procuram evitar danificar a propriedade e eles mantêm limpo qualquer lar que alugam. Por este motivo, e por ‘viverem sossegadamente’, são muito apreciados como inquilinos, e têm achado mais fácil encontrar moradia.
Uma família cristã alugou uma casa dum ex-prefeito de certa capital africana. Mantinha o prédio limpo e pagava o aluguel pontualmente. (Romanos 13:8) Quando estava para se mudar dali, apresentou ao proprietário outra família da congregação. O proprietário mencionou que, normalmente, o aluguel “seria aumentado”, o que significa que seria o dobro. Mas, visto que sabia que esses cristãos eram fidedignos e limpos, deixou o aluguel como antes, em cerca da metade do aluguel duma casa assim na vizinhança.
11 Mesmo quando as circunstâncias além do controle da pessoa lhe impedem encontrar uma moradia mais adequada, ainda assim tira proveito disso. Manterá seu lar limpo e arrumado. Isto resulta numa vida mais sadia e mais feliz.
USE SABIAMENTE O SEU DINHEIRO
12 O abastado Rei Salomão escreveu: “A sabedoria é para proteção, assim como o dinheiro é para proteção; mas a vantagem do conhecimento é que a própria sabedoria preserva vivos os que a possuem.” — Eclesiastes 7:12.
13 Salomão dava-se conta, assim como nós temos de fazer, de que o dinheiro provê uma defesa contra as dificuldades que a pobreza pode causar. De modo que o dinheiro não deve ser desperdiçado; deve ser usado sabiamente. Que conselho prático nos fornece a Bíblia sobre o uso que fazemos de nosso dinheiro?
14 Jesus perguntou: “Quem de vós, querendo construir uma torre, não se assenta primeiro e calcula a despesa, para ver se tem bastante para completá-la? Senão, ele talvez lance o alicerce dela, mas não a possa completar, e todos os espectadores comecem a ridicularizá-lo.” — Lucas 14:28-30.
15 Isto pode ser aplicado às finanças da família. Muitos casais acharam conveniente sentar-se e calmamente calcular o orçamento, para ver se é possível e sábio fazer alguma compra grande. Acharam também de ajuda adicional a advertência bíblica sobre a ocorrência de imprevistos. (Eclesiastes 9:11) Isto os tem ajudado a evitarem as compras impulsivas e as dívidas a longo prazo.
16 Note também esta perspicácia: “O que toma emprestado, torna-se escravo daquele que lhe emprestou.” (Provérbios 22:7, Centro Bíblico Católico) Embora a Bíblia não proíba tomar emprestado ou emprestar, ela nos alerta a que tomar emprestado sem necessidade, na realidade, pode escravizar a pessoa ao banco ou a quem empresta. Sábio é aquele que se lembra de que, nos dias atuais, muitos que são tentados a comprar a crédito, acabam ficando endividados e pagam juros elevados.
17 A Bíblia tem ajudado muitas famílias a solucionar problemas financeiros por reduzirem o desperdício. Jesus deu um bom exemplo disso. Depois de prover uma refeição a uma grande multidão, ele mandou que se ajuntassem as sobras. (João 6:10-13) Por seguirem tal exemplo, cristãos idosos e jovens podem ficar mais cônscios de evitar o desperdício.
18 Aprender a aplicar o conselho bíblico sobre o dinheiro talvez requeira uma mudança considerável no conceito adotado, mas os resultados serão benéficos, conforme ilustra o seguinte:
“Logo após o casamento, um jovem casal, em Zimbabue, começou a ter problemas financeiros. O ordenado dele era baixo, ela queria muitas coisas novas e alimentos especiais. Ela também começou a trabalhar mas isso não parecia ajudar muito. A tensão sofrida pelo seu matrimônio ficou tão grande, que parecia duvidoso continuarem juntos. Alguns anciãos cristãos ofereceram ajuda. Usando a Bíblia, consideraram a importância de se fazer um orçamento. (Lucas 14:28-30) O casal compreendeu a utilidade de prepararem uma lista de compras, com os preços aproximados, e de comprarem alimentos para a semana inteira, com economia na quantidade. (Provérbios 31:14) Os anciãos transmitiram conselho bíblico sobre o contentamento e a necessidade de se evitar querer luxos para os quais não há recursos no momento. (Lucas 12:22-31) Quanta ajuda este conselho bíblico proveu! O casal, mais equilibrado na questão do dinheiro ficou mais feliz. Até mesmo os vizinhos comentaram a melhora no matrimônio.
19 Os que têm renda fixa também têm tirado proveito do conselho prático da Bíblia. Isto aconteceu com um casal aposentado, na Espanha:
A renda limitada de Francisco e Maria simplesmente não é suficiente. No entanto, eles explicam que se saem bem por aplicarem o que aprendem das Escrituras. Por exemplo, Provérbios 6:6-8 diz: ‘Vai ter com a formiga. Vê os seus caminhos e torna-te sábio. Prepara seu alimento no próprio verão, tem recolhido seus alimentos na própria colheita.’ Maria diz que aprendeu a fazer isso, comprando as coisas quando estão realmente disponíveis, e, por isso, mais baratas, tais como as frutas na época própria. Ela espera também pelas liquidações para comprar a roupa para o ano seguinte. Eles ‘preparam seus alimentos no verão’ por cultivarem uma horta num pequeno terreno a uns 45 minutos de caminhada desde a sua casa. As palavras de 1 João 2:16 também ajudam. Aprenderam a contentar-se com a mobília da casa, embora esta já esteja fora de moda. E em vez de se entregarem a entretenimento caro, gostam de ajudar outros a aprender algo sobre Deus.
EVITE PREJUDICAR SEU BOLSO
20 Entregar-se a coisas tais como as drogas ou o excesso de bebidas alcoólicas, o fumo e a jogatina pode esvaziar-lhe a carteira de dinheiro. A Bíblia ajuda também nestes pontos.a
21 Considere as bebidas alcoólicas. A Bíblia não proíbe o uso moderado de bebidas alcoólicas. Mas ela aconselha:
“Os amantes dos prazeres continuarão pobres, nem ficará rico aquele que ama o vinho e a boa vida.”
“Não sejas um dos que sempre bebericam vinho . . . porque o bêbedo e o glutão empobrecerão, e a cabeça sonolenta produz alguém vestido de trapos.” — Provérbios 21:17; 23:20, 21, Bíblia de Jerusalém, ed. ingl.
22 Beber muito prejudica o bolso de várias maneiras. As próprias bebidas alcoólicas são caras, sendo que alguns gastam até metade de seu ordenado semanal com bebidas alcoólicas. Em apenas uma província canadense, a de Quebeque, gasta-se mais de um bilhão de dólares por ano com bebidas alcoólicas. Mais outro bilhão é gasto com coisas associadas com a bebedice: absenteísmo do trabalho e acidentes relacionados com bebidas alcoólicas.
No sul do Chile, um vendedor de sapatos perdeu o emprego por causa da embriaguez. Ele experimentou então consertar sapatos num barraco ao lado do casebre alugado pela família. Ainda assim, a maior parte do seu dinheiro era gasto com as bebidas, e sua esposa muitas vezes teve de tirá-lo da cadeia. Ela também teve de trabalhar até altas horas da noite fabricando perucas, para que tivessem dinheiro para comida. Mas, ela começou a estudar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová, o que a induziu a ser mais compreensiva e apoiadora como esposa. Isto resultou em seu marido participar do estudo. Ele aprendeu que não podia ser beberrão e cristão ao mesmo tempo, de modo que deixou de beber. A família podia assim comer melhor. Com o tempo, eles até mesmo compraram uma pequena casa e uma loja, onde ele se entrega ao negócio bem-sucedido de consertar sapatos.
23 Que dizer da jogatina, quer sejam as grandes apostas num hipódromo ou num cassino, quer as apostas constantes com bilhetes de loteria? Muitos têm problemas de dinheiro por causa da jogatina compulsiva. Esperam ganhar o “grande prêmio”, mas o que realmente fazem é desperdiçar seu dinheiro, amiúde com grande dificuldade para a sua família.
24 Certo australiano disse que para ele, durante anos, “a jogatina era uma absoluta obsessão. Eu apostava sete dias por semana, e teria apostado mais, se tivesse havido mais dias”. Tomou dinheiro emprestado dos amigos, até que passaram a evitá-lo. “Depois de perder, eu às vezes batia com a cabeça contra a parede e suplicava à minha esposa: ‘Dê-me apenas 50 centavos. Eu sei que vou ganhar.’”
25 Quando ele começou a estudar a Bíblia, ficou impressionado com o conselho de Jesus: “Mantende os olhos abertos e guardai-vos de toda sorte de cobiça.” (Lucas 12:15; 1 Coríntios 6:9, 10) Chegando à conclusão de que suas apostas demonstravam extrema ganância, este homem obrigou-se a parar. Podendo então usar seu salário em benefício de sua família, ele soube apreciar mais plenamente o provérbio: “A riqueza obtida por meio de tramas [“o dinheiro ganho no jogo”, Salmos e Provérbios Vivos] diminuirá; mas quem ajunta pouco a pouco aumentará seus bens”. — Provérbios 13:11, An American Translation.
A CHAVE É CONTENTAR-SE
26 Quanto ao dinheiro, um ponto em que a Bíblia pode ser de maior ajuda envolve o conceito pessoal que se adota. Lemos em 1 Timóteo 6:7-10:
“Que é que trouxemos para o mundo? Nada! E que é que levamos do mundo? Nada! Portanto, se temos comida e roupa, fiquemos contentes com isso. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e na armadilha de muitos desejos tolos e maus. . . . E alguns, por quererem tanto o dinheiro, se desviaram da fé e encheram suas vidas de sofrimentos.” — A Bíblia na Linguagem de Hoje.
27 Os que amam o dinheiro, quer sejam pobres, quer ricos, nunca estão satisfeitos. Um executivo muito ativo, da Califórnia, disse à sua esposa: “Quero ficar rico . . . e se tiver de escolher entre você e [a firma], você sairá perdendo.” Ele tornou-se chefe duma grande corporação, milionário e mora numa casa de 700.000 dólares. Contudo, ele diz: “Não importa o que eu tenha, ainda não é o bastante.” O fato é que o dinheiro não garante a felicidade. Dois anos antes de falecer, o magnata do petróleo J. P. Getty disse: “O dinheiro não necessariamente tem qualquer ligação com a felicidade. Talvez tenha com a infelicidade.”
28 A Bíblia, embora não condene a posse de dinheiro ou de bens, adverte fortemente contra o desenvolvimento do amor a ele. Ela nos lembra que a vida não provém daquilo que possuímos. — Lucas 12:16-20.
29 Assim, em vez de encher a sua vida de ansiedade pela busca da riqueza, contente-se com o que tem ou possa razoavelmente obter. As palavras de Jesus em Lucas 12:22-31 podem ajudar-nos a adotar este conceito:
“Deixai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. Pois a alma vale mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário. Notai bem que os corvos nem semeiam nem ceifam, e que eles não têm nem palheiro nem celeiro, contudo, Deus os alimenta. De quanto mais valor sois vós do que as aves? . . . Assim, deixai de buscar o que haveis de comer e o que haveis de beber, e deixai de estar em inquietação; porque todas estas são as coisas pelas quais se empenham avidamente as nações do mundo, mas o vosso Pai sabe que necessitais destas coisas.”
30 Roupa cara, alimentos dispendiosos e uma casa luxuosa talvez dêem algum prazer, mas não podem adicionar nenhum ano à sua vida — porém, podem tirar-lhe anos. Todavia, você pode encontrar muita felicidade na vida sem as riquezas.
31 Tampouco precisa de riqueza para ter amigos. Quem depende de seu dinheiro para atrair amigos está cometendo um engano. “Amigos” desta espécie comem o seu alimento e compartilham das suas posses, mas, quando o dinheiro se acaba, eles também vão embora. — Eclesiastes 5:11; Provérbios 19:6.
32 Mas, quando aceita o conceito equilibrado da Bíblia sobre o trabalho, a alegria na vida e fazer o bem aos outros, você tem uma “dádiva de Deus”. Conforme isso é expresso em Eclesiastes 3:12, 13: “Não há nada melhor para eles do que alegrar-se e fazer o bem durante a sua vida; e também que todo homem coma e deveras beba, e veja o que é bom por todo o seu trabalho árduo. É a dádiva de Deus.”
33 Tão sólido é o conselho de Deus sobre estes assuntos, que seria de perguntar: Abrirá Deus alguma vez o caminho para o fim completo da pobreza, da subnutrição e da falta de moradias adequadas, que são tantas vezes associadas aos problemas financeiros? Ele fará isso! Mais adiante consideraremos a evidência que fornece a base para tal convicção. Mas, primeiro, examinemos alguns dos outros problemas que agora afetam seriamente a vida das pessoas.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja também o Capítulo 10: “Saúde Melhor e Vida Mais Longa — Como?”
[Perguntas de Estudo]
Por que há necessidade de ajuda na questão do dinheiro? (1-3)
Que conceito diferente e prático sobre o trabalho apresenta a Bíblia? (Eclesiastes 8:12, 13) (4-6)
De que valor é a honestidade? (Romanos 2:14, 15) (7, 8)
Como pode a aplicação da ajuda bíblica ajudar na questão da moradia? (9-11)
Que conselho prático há quanto ao dinheiro? (12-16)
Como foi bem aplicado por alguns o conselho bíblico? (17-19)
Por que é de ajuda o conselho bíblico sobre a bebedice? (20-22)
Como tem a jogatina contribuído para os problemas? (23-25)
Por que é útil o conselho bíblico sobre o contentamento? (26, 27)
Que conselho sólido deu Jesus sobre a riqueza? (28-30)
Como lhe poderá ajudar o conselho bíblico a levar uma vida mais satisfatória? (31-33)
[Foto na página 57]
O conselho bíblico tem ajudado a manter o orçamento familiar.
[Foto na página 60]
Quão práticos são os princípios bíblicos sobre a embriaguez, o fumo e a jogatina?
[Quadro na página 53]
COMERCIANTE SUL-AMERICANA
Em Georgetown, na Guiana, a senhora Norma, de 48 anos de idade, era proprietária de bancas de produtos agrícolas e outros num dos maiores mercados. Ela defraudava os fregueses com a sua balança. Quando alguém pedia 200 gramas de peixe salgado, ela ajustava a balança para 150, e assim por diante. Também, os pesos de metal que usava na balança eram fraudulentos. De modo que seus fregueses nunca recebiam o pleno peso.
Certo domingo, um parente deu-lhe um número da Sentinela, que tratava dos princípios bíblicos referentes aos negócios. O que dizia sobre as práticas desonestas parecia dirigir-se diretamente a ela. (Provérbios 20:23; Levítico 19:35, 36) Na segunda-feira, a senhora Norma jogou fora seus pesos falsos e obteve outros exatos. Começou a freqüentar as reuniões no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová e a ter um estudo bíblico. Apesar das zombarias de sua família, ficava cada vez mais convencida de que fazia a coisa certa.
E como iam os seus negócios? Ela não podia obter lucros com alguns produtos sem fraude, de modo que deixou de vendê-los. Mas, com os produtos remanescentes, os fregueses começaram a notar uma diferença e observaram: ‘Desde que se tornou cristã, está nos dando mais pelo nosso dinheiro.’ Em resultado disso, seus negócios até mesmo melhoraram. Com o lucro ganho honestamente, Norma pôde saldar a hipoteca sobre a sua casa, guardar dinheiro no banco e fazer contribuições caritativas. E a saúde dela melhorou, porque não mais tem dores de cabeça por nervosismo, que costumava ter antes, quando temia ser apanhada na fraude.
[Quadro na página 59]
“Oitenta e sete por cento dos australianos têm participado em alguma forma de jogatina, nos últimos três meses.” — The Sunday Mail (Brisbane).
“Preferimos Mais Apostar do Que Comer! Os queenslandeses gastam calculadamente 12 milhões de dólares por semana com a jogatina — quase tanto quanto gastam com comestíveis e carne.” — The Sunday Mail (Brisbane).
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Sexo — que conselho funciona mesmo?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 7
Sexo — que conselho funciona mesmo?
SE FOSSE fazer uma pesquisa sobre: “O que dá felicidade?” muitas das respostas envolveriam o sexo. Isto é de esperar, porque as sensações e os desejos sexuais são algo dado por Deus, que faz parte de toda pessoa normal e sadia.
2 Os debates sobre o sexo têm ficado mais francos do que em gerações passadas. A conduta sexual também mudou. São cada vez mais os jovens que começam a ter relações sexuais já cedo na vida, mesmo no começo da adolescência. Milhões de casais, inclusive muitos aposentados, convivem e têm relações sexuais sem serem casados. Entre os casados, muitos têm experimentado o sexo em grupo, a troca de esposas ou o “casamento aberto”, em que ambos os cônjuges concordam em ter relações sexuais fora do matrimônio.
3 Diversas fontes oferecem conselhos sobre estes assuntos. O que hoje e considerado como popular tem sido estimulado ou pelo menos aprovado por muitos médicos, conselheiros matrimoniais e clérigos. Alguns tiram suas idéias de livros “explanatórios” ou de artigos de revistas. O pensamento de outros é moldado pelos cursos de educação sexual na escola. Mais outros simplesmente adquirem suas idéias de novelas, de filmes e de espetáculos de televisão, que tratam explicitamente do sexo.
4 Conforme a maioria das pessoas sabe, a Bíblia também considera este assunto. Muitos tendem agora a afastar-se das normas bíblicas, achando que estas são muito restritivas. Mas, é este o caso? Ou será que a aplicação do conselho bíblico realmente protege a pessoa contra muita mágoa e torna possível encontrar maior felicidade na vida?
SEXO ANTES DO CASAMENTO — POR QUE NÃO?
5 O impulso e a faculdade sexuais costumam despertar e aumentar durante a adolescência. Assim, no decorrer da história, muitos dos jovens têm tido relações sexuais antes do casamento. (Gênesis 34:1-4) Mas, nos últimos anos, o sexo pré-marital tem-se tornado cada vez mais comum. Em alguns lugares é quase que a regra geral. Por quê?
6 Um motivo do aumento do sexo pré-marital tem que ver com a publicidade dada ao sexo nos filmes e nas novelas populares. Muitos jovens ficam curiosos, querem ‘saber como é’. Isto, por sua vez, cria pressões entre os da mesma idade e influencia outros a se ajustarem. Visto que o sexo antes do casamento e o sexo sem casamento se tornaram amplamente difundidos, muitos clérigos dizem agora que é permissível, desde que ambas as partes ‘se amem’. São cada vez mais os solteiros que se vêem confrontados com a questão: ‘Por que não manter relações sexuais, especialmente se usarmos o controle da natalidade?’
7 O colunista médico Dr. Saul Kapel alistou outros motivos para o sexo pré-marital, e fez as seguintes observações sobre os efeitos:
‘Abusa-se do sexo como meio de rebelião contra os pais. Abusa-se dele para chamar atenção, como uma espécie de “pedido de socorro”. Abusa-se dele como meio de “provar” a masculinidade ou a feminilidade. Abusa-se dele como muleta social, na tentativa vã de obter aceitação.
‘Quando se abusa assim do sexo, ele nunca resolve os problemas que o motivam. Usualmente apenas os obscurece.’
8 Não importa quais os motivos para o sexo pré-marital, não importa quão comum seja, não importa quantos conselheiros e clérigos o aprovem, a Bíblia aconselha:
“Isto é o que Deus quer, . . . que vos abstenhais de fornicação; . . . que ninguém vá ao ponto de prejudicar e de usurpar os direitos de” outro. — 1 Tessalonicenses 4:3-6.
Alguns talvez achem que Deus é nisso desnecessariamente restritivo. Mas, não se esqueça de que o próprio sexo é uma dádiva de Jeová Deus; foi Ele quem criou os humanos com a faculdade da procriação. (Gênesis 1:28) Não é lógico que o Autor do sexualismo humano possa dar o melhor conselho sobre ele, conselho que realmente possa proteger-nos contra o dano?
EFEITOS — AGRADÁVEIS OU DOLOROSOS?
9 A atração e o desejo sexuais, nas circunstâncias certas, podem ter bons efeitos. Naturalmente, um deles são os filhos. O primeiro caso registrado de relações sexuais diz: “Adão teve então relações com Eva, sua esposa, e ela ficou grávida.” (Gênesis 4:1) Na família, os filhos resultantes podem ser fonte de verdadeira felicidade. Que dizer, porém, das relações sexuais de pessoas ainda não casadas? Muitas vezes, o efeito é o mesmo: gravidez e filhos.
10 Muitos dos que se entregam às relações sexuais pré-maritais acham que isso não deve preocupar muito. Eles estão pensando nos contraceptivos disponíveis. Em alguns lugares, os adolescentes podem obtê-los sem que os pais saibam disso. Não obstante, a gravidez entre adolescentes é abundante, mesmo entre jovens sofisticadas, que dizem: “Não podia ter acontecido comigo.” Reportagens tais como as seguintes provam isso:
“Mais de um em cada cinco bebês nascidos na Nova Zelândia, no ano passado, nasceu a uma genitora não. casada.”
“De cada três mulheres britânicas de menos de 20 anos, que recitam seus votos maritais, uma já é mãe expectante.”
“Uma dentre cada cinco mães adolescentes [nos E.U.A.] ficará grávida antes de completar o segundo grau escolar.”
11 Este efeito doloroso do sexo antes do casamento tem exercido pressão sobre muitas moças e muitos rapazes. Algumas procuram o aborto. No entanto, pessoas sensíveis ficam muito perturbadas diante da idéia de destruir uma criança em desenvolvimento dentro da mãe. (Êxodo 20:13) As emoções e a consciência femininas também estão envolvidas. Estas são tão fortes, que muitas daquelas que permitiram o aborto mais tarde o lamentaram profundamente — Romanos 2:14, 15.
12 A gravidez de adolescentes traz consigo maiores riscos para a mãe e para o filho do que a gravidez duma mulher adulta. Há maior perigo de anemia, toxemia, hemorragia anormal, trabalhos de parto mais prolongados e parto induzido, bem como a morte durante o parto. O bebê que nasce de mãe de menos de 16 anos tem duas vezes mais probabilidades de morrer durante o seu primeiro ano. Os nascimentos ilegítimos trazem também aos pais muitos problemas pessoais, sociais e econômicos. Além disso, a segurança e o desenvolvimento da criança dependem em grande parte dum ambiente estável no lar. Os filhos que ficam privados disso pela ilegitimidade podem ficar seriamente prejudicados pelo resto da vida. Então, diria que os efeitos gerais do sexo pré-marital são agradáveis ou dolorosos? E constitui o conselho bíblico: ‘Abstenha-se da fornicação’, uma proteção sábia?
13 Não fazerem caso do conselho bíblico expôs também muitos a outro efeito doloroso: a doença. As mulheres que iniciaram sua vida sexual na adolescência, com diversos homens, têm uma proporção muito mais elevada de câncer cervical. Há também o perigo bem real duma doença venérea. Alguns enganam-se em pensar que a gonorréia e a sífilis podem ser facilmente detectadas e curadas. Mas os peritos da Organização Mundial de Saúde da ONU relatam que algumas bactérias de doença venérea são agora resistentes aos antibióticos. Os médicos preocupam-se também com o aumento do herpes genital. Este amiúde prejudica as crianças nascidas de mulheres contagiadas. Sim, muitas pessoas jovens estão aprendendo, para a sua tristeza, a veracidade da advertência bíblica:
“Todo outro pecado que o homem possa cometer é fora de seu corpo, mas quem pratica fornicação está pecando contra o seu próprio corpo.” — 1 Coríntios 6:18.
14 Alguns acham que o sexo pré-marital provê experiência que pode tornar mais fácil o ajuste sexual no casamento. É comum, em alguns países, que os pais abastados levem seus filhos a prostitutas para “educação”. Alguns talvez achem que isso é útil. Mas, realmente não é, segundo o nosso Criador, que tem observado todas as experiências humanas. Manter antes a castidade lança uma base muito melhor para um casamento feliz. Certos estudos canadenses revelaram que os adolescentes que praticaram cedo o sexo pré-marital têm mais probabilidade de virem a enganar seu cônjuge depois de casados. Mas os que antes se mantêm castos têm maior probabilidade de serem castos no matrimônio; o respeito e a honra que tiveram pelo matrimônio antes do dia do casamento continua depois.
O QUE DIZER DO ADULTÉRIO?
15 O atual conselho liberal sobre o sexo também tem resultado em mais adultérios. Relatórios procedentes da Europa e da América do Norte indicam que cerca da metade dos homens casados enganam sua esposa. Também são agora mais as mulheres que aprovam o adultério e participam nele, amiúde com a esperança de que isso dê mais romantismo à sua vida
16 A Bíblia fornece um conselho bem claro sobre isso: “O marido renda à esposa o que lhe é [sexualmente] devido; mas, faça a esposa também o mesmo para com o marido.” (1 Coríntios 7:3) Poderá ler também Provérbios 5:15-20, que, em linguagem figurada, diz que os casados devem derivar prazer sexual dentro de seu casamento, não de alguém de fora. A experiência, no decorrer dos séculos, tem provado que este conselho serve de proteção. Protege contra doenças e a ilegitimidade. Protege também contra a mágoa e a tristeza amiúde causadas pelo adultério.
17 Quando um homem e uma moça se casam, eles se comprometem um com o outro. O que acontece quando um deles trai esta confiança por enganar o outro? O estudo feito sobre relações extra-maritais relata:
“Sente-se uma enorme culpa por ter violado a palavra empenhada. O adultério é um crime pessoal, porque se sabe exatamente a quem se trai ou fere.”
Isto tornou-se mais claro depois de muitos casais terem seguido o conselho sobre o “casamento aberto”, no qual supostamente devia haver acordo sobre ter relações sexuais com outros. Com o tempo, os principais promotores do “casamento aberto” tiveram de inverter sua opinião. Os resultados lastimáveis obrigaram-nos a concluir que “a garantia da fidelidade sexual ainda é um atributo importante e necessário da maioria dos casamentos”.
18 O adultério tende a produzir ciúme e insegurança pessoal. Deus avisou sabiamente sobre o dano que estes podem causar (Provérbios 14:30; 27:4) Assim, embora alguns achem que sabem mais e que o adultério se justifica, os fatos provam o contrário. O psicólogo clínico Dr. Milton Matz admitiu francamente:
“A maioria de nós é surrada pelo sexo extra-marital, quando ocorre na nossa vida, quer sejamos participantes, quer vítimas. . . .
“Por experiência própria, digo que as relações extra-maritais são fantasticamente dolorosas para todos os envolvidos. Como receita para a felicidade, não funcionam.”
RELAÇÕES SEXUAIS NO MATRIMÔNIO
19 No que se refere ao sexo, a Bíblia não nos aconselha somente sobre o que devemos evitar. Ela também nos dá conselho sobre o que fazer de maneira positiva, a fim de contribuir para uma vida satisfatória.
20 Em vez de apresentar o sexo apenas como função biológica, as Escrituras mostram corretamente que pode ser fonte de prazer mútuo para marido e mulher. A Bíblia menciona o ‘extasiar-se’ e ‘inebriar-se’ com as expressões sexuais do matrimônio. (Provérbios 5:19) Essa franqueza ajuda-nos a dissipar o puritanismo ou a vergonha com respeito às relações normais e amorosas entre marido e mulher.
21 O Criador aconselha aos maridos: “Persisti em amar as vossas esposas e não vos ireis amargamente com elas.” (Colossenses 3:19) Para que as relações sexuais sejam realmente satisfatórias, os dois não devem ter nenhuma barreira de amargura ou ressentimento entre si. As relações conjugais podem então ser usufruídas assim como realmente são, como maneira de expressar profundo amor, compromisso e ternura.
22 Além disso, Deus exorta os maridos a morarem com sua esposa “segundo o conhecimento”. (1 Pedro 3:7) Concordemente, o marido deve tomar em conta os ciclos emocionais e físicos da esposa. Se ele, em vez de ser insensivelmente exigente, for atenciosamente sensível aos sentimentos e às necessidades dela, é bem provável que ela seja mais sensível para com os dele. Isto resultará em satisfação mútua.
23 Uma queixa comum é que algumas esposas são frias ou impassíveis. O que talvez contribua para isso é o marido parecer alheio, calado ou severo, a menos que queira ter relações sexuais. Mas, não concorda que a falta de reação da esposa seja menos provável se o marido for regularmente cordial e achegado à esposa? É mais natural para a esposa corresponder ao marido que acata o conselho de revestir-se “das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade”. — Colossenses 3:12, 13.
24 A Bíblia diz: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” (Atos 20:35) Isto se aplica em muitas maneiras, e, em princípio, tem sido de ajuda realística ao prazer sexual. De que modo? O prazer da esposa com as relações sexuais depende em grande parte do coração e da mente. Nos tempos mais recentes, tem-se dado muita ênfase em as mulheres se concentrarem nas suas próprias sensações e prazeres físicos, mas, ainda assim, a satisfação escapa a muitas. Todavia, a Dra. Marie Robinson, que estudou o assunto, salientou que, quando a esposa cultiva respeito pelo seu marido e encara as relações sexuais como maneira de ‘dar’, em vez de receber, é provável que ela mesma derive delas maior satisfação. Esta médica comentou:
“Aos poucos [a esposa] passa a deixar a sua nova ternura e seu interesse no seu marido tornar-se parte do sentido de seu abraço sexual. Ela percebe e sente o prazer que seu degelo sexual dá a ele, e este processo torna-se um círculo vicioso sendo que o maior prazer dele dá mais prazer a ela.’
De modo que o conselho bíblico, de tanto dar como estar interessado em outros, contribui para a felicidade, mesmo neste aspecto íntimo da vida. — Filipenses 2:4.
25 Acatarmos este conselho beneficia-nos também em outro sentido. Nosso conceito sobre o sexo, que inclui a faculdade de transmitir a vida, afeta nossa relação com Deus, que é o Dador da vida. Assim, é sábio evitar a fornicação e o adultério, não só porque isso nos beneficia física, mental e emocionalmente, mas também porque são ‘pecados contra Deus’. (Gênesis 39:9) E Hebreus 13:4 diz a respeito da fidelidade ao cônjuge:
“O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros.”
26 Quando tomamos em consideração como o sexo está relacionado com a felicidade da pessoa, precisamos olhar para mais além de nossos dias. Visando nosso bem-estar eterno, a Bíblia ajuda-nos a considerar como aquilo que fazemos afeta tanto a nós mesmos como aos outros, amanhã, no ano que vem e durante toda a nossa vida.
[Perguntas de Estudo]
Que motivo há agora para considerarmos o conselho bíblico sobre o sexo? (Provérbios 26-12) (1-4)
Por que tem aumentado a prática do sexo pré-marital? (5-7)
Qual é o conceito de Deus sobre o sexo pré-marital? (8)
Que efeitos produz o sexo pré-marital? (9-12)
Que outros motivos poderia você citar para se dar valor ao conselho bíblico sobre o sexo? (13, 14)
O que mostra a evidência quanto ao conselho da Bíblia sobre o adultério? (15-18)
O que diz a Bíblia sobre o sexo no matrimônio? (19-22)
Como é a pessoa beneficiada pela aplicação deste conselho? (23-26)
[Foto na página 69]
O conselho bíblico ajuda as pessoas a evitarem os efeitos lamentáveis da imoralidade: a gravidez não desejada e as doenças venéreas.
[Quadro na página 70]
Talvez a nova ‘liberdade sexual’ seja ‘libertadora’, . . . Mas o que estou ouvindo, em toda a parte, é algo bem diferente. O que estou ouvindo é que o sexo livre, de fato, faz algo para a maioria das pessoas. O sexo livre magoa.” — O colunista G. A. Geyer, em The Oregonian.
[Quadro na página 71]
“A infidelidade conjugal tende a criar sentimentos de culpa, dor e desconfiança, ao passo que a fidelidade promove a segurança e profunda alegria.” — Dr. C. B. Broderick, diretor dum centro matrimonial e familiar nos E.U.A.
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Vida familiar — como ser bem-sucedido nelaFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 8
Vida familiar — como ser bem-sucedido nela
A GRANDE maioria das pessoas concorda que há relação entre a vida familiar e a felicidade. Numa pesquisa, 85 por cento dos homens disseram que “acham que a ‘vida familiar’ é muito importante para uma vida feliz e satisfatória”. Contudo, talvez conheça muitos homens que decidiram divorciar-se. São cada vez mais as mulheres que também optam pelo divórcio para terminar um matrimônio marcado por tédio, conflito ou opressão.
2 Não podemos mudar o que os outros fazem. Mas devemos estar interessados em melhorar nossa própria vida familiar, especialmente a relação existente entre marido e mulher. Todos nós poderíamos muito bem perguntar: ‘Em que condição está esta relação no meu lar?’
3 O Criador é o Originador do arranjo da família. (Efésios 3:14, 15) Ele oferece conselho prático que tem ajudado a muitíssimos casais a serem bem-sucedidos na vida familiar. Este mesmo conselho poderá beneficiar você.
LIÇÕES PRÁTICAS TIRADAS DO PRIMEIRO CASAMENTO
4 Na parte inicial da Bíblia, encontramos um registro sobre como Deus deu início à primeira família humana. Algum tempo depois de Jeová Deus ter criado o primeiro homem, Adão, Ele disse:
“‘Não é bom que o homem continue só. Vou fazer-lhe uma ajudadora como complemento dele.’ E da costela que havia tirado do homem, Jeová Deus passou a construir uma mulher e a trazê-la ao homem. O homem disse então: ‘Esta, por fim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne. . . .’ Por isso é que o homem deixará seu pai e sua mãe, e tem de se apegar à sua esposa, e eles têm de tornar-se uma só carne.” — Gênesis 2:18, 22-24.
5 Note que a primeira família não resultou de duas pessoas simplesmente decidirem viver juntas. Deus autorizou o casamento e eles foram ajuntados numa união permanente. Adão aceitou Eva, como sua esposa, perante a Autoridade máxima no universo.
6 Quando um homem e uma moça (ou mulher) tomam as medidas necessárias para contrair núpcias válidas e reconhecidas, eles se comprometem publicamente um com o outro. (Gênesis 24:4, 34-67; Mateus 25:1-10) Não há tal compromisso quando dois simplesmente passam a viver juntos sem o benefício do casamento. Antes, sua relação é a que a Bíblia classifica como “fornicação” ou “adultério”. (Hebreus 13:4) Mesmo que professem amar-se mutuamente, sua relação provavelmente sofrerá com o tempo, porque lhe falta o firme compromisso do casamento, o qual a Bíblia mostra ser crucial. Por exemplo:
Uma mulher de 34 anos de idade explicou: “Pode ser que eu seja antiquada, mas o compromisso do casamento me faz sentir mais segura. . . . Gosto do conforto de termos admitido a nós mesmos e perante o mundo que pretendemos ficar unidos.”
Um professor de 28 anos expressou o que passou a compreender: “Depois de uns anos, comecei a sentir-me como que vivendo num vácuo. Vivermos juntos [sem casamento] não proveu nenhuma orientação futura.”
Num estudo do assunto, a socióloga Nancy M. Clatworthy verificou que os casais que assumiram um compromisso por se casarem, mas que não haviam coabitado antes do casamento, expressavam “maior sentimento de felicidade e contentamento”.
7 O relato bíblico do primeiro casamento pode ajudar-nos também a evitar os problemas envolvendo os pais e os parentes por afinidade. Tais problemas, segundo um conselheiro matrimonial, estão entre os mais comuns. Mas, já antes de poder haver qualquer problema com pais e parentes por afinidade, a Bíblia disse a respeito do primeiro casamento: “O homem deixará seu pai e sua mãe e tem de se apegar à sua esposa.” — Gênesis 2:24.
8 Naturalmente, a maioria de nós amamos nossos pais. A Bíblia até mesmo nos exorta a que lhe forneçamos ajuda material nos seus anos avançados, caso precisem dela. (1 Timóteo 5:8; Deuteronômio 27:16; Provérbios 20:20) Mas as Escrituras enfatizam que, quando você se casa, seu cônjuge torna-se seu parente mais achegado. Seu marido, ou sua esposa, se torna a primeira pessoa a ser amada, cuidada e consultada.
9 Este conceito desestimula a pessoa casada de ‘correr para casa’, para os pais, quando surgem problemas. E ajuda os pais a reconhecerem que, quando seus filhos se casam, eles os ‘deixam’ e constituem sua própria família independente, mesmo que o costume ou as finanças exijam que morem perto ou junto com os pais, por algum tempo. É próprio que os filhos dêem valor e talvez recorram à sabedoria e à experiência dos seus pais. (Jó 12:12; 32:6, 7) No entanto, aquilo que Gênesis 2:24 diz acautela contra a tentativa dos pais de dirigirem ou controlarem a vida de seus filhos casados. Sim, a aplicação deste conselho bíblico pode contribuir para o bom êxito conjugal.
QUANTOS CÔNJUGES?
10 Também podemos ver no registro de Gênesis que Deus proveu a Adão apenas um cônjuge. Em algumas culturas permite-se que o homem tenha várias esposas. Mas, será que a poligamia produz felicidade familiar? Ao contrário, a experiência mostra que amiúde leva a profundo ciúme e rivalidade, bem como a maus tratos infligidos às esposas mais idosas. (Provérbios 27:4; Gênesis 30:1) Tanto a poligamia como o afastamento de esposas por meio dum divórcio existiam entre os antigos hebreus. Embora Deus tolerasse isso, ele deu aos israelitas leis para impedir graves abusos. Jesus, porém, considerando este assunto, trouxe à atenção a vontade de Deus, conforme indicada em Gênesis. Quando lhe perguntaram sobre o divórcio por vários motivos, Jesus disse:
“Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará à sua esposa . . .’? . . . Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem. . . . Moisés [na lei de Deus], por causa da dureza dos . . . corações [dos hebreus], vos fez a concessão de vos divorciardes de vossas esposas, mas este não foi o caso desde o princípio. Eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa, exceto em razão de fornicação, e se casar com outra, comete adultério.” — Mateus 19:3-9.
11 Jesus tornou claro que, entre os seus seguidores, a norma não seria a poligamia, mas a de ter apenas um só cônjuge, conforme Deus providenciara no princípio. (1 Timóteo 3:2) O reconhecimento da sabedoria e da autoridade de Deus neste respeito é um passo na direção da felicidade.
12 O mesmo se dá com o que Jesus disse sobre o divórcio. Quando a possibilidade de se obter um divórcio é fácil, há abundância de divórcios. Podemos ver isso atualmente. Mas Deus considera o casamento como permanente. De fato, Jesus disse que, se o cônjuge de alguém for culpado de “fornicação” (em grego, porneia, que se refere a uma grave imoralidade sexual), tornando-se assim “uma só carne” com outra pessoa, o inocente pode obter um divórcio e casar-se de novo. Mas, de outro modo, o Criador encara os unidos em matrimônio como permanentemente casados. Os que reconhecem a autoridade de Deus neste assunto têm assim um motivo maior para se empenharem em fortalecer seu matrimônio e para vencerem quaisquer problemas. (Eclesiastes 4:11, 12; Romanos 7:2, 3) Assim, em vez de este conceito produzir infelicidade, ele ajuda a obter felicidade no matrimônio. A experiência tem demonstrado isso.
13 ‘Mesmo assim’, alguém talvez ache, ‘certos matrimônios têm sérios problemas, ou o casal simplesmente não se dá bem entre si’. O que fazer então? Há outras coisas práticas que podemos aprender da Bíblia.
O MARIDO QUE REALMENTE AMA A ESPOSA
14 A chave para o bom êxito familiar está em como o marido encara e trata sua esposa. Mas, quem pode dizer qual é o modo melhor? O que a Bíblia diz sobre o primeiro casamento vem novamente em nosso auxílio. O registro explica que Deus usou parte do próprio corpo de Adão para produzir-lhe um cônjuge. A Bíblia estende-se mais tarde sobre este assunto:
“Os maridos devem estar AMANDO AS SUAS ESPOSAS COMO AOS SEUS PRÓPRIOS CORPOS. Quem ama a sua esposa, ama a si próprio, pois nenhum homem jamais odiou a sua própria carne, mas ele a alimenta e acalenta, assim como também o Cristo faz com a congregação.”
Daí, depois de citar Gênesis 2:24, Paulo prosseguiu: “Cada um de vós, individualmente, ame a sua esposa como a si próprio.” — Efésios 5:28-33.
15 Alguns homens talvez achem que devem ser duros ou desatentos nos tratos com sua esposa. Mas o Autor do casamento diz que o marido deve amar profundamente a esposa e demonstrar este amor. A esposa, para ser genuinamente feliz, precisa sentir com certeza de que é realmente amada.
16 ‘Alimentar e acalentar o marido sua esposa como a seu próprio corpo’ envolve esforçar-se ele em ser bom provedor. Contudo, não deve ficar tão ocupado com ganhar a vida, que desconsidere passar tempo com a esposa e demonstrar cordial interesse nela, como pessoa. Além disso, nenhum homem de bom juízo, mesmo quando irritado, odeia seu próprio corpo ou é bruto com ele. Portanto, o que a Bíblia diz impede que o homem se ire violentamente com a sua esposa. — Salmo 11:5; 37:8.
17 A primeira mulher foi feita para ser ‘complemento de seu marido’. (Gênesis 2:18) Deus reconheceu que o homem e a mulher têm constituição diferente. Isto ainda é assim. As mulheres costumam diferir dos homens nas suas qualidades e maneiras. Ele talvez seja mais decidido, e ela mais humanamente paciente. Ela talvez goste de grupos, ele pode preferir a solidão. Ele talvez enfatize a pontualidade, sendo ela mais “sossegada” quanto ao tempo. Comentar a Bíblia que Deus criou Eva como “complemento” devia ajudar os maridos a entender tais diferenças.
18 O apóstolo Pedro exorta os maridos a ‘morarem com sua esposa segundo o conhecimento, atribuindo-lhes honra como a um vaso mais fraco’. (1 Pedro 3:7) Esta “honra” inclui ajustar-se aos gostos diferentes que a esposa talvez tenha. O marido talvez goste dos esportes, mas a sua esposa talvez goste mais de olhar as vitrinas ou ver um balé. O gosto dela é tão válido como o dele. A honra faz concessões a tais diferenças.
19 A disposição de ânimo da esposa, afetada pelos seus ciclos, talvez deixe o marido intrigado, e possivelmente também a esposa. Mas ele pode contribuir para a felicidade mútua deles por tentar compreender e ‘morar com ela segundo o conhecimento’. Muitas vezes, o que ela precisa é dum abraço terno, enquanto ele conversa com ela de modo amoroso.
A ESPOSA QUE RESPEITA O MARIDO
20 Visto que a esposa tem de fazer a sua parte, se há de haver uma família feliz, o Criador também fornece orientação às esposas.
21 Logo depois de dizer aos maridos que devem amar a esposa, a Bíblia acrescenta: “Por outro lado, a esposa deve ter profundo respeito pelo seu marido.” (Efésios 5:33) No caso do primeiro casamento, havia fatores que deviam ter contribuído de modo natural para Eva respeitar seu marido. Adão foi criado primeiro. Ele tinha mais conhecimento e experiência na vida, tendo até mesmo recebido orientações de Deus.
22 Mas, que dizer dos matrimônios hoje em dia? Quando o marido procura sinceramente aplicar o conselho bíblico já considerado, isto mui provavelmente estimulará o respeito por parte de sua esposa. Mesmo quando a esposa talvez se sobressai de certa maneira, ou quando o marido não está à altura da expectativa, há motivo para se cultivar respeito — em consideração pelo arranjo de Jeová, do qual a família faz parte. O apóstolo Paulo escreveu:
“As esposas estejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça de sua esposa, assim como também o Cristo é cabeça da congregação.” — Efésios 5:22, 23.
23 Isto não quer dizer que o marido deva ser um tirano que sabe tudo na família. Tal coisa seria contrária ao exemplo amoroso, atencioso e compreensivo de Cristo. Deus exorta as esposas a respeitarem seu marido pela liderança. Sobre importantes assuntos familiares, marido e mulher podem consultar-se mutuamente, como partes operantes de um só corpo. Mas, Deus considera o marido como principal responsável pela família. — Colossenses 3:18, 19.
24 A experiência tem mostrado que aquilo que a Bíblia diz sobre este assunto é válido. Ao passo que a esposa se empenha em granjear o amor e a atenção de seu marido, e recorre a ele em busca de orientação em assuntos da família, ela amiúde verifica que ele está mais disposto a assumir sua responsabilidade e a desincumbir-se dela de modo amoroso. — Provérbios 31:26-28; Tito 2:4, 5.
EMPENHO CONJUNTO PARA O BOM ÊXITO DA FAMÍLIA
25 A comunicação é um elemento vital que falta em demasiadas famílias. Certo sociólogo observou: “A maioria dos casados não escutam um ao outro, e, em resultado disso, muitos entram em briga.” Forçosamente teremos irritações, frustrações e desapontamentos na vida. Como podemos impedir que prejudiquem nosso matrimônio? As boas comunicações ajudam. Tenha cuidado de não pressupor automaticamente que existem, para não descobrir depois que aos poucos se falam cada vez menos.
26 Empenhe-se em manter a comunicação. Toma realmente por hábito falar sobre as suas atividades e os seus sentimentos? Muitas vezes apressamo-nos demais em falar e deixamos de ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. (Provérbios 10:19, 20; Tiago 1:19, 26) Em vez de apenas aguardar o momento em que possa falar, escute, procure entender, talvez respondendo: ‘Você quer dizer . . .?’ ou: ‘Você acha que . . .?’ (Provérbios 15:30, 31; 20:5; 21:28) O marido ou a mulher que sinceramente escutar os pensamentos e os sentimentos da outra pessoa terá menos probabilidade de agir de modo egoísta ou inflexível.
27 A comunicação torna-se ainda mais valiosa quando o casal considera os problemas mútuos à luz do conselho bíblico. Por exemplo, uma boa base para se considerar a renda da família e os planos econômicos é encontrada em 1 Timóteo 6:6-10, 17-19, e em Mateus 6:24-34. Muito conselho bíblico sobre aspectos comuns da vida familiar pode ser encontrado no livro Torne Feliz Sua Vida Familiar.a
28 Visto que o conselho bíblico procede da melhor autoridade sobre o casamento e a vida familiar, Jeová Deus, é razoável que, se fizermos paciente e coerentemente a aplicação dele, seu conselho pode ajudar-nos no empenho pelo bom êxito. Milhares de casais cristãos, em todo o globo, têm feito isso com resultados felizes no seu matrimônio.
[Nota(s) de rodapé]
a Distribuído pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
[Perguntas de Estudo]
Como podemos empenhar-nos para ter maior êxito na vida familiar? (1-3)
Que papel desempenhava o compromisso no primeiro casamento, e por que é vital? (4-6)
O que podemos aprender do primeiro casamento sobre os pais e os parentes por afinidade? (7-9)
Que lição prática podemos aprender de Gênesis sobre o número de cônjuges? (10, 11)
A Bíblia exorta à adoção de que conceito sobre o divórcio? (12, 13)
Como podem os maridos aplicar o conselho bíblico para eles? (14-16)
O que deveria significar para o marido que a esposa é “complemento” dele? (17-19)
A Bíblia exorta a esposa a ter que conceito sobre o marido? (20-22)
Por que podem as esposas confiar em que este conselho seja de ajuda? (23, 24)
Que papel desempenha a comunicação no bom êxito da vida familiar? (25-28)
[Foto na página 85]
A comunicação é vital para o matrimônio feliz.
[Quadro na página 80]
“Durante a minha vida de casado”, explicou certo homem do oeste dos Estados Unidos, “eu havia adquirido tudo o que queria em sentido material: um belo lar, carros, barcos e cavalos. Contudo, essas coisas não me deram felicidade.
Minha esposa não estava interessada nas mesmas coisas que eu. Nós sempre discutíamos. Eu fumava maconha para ter paz mental.
“Eu passava a maioria dos meus fins de semana longe de casa, caçando. Também, meu trabalho afastava-me algumas vezes. Isto me levou a uma vida de adultério. Eu não achava que minha esposa me amasse, de modo que me mudei e passei a envolver-me com uma mulher após outra, até que minha vida parecia um beco sem saída.
“Durante este tempo, eu lia um pouco a Bíblia. Efésios, capítulo cinco, convenceu-me de tentar novamente dar-me bem com a minha esposa. Reconheci que ela não havia sido submissa, nem havia eu provido a devida liderança. Mas, numa viagem comercial na semana seguinte, cometi novamente adultério.”
Um amigo sugeriu que, se ele realmente estava interessado em Deus, as Testemunhas de Jeová podiam ajudá-lo. Ele prosseguiu: “As Testemunhas ajudaram-me mesmo. Um dos superintendentes da congregação passou tempo estudando a Bíblia comigo. Por causa da grande mudança na minha vida, minha esposa passou a participar do estudo. Agora, pela primeira vez, nossa vida familiar é feliz, e até mesmo nossas duas filhas podem ver a diferença. Não há palavras para descrever a maravilhosa felicidade que minha esposa e eu temos encontrado na aplicação da Bíblia à nossa vida.”
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Jovens — como podem vocês ser felizes?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 9
Jovens — como podem vocês ser felizes?
A JUVENTUDE pode ser o período mais emocionante da vida. Você tem o futuro diante de si. Portanto, aproveite-a ao máximo. Empenhe-se pela felicidade.
2 Mas isso não é fácil. O Dr. Robert S. Brown fez um estudo dos adultos jovens que, alguns anos antes, estavam determinados a viver à altura de seus ideais a respeito da sociedade humana e do governo. Ele relata que mais de um terço deles ficou desiludido, deprimido e ansioso.
3 Muitas vezes ouve-se dizer que a solução é uma boa instrução. Mas, hoje em dia, muitos jovens que a possuem ainda assim têm dificuldade em encontrar emprego. Outros que se saem financeiramente bem descobrem que seu emprego de altos vencimentos deixa sua vida sem realização. Tampouco a maioria dos namoros da mocidade leva à felicidade. Em alguns lugares, 80 por cento dos casamentos entre adolescentes fracassam dentro de cinco anos.
4 O que pode você fazer para que seja diferente no seu caso, para que realmente possa ter satisfação agora e ter um futuro condizente? Ou, se for genitor (a), como poderá ajudar seus filhos a atingir este alvo?
TOME EM CONSIDERAÇÃO O CRIADOR
5 Os jovens amiúde são influenciados por outros de sua idade, os quais têm pouca experiência na vida. A Bíblia observa:
“Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.” — Provérbios 22:3; 13:20.
A pessoa jovem que é realística terá de admitir que poucos de seus colegas de escola ou amigos preocupam-se muito com o bem-estar eterno dela. Poderia perguntar-se: ‘Nos anos futuros, será que eles se importarão, se a minha felicidade for estragada por aquilo que faço agora?’
6 Mas, quem se importa e quem pode dar-lhe o melhor conselho? Seu Criador. Ele quer que os jovens usufruam a vida. Não é negativo quanto a tudo o que agrada aos corações e aos olhos jovens. Embora não abrigue os jovens contra os resultados amargos dum proceder temerário, ele faz o que se esperaria de alguém realmente interessado em você: Adverte você sobre as coisas que causam pesar e calamidade, e dá conselho sobre como evitar as armadilhas. (Provérbios 27:5; Salmo 119:9) As Escrituras dizem neste respeito:
“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e faça-te bem o teu coração nos dias da tua idade viril, e anda nos caminhos de teu coração e nas coisas vistas pelos teus olhos. Mas sabe que por todos estes o verdadeiro Deus te levará a juízo. Portanto, remove de teu coração o vexame e afasta de tua carne a calamidade.” — Eclesiastes 11:9, 10.
7 No entanto, há outros motivos para se tomar em consideração o Criador, além de ele estar interessado em você. Conforme deve ter notado, muitos jovens perambulam sem rumo na vida. Eles não têm nenhum objetivo específico, nem quaisquer normas firmes em que basear sua vida. Muitas vezes recorrem a drogas, ao fumo e a emoções perigosas para preencher o vazio na sua vida ou para ter alguma emoção numa vida que de outro modo é enfadonha. É possível que você mesmo tenha feito algumas dessas coisas, quer se tenha apercebido dos perigos, quer não. Está satisfeito com a sua vida até agora e com o que prevê para o futuro? Não é hora de parar e pensar na sua vida?
8 Conforme já consideramos, para que a vida da pessoa tenha sentido e esteja em harmonia com os fatos, ela precisa reconhecer que há um Criador do universo. Este, que nos fez, tem normas. (Salmo 100:3) Estas normas estão em harmonia com a maneira em que nos fez para vivermos. São práticas e resultam em felicidade. Já vimos a evidência disso nos capítulos anteriores, em que consideramos o sexo pré-marital, a bebedice e a jogatina.a Portanto, se quiser ter uma vida agradável, não seria sábio tomar em consideração o Criador, quando pensa na sua maneira de viver, nas normas a que se apegará e na direção que sua vida está tomando?
A VIDA COM OBJETIVO E AMOR-PRÓPRIO
9 Já notamos em Eclesiastes 11:9, 10, alguns dos comentários bíblicos dirigidos aos jovens. Este livro da Bíblia conclui:
“A conclusão do assunto, tudo tendo sido ouvido, é: Teme o verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos. Pois esta é toda a obrigação do homem.” — Eclesiastes 12:13.
10 Em toda a terra há centenas de milhares de jovens que pensaram seriamente na sua vida. Deram consideração ao Criador e estudaram a sua Palavra. E viram que um dos requisitos básicos para a felicidade é viver em harmonia com seu Criador. Este deveria também ser o seu dever e objetivo na vida. Viver do modo delineado pelas Escrituras não é estranho, extremista ou desagradável. Antes, é um modo equilibrado e significativo de vida. Habilita a pessoa a lidar com sabedoria bom êxito com as questões financeiras, de emprego, de moral, de vida familiar, da recreação e de outros assuntos com que se confronta agora e no futuro. A experiência das Testemunhas de Jeová confirma que a sabedoria baseada nas Escrituras
“é árvore de vida para os que a agarram, e os que a seguram bem devem ser chamados de felizes”. — Provérbios 3:18.
A Bíblia aconselha: “Meu filho, não te esqueças de meu ensinamento e guarda meus preceitos em teu coração porque, com longos dias e anos de vida, assegurar-te-ão eles a felicidade.” — Provérbios 3:1, 2, Centro Bíblico Católico.
11 Quando você segue o conselho da Bíblia, talvez se destaque como um pouco diferente dos jovens em geral. De fato, alguns talvez até mesmo o censurem por isso. (1 Pedro 2:20; 4:4) Permitirá que isso o refreie de adotar um proceder que tornará sua vida mais agradável?
12 Há muitos jovens que falam de ter idéias próprias, mas, os fatos mostram que têm medo de ser diferentes. A Bíblia, porém, contém exemplos excelentes de jovens que não seguiram a multidão. Embora fossem jovens normais, com interesses, preocupações e esperanças iguais aos que você tem, eles orientaram seu modo de pensar e suas ações pelo conselho sábio de Deus.
13 Pode ler sobre um exemplo disso em Daniel 1:6-20; 3:1-30. Três jovens companheiros hebreus de Daniel estavam dispostos a ser diferentes da maioria que os cercava. Quando se lhes mandou que se curvassem diante duma imagem, algo que a Palavra de Deus proibia, eles se negaram a fazer isso. Teria você conseguido fazer isso? Outros até mesmo queriam matá-los pela sua atitude. Mas, eles se apegaram aos seus preceitos, e você verá na narrativa que Deus os aprovou e protegeu. No fim, o Rei de Babilônia lhes deu honra, confirmando o que Salomão escreveu: “Estou também apercebido de que resultará em bem para os que temem o verdadeiro Deus.” — Eclesiastes 8:12; Êxodo 20:4, 5.
14 Estes jovens granjearam o respeito dos outros, mas também tinham amor-próprio. O mesmo tem acontecido com muitas jovens Testemunhas de Jeová nos tempos modernos. Colegas de escola tem expresso admiração pelas convicções destes cristãos e pelo fato de que sabem seu rumo na vida. Não acha que ser respeitado e ter amor-próprio torna a vida mais significativa?
A FELICIDADE DA FAMÍLIA
15 O conselho bíblico contribui também para uma vida mais satisfatória dos jovens por resultar em vínculos familiares mais íntimos.
16 Sem dúvida, conhece famílias em que existe um abismo entre os pais e os filhos, quer estes sejam muito jovens, quer já adolescentes. Esta brecha costuma aparecer quando os pais procuram controlar seus filhos, os quais se ressentem de que se lhes diga o que fazer e o que não fazer.
17 A Bíblia ajuda a superar este problema por fornecer orientação equilibrada tanto aos jovens como aos pais, tal como a seguinte:
“Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer seus pais, porque isto é justo. ‘Honre seu pai e sua mãe’ é o primeiro mandamento com promessa, ‘para que tudo vá bem com você, e você viva muito tempo na terra’. Pais, não tratem seus filhos de tal maneira que eles fiquem irritados. Ao contrário vocês devem criá-los na disciplina e na instrução cristãs.” — Efésios 6:1-4, A Bíblia na Linguagem de Hoje.
18 Naturalmente, não há pais perfeitos. Ainda assim, “é justo” que os jovens respeitem seus pais. Por quê? Em parte é porque nossos pais fizeram tanta coisa por nós: alimentando-nos, cuidando de nós quando estávamos doentes, trabalhando para prover um lar e para satisfazer nossas necessidades. Não poderíamos ter contratado alguém para fazer tudo o que eles fizeram com o interesse amoroso que demonstraram. Portanto, é moralmente correto respeitá-los, assim como gostaríamos de ser respeitados pelos filhos que algum dia possamos ter.
19 Os jovens que sinceramente procuram aplicar tal conselho bíblico vão sentir-se mais seguros. Contribuirão para uma família mais achegada, o que tornará sua vida mais pacífica e feliz. E ficarão protegidos contra alguns dos problemas que os pais podem prever, por terem mais experiência da vida. (Provérbios 30:17) Tampouco se deve desperceber a satisfação que os jovens podem ter de saber que estão agindo em harmonia com a vontade do seu Criador.
20 A aceitação do conselho bíblico pelos jovens lhes traz proveito também em outros sentidos. Por reconhecerem o valor da cooperação e de terem respeito pela autoridade, conseguem atuar suavemente na escola, nas relações de patrão e empregado, mais tarde, e ao lidar com autoridades. (Mateus 5:41) Tomarem a peito o conselho bíblico também produzirá felicidade quando tiverem seu próprio cônjuge e filhos.
OS PAIS DESEMPENHAM UM PAPEL VITAL
21 Ao considerarmos como os jovens podem ser felizes, não podemos desperceber o papel vital desempenhado pelos pais. A maioria dos pais sente sua responsabilidade de tentar prover bom alimento, roupa e um lar agradável aos seus filhos. Mas, se os jovens hão de se tornar boas pessoas, terão de receber instrução, correção e orientação moral de seus pais. A Bíblia tem mostrado ser a melhor base para isso. (Mateus 11:19) Deuteronômio 6:6, 7, explica que tal instrução deve ser parte regular da vida familiar, não algo a ser mencionado apenas de vez em quando. Também, esta instrução pode e deve começar numa tenra idade. — 2 Timóteo 3:15; Marcos 10:13-16.
22 Poucos são os pais com filhos jovens que ficariam surpresos de ler: “A tolice está ligada ao coração do rapaz [ou da menina]; a vara da disciplina é a que a removerá para longe dele.” (Provérbios 22:15) Mas, o que significa isso? Alguns pais são tão severos, que ferem fisicamente seus filhos com espancamentos. Outros afirmam que se deve permitir que os filhos se desenvolvam por conta própria. Nenhum destes extremos é correto.
23 Já lemos antes que os pais devem ‘criar os filhos na disciplina e na instrução cristãs’. (Efésios 6:4, A Bíblia na Linguagem de Hoje) A brutalidade não é disciplina cristã. (Provérbios 16:32; 25:28) Disciplina amorosa pode ser expressa por uma palavra firme. Isto se dá especialmente quando os pais esclarecem o motivo de sua decisão e se agirem em harmonia com o que dizem. Quando a tolice no coração jovem ainda induz a ele ou a ela a desobedecer — e isto acontece muitas vezes — alguma forma de punição incutirá a lição. Tirar-lhe um privilégio talvez funcione. A Palavra de Deus, porém, diz que, em alguns casos, o castigo físico — bater sem ira — talvez seja necessário. — Provérbios 23:13, 14; 13:24.
24 Quando as crianças ficam mais velhas, mudará a maneira de se lidar com elas. Ao passo que algumas palmadas talvez tenham funcionado melhor com um menino, quando ele avança em idade, outros métodos talvez sejam melhores e mais apropriados. De maneira similar, os pais devem permitir gradualmente mais liberdade de ação e responsabilidade ao filho ou à filha. — 1 Coríntios 13:11.
25 O amor aos filhos é vital para ajudá-los nos seus problemas. Deve ser o motivo da disciplina, e torna a correção mais fácil de aceitar. Não prover aos próprios filhos orientação e disciplina é como que negar ser pai ou mãe deles. Isto é explicado em Hebreus 12:5-11, que salienta que o próprio Jeová disciplina aquele a quem ama.
26 O amor a Deus também é importante. Ele induzirá os pais a odiarem o que Deus condena, coisas tais como a mentira, a ganância, o furto, o homossexualismo e a fornicação. (1 Coríntios 6:9, 10; Salmo 97:10) Os pais que assim mostrarem seu amor a Deus darão o devido exemplo aos filhos, o que é importante. Junto com isso, os pais devem cultivar nos filhos o mesmo ódio ao que é mau, bem como o amor a Deus e ao que é bom.
27 Visto que a família é o mundo primário do jovem, os pais devem esforçar-se a torná-lo seguro. Foi dito que uma das maiores coisas que o pai pode fazer pelos seus filhos é amar a mãe deles. Quando a vida doméstica se baseia no amor e na sabedoria cristã, os jovens terão uma base firme em que se apoiar. Terão normas sadias e serão ajudados a considerar seu Criador desde a juventude. — Eclesiastes 12:1, 13, 14.
[Nota(s) de rodapé]
a A música, o namoro, a roupa, os esportes, a escola e outros interesses dos jovens são considerados à luz da Bíblia no livro Sua Juventude — O Melhor Modo de Usufruí-la, distribuído pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
[Perguntas de Estudo]
Por que constitui a felicidade um desafio para os jovens? (1-4)
Por que deve você tomar Deus em consideração? (5-8)
Por que é natural que você se interesse na vontade de Deus? (Salmo 128:1, 2) (9, 10)
Prejudicaria a você ser diferente por viver pensando em Deus? (11-14)
Que motivos você tem para seguir as Escrituras na sua família? (15-20)
Como podem os pais ajudar os filhos a seguir o proceder sábio? (21)
Que espécie de disciplina devem os pais prover? (22-24)
Como influirá o amor familiar nos problemas dos jovens? (25-27)
[Foto na página 92]
Quem cuidou de você quando estava doente?
[Foto na página 93]
O estudo da Palavra de Deus ajuda os jovens a encontrarem felicidade.
[Quadro na página 89]
ENCONTROU UM OBJETIVO NA VIDA
Um departamento do Gabinete do Primeiro ministro do Japão fez uma pesquisa em diversos países. Examinou os conceitos dos jovens sobre o objetivo da vida e o futuro. Estudando os resultados, o Professor Sanshiro Shirakashi concluiu que “os jovens do mundo têm uma atitude pessimista” para com o futuro, que afeta sua conduta e seu conceito geral sobre a vida. Mas isso pode mudar.
Uma estudante chamada Linda relatou: “À base dos meus estudos na faculdade, pude ver que o estilo de vida em que eu fora criada estava desaparecendo. As condições em todo o mundo estavam piorando, e eu não tinha nenhuma solução e nenhuma idéia onde procurá-la.”
Enquanto estava de férias em casa, na Califórnia, duas Testemunhas de Jeová bateram na sua porta. Ela diz: “Disseram me que a solução podia ser encontrada na Bíblia. Falamos sobre a terra paradísica que Deus estabelecerá sob a sua nova ordem e sobre sua promessa de eliminar os iníquos. Nunca pensei que tais verdades maravilhosas pudessem ser encontradas na Bíblia.”
Depois que Linda retornou ao Arizona, ela entrou em contato com a congregação local das Testemunhas de Jeová e aceitou a oferta dum estudo bíblico gratuito, semanal. Este a ajudou a conhecer normas que deram estabilidade à sua vida. Obteve também um objetivo na vida, de modo que sua vida, hoje, é muito mais feliz e mais satisfatória.
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Saúde melhor e vida mais longa — como?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 10
Saúde melhor e vida mais longa — como?
A BOA saúde pode contribuir em grande parte para a felicidade da pessoa. No entanto, todos nós adoecemos ocasionalmente. E uma doença séria pode resultar em morte. Estes problemas são considerados na Bíblia, a qual fornece orientação que pode auxiliar a pessoa a ter saúde melhor e uma vida mais longa.
2 As Escrituras fazem-nos lembrar que Jeová Deus é a Fonte da vida. Por causa dele “temos vida, e nos movemos, e existimos”. (Salmo 36:9; Atos 17:25, 28) E ele nos diz muito sobre como devemos cuidar de nós mesmos. Há doenças dispendiosas e aleijadoras que podem ser evitadas por se dar atenção ao conselho contido na sua Palavra. Os que fizeram isso têm motivos para concordar com o escritor bíblico, que disse: “A lei da tua boca [Deus] é boa para mim, mais do que milhares de peças de ouro e de prata.” — Salmo 119:72; 73:28; Provérbios 4:20-22.
CONSELHO QUE PROMOVE A BOA SAÚDE
3 A Bíblia não é primariamente um livro de orientação sobre saúde. Mas ela contém conselho que promove a boa saúde. Isto é claramente discernível dos regulamentos que Deus deu à nação de Israel. Estes são alguns exemplos: Muito antes da prática da medicina moderna, a lei de Deus a Israel exigia que a pessoa que tinha, ou parecia ter, uma doença contagiosa fosse isolada. (Levítico 13:1-5) O excremento devia ser eliminado longe das habitações humanas, impedindo assim a difusão de doenças ou a contaminação da água. (Deuteronômio 23:12-14) A vestimenta ou o vaso que entrasse em contato com um animal que morreu por si só (talvez de doença) devia ser lavado antes de ser usado, ou então destruído. (Levítico 11:27, 28, 32, 33) Os sacerdotes israelitas tinham de lavar-se antes de servirem junto ao altar, tomando assim a dianteira na questão da limpeza. — Êxodo 30:18-21.
4 Posteriormente, os médicos ficaram conhecendo o valor prático de tais medidas, que ainda podem ser aplicadas com proveito: Reduza ao mínimo o contato com outros, quando você ou eles parecem ter uma doença que talvez seja contagiosa. Tome cuidado de não contaminar a água potável ou o alimento com excrementos humanos ou lixo. Mantenha limpos os utensílios de cozinha e de mesa. Cuide da higiene pessoal por se banhar regularmente, também por lavar as mãos após o uso do sanitário.
5 As doenças venéreas costumam ser contraídas pela conduta imoral, que Deus condena. (Hebreus 13:4; Efésios 5:5) Mas os cristãos, por serem castos antes do casamento e por restringirem as relações sexuais ao cônjuge, após o casamento, são protegidos contra essas temíveis doenças
6 Saúde melhor pode também resultar da aplicação do conselho bíblico sobre o modo de vida geral da pessoa. Por exemplo, a Bíblia elogia o trabalho árduo. Ela diz que o homem que se empenha num dia produtivo de trabalho dorme melhor. E recomenda ter prazer na comida e na bebida que se pode obter pelo trabalho, enquanto se evita a glutonaria. Não concorda que, se você trabalhar arduamente, dormir o bastante, tiver prazer nas suas refeições e for “moderado nos hábitos”, será mais saudável e mais feliz? — Eclesiastes 2:24; 5:12; 9:7-9; Efésios 4:28; 1 Timóteo 3:2, 11.
FUMO, ÁLCOOL E DROGAS
7 O Dr. Joel Posner relatou que, por exemplo, nos Estados Unidos, 60 por cento do dinheiro gasto com a saúde é gasto por causa de doenças relacionadas com o uso do fumo e das bebidas alcoólicas. Como pode a Bíblia ajudar neste respeito?
8 Coerente com o conselho de Deus sobre a limpeza ou a pureza, o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos: “Queridos amigos, purifiquemo-nos de tudo o que polui quer o corpo, quer o espírito.” (2 Coríntios 7:1, Twentieth Century New Testament) Muitos têm visto que o uso do fumo entra em conflito com esse conselho Inalar fumo nos pulmões é desnatural. Polui o corpo e abrevia a expectativa de vida da pessoa. Os estudos confirmaram que os fumantes têm mais doenças cardíacas, câncer pulmonar, hipertensão e pneumonia fatal.
9 Considere também o efeito sobre as pessoas em volta do fumante — sua família e seus amigos Jesus Cristo disse que o segundo mandamento da lei que Deus deu a Israel era: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12:31) Não é isso o que você quer fazer? Mas, quais são os efeitos do fumo? Ele prejudica o fumante e é nocivo para a saúde dos outros que inalam o fumo.
10 Que dizer de tomar bebidas alcoólicas? Muitos as acham saborosas e relaxantes. A Bíblia não proíbe as bebidas que contêm álcool, que o corpo pode “queimar” como combustível ou alimento. (Salmo 104:15; Eclesiastes 9:7) Mas ela adverte: “O vinho é zombador, a bebida inebriante é turbulenta, e quem se perde por ele não é sábio.” (Provérbios 20:1) E a Bíblia condena especificamente a embriaguez. (1 Coríntios 6:9, 10; 1 Pedro 4:3) Quem bebe demais amiúde decididamente “não é sábio”, conforme dizem as Escrituras. Com o tempo, tal pessoa pode arruinar seu fígado, com conseqüências sérias ou mesmo fatais. O estômago pode sofrer danos. Quem abusa muito do álcool pode ficar predisposto a ataques cardíacos e síncopes. Também a sua memória e sua coordenação muscular podem ficar prejudicadas.
11 O conselho bíblico sobre a embriaguez também é útil referente a tóxicos tais como heroína, cocaína, noz-de-areca, maconha e LSD. Estes são amplamente usados, não como “alimento”, nem para fins medicinais, mas exclusivamente para produzir uma inebriante “viagem”, alucinações ou uma fuga da realidade. Essas drogas talvez não fossem usadas nos tempos bíblicos. Mas a Bíblia se expressa fortemente contra a embriaguez e a “devassidão” associada com ela. Não se aplicaria o mesmo conselho a tudo o mais que possa fazer com que a pessoa fique inebriada e atue de maneira desenfreada ou devassa? (Efésios 5:18) Os que estão sob a influência de tóxicos muitas vezes ferem a si mesmos ou são prejudicados por outros (Veja Provérbios 23:29, 35.) Estas drogas são também relacionadas com outros perigos para a saúde, inclusive doenças pulmonares, danos cerebrais e genéticos, desnutrição e hepatite. Portanto, a aplicação do conselho encontrado na Bíblia decididamente pode resultar em benefícios para a saúde.
POR QUE E COMO APLICAR O CONSELHO DE DEUS
12 A perspectiva de ter mais saúde e vida mais longa agrada a todas as pessoas sãs. Este é um bom motivo para a aceitação e a aplicação do conselho bíblico que já consideramos (Salmo 16:11) Mas, basta este motivo? É provável que conheça alguns que aceitam riscos por causa do prazer ou da emoção que esperam derivar disso. No entanto, não deve ser assim com aqueles que têm fé em Deus e que reconhecem que ele se tem revelado por meio da Bíblia. Visto que a nossa vida procede dele, devemos preocupar-nos em usá-la em harmonia com a orientação que ele fornece na Bíblia. Seríamos ingratos se aceitássemos a vida da parte de Jeová, e depois deliberadamente desconsiderássemos seu conselho sábio e amoroso sobre como usar nossa vida.
13 Além disso, não tem Deus, como Dador da vida, o direito de ordenar como devemos levá-la? Ele é a Derradeira Autoridade no universo. O escritor bíblico Tiago chamou-o de “um que é legislador e juiz”. (Tiago 4:12; veja Isaías 45:9.) Portanto, no que se refere aos hábitos pessoais, devemos sentir-nos induzidos a aplicar o que Deus diz, porque é Ele quem o diz.
14 Este conceito tem dado forte motivação a muitas pessoas que por muito tempo não foram bem-sucedidas em abandonar um vício prejudicial. O que faziam tornou-se mais sério quando passaram a ver que precisavam mudar, não só por causa de sua saúde, mas porque era de acordo com a vontade de Deus. Jesus disse aos seus seguidores que o maior mandamento é o de amar a Jeová “de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente”. (Mateus 22:37) Para fazer isso, a pessoa precisa livrar-se das coisas que intoxicam e danificam a mente ou que poluem o corpo.
15 Uma ajuda adicional é associar-se com os que se empenham em viver em harmonia com o conselho de Deus. O apóstolo Pedro escreveu que alguns, antes de se tornarem cristãos, haviam procedido “em ações de conduta desenfreada, em concupiscências, em excessos com vinho, em festanças, em competições no beber e em idolatrias ilegais”. (1 Pedro 4:3) Ao passo que se empenhavam em mudar, podiam ser fortalecidos por se reunirem com concristãos. Deste modo eram animados a estudar e a aplicar a Palavra de Deus. E se fraquejassem ou sentissem tensão extra enquanto faziam as mudanças necessárias, podiam receber ajuda. Como? Por visitarem cristãos maduros e falarem com eles, pois são compassivos, compreensivos e edificantes. — Eclesiastes 4:9, 10; Jó 16:5.
16 Se você quiser receber tal ajuda, é bem-vindo a assistir às reuniões das Testemunhas de Jeová. Cristãos experientes terão prazer em ajudá-lo a aprender e a aplicar o conselho bíblico. Ao passo que fizer progresso neste respeito, terá a satisfação de saber que se está empenhando em agradar a seu Criador. E estará em caminho para uma saúde melhor e uma vida mais longa, com felicidade.
[Perguntas de Estudo]
Que motivos tem você para saber que Deus está interessado na sua saúde? (1-6)
Que conselho bíblico tem relação com o uso do fumo? (7-9)
Como nos ajuda a Bíblia no nosso conceito sobre as bebidas alcoólicas? E sobre os tóxicos? (10, 11)
Que motivos tem você para aplicar o conselho de Deus na sua vida? Que ajuda está disponível? (12-16)
[Foto na página 97]
A limpeza ajuda a ter boa saúde.
[Quadro na página 99]
“Existe agora nova evidência de que o fumo de cigarros não prejudica apenas o fumante, mas também os em volta dele. . . . Quando você fuma, deve tomar em consideração o efeito tanto físico como psicológico sobre o seu filho, bem como sobre você mesmo. Seu fumar é prejudicial para a saúde de seu filho.” — Colunista médico Dr. Saul Kapel.
[Quadro na página 101]
“A pesquisa relaciona a maconha com muitos dos potencialmente sérios problemas de saúde. Estes incluem lesões pulmonares e possivelmente o câncer, distúrbios mentais e neurológicos, deficiências na capacidade do corpo de combater as doenças, atuação sexual prejudicada, e a ameaça de danos nos cromossomos e de defeitos genéticos.” — Newsweek.
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Doença e morte — por quê?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 11
Doença e morte — por quê?
NÃO importa o que as pessoas façam para cuidar de sua saúde, envelhecem, adoecem e finalmente morrem. Ninguém pode evitar isso. Nem mesmo homens devotados a Deus o podiam. (1 Reis 1:1; 2:1, 10; 1 Timóteo 5:23) Por que se dá isso?
2 As células de nosso corpo parecem ter o potencial de substituir as gastas por muito mais tempo do que fazem agora, e nosso cérebro tem mais capacidade do que poderíamos usar em muitas vidas. Por que — se não éramos para usar estas faculdades? Na realidade, os cientistas não conseguem explicar por que envelhecemos, adoecemos e morremos. Mas a Bíblia o explica.
A CAUSA DA DOENÇA E DA MORTE
3 O apóstolo Paulo indica-nos a direção certa, dizendo: “Em Adão todos morrem.” (1 Coríntios 15:21, 22) Paulo refere-se com isso ao relato bíblico sobre Adão e Eva, narrativa que Jesus Cristo confirmou como correta. (Marcos 10:6-8) O Criador colocara o primeiro casal num lar-jardim, com a perspectiva feliz de terem uma vida sem fim, em harmonia com a Sua vontade. Eles tinham abundante alimento sadio, das diversas árvores e de outra vegetação. Além disso, Adão e Eva eram humanos perfeitos. Sua mente e seu corpo eram sem defeito, e não havia nenhum motivo para que deteriorassem, assim como acontece hoje com os humanos. — Deuteronômio 32:4; Gênesis 1:31.
4 Apenas uma restrição fora imposta àquele primeiro casal humano. Deus dissera: “Quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gênesis 2:17) Por acatarem esta limitação, mostrariam reconhecimento da autoridade de Deus para decidir o que é bom e o que é mau para os homens. Com o tempo, eles estabeleceram suas próprias normas quanto ao bem e ao mal. (Gênesis 3:6, 7) Por desobedecerem à ordem explícita de Deus, cometeram o que a Bíblia chama de “pecado”. Tanto no hebraico como no grego, “pecar” significa “errar [o alvo].” Adão e Eva erraram o alvo ou falharam quanto à obediência perfeita. Não mais refletiram a perfeição de Jeová, e isso lhes acarretou a sentença justa de Deus. — Lucas 16:10.
5 O pecado de Adão e Eva afetou a ambos e a nós. Por que a nós? Ora, Deus não os executou imediatamente. Mostrando consideração para com tudo o que estava envolvido, Jeová deixou que o primeiro casal tivesse filhos. Mas, Adão e Eva não eram mais perfeitos; quando pecaram, começaram a degenerar física e mentalmente. Por isso, não podiam produzir filhos perfeitos. (Jó 14:4) A situação poderia ser comparada à de um casal, hoje em dia, que tem um defeito genético que transmite a seus filhos. Herdamos o defeito do pecado, porque todos descendemos do primeiro casal imperfeito. Paulo explica: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” — Romanos 5:12; Salmo 51:5.
6 Ficou a situação sem esperança? Tanto a história como a Bíblia confirmam que, se dependesse dos homens, não haveria esperança. Somos incapazes de purificar a nós mesmos da mácula do pecado ou de livrar-nos da condenação de Deus. Se havia de haver um livramento, Deus o proveria. A lei Dele é que fora violada, de modo que caberia a Ele determinar como se poderia aplicar a justiça perfeita e prover um livramento. Jeová Deus mostrou sua benignidade imerecida por providenciar um alívio para os descendentes de Adão e Eva, inclusive para nós. A Bíblia explica qual é esta provisão e como nós podemos ser beneficiados por ela.
7 As seguintes passagens fornecem a base para o entendimento deste assunto:
“Deus amou tanto o mundo [da humanidade], que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” — João 3:16.
“O Filho do homem [Jesus] veio, não para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos.” — Marcos 10:45.
“Todos pecaram e não atingem a glória de Deus, e é como dádiva gratuita que estão sendo declarados justos pela benignidade imerecida dele, por intermédio do livramento pelo resgate pago por Cristo Jesus. Deus o apresentou como oferta [compensadora] por intermédio da fé no seu sangue.” — Romanos 3:23-25.
O QUE É O “RESGATE”?
8 Dois destes textos mencionam um “resgate”. Este, basicamente, é um preço pago para libertar um cativo. (Isaías 43:3) Muitas vezes ouvimos esta palavra usada com relação a dinheiro pago pela libertação de vítimas de seqüestro. Em nosso caso, o cativo é a humanidade. Adão nos vendeu à servidão ao pecado, com a resultante doença e morte. (Romanos 7:14) O que havia de valor que podia remir a humanidade e abrir para nós a perspectiva de vida livre dos efeitos do pecado?
9 Lembre-se de que a Bíblia disse que Jesus ‘deu a sua vida como resgate’. (Marcos 10:45) Disso podemos ver que se precisava duma vida humana. Pecando, Adão perdeu a vida humana perfeita. A fim de abrir para a humanidade o caminho para recuperar a vida em perfeição era preciso outra vida humana perfeita para compensar ou comprar de volta o que Adão perdeu. Isto destaca por que nenhum descendente imperfeito de Adão podia prover o resgate. Conforme diz o Salmo 49:7, 8 (ou: vv. 8, 9): “O homem não pode remir-se a si próprio, nem pagar a Deus o seu resgate. Grande, sobremodo, é o preço das suas vidas, não o conseguirá definitivamente.” — Missionários Capuchinhos, Lisboa.
10 A fim de prover o preço de resgate, Deus enviou seu perfeito Filho espiritual desde o céu para nascer como homem. Um anjo explicou à casta virgem Maria como Deus se asseguraria de que Jesus fosse perfeito ao nascer: “Poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus.” (Lucas 1:35; Gálatas 4:4) Por não ter Jesus um pai humano imperfeito, ele estava livre do pecado herdado. — 1 Pedro 2:22; Hebreus 7:26.
11 Depois de viver como homem, de pleno acordo com a vontade de Deus, Cristo renunciou à sua vida humana perfeita. Era uma vida igual a que Adão tinha quando foi criado, de modo que Jesus se tornou um “resgate correspondente por todos”. (1 Timóteo 2:5, 6; 1 Coríntios 15:45) Sim, foi “por todos”, por ele pagar o preço para comprar a inteira família humana. Por conseguinte, a Bíblia diz que temos sido “comprados por um preço” (1 Coríntios 6:20) Deus, por meio da morte de Jesus, lançou assim a base para anular o que Adão causou ao trazer o pecado, a doença e a morte para a humanidade. Esta verdade pode ter significado real para tornar nossa vida feliz.
COMO PODEM SER PERDOADOS OS NOSSOS PECADOS?
12 É bom saber da Bíblia que Jesus pagou o preço de resgate. Mas, há mais uma coisa que pode ser um empecilho para termos a aprovação e a bênção de Deus. Esta é que nós, pessoalmente, somos pecadores. ‘Erramos o alvo’ muitas vezes. Paulo escreveu: “Todos pecaram e não atingem a glória de Deus.” (Romanos 3:23) O que se pode fazer sobre isso? Como podemos tornar-nos aceitáveis para o nosso Deus justo, Jeová?
13 Certamente, não esperaríamos que Deus nos encarasse com aprovação, se continuássemos num proceder de que sabemos que é contrário à sua vontade. Temos de arrepender-nos sinceramente de nossos desejos, conversa e conduta errados, e depois temos de esforçar-nos a nos harmonizar com as Suas normas especificadas na Bíblia. (Atos 17:30) Ainda assim, nossos pecados — passados e presentes — precisam ser compensados. Neste respeito nos serve o sacrifício resgatador de Jesus. Paulo fornece um indício disso, escrevendo que Deus ‘apresentou Jesus como oferta compensadora por intermédio da fé no seu sangue’. — Romanos 3:24, 25.
14 O apóstolo referiu-se ali a algo que Deus providenciara muito antes e que retratava ou indicava Jesus. No antigo Israel, ofereciam-se regularmente sacrifícios de animais pelos pecados, a favor do povo. E até mesmo pessoas individuais podiam fazer ofertas pela culpa, em casos especiais de transgressão. (Levítico 16:1-34; 5:1-6, 17-19) Deus aceitava estes sacrifícios de sangue como expiando ou cancelando os pecados humanos. Mas isso não trazia alívio duradouro, porque a Bíblia diz que “não é possível que o sangue de touros e de bodes tire pecados”. (Hebreus 10:3, 4) Todavia, essas particularidades da adoração, que envolviam sacerdotes, templos, altares e ofertas, eram “uma ilustração” ou “uma sombra das boas coisas vindouras”, referentes ao sacrifício de Jesus. — Hebreus 9:6-9, 11, 12; 10:1.
15 A Bíblia mostra quão importante isto é para obtermos perdão, dizendo: “Mediante ele temos o livramento por meio de resgate, por intermédio do sangue desse [Jesus], sim, o perdão de nossas falhas.” (Efésios 1:7;1 Pedro 2:24) Portanto, além de sua morte prover o resgate, pode também compensar nossos pecados; podemos obter o perdão de nossos pecados. Mas, isso requer algo de nós. Visto que fomos comprados, sim, “comprados por um preço”, pelo resgate de Cristo, temos de estar dispostos a aceitar Jesus como nosso Senhor ou Dono, e temos de obedecer-lhe. (1 Coríntios 6:11, 20; Hebreus 5:9) Por conseguinte, temos de arrepender-nos de nossos pecados, e, junto com isso, ter fé no sacrifício de Jesus, nosso Senhor.
16 Se fizermos isso, não teremos de esperar o perdão até que Deus alivie a humanidade de todos os efeitos do pecado, acabando com a doença e a morte. As Escrituras falam deste perdão como algo que podemos usufruir agora mesmo, resultando numa consciência limpa perante Deus. — 1 João 2:12.
17 Portanto, o sacrifício de Jesus deve ter um significado muito pessoal para nós, cada dia. Por meio dele, Deus pode perdoar os erros que cometemos. O apóstolo João explica: “Escrevo-vos estas coisas para que não cometais pecado. Contudo, se alguém cometer pecado, temos um ajudador junto ao Pai, Jesus Cristo, um justo.” (1 João 2:1; Lucas 11:2-4) Este é um ensino bíblico primário e é vital para a nossa felicidade eterna. — 1 Coríntios 15:3.
O QUE FARÁ VOCÊ?
18 Como reage ao que a Bíblia diz sobre a causa da doença e da morte, o resgate e a provisão de perdão por meio de Jesus Cristo? Alguém talvez assimile mentalmente estes pormenores, sem que toquem seu coração e sua vida. No entanto, requer-se mais de nós.
19 Reconhece o amor de Deus em prover o resgate? O apóstolo João escreveu: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito.” (João 3:16) Lembre-se de que os homens envolvidos são pecadores, apartados de Deus. (Romanos 5:10; Colossenses 1:21) Entregaria o seu ente mais querido a favor de pessoas que na maioria mostram pouco ou nenhum interesse em você? Jeová, porém, fez com que seu Filho puro e fiel, seu Primogênito amado, viesse à terra para enfrentar desprezo, vergonha e a morte, a fim de prover alívio para a humanidade. Isto induziu Paulo a escrever: “Deus recomenda a nós o seu próprio amor, por Cristo ter morrido por nós enquanto éramos ainda pecadores.” — Romanos 5:8.
20 O Filho também mostrou seu amor. Quando veio o tempo para isso, ele se rebaixou voluntariamente para se tornar homem. Tornou-se escravo a favor dos homens imperfeitos, ensinando-os e curando-os. E embora fosse inocente, aceitou a zombaria, a tortura e uma morte vergonhosa das mãos dos inimigos da verdade. Como ajuda para poder avaliar isso, tome o tempo para ler o relato sobre Jesus ser traído, julgado, ultrajado e executado, conforme registrado em Lucas 22:47 a 23:47.
21 Como reagirá diante de tudo isso? Certamente, ninguém deve deixar que sua aceitação da amorosa provisão do resgate se torne uma desculpa para a conduta errada. Isso desacertaria o objetivo dela, e até mesmo poderia resultar num pecado além de perdão. (Hebreus 10:26, 29; Números 15:30) Em vez disso, devemos esforçar-nos a viver dum modo que honre o nosso Criador. E a fé na grandiosa provisão feita por meio de Seu Filho devia induzir-nos a falar a outros sobre ela, ajudando-os a reconhecer como também podem ser beneficiados. — Atos 4:12; Romanos 10:9, 10; Tiago 2:26; 2 Coríntios 5:14, 15.
22 Quando Jesus Cristo esteve na terra, ele disse que podia oferecer o perdão dos pecados por Deus. Alguns inimigos o criticaram por isso. Portanto, Jesus o provou por curar um homem paralítico. (Lucas 5:17-26) De modo que, assim como o pecado produziu efeitos físicos na humanidade, o perdão dos pecados pode resultar em benefícios. É importante saber isso. O que Jesus fez na terra mostra que Deus pode acabar com a doença e a morte. Isto está em harmonia com o que o próprio Jesus Cristo disse, a saber, que Jeová Deus deu seu Filho, para que pessoas com fé tivessem “vida eterna”. (João 3:16) Mas como? Quando? E que dizer de nossos entes queridos que já faleceram?
[Perguntas de Estudo]
Por que a doença e a morte causam perplexidade? (1, 2)
Como passamos a ficar afetados pela doença e pela morte? (3-5)
Por que cabe a Deus a solução da doença e da morte? (6, 7)
Como se proveu um resgate? (8-11)
Que base há para o perdão de nossos pecados? (12-17)
Como reage ao que Deus e Jesus têm feito? (1 João 4:9-11) (18-21)
O perdão de nossos pecados pode envolver que perspectiva? (22)
[Foto na página 108]
Os sacrifícios oferecidos em Israel apontavam para o sacrifício resgatador de Jesus.
[Quadro na página 103]
O escritor científico Isaac Asimov explicou que as moléculas de ARN, no cérebro humano, provêem “um sistema de arquivo perfeitamente capaz de absorver qualquer quantidade de saber e memória que o ser humano possa lançar sobre ele — e também um bilhão de vezes mais do que esta quantidade”. — Times Magazine de Nova Iorque, E. U. A.
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A morte não é um inimigo invencívelFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 12
A morte não é um inimigo invencível
A MORTE é o inimigo da vida. Cada enterro mostra que a morte é como um Rei que parece conquistar todos. (Romanos 5:14) Algumas árvores vivem mais de 1.000 anos; alguns peixes, 150; mas os anos do homem são apenas 70 ou 80, antes de ele ser tragado pela morte. — Salmos 90:10.
2 É com bons motivos que a Bíblia apresenta a morte como sendo inimigo. Embora pareçamos ter um desejo inerente de viver e de aprender infindavelmente, não importa o que o homem tenha aprendido, não importa quais as suas habilidades, e que estima dos amigos e parentes esteja gozando, a morte o reivindica. (Eclesiastes 3:11; 7:2) A maioria das pessoas, concordando que a morte é um inimigo, procura desesperadamente adiar a vitória dela. Outros procuram freneticamente todos os prazeres que podem tirar da vida, antes de serem derrotados.
3 No decorrer da história, porém, muitos têm acreditado que haja vida após a morte. O filósofo grego Platão ensinava que temos uma alma imortal que sobrevive ao corpo. Temos mesmo? O interesse nisso tem sido estimulado por histórias recentes sobre pessoas que supostamente morreram, foram revivificadas e depois descreveram o que ‘viram além da porta da morte’. Será que os mortos estão vivos em outro lugar? Pode a morte ser vencida?
A PRIMEIRA VITÓRIA DA MORTE
4 A Bíblia mostra que os humanos foram criados para viver, não para morrer. Deus colocou Adão e Eva num lindo jardim, onde podiam usufruir a vida. Designou uma das árvores como sendo “a árvore da vida”. É provável que, se Adão e Eva tivessem mostrado apreço e lealdade para com Deus, ele teria permitido que comessem dessa árvore, simbolizando que lhes concedia terem vida eterna. (Gênesis 1:30; 2:7-9) No entanto, Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus. Seu pecado trouxe-lhes a sentença de morte. — Gênesis 3:17-19.
5 Para entendermos se a morte é ou não é realmente um inimigo invencível, precisamos examinar o resultado da vitória da morte sobre Adão e Eva. ‘Morreram’ eles completamente? Ou foi essa “morte” apenas uma transição para uma espécie diferente de vida?
6 Depois de Adão pecar tolamente, Jeová cumpriu com sua palavra justa e reta. Ele disse a Adão:
“No suor do teu rosto comerás pão, até que voltes ao solo, pois dele foste tomado. Porque tu és pó e ao pó voltarás.” — Gênesis 3:19.
O que significava isso para Adão e para nós, hoje?
7 O relato anterior sobre a criação de Adão nos conta: “Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente.” (Gênesis 2:7) Pense no que isso significa. Antes de Deus o criar do pó Adão não existia. Portanto, depois de ele morrer e voltar ao pó Adão não existiria mais. — Gênesis 5:3-5.
OS MORTOS ESTÃO CÔNSCIOS?
8 Muitos talvez fiquem surpresos com a idéia de que, quando Adão morreu, ele deixou de existir. No entanto, a penalidade especificada para o pecado — Adão morrer e voltar ao pó — não continha nenhum indício da continuação da vida. A morte é o contrário da vida, quer do homem, quer do animal. Ambos têm o mesmo “espírito” ou força de vida. De modo que a Bíblia comenta:
“Há um evento conseqüente com respeito aos filhos da humanidade e um evento conseqüente com respeito ao animal, e há para eles o mesmo evento conseqüente. Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm apenas um só espírito, de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal . . . Todos eles vieram a ser do pó e todos eles retornam ao pó.” — Eclesiastes 3:19, 20.
9 Significa isso que os mortos não têm pensamentos, nem sentimentos? Eclesiastes 9:4, 5, responde: “Melhor está o cão vivo do que o leão morto. Pois os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” Quando alguém morre, “perecem deveras os seus pensamentos”, não tendo ele mais nenhuma faculdade de sentir ou trabalhar. — Salmo 146:3, 4; 31:17.
10 Visto que a Bíblia nos assegura que os mortos não estão cônscios e não podem sentir nada, isto significa que a morte acaba com a dor e o sofrimento. Jó servo fiel de Deus, sabia disso. Quando padeceu duma doença dolorosa, ele disse:
“Por que não passei a morrer desde a madre? . . . Por que fui confrontado por joelhos, e por que por peitos, para que eu mamasse? Pois agora eu já estaria deitado para ter sossego, então dormiria, estaria descansando.” — Jó 3:11-13.
11 Mas, será que isso toma em consideração a alma?
12 Expresso de modo simples, as Escrituras ensinam que sua alma é você mesmo. Isto é demonstrado por aquilo que já lemos em Gênesis 2:7. Deve lembrar-se de que Deus formou o corpo do homem com o pó. Deus proveu então a vida e o fôlego necessários para sustentá-lo. Com que resultado? Segundo a própria Palavra de Deus, o homem “veio a ser uma alma [em hebraico: néfes] vivente”. (Gênesis 2:7) Adão não recebeu uma alma, nem veio a ter uma alma. Ele era uma alma. A Bíblia toda é coerente quanto a este ensino. Muitos séculos mais tarde, o apóstolo Paulo citou Gênesis 2:7, escrevendo: “O primeiro homem, Adão, tornou-se alma [em grego: psiqué] vivente.” — 1 Coríntios 15:45.
13 A palavra hebraica néfes e a palavra grega psiqué, encontradas nestes textos, são traduzidas de diversos modos. Em Ezequiel 18:4 e em Mateus 10:28, encontrará que, em muitas versões da Bíblia, elas são traduzidas por “alma”. Em outros trechos, estas mesmas palavras originais são traduzidas por “ser”, “criatura” ou “pessoa”. Estas são traduções válidas das palavras originais, e uma comparação delas mostra que a alma é a própria criatura ou pessoa, não alguma parte invisível do homem. A Bíblia aplica as mesmas palavras das línguas originais aos animais, mostrando que eles são almas ou têm vida como almas. — Gênesis 2:19; Levítico 11:46; Revelação (Apocalipse) 8:9.
14 Adão, ou qualquer de nós, como alma, podia comer, ficar faminto ou cansar-se. No original hebraico, a Bíblia diz que as almas fazem todas essas coisas. (Deuteronômio 23:24; Provérbios 19:15; 25:25) Deus, ao declarar uma proibição que se aplicava aos israelitas com referência a trabalhar em certo dia, esclareceu outro ponto importante sobre a alma, dizendo: “Quanto a qualquer alma que fizer qualquer sorte de obra neste mesmo dia, terei de destruir esta alma dentre o seu povo.” (Levítico 23:30) Portanto, aqui e em muitos outros textos, a Bíblia mostra que a alma pode morrer. — Ezequiel 18:4, 20; Salmo 33:19.
15 O conhecimento de tais verdades bíblicas pode ajudar-nos a avaliar as recentes histórias sobre pessoas que supostamente morreram (não havendo nenhuma discernível batida cardíaca ou atividade cerebral), mas que foram reanimadas e que depois contaram sobre terem flutuado fora do corpo. Uma possibilidade é que talvez tenham tido alucinações por causa da medicação ou por causa da condição do cérebro privado de oxigênio. Quer esta seja a plena explicação disso, quer não, temos certeza de que nenhuma alma invisível saiu do corpo.
16 Também, se os mortos estão totalmente inconscientes e se nenhuma “alma” sai flutuando do corpo, então não pode haver nenhum inferno de fogo à espera das almas dos iníquos, não é verdade? Contudo, muitas igrejas ensinam que os iníquos serão atormentados após a morte. Ao saberem da verdade sobre os mortos, alguns ficaram justificadamente perturbados, perguntando: ‘Por que não nos disse a nossa religião a verdade sobre os mortos?’ Qual é a sua própria reação? — Veja Jeremias 7:31.
QUE FUTURO HÁ PARA OS MORTOS?
17 Se o único futuro dos que agora vivem fosse estarem inconscientes após a morte, então a morte seria um inimigo invencível. Mas a Bíblia mostra que não é assim.
18 O futuro imediato da pessoa, após a morte, é a sepultura. As línguas em que a Bíblia foi escrita tinham palavras para o lugar dos mortos, a sepultura comum da humanidade. Em hebraico, era chamado Seol. Em grego, Hades. Estas palavras foram traduzidas em algumas Bíblias por termos tais como “sepultura”, “cova” ou “inferno”. Não importa como tenham sido traduzidas, o significado dos termos, nas línguas originais, não é o de um lugar quente de sofrimento, mas é o da sepultura de mortos inconscientes. Lemos:
“Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [inferno, Douay Version, católica, em inglês; sepultura, Figueiredo; Almeida, rev. e corr.] o lugar para onde vais.” — Eclesiastes 9:10.
O apóstolo Pedro assegura-nos que até mesmo Jesus, ao falecer, foi para a sepultura, para o Seol, Hades ou inferno. — Atos 2:31; veja Salmo 16:10.
19 O morto, naturalmente, não tem nenhum poder para mudar de condição. (Jó 14:12) Portanto, é a inconsciência na morte todo o futuro que há? Para alguns, sim A Bíblia ensina que os que Deus rejeita totalmente permanecerão mortos para sempre. — 2 Tessalonicenses 16-9.
20 Os antigos judeus criam que os extremamente iníquos não teriam nenhum futuro depois da morte. Os judeus não enterravam a tais. Antes jogavam os cadáveres deles num vale fora de Jerusalém, onde se mantinham fogos acesos para eliminar o lixo. Era o Vale de Hinom, ou Geena. Referindo-se a este costume, Jesus usou a Geena como símbolo de destruição total, sem nenhuma perspectiva futura. (Mateus 5:29, 30) Por exemplo, ele disse:
“Não fiqueis temerosos dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma [ou a perspectiva de viver como alma], antes, temei aquele [Deus] que pode destruir na Geena tanto a alma como o corpo.” — Mateus 10:28.
As palavras de Jesus, porém, oferecem-nos motivos de esperança, de que muitos dos falecidos viverão de novo, no futuro, vencendo assim a morte.
VITÓRIA POR MEIO DA RESSURREIÇÃO
21 Deus, em um dos atos mais importantes da história, ressuscitou Jesus Cristo para a vida, após este ter estado morto por dias. Jesus tornou-se criatura espiritual, vivente, assim como havia sido antes de vir à terra. (1 Coríntios 15:42-45; 1 Pedro 3:18) Centenas de pessoas viram Jesus aparecer depois de ter sido ressuscitado. (Atos 2:22-24; 1 Coríntios 15:3-8) Essas testemunhas estavam dispostas a arriscar a vida em apoio de sua fé na ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus mostrou que a morte não é um inimigo invencível. A vitória sobre a morte é possível! — 1 Coríntios 15:54-57.
22 Também são possíveis vitórias adicionais sobre a morte. As pessoas podem voltar à vida humana na terra. Jeová, que não pode mentir, assegura-nos na sua Palavra “que há de haver uma ressurreição tanto de justos [que conheciam a vontade de Deus e a faziam] como de injustos [os que não praticavam a justiça].” — Atos 24:15.
23 Podemos confiar na capacidade de Deus, de trazer pessoas de volta à vida humana. Os homens têm a capacidade de registrar em filmes ou em video-tapes a imagem, a voz e os maneirismos duma pessoa. Não poderá Deus fazer muito mais? Sua memória é muito mais ampla do que qualquer filme ou tape, de modo que pode recriar perfeitamente aqueles que ele quer ressuscitar. (Salmo 147:4) Ele já demonstrou isso. A Bíblia contém vários relatos sobre Deus usar seu Filho para trazer humanos de volta à vida. Poderá ler duas destas narrativas emocionantes em João 11:5-44 e Lucas 7:11-17. Homens que adoravam a Deus no passado tinham bons motivos para aguardar o tempo em que ele se lembraria deles e os ressuscitaria. Seria como que acordá-los do sono inconsciente. — Jó 14:13-15.
24 Aquelas ressurreições no passado devem ter alegrado muito a parentes e amigos. Mas elas derrotaram a morte apenas temporariamente, porque os ressuscitados finalmente morreram de novo. Não obstante, fornecem-nos uma emocionante previsão, porque a Bíblia indica uma vindoura “ressurreição melhor”. (Hebreus 11:35) Ela será muitíssimo melhor, porque os que voltam à vida na terra não terão de morrer de novo. Isto significará uma vitória muito maior sobre a morte. — João 11:25, 26.
25 O que a Bíblia diz sobre como Deus pode derrotar e derrotará a morte certamente indica o seu interesse amoroso nos humanos. Deve ajudar-nos a entender a personalidade de Jeová e achegar-nos mais a ele. Estas verdades ajudam-nos também a ter equilíbrio, porque somos protegidos contra o temor mórbido da morte que aflige a tantos. Podemos ter a esperança feliz de ver novamente até mesmo nossos parentes e amados falecidos, quando a morte for derrotada pela ressurreição. — 1 Tessalonicenses 4:13; Lucas 23:43.
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos examinar o “inimigo” morte? (Jó 14:1, 2) (1-3)
Como sobreveio a morte à humanidade? (4, 5)
O que significava a “morte” para Adão? (6, 7)
Como mostraria a alguém, com a Bíblia, se os mortos estão cônscios, ou não? (8-11)
Segundo a Bíblia, o que é a “alma”? (12, 13)
Pode a alma morrer, e que implicações tem isso? (14-16)
O que acontece com a pessoa após a morte? (17-20)
Como é possível a vitória sobre a morte? (21, 22)
Por que pode o futuro ser emocionante? (23-25)
[Foto na página 114]
Pó
Adão
Pó
[Foto na página 119]
A ressurreição de Lázaro mostra que a morte pode ser vencida.
[Quadro na página 117]
‘É digno de nota que, no Novo Testamento, não encontramos nenhum fogo do inferno como parte da primitiva pregação. Há alguns indícios, no Novo Testamento, de que a derradeira sorte dos que recusam a oferta de salvação feita por Deus talvez seja o aniquilamento, em vez de punição eterna.’ — A Dictionary of Christian Theology, editado por Alan Richardson.
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Comunicação com o domínio espiritualFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 13
Comunicação com o domínio espiritual
“A COMPULSÃO de comunicar-se é profunda.” Com esta declaração, o livro Machines (Máquinas) iniciou um capítulo sobre rádio. Pelo rádio, podemos comunicar-nos com pessoas em todo o globo ou mesmo ouvir os astronautas no espaço exterior.
2 A comunicação por rádio é agora uma parte aceita da vida. No entanto, muitos desconhecem ou entendem mal um tipo mais importante de comunicação — com o domínio espiritual.
FALAR AO CRIADOR
3 Séculos antes da invenção do rádio, o Rei Davi escreveu:
“Dá ouvidos as minhas declarações, ó Jeová. Presta deveras atenção ao som do meu clamor por ajuda, meu Rei e meu Deus, porque oro a ti.” — Salmo 5:1, 2.
Não parece razoável que a mais elevada inteligência no universo possa ‘dar ouvidos’ ao que dizemos em oração, se quiser fazer isso? E não é sensato que procuremos a ajuda de Deus, que nos pode fornecer a melhor orientação? — Salmo 65:2.
4 Na comunicação por rádio são necessários um transmissor e um receptor. Mas, de que precisamos para contatar a Jeová em oração? O primeiro requisito é ter fé. “Aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam.” (Hebreus 11:6) É preciso também estar harmonizado com as normas morais e os modos de proceder de Deus. Senão, Deus não escutará, assim como uma pessoa reta tampouco escutaria um programa de rádio que considera moralmente repugnante — 1 João 3:22; Isaías 1:15.
5 Jeová não tem uma fórmula rígida para orações aceitáveis. Ele pode “ouvir”, quer você ore em voz alta, quer silenciosamente. Poderá orar em pé, sentado, ajoelhado ou deitado na cama. (1 Samuel 1:12, 13; 1 Reis 8:54) Não precisa de palavras especiais, nem de linguagem religiosa. Mais importantes são a sinceridade e um espírito humilde. Note como Jesus ilustrou isso em Lucas 18:10-14.
6 Individualmente, podemos chegar-nos a Jeová a qualquer hora em oração. Todavia, ele acolhe também orações em conjunto, tais como da parte duma congregação de cristãos Por terem escutado as orações em reuniões congregacionais, alguns que nunca antes oraram aprenderam a usar esta comunicação vital. O grupo familiar também pode e deve orar junto. Uma oportunidade para isso surge nas refeições, seguindo-se o exemplo de Jesus, de agradecer a Deus o alimento que tornou disponível. — Marcos 8:6.
7 Talvez saiba de alguém que tem orado, mas que se tem queixado de não obter resposta. Por que não? Cristo disse aos seus seguidores: “Se pedirdes ao Pai qualquer coisa, ele vo-la dará em meu nome.” Jesus Cristo, e ninguém mais, é o caminho para se chegar a Deus. Será que o problema é não se reconhecer isso? (João 16:23; 14:6) Também, o que queria Jesus dizer com “qualquer coisa”? O apóstolo João mostra que é “qualquer coisa” que esteja ‘segundo a vontade de Jeová’. Dificilmente poderíamos esperar que o Deus justo aceitasse orações para fins errados, imorais ou gananciosos. (1 João 5:14) Contudo, muitos oram, pedindo riqueza instantânea ou poder sobre outros. Não é de admirar, então, que Deus não responda a tais orações. Os pedidos para as nossas necessidades pessoais, válidas, devem vir depois de assuntos tais como a vontade de Deus ser feita na terra. — Mateus 6:9-11.
8 A oração oferece oportunidades de falarmos a Deus como a um pai amoroso, para expressar nossa alegria, nossas dificuldades e nossas necessidades. Se não estiver fazendo isso regularmente, não o adie. Ter uma relação de confiança com Deus e poder comunicar-se com ele a qualquer hora lhe dará muita paz mental e felicidade. Pode desabafar, tendo a certeza de que ele se interessa em você. — Salmo 86:1-6; Filipenses 4:6, 7.
RESPOSTA DO DOMÍNIO ESPIRITUAL
9 Um dos principais assuntos de oração deve ser a necessidade que temos de sabedoria e orientação da parte de Deus. (Salmo 27:11; 119:34-36; Tiago 1:5) De que maneira responde Deus? Nos tempos antigos, ele deu ocasionalmente mensagens verbais, falando por meio de anjos ou de profetas humanos. Mas o apóstolo Paulo diz que Deus, agora, “nos falou por intermédio dum Filho”, cujos ensinos e padrão de vida estão registrados na Bíblia. (Hebreus 1:1, 2; 2:1-3; João 20:31) Assim, em vez de esperarmos que Deus nos fale pessoalmente, devemos buscar ajuda através do meio que ele escolheu usar, a Bíblia. Com isto em mente, devemos secundar as orações por orientação, estudando diligentemente a sua Palavra. (Provérbios 2:1-5) Ajuda adicional está disponível por meio de cristãos devotados, que se reúnem regularmente para estudar e considerar a Bíblia. — 2 Timóteo 2:1, 2.
10 Em resposta às nossas orações, Deus pode também auxiliar-nos pessoalmente por meio de seu espírito. Com este, ele ajuda os cristãos a entender sua Palavra e a aplicá-la. (João 16:7-13) Davi orou: “Ensina-me a fazer a tua vontade . . . Teu espírito é bom; guie-me ele na terra da retidão.” — Salmo 143:10.
HÁ PESSOAS MÁS NO DOMÍNIO ESPIRITUAL?
11 A Bíblia não somente nos assegura que Jeová seu Filho e os anjos existem no domínio espiritual, e que podemos comunicar-nos com Deus por meio da oração. Mas, com a mesma fidedignidade, as Escrituras mostram que há pessoas espirituais, inteligentes, que agora são muito iníquas, especificamente, Satanás e seus demônios.
12 Alguns acham que “o diabo” é apenas o remanescente duma antiga superstição ou dum mito. Outros acham que, quando a Bíblia menciona “Satanás”, ela se refere simplesmente ao princípio do mal.
13 Todavia, Mateus 4:1-11 fala-nos sobre um tempo em que Satanás ofereceu três tentações bem específicas a Jesus. O Satanás mencionado ali certamente não era nenhum princípio do mal dentro de Jesus, porque o Filho de Deus está livre do mal e do pecado. (Hebreus 7:26; 1:8, 9) Não, Satanás é uma pessoa real. Isto é também corroborado pelo relato em Jó 1:6-12, que fala sobre o comparecimento de Satanás perante Jeová.
14 Mas, qual é a origem de Satanás? Sabemos que Jeová é o Criador de todas as coisas e que “perfeita é a sua atuação” (Deuteronômio 32:4. Revelação 4:11) Portanto, não é lógico que Satanás, antigamente, tenha sido uma pessoa espiritual reta, criada por Jeová junto com os outros anjos? Então, como se tornou corruto? Tiago 1:14, 15, nos fornece a chave:
“Cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado.”
15 Em vista do que tem acontecido entre os homens, sabemos que até mesmo alguém numa posição de confiança talvez veja como poderia abusar da situação para conseguir mais poder. Parece que foi isso o que aconteceu com um dos anjos de Deus. Tendo livre-arbítrio, esta criatura espiritual escolheu um proceder mau, talvez crendo que pudesse tornar-se semelhante a Deus e ser seguido pelos humanos. O que aconteceu, pelo visto, é comparável ao que se passou com o Rei de Tiro, conforme relatado em Ezequiel 28:1-19. Este homem havia ocupado uma posição favorecida com respeito ao antigo Israel, mas ficara cheio de orgulho, o que levou à sua queda. De maneira similar, o orgulho levou à ruína aquele que fez de si mesmo Satanás, opositor de Deus.
16 O entendimento da existência de Satanás lança luz sobre os acontecimentos no jardim do Éden, que resultaram em sermos imperfeitos, pecadores, sujeitos à doença e à morte. Com a sua inteligência superior à dos homens, Satanás usou uma serpente para comunicar uma proposta mentirosa e fatal a Eva. (Gênesis 3:1-5) Por conseguinte, Revelação 12:9 chama a Satanás de “serpente original”. E Jesus disse que este “não permaneceu firme na verdade”, mas tornou-se “o pai da mentira” e “homicida”. — João 8:44.
17 Satanás não é a única criatura espiritual que se rebelou. A história, em Gênesis 6:1-3, explica que, nos dias de Noé, alguns anjos — talvez estimulados pela rebelião de Satanás — assumiram corpos humanos, para poderem ter prazeres sexuais com mulheres. Isto era desnatural e corruto. (Judas 6, 7) Quando Deus eliminou a iniqüidade na terra, por meio dum dilúvio global, esses anjos desobedientes retornaram ao domínio espiritual, mas então do lado de Satanás, como demônios. (2 Pedro 2:4, 5) As bem-conhecidas mitologias grega e romana, sobre deuses que se locomoveram entre o céu e a terra, talvez fossem distorções dos fatos a respeito dos anjos desobedientes conforme relatados na Bíblia.
INFLUÊNCIA INÍQUA DESDE O DOMÍNIO ESPIRITUAL
18 Os espíritos iníquos não estão interessados no nosso bem-estar, mas estão resolvidos a enganar e a desencaminhar os humanos, desviando-os de Deus. O apóstolo Paulo chamou Satanás de “deus deste sistema de coisas”, que “tem cegado as mentes dos incrédulos” para que não aprendessem as “boas novas” sobre o Cristo. (2 Coríntios 4:4) Tem sido bastante bem-sucedido nisso.
19 Uma tática que ele tem usado é estimular o conceito de que não existe Diabo ou Satanás. Ele é como o criminoso que difunde a idéia de que não existe nenhum sindicato do crime, levando as pessoas assim a uma falsa segurança. Outra tática é refletida pelas ações horrendas cometidas por religiosos fanáticos: cruzadas, inquisições, a bênção dada à guerra. Essas têm induzido muitas pessoas sensíveis a se desviarem de Jeová Deus, pensando erroneamente que ele é representado pelas igrejas.
20 Lembre-se, também, de que o apóstolo Paulo disse que Satanás é “o deus deste sistema de coisas” Alguns zombam da idéia de que Satanás esteja manobrando as nações. Mas, quando Satanás ofereceu a Cristo a autoridade sobre as nações, Jesus não negou que o diabo exercesse poder sobre os reinos políticos. (Lucas 4:5-8) E não parece haver uma força malévola atrás dos assuntos mundiais, hoje em dia? Com isto em mente, leiamos o que Revelação 12:9, 12, diz sobre os esforços de Satanás.
EVITE CONTATO COM ESPÍRITOS INÍQUOS
21 Os cientistas têm pesquisado o que é conhecido como PES (percepção extra-sensorial). Ela inclui fenômenos tais como alguém conhecer os pensamentos de outra pessoa, descrever eventos ou objetos que nunca poderia ter visto ou conhecido, e usar ‘a mente para dominar a matéria’, para influenciar coisas tais como o lance dos dados. Os pesquisadores psicológicos têm procurado excluir a possibilidade de truques, contudo, não podem explicar estas façanhas sobre-humanas. Poderá a explicação ser encontrada no que as Escrituras dizem?
22 Satanás e os demônios podem afetar diretamente os homens e seus assuntos. Por exemplo, na antiga Filipos, na Grécia, uma moça era capaz de fazer predições. Como? O registro histórico diz que “um espírito, um demônio de adivinhação”, influenciava as declarações da moça. O apóstolo Paulo ajudou-a a se livrar do demônio. — Atos 16:16-18.
23 Visto que os demônios são reais e poderosos, a Palavra de Deus adverte repetidas vezes contra o envolvimento com eles. Condena o uso de despachos (como na magia negra ou na macumba), consultar médiuns ou alguém tentar entrar em contato com os mortos. (Deuteronômio 18:10-12; Levítico 20:6, 27; Gálatas 5:19-21) Estas advertências ainda são oportunas. Talvez tenha observado o amplo interesse em fenômenos psíquicos e no ocultismo. Muitos filmes e novelas têm dado destaque ‘aos espíritos’ ou aos esforços do homem de exorcismar ou expulsar demônios. O uso de pranchetas Ouija ou da astrologia para obter orientação é comum.
24 A comunicação com espíritos iníquos é perigosa. Os relatórios indicam que os demônios, uma vez que obtenham influência sobre a pessoa, podem causar muito dano — físico, mental e emocional. (Veja Mateus 8:28-33.) Importunam as pessoas, causam barulhos à noite, fazem objetos mover-se, acariciam órgãos sexuais e causam doenças. Suas “vozes” até mesmo têm levado pessoas à demência, ao homicídio ou ao suicídio.
25 Naturalmente, algumas ocorrências “estranhas” podem surgir por causa de problemas físicos, tais como perturbações da química do organismo, que podem afetar a mente e os sentidos. Mas, seria tolice simplesmente rejeitar a existência de Satanás e dos demônios. Não subestime a seriedade da advertência bíblica contra eles.
26 Quando alguém é importunado por demônios, há um meio de se livrar disso? Deus não usa agora humanos para curar os doentes, expulsar demônios ou ressuscitar os mortos, assim como usou os apóstolos. Mas ele ajuda a pessoa a se livrar da “autoridade de Satanás”. (Atos 26:18; Efésios 6:12) É preciso recorrer a Jeová em oração, usando seu nome e buscando seriamente a sua ajuda. (Provérbios 18:10) Também, precisa-se resistir às sugestões demoníacas, assim como fez Jesus, abandonando as práticas espíritas e a associação desnecessária com os que seguem o demonismo. — Mateus 4:1-11; 2 Coríntios 6:14-17.
27 Além disso, os relatórios mostram que os demônios amiúde mantêm contato com uma pessoa por meio dum objeto, de modo que é importante livrar-se de objetos anteriormente usados no espiritismo (amuletos, bolas de cristal, e assim por diante). A Bíblia nos diz que alguns dos que haviam praticado artes mágicas, na antiga Éfeso, fizeram isso. — Atos 19:18-20.
28 Todavia, não é necessário estar em constante pavor dos espíritos iníquos. Antes, a Bíblia nos exorta a que nos revistamos duma armadura espiritual:
“Portanto, mantende-vos firmes, tendo os vossos lombos cingidos com a VERDADE, e vestindo a couraça da JUSTIÇA, e tendo os vossos pés calçados do equipamento das BOAS NOVAS DE PAZ. Acima de tudo, tomai o grande escudo da FÉ, com que podereis apagar todos os projéteis ardentes do iníquo. Aceitai também o capacete da SALVAÇÃO e a espada do espírito, isto é, a PALAVRA DE DEUS, ao passo que . . . em todas as ocasiões, fazeis ORAÇÕES.” — Efésios 6:14-18.
Conforme mostra aqui a Palavra de Deus, uma excelente proteção contra a comunicação indesejável com os espíritos iníquos é a comunicação regular com Jeová, por meio da oração. A Bíblia diz apropriadamente: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas oponde-vos ao diabo, e ele fugirá de vós.” — Tiago 4:7.
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos estar interessados em comunicar-nos com o Criador? (1-3)
O que é preciso para as orações serem aceitáveis? (1 Pedro 3:12) (4, 5)
O que podemos aprender da Bíblia sobre a natureza de nossas orações? (6-8)
Como podemos receber uma comunicação de Deus? (9, 10)
Como podemos saber que Satanás existe? E qual é a sua origem? (11-15)
Como é de ajuda para nós sabermos da existência de Satanás e dos demônios? (16, 17)
De que modo têm os espíritos iníquos afetado os humanos? (2 Coríntios 11:13-15) (18-20)
Que práticas podem fazer com que alguém se envolva com espíritos iníquos? (21-23)
Como poderá proteger-se contra a comunicação prejudicial com o domínio espiritual? (24-28)
[Foto na página 123]
Podemos comunicar-nos diariamente com Deus por meio da oração.
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A iniqüidade — por que Deus a permite?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 14
A iniqüidade — por que Deus a permite?
SE UM amigo seu fosse assaltado, assassinado, ou uma amiga sua fosse estuprada, ficando o criminoso solto, não se sentiria frustrado, magoado e irado? Tais crimes e injustiças refletem apenas em pequena escala o que sobreveio à humanidade.
2 A história é um longo registro de guerras brutais, pobreza esmagadora, crime e opressão. Em resultado disso, alguns passaram a duvidar da própria existência de Deus. Sabemos que há evidência convincente de que o Criador existe. (Hebreus 3:4; Romanos 1:20) Mas a iniqüidade também existe. Por este motivo, mesmo muitos dos que crêem em Deus perguntam-se: ‘Importa-se ele realmente conosco?’ Querem saber: ‘Se Deus se importa mesmo, por que permitiu a iniqüidade por tanto tempo?’
3 Filósofos e clérigos amiúde têm tratado deste assunto, mas sem obterem respostas satisfatórias. O que diz o próprio Deus?
DEUS RESPONDE: ‘EU ME IMPORTO’
4 Baseados na nossa experiência, podemos avaliar a reação do profeta hebreu Habacuque à violência e à injustiça. Ele viveu num tempo em que os judeus haviam caído em muitas práticas más, o que atribulou seriamente a Habacuque e o induziu a perguntar a Deus:
“Por que me fazes olhar para a injustiça? Por que toleras o que é errado? Destruição e violência estão diante de mim; há luta, e o conflito é abundante. Por isso, a lei fica paralisada e a justiça nunca prevalece. Os iníquos encurralam os justos, de modo que se perverte a justiça.” — Habacuque 1:3, 4, New International Version.
Embora convencido da justiça de Jeová, Habacuque ficou aflito diante da violência e da injustiça entre o seu povo. Também, naquele tempo, os babilônios assolavam, aterrorizavam e despojavam outras nações. Parecia que em toda a parte prevalecia a iniqüidade. O profeta Habacuque se perguntou por que Deus, que podia ver isso, parecia não fazer nada. — Habacuque 1:13.
5 Numa visão, Jeová assegurou a Habacuque que a aparente prosperidade dos iníquos era apenas temporária. Deus não somente via o que estava acontecendo, mas ele também se importava com isso. Ele tinha um “tempo designado” para aplicar a justiça divina. Mesmo que os homens pensassem que isso já estava demorando, assegurou-se a Habacuque: “Cumprir-se-á sem falta. Não tardará.” — Habacuque 2:3.
6 Mostrando ainda mais que Deus se importa, ele alertou Habacuque ao desafio que confrontava os homens no ínterim. Jeová disse: “Mas, quanto ao justo, continuará a viver pela sua fidelidade.” (Habacuque 2:4) Enfrentaria Habacuque este desafio, fazendo o que era certo e de boa moral, apesar do que faziam os que o rodeavam? Ele precisava demonstrar fé em que Deus trataria corretamente do assunto no seu “tempo designado”.
7 A história conta-nos o que aconteceu. Quando chegou o tempo, Deus agiu para acabar com a violência e a injustiça da parte dos judeus. Aquela terra foi conquistada e muitos do povo foram levados cativos. Mais tarde, Deus fez um ajuste de contas com Babilônia. Conforme Jeová predissera por meio de seus profetas, os medos e os persas, sob as ordens de Ciro, derrotaram o aparentemente todo-poderoso Império Babilônico. — Jeremias 51:11, 12; Isaías 45:1; Daniel 5:22-31.
8 Esta ilustração em pequena escala mostra que o nosso Criador não fecha os olhos à iniqüidade. Está apercebido dela e se importa. (Veja Gênesis 18:20, 21; 19:13.) Sendo assim, por que permitiu Deus que a iniqüidade continuasse até agora? A fim de entendermos a explicação lógica da Bíblia, precisamos remontar ao tempo em que começaram as dificuldades para os homens.
SURGEM QUESTÕES UNIVERSAIS
9 Conforme relatado em Gênesis, capítulo três, o Diabo questionou Eva sobre a obediência dela à ordem de Deus, de não comer duma certa árvore específica. Eva respondeu que a desobediência traria a sentença de morte. Mas, Satanás respondeu:
“Positivamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.” — Gênesis 3:1-5.
Satanás levantou aí desafios ou questões que envolviam todas as criaturas de Deus, homens e anjos.
10 Em primeiro lugar, o Diabo desafiou a honestidade de Deus. Pense nas implicações disso. Se Deus não era veraz neste assunto, poder-se-ia confiar nele em qualquer outra coisa? Será que suas criaturas na terra ou no céu sempre teriam de ter suspeitas do que Deus diz? Sabemos hoje quanta suspeita as pessoas têm de políticos que governam por recorrerem a mentiras. — Veja Salmo 5:9.
11 A afirmação de Satanás, de que Deus engana e que ele retém coisas que são para o bem de suas criaturas também suscitou a questão: Merece Deus governar? A questão da legitimidade do modo de governo de Deus envolvia todo o universo.
12 Além disso, Satanás sustentou que os homens podem passar sem Deus, que podem e devem governar a si mesmos. Apresentou-se perante homens e anjos a questão: Podem os homens governar seus assuntos com bom êxito independentes de Deus?
13 Estas sérias questões de moral exigiam uma solução completa. A maneira em que Deus decidiu fazer isso mostra claramente sua sabedoria e seu interesse em nosso bem-estar, tanto agora como no futuro. Deus permitiu que passasse tempo, durante o qual todas as criaturas inteligentes poderiam ver a evidência. Para saber avaliar isso, considere como agiria, se alguém afirmasse publicamente que você não é bom membro da família, que mente e que exerce autoridade por incutir medo. Alguém inseguro talvez protestasse em voz alta e até mesmo lutasse contra o acusador. Mas, tendo certeza de que a acusação é falsa, você poderia resolver as questões simplesmente por permitir que todos tivessem tempo de ver o seu modo de proceder e o bom resultado disso na sua família. — Mateus 12:33.
14 Que evidência revelou o tempo sobre as questões suscitadas no Éden? Conforme Deus advertiu de antemão, a desobediência humana resultou em morte, precedida por doença e velhice. De modo que Deus não foi desonesto no seu aviso, e não havia nisso nenhuma base para um desafio à legitimidade de seu governo. Há também prova de que o homem não pode fixar as suas próprias normas, governando a si mesmo independente de Deus. Nenhuma forma de governo humano conseguiu impedir as guerras, a corrução, a opressão, o crime e a injustiça. Isto confirma o que a Bíblia diz: “Não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.” (Jeremias 10:23) Além disso, o tempo provou que os homens não podem acabar com o sofrimento; antes, eles muitas vezes o causam.
15 O sofrimento é sentido por pessoas sinceras que estão dispostas a aceitar o governo e as normas de Deus. Pensando nelas, Deus vai agir contra os que praticam a iniqüidade, assim como fez em pequena escala, conforme mencionado no livro de Habacuque. Jeová eliminará a todos, no céu e na terra, que são responsáveis pela iniqüidade e pelo sofrimento. Assim como Deus disse a Habacuque, há para isso um “tempo designado”. Podemos ter certeza de que ‘se cumprirá sem falta. Não tardará’. — Habacuque 2:3.
BENEFÍCIOS DERIVADOS DO TEMPO CONCEDIDO
16 Quanto a Deus permitir o mal, muitos pensam apenas no sofrimento do homem. Deixam de reconhecer as questões importantes que estão sendo resolvidas. Talvez despercebam também os benefícios que podem derivar por Deus ter concedido tempo para a questão ser resolvida. — 2 Pedro 3:9.
17 O tempo que Deus concedeu para a solução destes assuntos tem sido suficientemente longo para nós nascermos. Quaisquer prazeres que usufruímos se devem à concessão de tempo feita por Deus. Além disso, recebemos a oportunidade de provar nosso amor e lealdade a Deus. Satanás, em desafio, argumentou que nenhum humano mostraria ser fiel a Deus, nem mesmo um de quem Deus pudesse dizer: “Não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal.” Vemos isso no livro bíblico de Jó, capítulos 1 e 2. O Diabo disse sobre Jó, homem reto: “Acaso é por nada que Jó teme a Deus?” Satanás afirmou que Jó o fazia por motivos egoístas, porque Deus lhe dera prosperidade, mas que, se Jó a perdesse, amaldiçoaria a Deus. (Jó 1:7-12) Poderia Satanás desviar de Deus todos os homens?
18 Deus permitiu que Satanás causasse muitas dificuldades a Jó. Jó perdeu a sua riqueza. Seus filhos foram mortos. Ele foi atacado de uma doença repugnante. Embora não soubesse que Satanás o tomara como alvo dum ataque especial, Jó permaneceu fiel a Deus. (Jó 27:5) Ele tinha certeza de que Jeová não se esqueceria dele e que o Criador até mesmo o ressuscitaria, se morresse. (Jó 14:13-15) Jeová nunca abandona os que lhe são leais. Com o tempo, ele interveio e desfez o dano causado por Satanás. A saúde de Jó foi restabelecida. Ele veio a ter mais 10 filhos bonitos, junto com muita prosperidade e vida longa. Poderá ler os pormenores animadores disso em Jó 42:10-17.
19 Este relato ajuda-nos também a ver por que Deus tem permitido a iniqüidade. Prova-se com isso que alguns homens amam a Deus, apesar dos problemas da vida, e são leais a ele sob qualquer prova. Faremos bem em perguntar a nós mesmos: ‘É assim que reagimos, apesar de sofrimento? É assim que queremos ser, ajudando deste modo a refutar o desafio lançado por Satanás?’ (Provérbios 27:11) O livro de Jó oferece-nos também um motivo de termos confiança em que Deus pode desfazer qualquer sofrimento que os homens enfrentam enquanto se permite a iniqüidade. — Veja 2 Coríntios 4:16, 17.
20 Assim como Deus observou e aprovou Jó e Habacuque, ele está agora atento aos homens que lhe são leais em face das condições más, e não deixará de recompensá-los. — Malaquias 3:16-18.
QUER VIVER QUANDO A INIQÜIDADE TIVER DESAPARECIDO?
21 A Bíblia assegura-nos que Deus tem o propósito de restabelecer uma condição paradísica na terra, tal como Adão e Eva usufruíram antes de serem desleais. (Lucas 23:43; Revelação 21:4, 5) Haverá então o cumprimento completo de promessas bíblicas tais como:
“Os iníquos desaparecerão; poderá procurá-los, mas não os encontrará; mas os humildes [ou: mansos] possuirão a terra e gozarão de prosperidade e paz.” — Salmo 37:10, 11, Good News Bible; Provérbios 24:1, 20.
22 Muitos se queixam do mal e do sofrimento, culpando até mesmo a Deus por eles. Mas, será que querem mesmo a eliminação da iniqüidade, ou apenas da penalidade por ela? Grande parte do sofrimento do homem é causada por ele mesmo; ceifa o que semeia. (Gálatas 6:7; Provérbios 19:3) A imoralidade produz doenças venéreas, abortos e divórcios. O fumo produz câncer do pulmão. A embriaguez e a toxicomania danificam o fígado e o cérebro. A violação das leis de trânsito causa acidentes fatais. Será que os que dizem: ‘Por que permite Deus a iniqüidade? Quando vai acabar com ela?’ realmente querem que Deus faça isso? Se ele o fizesse agora mesmo, por impedir tais práticas, muitos se queixariam de que lhes impõe restrições.
23 Portanto, permitir Deus a iniqüidade deixa que mostremos qual é a nossa atitude e o que temos no coração. Deus disse a Habacuque: “Quanto ao justo, continuará a viver pela sua fidelidade.” Isto requer que cultivemos ódio ao que Deus mostra ser mau ou perverso. (Habacuque 2:4; Salmo 97:10) Vivermos assim talvez nos torne impopulares para alguns vizinhos ou colegas. (1 Pedro 4:3-5) Jó e Habacuque estavam dispostos a ser diferentes, a fim de permanecerem leais a Deus e terem a sua aprovação. E, hoje, milhões de Testemunhas de Jeová também provam que isso pode ser feito, e elas usufruem uma vida mais abundante e mais contente.
24 Os que adotam tal proceder aumentam a evidência de que Satanás é flagrante mentiroso. Provam que os humanos podem ser fiéis a Deus, confiantes na legitimidade e justiça de Seu modo de governar. Deus, por sua vez, sabe que pode confiar a tais pessoas o cuidado do paraíso a ser restabelecido na terra. A vida será naquele tempo tão deleitosa, que as tristezas e os males do passado nem serão lembrados. Serão esquecidos assim como nós nos esquecemos da dor e da tristeza que sentimos anos atrás, quando, ainda crianças, ferimos o joelho. — Isaías 65:17; João 16:21.
25 Esta é uma perspectiva agradável, e ela nos ajuda a entender que a permissão da iniqüidade, por Deus, é apenas um breve interlúdio na realização do seu propósito eterno. As questões legais e morais suscitadas serão resolvidas de uma vez para sempre.
26 No entanto, mesmo entendendo por que Deus tem permitido a iniqüidade, queremos legitimamente saber: Quando acabará? Quando é o “tempo designado” para Deus acabar com a iniqüidade em toda a terra? Vejamos agora.
[Perguntas de Estudo]
Por que é razoável examinar o que a Bíblia diz sobre a iniqüidade? (1-3)
O que podemos aprender de Habacuque sobre este assunto? (4-8)
Como surgiram questões universalmente vitais no Éden? Quais são? (9-12)
Como hão de ser resolvidas essas questões? (13-15)
Como estamos envolvidos em outra questão que requer solução? (16-20)
Que perspectiva oferece a Bíblia? O que significa isso para nós? (21-23)
Que benefício eterno podemos derivar de Deus ter permitido a iniqüidade? (24-26)
[Foto na página 137]
O sofrimento não fez Jó virar-se contra Deus; ele perseverou e foi abençoado.
[Quadro na página 131]
O Dr. W. R. Inge, que na época era deão da Catedral de S. Paulo, em Londres, disse há alguns anos:
“Durante toda a minha vida esforcei-me para encontrar um objetivo para a vida. Tentei solucionar três problemas, que sempre me pareceram fundamentais: o problema da eternidade; o problema da personalidade humana; e o problema do mal. Fracassei. Não solucionei nenhum deles.”
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Está próximo “o fim do mundo”?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 15
Está próximo “o fim do mundo”?
“ESTÁ Pronto Para o Fim do Mundo?” perguntou o jornal Star de Toronto. Esta pergunta faria alguns pensar em notícias tais como esta:
“Sídnei, Austrália — Lá no interior australiano, um grupo de 100 citadinos que fugiram de seus lares e abandonaram os luxos da vida atual prepara-se para o que crêem ser o iminente ‘fim do mundo’.”
2 Todavia, muitos estão hoje preocupados com a possibilidade de “o fim” resultar duma guerra nuclear, da poluição ou de outros perigos reais. Por exemplo: “O escritor científico Isaac Asimov contou umas 20 maneiras em que a vida poderia ser extinta da face da terra, desde a morte do sol até a fome.” — Star de Toronto, Canadá.
3 Temos, porém, um motivo mais sério de preocupação, baseado na Palavra fidedigna de Deus. Muitos leram na Bíblia sobre “o fim do mundo”. (Mateus 13:39, 40; 24:3, Almeida, rev. e corr.; Pontifício Instituto Bíblico) Sabendo que tudo o que Deus promete acontecerá, devemos querer verificar o que a Bíblia diz sobre isso e como pode influir na nossa vida agora e no futuro.
FIM — DE QUE, E QUANDO?
4 As Escrituras asseguram-nos que Deus aniquilará aqueles que promovem o mal e o sofrimento. (Salmo 37:28; 145:20) Tanto Jesus Cristo como o apóstolo Pedro compararam esta vindoura execução do julgamento com a destruição seletiva de pessoas, que Deus causou no tempo de Noé. A própria terra não foi destruída. Mas os iníquos foram executados por meio dum dilúvio global. Deus preservou Noé e sua família; eles constituíram uma sociedade humana justa, terrena, no globo purificado. Depois de mencionar isso, Pedro foi inspirado por Deus a predizer a vinda do “dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”. A isto seguir-se-ão “novos céus e uma nova terra”, nos quais “há de morar a justiça”. — 2 Pedro 3:5-7, 13; Eclesiastes 1:4; Isaías 45:18.
5 Naturalmente, queremos saber quando virá este fim destrutivo do atual sistema de coisas. Jesus disse que somente o Pai sabe “acerca daquele dia e daquela hora”. (Mateus 24:36) Ficamos, porém, completamente no escuro quanto a isso? Não, porque Deus, bondosamente, colocou na sua Palavra informações, para que os seus adoradores soubessem quando esse tempo se aproximava. — Veja Amós 3:7.
6 A Bíblia dá-nos motivos de confiança na capacidade de Deus, de predizer acontecimentos futuros. Por exemplo, em Daniel 9:24-27, ele registrou uma profecia que indica quando viria o Messias, ou Cristo. O médico Lucas, do primeiro século, conta que, em 29 E.C., os judeus, conhecendo a profecia de Daniel, aguardavam o Messias. (Lucas 3:1, 2, 15) O erudito judaico Abba Hillel Silver concorda, escrevendo: “O Messias era esperado por volta do segundo quarto do primeiro século E. C.” Jesus foi batizado e tornou-se o Cristo em 29 E. C., o próprio ano indicado pela profecia de Daniel.
7 A mesma profecia de Daniel predisse que, após a morte do Messias, ‘a cidade e o lugar santo seriam arruinados’. Sim, Deus predisse que Jerusalém e seu santo templo seriam destruídos, acabando assim o existente sistema judaico de coisas. — Daniel 9:26.
8 Pouco antes de sua morte em 33 E.C., Jesus ampliou isso. Ele disse que Deus estava abandonando Jerusalém e o templo dela. Disse também que ia embora, voltando mais tarde. (Mateus 23:37 a 24:2) Mas, os seus discípulos perguntaram:
“Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas [ou: ‘do fim do mundo’]?” — Mateus 24:3.
9 Sua resposta teria importância de vida ou morte para os cristãos do primeiro século. É igualmente importante para nós, porque, conforme veremos, a resposta de Jesus tinha significado que ia além do que os apóstolos perguntaram ou puderam entender. — João 16:4, 12, 13.
10 Jesus referiu-se à profecia de Daniel. (Mateus 24:15) Ela não havia especificado o ano da desolação de Jerusalém, nem o fazia Jesus. Mas ele descreveu acontecimentos que constituiriam um “sinal” de que o sistema judaico estava nos seus últimos dias. Poderá ler as suas palavras em Mateus 24:4-21 e Lucas 21:10-24. Predisse falsos messias (cristos), guerras, escassez de víveres, terremotos, pestilências, perseguição de cristãos e uma extensa campanha de pregação. A história confirma que essas coisas ocorreram dentro da geração que sobreviveu até que os romanos destruíram Jerusalém em 70 E. C.
FALSOS CRISTOS: Josefo, historiador do primeiro século, menciona três professos Messias.
GUERRAS: Houve as guerras partas, no sudoeste da Ásia; revoltas na Gália e na Espanha; levantes de judeus em partes do Império; levantes sírios e samaritanos contra os judeus.
FOME: Houve fomes em Roma, na Grécia e na Judéia, uma delas sendo relatada em Atos 11:28.
TERREMOTOS: Estes aconteceram em Creta, Esmirna, Hierápolis, Colossos, Quios, Mileto, Samos, Roma e na Judéia.
OS CRISTÃOS FORAM PERSEGUIDOS, mas PREGARAM AMPLAMENTE: Veja o registro em Atos 8:1, 14; 9:1, 2; 24:5; 28:22.
11 Visto que os cristãos confiavam na profecia de Jesus, podiam agir para salvar a vida. Cristo advertira: ‘Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, fugi.’ (Lucas 21:20-24) Conforme predito, os romanos, sob as ordens do General Galo, cercaram Jerusalém no outubro de 66 E. C. Como conseguiram os cristãos fugir? Inesperadamente, os exércitos se retiraram. Os cristãos, agindo segundo o aviso de Jesus, fugiram da cidade. Em 70 E. C., os romanos retornaram, sob o comando do General Tito. Eles desolaram a cidade, matando mais de um milhão de judeus. Se visitar Roma, poderá ver um relevo comemorativo disso esculpido no Arco de Tito.
12 o que aconteceu durante os últimos dias do sistema judaico prova a absoluta fidedignidade do “sinal” indicado por Jesus. Isto é importante para nós, porque a profecia de Jesus, sobre a “terminação do sistema de coisas”, tem significado ainda maior hoje.
OUTRO CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE JESUS
13 O que Jesus predissera sobre falsos cristos, guerras, fomes e terremotos, bem como a perseguição de cristãos, teve cumprimento antes de 70 E. C. Todavia, ele predisse coisas adicionais que claramente viriam num tempo posterior. Ele disse que “todas as tribos da terra” ver-se-iam obrigadas a reconhecer sua presença em glória celestial. (Mateus 24:30) Ele predisse também que as pessoas seriam separadas assim como “ovelhas dos cabritos”, e que as pessoas semelhantes a ovelhas entrariam na vida eterna. (Mateus 25:32, 46) Essas coisas não ocorreram antes de 70 E. C., nem naquele ano.
14 Mais de 25 anos depois da queda de Jerusalém, Deus induziu o apóstolo João a escrever na Revelação (Apocalipse) sobre eventos futuros. No sexto capítulo, João previu “cavaleiros”, que causariam coisas desastrosas à terra. Lendo Revelação 6:3-8, poderá ver que João predisse (1) guerra, (2) “escassez de víveres” e (3) “praga mortífera”. Estas são algumas das mesmíssimas coisas que Jesus predissera no “sinal”. Temos assim prova adicional de que haveria um segundo ou maior cumprimento do que Jesus predissera. O Professor A. T. Robertson disse sobre isso:
“Basta para a nossa finalidade pensarmos em Jesus como usando a destruição do templo e de Jerusalém, que ocorreram naquela geração, em 70 A. D., também como símbolo de sua própria segunda vinda e do fim do mundo, ou da consumação da era.” — World Pictures in the New Testament, Volume 1, página 188.
15 Alguns dizem: ‘Mas, sempre houve guerras, fomes e pestilências. Portanto, como se reconhece o segundo cumprimento do “sinal”?’
16 É óbvio que teria de haver algo que se destacasse, algo diferente duma guerra local, duma pestilência isolada ou dum único terremoto. Note que Revelação 6:4 diz que a guerra havia de “tirar [não duma nação ou duma região, mas] da terra a paz”. Além disso, Jesus mostrou que se tratava dum sinal composto. Assim, junto com ampla guerra, haveria notáveis fomes, terremotos e pragas, para se mencionarem algumas das coisas. Todas estas ocorreriam em uma só geração. (Mateus 24:32-34) Reconhecendo isso, e examinando a história humana, muitos discernem claramente que o ‘sinal da terminação do sistema de coisas’ é agora evidente.
O “SINAL” NOS NOSSOS TEMPOS
17 Revelação 6:4 indicou que haveria guerra em toda a terra. Houve mesmo? Sim, começando com a guerra de 1914-1918. O colunista Sydney J. Harris escreveu que ‘a Primeira Guerra Mundial envolveu países que constituíam mais de 90 por cento da população do mundo’. Segundo a Encyclopedia Americana, mais de 8.000.000 de soldados foram mortos na Primeira Guerra Mundial, e mais de 12.000.000 de civis morreram em massacres, de fome ou de frio.
18 Alguns procuram descartar isso por dizer que os homens, antes disso, simplesmente não possuíam os meios de transporte e a tecnologia para uma guerra mundial. Mas isso destaca o extraordinário da Primeira Guerra Mundial.
“Ao passar o tempo, desde os dias de agosto de 1914 tornou-se cada vez mais claro que o irrompimento da Primeira Guerra Mundial significou o fim de uma era.” — The Norton History of Modern Europe.
“A Primeira Guerra Mundial — simplesmente A Grande Guerra para os seus sobreviventes — permanece a linha divisória da história moderna na mente dos homens. . . . Há uma espécie de verdade na crença inconsciente da maioria das pessoas de que os tempos modernos começaram com a Primeira Guerra Mundial. Foi o tempo em que perdemos nossa inocência.” — Gazette, de Montreal, Canadá.
“Mil novecentos e dezoito não introduziu o milênio, introduziu meio século de conflito — turbulência, guerra, revolução, desolação e ruína, numa escala jamais vista antes ou sequer imaginada.” — Professor H. S. Commager.
19 Sim, ‘a guerra foi introduzida numa escala nunca imaginada’, exatamente como indicado pela Bíblia. Em pouco tempo, houve uma segunda guerra mundial, custando entre “35.000.000 e 60.000.000” de vidas.
“A Segunda Guerra Mundial espalhou a morte e a devastação pela maior parte do mundo, num alcance nunca antes sentido. . . . é fútil a tentativa de expressar em termos de dinheiro o valor da propriedade e dos meios de vida destruídos: a soma resultante atinge algarismos astronômicos.” — Encyclopedia Americana.
E sabemos que, além das muitas guerras desde 1945, temos agora a ameaça duma guerra nuclear.
20 Doenças em escala sem precedentes são mais outra evidência de que o cumprimento maior do “sinal” começou com a Primeira Guerra Mundial. (Lucas 21:11) Depois de reconhecer que pragas anteriores mataram grande número de pessoas durante um período de décadas, a revista Science Digest mostrou quão enormemente maior foi a gripe ou influenza espanhola de 1918:
“A guerra tinha matado mais de 21 milhões de pessoas, em quatro anos de pertinaz conflito; a pandemia da gripe espanhola fez aproximadamente o mesmo número de vítimas em cerca de quatro meses. Nunca, em toda a história, houve uma visita da morte mais severa e mais rápida. . . . Certo médico chamou-a de catástrofe médica de todos os tempos.”
“O costumeiro algarismo mundial é de 21 milhões de mortos, mas trata-se ‘provavelmente duma avaliação muito baixa’. Este número talvez morresse só no subcontinente indiano; a mortalidade ali, em outubro de 1918, foi ‘sem paralelo na história das doenças’.” — Scientific American.
Os cientistas tampouco impediram a ceifa da morte por doenças. Quando uma doença parece ter sido “vencida”, surge outra. Os homens mandaram foguetes à lua, mas não venceram a malária, o câncer e as doenças cardíacas.
21 Jesus disse que “terremotos num lugar após outro” também seriam parte do “sinal”. (Mateus 24:7; Lucas 21:11) Em toda a história tem havido terremotos. Mas, como se compara com isso o período desde a Primeira Guerra Mundial? Geo Malagoli, em Il Piccolo, observa:
“Nossa geração vive num período perigoso de atividade altamente sísmica, conforme mostram as estatísticas. De fato, durante um período de 1.059 anos (de 856 a 1914), fontes fidedignas indicam apenas 24 terremotos grandes, causando 1.973.000 mortes. No entanto, [em] calamidades recentes, verificamos que 1.600.000 pessoas morreram em apenas 63 anos em resultado de 43 terremotos ocorridos de 1915 a 1978. Este aumento dramático enfatiza ainda mais outro fato aceito — que nossa geração é desafortunada em mais de uma maneira.”
22 Alguém talvez diga que a crescente população do mundo e o tamanho das cidades explicam o maior número de vítimas de terremotos, desde a Primeira Guerra Mundial. Mesmo que esta seja a razão, não altera o que tem acontecido. O mesmo se dá também com a fome. Apesar dos progressos na produção de alimentos, tais como a Revolução Verde, lemos notícias tais como estas:
“Pelo menos uma dentre cada oito pessoas na terra ainda sofre de alguma forma de subnutrição.”
“A Conferência Mundial de Alimentos da ONU reuniu-se este outono em Otava e confirmou que 50 milhões de pessoas morrem de inanição, cada ano.”
“Os organismos mundiais de alimentos calculam que mais de um bilhão de pessoas não terão o suficiente para comer este ano.”
23 O “aumento do que é contra a lei” e o declínio do amor também são evidências que assinalam a “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3, 12) Provavelmente não tenha necessidade de estatísticas sobre o crime e o terrorismo para convencê-lo de que isso se cumpre agora. Mas, neste respeito, leia a descrição profética dos “últimos dias”, feita em 2 Timóteo 3:1-5. Veja com quanta exatidão combina com o que nos defronta agora.
O QUE SIGNIFICA ISSO PARA VOCÊ?
24 Jesus predisse que muitos ficariam angustiados em vista do cumprimento do “sinal”. “Os homens [ficarão] desalentados de temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada.” Todavia, para seus seguidores seria diferente. Cristo disse-lhes: “Quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” (Lucas 21:26, 28) Não devemos desconsiderar o que está acontecendo, nem devemos desajuizadamente repelir isso como coincidência. Os que estavam em Jerusalém e que não fizeram caso do cumprimento da profecia de Jesus nos seus dias perderam a vida. Jesus diz-nos: “Mantende-vos despertos . . . para que sejais bem sucedidos em escapar.” — Lucas 21:34-36.
25 Sim, é possível sobreviver ao fim do atual sistema iníquo de coisas. Nenhum homem sabe o exato ‘dia e hora’ do vindouro fim, mas o que tem ocorrido na terra, durante a nossa vida, prova que está muito próximo. Todavia, requer mais de nós do que apenas ‘manter-nos vigilantes’. (Mateus 24:36-42) Deve influir no nosso modo de pensar e na nossa conduta. Pedro escreveu: “Suas vidas devem ser santas e dedicadas a Deus. Esperem a vinda do dia de Deus. . .. Façam o possível para serem puros e perfeitos.” — 2 Pedro 3:11-14, A Bíblia na Linguagem de Hoje.
26 Como parte do “sinal”, Jesus disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Para termos a devida participação nesta atividade, precisamos saber o que é este “reino” e por que é tão vital agora, visto que o fim está próximo. Examinemos isso a seguir.
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos estar interessados no “fim do mundo”? (1-3)
Segundo a Bíblia, o que é que vai findar? (4)
Por que podemos ter certeza de que o “fim” virá? (5, 6)
O que predisse Jesus sobre o sistema judaico de coisas? E o que aconteceu? (7-10)
Quão importante é entender o “sinal”? (11, 12)
Por que devemos aguardar outro cumprimento do “sinal”, e em que seria diferente do primeiro cumprimento? (13-16)
Como veio a haver a predita guerra em nosso tempo? (17-19)
Que cumprimento tem havido com respeito à pestilência? (20)
Que outra evidência poderia indicar para mostrar que o “sinal” está sendo cumprido? (21-23)
Como influi na sua vida o atual cumprimento do “sinal”? (24-26)
[Foto na página 144]
Agindo segundo o aviso de Jesus, os cristãos fugiram de Jerusalém antes de ela ser destruída pelos romanos.
[Quadro na página 140]
Predições sobre o fim do mundo já são feitas desde os tempos antigos. . . . Hoje, porém, há portentos ominosos que não querem desaparecer; ‘problemas de população’, que parecem insolúveis até mesmo para os mais astutos políticos; extremistas lunáticos no meio dum mundo nuclear, e a destruição, à moda do cupim, do insubstituível meio ambiente da humanidade.” — The Spectator, Ontário, Canadá.
[Quadro na página 147]
“A guerra nunca foi fácil de explicar, e a Primeira Guerra Mundial é talvez a mais difícil de todas. Por baixo dos relatos secos sobre rivalidades e alianças, que os historiadores usam para explicar a guerra, jaz o senso de algo muito maior, o senso de desassossego que atribula o mundo. . .. A guerra mal tinha acabado, quando o mundo passou a preparar-se para a próxima.” — Barry Renfrew, da Associated Press.
“Os eventos postos em movimento, em 4 de agosto de 1914, . . . destruíram uma ordem moral e política, romperam o equilíbrio de poder internacional, acabaram com o papel da Europa como criadora dos acontecimentos do mundo, e mataram, no processo, dezenas de milhões de pessoas. . . . em 1914, o mundo perdeu a coerência que nunca mais conseguiu recuperar desde então.” — The Economist, de Londres.
[Quadro na página 149]
MORTOS POR TERREMOTOS
(Cálculo baseado em 1.122 anos)
Até 1914 — 1.800 por ano
Desde 1914 — 25.300 por ano
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Um governo que trará paz em toda a TerraFelicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 16
Um governo que trará paz em toda a Terra
EXISTE algum governo que possa trazer paz duradoura à terra, que possa prover segurança e a eliminação do crime, que possa prover abundância de bons alimentos para todos, e que possa limpar o meio ambiente e vencer as doenças?
2 Considere os antecedentes do homem no campo do governo: Monarquias, democracias e governos socialistas ou comunistas. Nenhum deles, nem todos eles juntos, conseguiram realizar as coisas excelentes que acabamos de mencionar; não o conseguem nem mesmo em pequena escala, quanto menos em escala global. Não obstante, há motivos para que tenha esperança.
DEUS INTENCIONA TER UM GOVERNO: O REINO
3 O próprio Jeová Deus promete suprir aquilo de que necessitamos. Que certeza podemos ter disso? Lembre-se de que ele, originalmente, intencionou que houvesse um paraíso global, em que as pessoas pudessem gozar de paz e felicidade. (Gênesis 1:28; 2:8, 9) Houve então uma rebelião no jardim do Éden. Mas, acha que Deus permitiria que criaturas desapreciativas derrotassem o Seu propósito? De modo algum. De fato, logo depois de Adão e Eva se rebelarem, Jeová predisse um vindouro libertador, um “descendente”, que esmagaria os perturbadores da paz, no céu e na terra. (Gênesis 3:15) Talvez se pergunte: ‘Mas, onde entra nisso um “governo”?’ Esse “descendente” havia de ser o Messias, o Príncipe da Paz, sobre quem o profeta Isaías foi inspirado a escrever: “Da abundância do [seu] domínio principesco e da paz não haverá fim.” — Isaías 9:6, 7; 11:1-5.
4 Sim, Jeová promete um governo que administrará a justiça e trará a paz. A Bíblia chama este governo de reino de Deus. Milhões tem orado: “Nosso Pai . . . venha o teu reino.” (Mateus 6:9, 10) Se tiver feito esta oração, então tem orado por um governo real — o reino celestial — que trará paz à terra. (Salmo 72:1-8) Mas, quando é que Deus poria este governo em funcionamento? Como escolheria e habilitaria seus governantes?
5 O propósito de Deus foi-se desenrolando no decorrer dos séculos. Por exemplo, ele mostrou que o Messias viria por meio de Abraão e por meio de Jacó e que seria da tribo de Judá. (Gênesis 22:18; 49:10) Daí, Jeová instituiu sobre Israel um reino, que foi modelo profético de coisas futuras. Israel era uma teocracia (governo de Deus). Dizia-se que seu rei se sentava no “trono de Jeová”. (1 Crônicas 29:23) Jeová era a autoridade máxima; suas leis e normas guiavam a nação. Com o tempo, Deus disse ao Rei Davi que, por meio da família dele, viria alguém que seria rei permanente. — Salmo 89:20, 21, 29.
6 Tais pormenores, bem como outras informações bíblicas sobre a história de Israel, são importantes, porque nos mostram que Deus estava lançando um alicerce legal, seguro, para o vindouro reino. Em harmonia com isso, mais tarde, Deus enviou um anjo a uma virgem da casa de Davi, para dizer-lhe:
“Darás à luz um filho, e deves dar-lhe o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” — Lucas 1:28, 33.
7 Este é o predito Messias, aquele a quem Deus prometeu dar o domínio duradouro sobre a humanidade. O que podemos esperar de Jesus, como governante? Examinemos alguns de seus antecedentes.
8 Jesus sempre esteve plenamente devotado a Deus e a fazer a vontade Dele. (Hebreus 10:9; Isaías 11:3) Um modo em que ele mostrou sua lealdade a Deus foi o de recusar subornos que ofereciam riqueza e destaque, o que se contrasta bastante com muitos governantes humanos. (Lucas 4:5-8) Era destemido na defesa da verdade, e por isso não se refreou de expor a hipocrisia religiosa. — João 2:13-17; Marcos 7:1-13.
9 Cristo também tem notável amor à humanidade, conforme é demonstrado em ele dar a sua vida a nosso favor. (João 13:34; 15:12, 13) Movido por compaixão, Jesus curou doentes, ressuscitou mortos e proveu alimento aos necessitados. (Lucas 7:11-15, 22; 9:11-17) Ele também tem poder sobre as forças naturais e usou-o para beneficiar o povo. (Mateus 8:23-27) No entanto, é acessível; até mesmo criancinhas sentiam-se à vontade com este homem de temperamento brando. — Mateus 11:28-30; 19:13-15.
10 Imagine que bênção é tê-lo por Governante, com as qualidades e capacidades que tem! Esta é a grandiosa perspectiva que os adoradores de Jeová têm.
GOVERNO EXERCIDO DESDE O CÉU
11 Quando um governador romano perguntou a Jesus sobre o seu reinado, este respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo.” (João 18:36) Jesus manteve-se estritamente neutro para com a política das nações, dando um exemplo aos seus seguidores. (João 6:15; 2 Coríntios 5:20) Além disso, não era do propósito de Deus que seu Filho governasse num local terreno. Havia de governar desde o céu, onde poderia exercer autoridade sobre-humana, universal.
12 Com tal perspectiva, depois de Jesus ter morrido fiel a Deus, seu Pai o ressuscitou à vida como criatura espiritual, imortal. (Atos 10:39-43; 1 Coríntios 15:45) Cristo apareceu aos seus seguidores e assegurou-lhes que estava vivo e ativo. Jesus ascendeu então ao céu. Sobre isso, o apóstolo Pedro escreveu: “Ele está à direita de Deus, pois foi para o céu; e foram-lhes sujeitos anjos, e autoridades, e poderes.” — 1 Pedro 3:22; Mateus 28:18.
13 A partir daquele tempo, em 33 E. C., Cristo começou a governar a congregação cristã, e seus seguidores sentem-se felizes em reconhecer seu domínio e sua posição celestial. (Colossenses 1:13, 14) No entanto, não era do propósito de Deus que Jesus começasse naquele tempo a governar o mundo da humanidade e o universo.
14 Deus concedeu aos homens tempo para verem por si mesmos os frutos do governo humano. Portanto, Cristo teve de esperar até o tempo designado do Reinado sobre o mundo. O apóstolo Paulo escreveu: “Este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” — Hebreus 10:12, 13.
15 Mas, sendo Jesus invisível no céu, como podemos saber quando é o tempo de ele começar a governar? Conforme considerado no capítulo anterior, Jesus forneceu um “sinal” visível, para que seus seguidores, na terra, soubessem que chegou o tempo. (Mateus 24:3-31) As guerras, as fomes, os terremotos, a perseguição de cristãos e a pregação global das boas novas do Reino, que temos presenciado desde a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), confirmam que vivemos na terminação do sistema de coisas. Estes acontecimentos provam também que Cristo governa agora no céu, porque, depois de descrever uma guerra no céu, contra Satanás, a Bíblia diz:
“Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo. . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.” — Revelação 12:7-12.
16 De modo que Jesus Cristo está agora reinando. Isto significa que haverá apenas “um curto período de tempo” até que ele exerça sua autoridade para eliminar toda a oposição ao Reino, inclusive o Diabo e todos os governos constituídos pelo homem. (Daniel 2:44) Então poderemos regozijar-nos com um reino teocrático que trará paz duradoura.
CO-REGENTES NO REINO
17 Outro aspecto fascinante do Reino é revelado na Bíblia. Daniel 7:13, 14, fornece-nos uma descrição de como o Filho de Deus recebe “domínio, e dignidade, e um reino”. A visão passa então a dizer:
“O reino, e o domínio, e a grandiosidade dos reinos debaixo de todos os céus foram entregues ao povo que são os santos do Supremo. Seu reino é um reino de duração indefinida e a eles é que servirão e obedecerão todos os domínios.” — Daniel 7:27.
De modo que Deus intenciona que Jesus Cristo tenha governantes associados. Isto significa que alguns humanos irão para o céu. Quando Jesus esteve na terra, ele começou a escolher homens e mulheres para se tornarem co-regentes ao seu lado. Disse que ia para o céu, a fim de preparar um lugar para eles. — João 14:1-3.
18 Isto ajuda a esclarecer algo que não é entendido por muitos dos que freqüentam a igreja toda a sua vida: A Bíblia mostra, por um lado, que é do propósito de Deus que os humanos vivam na terra; mas, por outro lado, a Bíblia fala sobre humanos irem para o céu. Como é que se dá isso? Ora, Deus prometeu levar alguns humanos para o céu, para estarem com seu Filho no governo do Reino. Mas, a terra será um paraíso cheio de humanos felizes e pacíficos. — Veja Salmo 37:29; Isaías 65:17, 20-25.
19 Quantos irão para o céu, como parte do governo do Reino? Jesus indicou isso, dizendo: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai dar-vos o reino.” (Lucas 12:32) Sim, o número é limitado. Revelação mostra que os “comprados dentre a humanidade” para reinarem com “o Cordeiro” (Jesus Cristo) somam 144.000. (Revelação 14:1-5) Isto não é difícil de entender. Mesmo alguns governos humanos tem grupos seletos de homens e mulheres que vão à capital como parte do governo.
20 Mas, Deus não deixou entregue aos homens determinarem quem irá para o céu. Quem faz a escolha é ele. (1 Pedro 2:4, 5, 9; Romanos 8:28-30; 9:16) Quando Deus escolheu o apóstolo Paulo, derramou sobre ele seu espírito, dando a Paulo a convicção de que ele faria parte do “reino celestial”. (2 Timóteo 4:18) Paulo escreveu: “O próprio espírito dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. Então, se somos filhos, somos também herdeiros: deveras, herdeiros de Deus, mas co-herdeiros de Cristo.” — Romanos 8:16, 17; 2 Coríntios 1:22; 5:5.
21 Relativamente poucos dos adoradores de Deus foram escolhidos para a vida no céu, visto que é do propósito de Deus que os humanos vivam em felicidade na terra. Jesus foi o primeiro a ser levado ao céu. (Hebreus 6:19, 20; Mateus 11:11) Depois disso, Deus continuou a escolher mais 144.000. O que aconteceria quando este número estivesse completo?
22 Depois de o apóstolo João receber uma visão do número limitado (144.000) no céu, com Cristo, mostrou-se-lhe “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar”. (Revelação 7:4, 9, 10) Os que a compõem serão protegidos por Deus durante o fim destrutivo do atual sistema de coisas. Têm a perspectiva maravilhosa de ter vida eterna na terra, a mesma perspectiva que se aplica a homens de fé, tais como Noé, Abraão e Davi, que morreram antes de Deus abrir o caminho para a vida celestial, para 144.000. — Atos 2:34.
MOTIVOS PARA SE TER CONFIANÇA NOS GOVERNANTES
23 Hoje, a maioria das pessoas tem pouca confiança nos seus governantes. Mas, os que hão de governar no reino de Deus são bem diferentes dos governantes do mundo. No decorrer dos séculos, Deus escolheu pessoas que provaram a sua fé. Aderiram ao que é justo e reto em toda sorte de provações e tentações. Granjearam a confiança de Deus; então, não podemos nós confiar neles?
24 Também, terem sido humanos os habilitará a entender-nos e a compadecer-se de nós. (Veja Hebreus 4:15, 16.) Sabem o que significa ficar cansado, preocupado e desanimado. Conhecem o esforço necessário para alguém se tornar mais paciente, bondoso e misericordioso. E alguns deles eram mulheres; estas compreendem os sentimentos e as necessidades especiais das mulheres na terra. — Gálatas 3:28.
25 Milhões de Testemunhas de Jeová provam hoje sua confiança em Cristo e nos seus co-regentes, e mostram quão real o Reino é para elas. Fazem isso por serem súditos leais do reino de Deus. (Provérbios 14:28) Aceitam e recomendam as leis dele, escritas na Bíblia, crendo realmente que o cristianismo é o melhor modo de vida. Participam no programa educativo deste governo. A Bíblia é o compêndio principal, usado junto com obras cristãs de referência e compêndios de estudo. Nas reuniões congregacionais, aprendem mais sobre o Reino e o modo de vida cristão. E levam o programa educativo a outros, por ensinar publicamente e nos lares. — Atos 20:20.
26 Jesus disse que um dos aspectos do sinal dos “últimos dias” seria: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) Antes de Jesus subir ao céu, ele salientou a necessidade de seus discípulos terem uma participação ativa nesta obra de evangelização. — Mateus 28:19, 20; Atos 1:8.
27 Os cristãos reconhecem hoje que a participação nesta obra de pregação e de ensino é um modo importante em que podem demonstrar seu amor a Deus e ao seu próximo. (Marcos 12:28-31) Há vidas envolvidas, de modo que se trata duma responsabilidade séria. (Atos 20:26, 27; 1 Coríntios 9:16) É também motivo de considerável felicidade e satisfação. (Atos 20:35) As Testemunhas de Jeová terão prazer em ajudá-lo a instruir outros sobre o reino governante de Deus.
[Perguntas de Estudo]
Que coisas desejáveis não puderam ser realizadas pelos governos humanos? (1, 2)
Como sabemos que Deus intenciona ter um governo que traga paz? (3, 4)
Que medidas tomou Deus para constituir o Reino? (5, 6)
Por que podemos ter certeza de que Jesus será um governante extraordinário? (7-10)
Que motivos há para sabermos que Jesus não governará na terra? (11, 12)
Que evidência existe sobre quando Cristo começou a governar a humanidade? (13-16)
Quem governará com Jesus no Reino? (17, 18)
Quantos irão para o céu, e por que não toda a humanidade? (19-22)
Que motivos temos para ter confiança nestes co-regentes? (23, 24)
Como podemos mostrar nosso apoio ao Reino? (25-27)
[Quadro na página 151]
“O fracasso em se criar uma base genuína para paz . . . mundia[l] . . . é diretamente atribuível à recusa das nações, especialmente das maiores, de aceitar uma autoridade que lhes possa dizer o que fazer no campo internacional.
“Este, então, é o desafio básico de hoje — como criar uma autoridade mundial para manter a paz, apoiada pela confiança dos povos do mundo.” — Editor Norman Cousins, Saturday Review.
[Quadro na página 159]
REALISMO QUANTO AOS GOVERNOS
“Nossas armas eram cacetes, porretes reforçados com chumbo, correntes e armas de fogo”, conta Stelvio, que era ativista político no sul da Europa, na década dos 1970. Em acampamentos do tipo militar, clandestinos, ele havia aprendido a organizar turbas e fazer guerrilha urbana.
Mas, depois de alguns anos, houve uma mudança. Uma Testemunha de Jeová visitou a casa de Stelvio, ensinando a Bíblia. Com que efeito? “Abriu-me os olhos para ver que o nacionalismo e as facções políticas dividem os homens. Aprendi da Bíblia que Deus fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem na terra. (Atos 17:26) Este reconhecimento é uma força unificadora. Libertou-me do ódio aos outros, só porque a idéia política deles é diferente.”
Este ativista, anteriormente violento, acrescenta: “Continuo a perguntar-me: Como é que o homem pode resolver os seus problemas pela política, visto que a própria política tem causado as divisões da humanidade? Para os homens se unirem, precisam desaparecer os motivos das divisões. Tenho visto entre as Testemunhas de Jeová pretos e brancos serem batizados na mesma água, ex-protestantes e ex-católicos na Irlanda deixarem de odiar-se, árabes e judeus reunidos durante a Guerra dos Seis dias. Aprendi a amar os que antes odiava.
“Ninguém pode dizer que o reino de Deus, ansiado pelas Testemunhas de Jeová, seja mero sonho utópico, porque já existe uma comunidade internacional unida sob este reino. A aplicação dos princípios bíblicos tem produzido resultados que nenhum outro grupo religioso, político ou social conseguiu.
“Àqueles que, assim como eu no passado, lutam para trazer justiça, paz e ordem social, eu digo: ‘Sejam realísticos e admitam que o homem não foi capaz de consegui-las. Olhem, porém, para as Testemunhas de Jeová. Não venceram elas os problemas com a guerra, as divisões políticas, a discriminação racial, a paz e a união? Homens confiam em homens e têm problemas. As Testemunhas de Jeová sujeitam-se ao reino de Deus e solucionaram os problemas principais da vida.’”
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As leis de quem colocará em primeiro lugar?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 17
As leis de quem colocará em primeiro lugar?
VIVEMOS com leis — leis da natureza ou criação, leis de Deus sobre moral e conduta, leis seculares. Nós as aceitamos facilmente e tiramos proveito delas. Mas que dizer quando uma lei parece indevidamente restritiva? Ou quando há conflito entre duas leis que afetam você?
2 Visto que as leis naturais parecem bastante impessoais, poucos têm problemas em aceitá-las. Quem desafiaria a lei da gravidade por pular dum penhasco alto? E esta lei é de benefício para nós; mantém os nossos pés no chão e a comida no prato. Outras leis naturais envolvem a genética, que afeta como serão nossos filhos. Por estarmos cônscios das leis da genética e não nos casarmos com parente ou parente próxima, evitamos o perigo de transmitir certos defeitos aos nossos filhos. (Veja Levítico 18:6-17.) Mas que dizer das leis de conduta ou moral?
3 Muitos ficam com ressentimento contra as leis promulgadas. Um motivo disso é que os homens tendem a fazer leis desnecessárias e a oprimir outros por meio de leis (Mateus 15:2; 23:4) Todavia, há perigo em encarar todas as leis como más ou em tomar por hábito não fazer caso delas.
4 A condição morredoura da humanidade pode ser atribuída à rebelião contra a lei. Deus proibiu a Adão e Eva comerem da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau. Mas, Satanás sugeriu a Eva que a lei de Deus era indevidamente restritiva. (Gênesis 3:1-6) A exortação de Satanás era: ‘Nada de regras. Estabeleçam suas próprias normas.’ Este espírito contrário à lei tem sido popular em toda a história, mesmo hoje.
5 Jeová não oprime seu povo com leis que desnecessariamente inibem ou sobrecarregam, pois, “onde estiver o espírito de Jeová, ali há liberdade”. (2 Coríntios 3:17; Tiago 1:25) No entanto, contrário ao que Satanás quer que as pessoas acreditem, Jeová é o Governante Soberano do universo. Ele é seu Criador, bem como nosso Dador da Vida e Provisor. (Atos 4:24; 14:15-17) De modo que ele tem o direito de dirigir-nos e de fazer leis referentes à nossa conduta.
6 Muitos concordam que Deus, como derradeira autoridade máxima, tem o direito de decretar o que os homens podem e o que não podem fazer. Quer dizer que concordam até que cheguem a algo que querem muito fazer e que é proibido por Deus. Isto é obviamente perigoso. Há ampla prova de que as ordens de Deus são para o nosso bem. Por exemplo, evitarmos a embriaguez, a ira e a cobiça nos ajudará a gozar de saúde melhor e a ter mais contentamento. (Salmo 119:1-9, 105) Também, as leis de Deus nos ajudam a obter a sua aprovação e a salvação. (Provérbios 21:30, 31) Portanto, mesmo que alguém não entenda o motivo por detrás de algumas das ordens de Jeová, é tolice que recuse a obedecer a elas, talvez por uma orgulhosa atitude de independência.
7 Um exemplo das ordens de Deus para os cristãos é um decreto emitido por um conselho dos apóstolos e de anciãos em Jerusalém, que constituíam o corpo governante da primitiva congregação cristã:
“Pareceu bem ao espírito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias: de vos absterdes de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas, e de fornicação.” — Atos 15:22-29.
8 Temos motivos sólidos para obedecer à lei de Deus sobre a “fornicação”: a proteção contra a doença, a ilegitimidade e o casamento rompido. Esta lei significa que as pessoas não devem entregar-se ao homossexualismo ou a outra grave imoralidade sexual, coisas que são todas abrangidas pela palavra grega porneia (fornicação) usada em Atos 15:29. (Romanos 1:24-27, 32) No entanto, que dizer se os perigos da “fornicação” podem ser evitados? Obedeceríamos assim mesmo à ordem de Deus por ele ser nosso Governante Soberano? Se fizermos isso, ajudaremos a provar que Satanás é mentiroso, que os homens obedecem a Jeová por que o amam. — Jó 2:3-5; 27:5; Salmo 26:1, 11.
9 Este decreto apresentado em Atos 15:22-29 identifica outro campo em que podemos mostrar nossa obediência. É a ordem de Deus de nos ‘abstermos do sangue’, bem como da carne de animais estrangulados para que o sangue continue neles. Deus disse ao nosso antepassado Noé que os homens podem comer carne animal, mas que não podem sustentar a sua vida com o sangue de outra criatura (Gênesis 9:3-9) Quando Deus repetiu esta lei aos israelitas, ele disse que “a alma [ou: vida] da carne está no sangue”. A única maneira em que deviam usar o sangue era no altar para expiar pecados. De outro modo, o sangue duma criatura devia ser derramado, devolvendo-o figurativamente a Deus. A obediência a esta lei significava vida ou morte. — Levítico 17:10-14.
10 Aqueles sacrifícios representavam o derramamento do sangue de Jesus a nosso favor. (Efésios 1:7; Revelação 1:5; Hebreus 9:12, 23-28) Mesmo depois de Cristo ter voltado ao céu, Deus ordenou que os cristãos se ‘abstivessem do sangue’. Mas, quantos daqueles que afirmam ser cristãos obedecem ao Legislador divino e Dador da vida neste assunto? Em alguns lugares, é comum que as pessoas incluam entre os alimentos que consomem carne não sangrada, chouriços de sangue ou outros alimentos que deliberadamente contêm sangue.
11 De maneira similar, muitos têm aceito transfusões de sangue no empenho de viver mais tempo. Muitas vezes não se apercebem de que as próprias transfusões de sangue apresentam sérios riscos para a saúde, e de que virtualmente qualquer tipo de cirurgia pode ser feito sem sangue, pela aplicação de terapias alternativas.a No entanto, mesmo quando parece que a vida está em jogo, seria erro obedecer a Deus? A lei divina não deve ser desconsiderada nem mesmo numa emergência. — 1 Samuel 14:31-35.
12 Muitos homens têm arriscado a vida na defesa da crença na liberdade de palavra ou de adoração, ou de algum ideal político. Têm obedecido a um governante ou comandante militar, não importando qual fosse o perigo. Não temos nós um motivo muito mais compelente para obedecer ao Soberano do universo? ‘Definitivamente que sim’, responde o registro de integridade de muitos homens de fé. (Daniel 3:8-18; Hebreus 11:35-38) Eles sabiam, assim como nós devemos saber, que Jeová é o Dador da vida, e que ele se lembrará dos que lhe obedecem e os recompensará — se necessário, por devolver-lhes a vida por meio duma ressurreição, no seu tempo devido. (Hebreus 5:9; 6:10; João 11:25) Podemos ter certeza de que, em quaisquer circunstâncias, a obediência a Jeová é o proceder duradouramente certo e melhor. — Marcos 8:35.
DEVEMOS OBEDECER ÀS LEIS GOVERNAMENTAIS?
13 Muitas outras leis, que nos afetam cada dia, provêm de governos seculares. Como deve o cristão encarar essas leis e reagir a elas? O apóstolo Paulo escreveu: “Lembre às pessoas o dever de estarem lealmente submissas ao governo e às suas autoridades, de obedecerem às leis.” — Tito 3:1, The New American Bible; O Novo Testamento Vivo.
14 No primeiro século E. C., o governo romano nem sempre era justo, e alguns de seus governantes eram imorais e desonestos. Contudo, Paulo disse: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus.” As “autoridades superiores” são os governos seculares, existentes. — Romanos 13:1.
15 Jeová reconhece que, até ser plenamente restabelecido o seu governo na terra, os governos civis servem a algumas finalidades úteis. Ajudam a manter certa medida de ordem na sociedade e fornecem diversos serviços, inclusive o registro de casamentos e nascimentos. (Veja Lucas 2:1-5.) De modo que os cristãos, em geral, podem continuar “a levar uma vida calma e sossegada, com plena devoção piedosa e seriedade”. — 1 Timóteo 2:2.
16 Os cristãos, enquanto aguardam o tempo em que o reino de Deus solucionará os problemas de guerra, injustiça e opressão, não devem ‘opor-se à autoridade’ dos governos civis. Devem pagar honestamente os devidos impostos, obedecer às leis e ter respeito pelos governantes. Por causa de tal proceder, os verdadeiros cristãos foram muitas vezes louvados e ajudados por autoridades, e raras vezes são punidos com “a espada” usada contra os violadores da lei. — Romanos 13:2-7.
EM SUJEIÇÃO RELATIVA
17 Às vezes, há um conflito entre as leis. O governo civil pode exigir algo que Deus proíbe. Ou as leis civis podem proibir algo que Deus ordena que os cristãos façam. O que se deve fazer então?
18 Tal conflito ocorreu quando os governantes proibiram aos apóstolos a pregação sobre o ressuscitado Jesus Cristo. Leia o relato fortalecedor da fé, em Atos 4:1-23; 5:12-42. Embora os apóstolos fossem encarcerados e chibateados, eles não quiseram parar de pregar. Pedro disse: “Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens.” — Atos 5:29.
19 Portanto, a sujeição do cristão às autoridades governamentais é relativa. Ele tem a obrigação primária de obedecer à Autoridade Suprema. Se ele, em resultado disso, sofrer punição, poderá consolar-se com o conhecimento de que Deus aprova o que está fazendo. — 1 Pedro 2:20-23.
20 Os primitivos cristãos enfrentavam decisões ainda em outro campo, relativo ao que Deus mandou e ao que o governo romano esperava. Tinha que ver com o apoio dado ao exército romano ou de ser parte dele. Deus dissera a respeito de seu povo: “Terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Isaías 2:4; Mateus 26:52) Então, se o governo romano exigisse que o cristão ingressasse no seu exército ou apoiasse seus esforços de guerra, haveria um conflito entre a lei de César e a de Deus.
21 Os primitivos cristãos também punham a lei de Deus em primeiro lugar quando certos homens lhes ordenavam que oferecessem incenso à deidade do César de Roma. Outros talvez achassem isso um ato patriótico. Mas a história nos conta que os cristãos encaravam isso como uma forma de idolatria. Não realizavam nenhum ato idólatra para com alguma pessoa ou algum objeto, sabendo que sua devoção pertencia a Jeová. (Mateus 22:21; 1 João 5:21) E em vez de se envolverem na política, a ponto de aclamarem um governante com louvor idólatra, mantinham-se neutros, a fim de ‘não fazerem parte do mundo’, conforme os exortara Jesus. — João 15:19; Atos 12:21-23.
22 Está disposto a aceitar o modo de pensar de Deus e suas orientações em matéria de lei? Isso o protegerá contra as tristezas sentidas por aqueles que desconsideram as leis de Deus sobre conduta e moral. E não sofrerá punição desnecessária da parte das existentes autoridades civis. Mas o modo de pensar de Deus, neste assunto, inclui, acima de tudo, reconhecê-lo como o Governante Supremo. Se fizer isso sob todas as circunstâncias, então se enquadrará quando as leis do reino de Deus prevalecerem em toda a terra. — Daniel 7:27.
[Nota(s) de rodapé]
a Os aspectos éticos e médicos deste assunto são apresentados no folheto As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue, publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos refletir em como encaramos as leis? (1-4)
O que temos de reconhecer quanto às leis de Deus? (5, 6)
Que motivos temos para obedecer à lei de Deus contra a “fornicação”? (7, 8)
Como podemos obedecer à lei de Deus sobre o sangue? (9-11)
Por que devemos obedecer a Deus mesmo que nossa vida seja ameaçada? (12)
Como devem os cristãos encarar os governos seculares e por quê? (Mateus 22:19-21) (13-16)
Qual é o proceder certo a adotar quando há conflito entre a lei de Deus e as leis seculares? Ilustre isso. (17-21)
Com que prova confrontamo-nos agora? (22)
[Foto na página 165]
Seus impostos pagam . . .
Proteção policial
Saneamento
Educação
Correio
Abastecimento de água
Combate ao incêndio
[Quadro na página 167]
“Uma cuidadosa recapitulação de toda a informação disponível mostra que, até o tempo de Marco Aurélio [imperador de 161 a 180 E.C.], nenhum cristão tornou-se soldado; e nenhum soldado, depois de tornar-se cristão, permanecia no serviço militar.” — The Rise of Christianity.
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Há algo de bom em todas as religiões?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 18
Há algo de bom em todas as religiões?
QUANDO se fala sobre religião, muitos dizem: ‘Há algo de bom em todas as religiões’, ou: ‘Todas as religiões são apenas caminhos diferentes que levam a Deus.’
2 Pode-se ver facilmente por que alguém talvez ache algo de bom em quase cada religião, porque a maioria delas fala sobre amor, e ensina que assassinar, furtar e mentir é errado. Grupos religiosos têm enviado missionários para administrar hospitais e ajudar os pobres. E, especialmente nos últimos dois séculos, eles têm participado na tradução e distribuição da Bíblia, permitindo assim que mais pessoas tirem proveito da Palavra de Deus. (2 Timóteo 3:16) Todavia, cabe-nos perguntar a nós mesmos: Como é que Jeová e Jesus Cristo encaram as diferentes religiões?
O CAMINHO CERTO — UM CAMINHO ESTREITO
3 Alguns daqueles que acham que há algo de bom em todas as religiões consideram ser de mentalidade tacanha crer que Deus não aceite a maioria das pessoas, não importa qual a religião delas. Mas Jesus, que conhecia o modo de pensar de seu Pai e o refletia, adotava um conceito diferente. (João 1:18; 8:28, 29) Nenhum de nós poderia razoavelmente acusar o Filho de Deus de ser tacanho no modo de pensar. Considere o que ele disse no Sermão do Monte:
“Entrai pelo portão estreito; porque larga e espaçosa é a estrada que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela; ao passo que estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos são os que o acham.” — Mateus 7:13, 14.
4 O que é necessário para tomar a estrada estreita e ter a aprovação de Deus? Alguns, em harmonia com o moderno espírito liberal e ecumênico, diriam: ‘Faça apenas o bem e não prejudique os outros’, ou: ‘Tudo o que precisa fazer é aceitar a Jesus como seu Senhor.’ Mas Jesus disse que é preciso muito mais:
“Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele QUE FIZER A VONTADE DE MEU PAI, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não . . . fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo eu lhes confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim vós obreiros do que é contra a lei.” — Mateus 7:21-23.
5 É verdade que Jesus aconselhou contra alguém julgar as faltas inconseqüentes dos outros. (Mateus 7:3-5; Romanos 14:1-4) Mas, no assunto vital da religião, ele exemplificou a necessidade de aderir à Bíblia e de fazer a vontade do Pai. Jesus condenou as práticas e os ensinos que estão em conflito com a Palavra de Deus. Por quê? Porque sabia que a religião é usada pelo Diabo para enlaçar as pessoas. (2 Coríntios 4:4) A habilidade de Satanás é recorrer a mentiras, mas apresentadas dum modo que as torna atraentes. (Gênesis 3:4, 5; 1 Timóteo 4:1-3) Mesmo entre os professos cristãos há líderes religiosos que servem aos desejos do Diabo. (2 Coríntios 11:13-15) Os ensinos deles difamam os modos amorosos e generosos de Jeová. É de admirar, então, que Jesus expôs os líderes religiosos, cujos ensinos eram contrários às Escrituras? — Mateus 15:1-20; 23:1-38.
6 Muitos, por assim dizer, herdaram a sua religião. Outros simplesmente acompanham a maioria em volta deles. No entanto, mesmo que se faça isso sinceramente, pode levar a pessoa à ‘estrada larga que conduz à destruição’. (João 16:2; Provérbios 16:25) O apóstolo Paulo (também chamado Saulo) havia sido zeloso na sua religião, a ponto de perseguir os cristãos. Mas, a fim de ser aceitável para Deus, ele teve de converter-se a um novo modo de adoração. (1 Timóteo 1:12-16; Atos 8:1-3; 9:1, 2) Mais tarde, foi inspirado a escrever que algumas pessoas muito religiosas haviam tido “zelo de Deus, mas não segundo o conhecimento exato”. (Romanos 10:2) Tem você o conhecimento exato da vontade de Deus, apresentado na Bíblia? Está agindo em harmonia com ele?
7 Não encare isso levianamente, talvez achando que, se não estiver bem no caminho certo, Deus entenderá, sem que você tenha de fazer alguma mudança. As Escrituras declaram que é da vontade de Deus que as pessoas “venham a ter um conhecimento exato da verdade” e então vivam em harmonia com ele. (1 Timóteo 2:3, 4; Tiago 4:17) Deus predisse que, nos “últimos dias”, muitos teriam “uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder”. Ele ordenou: “Destes afasta-te.” — 2 Timóteo 3:1-5.
COMO PODERÁ SABER?
8 Embora a adoração que agrada a Deus tenha de estar segundo o “conhecimento exato”, um exame revela que a maioria das igrejas ensina doutrinas que estão em conflito com a Bíblia. (Romanos 10:2) Por exemplo, apegam-se à doutrina antibíblica de que o homem tem uma alma imortal. (Ezequiel 18:4, 20; veja a página 115.) ‘É este ensino tão ruim assim?’ poderão perguntar-se alguns. Não se esqueça de que a primeira mentira de Satanás foi que o pecado não causaria a morte. (Gênesis 3:1-4) Embora a morte seja agora inevitável, o ensino de que o homem tem uma alma imortal tende a promover a mentira de Satanás. E tem levado milhões de pessoas a tratos temíveis com demônios, que fingem ser a alma dos falecidos. E essa doutrina torna sem significado a verdade bíblica sobre uma vindoura ressurreição dos mortos — Atos 24:15.
9 Também a conduta está envolvida, porque muitas religiões aceitam ou incentivam feriados e costumes baseados na crença na imortalidade da alma. A Véspera do dia de Todos os Santos (Halloween), o dia de Finados e outros feriados desta espécie incluem costumes derivados de religiões não-cristãs.
10 A mistura de religiões não-cristãs e de supostamente cristãs estende-se a outros feriados, tais como o Natal. Deus mandou que os cristãos comemorassem a morte de Jesus, não o seu nascimento. (1 Coríntios 11:24-26) E a Bíblia mostra que Jesus não nasceu em dezembro, que é uma época fria e chuvosa em Israel. (Lucas 2:8-11) Poderá consultar quase qualquer enciclopédia e ver que o dia de 25 de dezembro foi escolhido porque já era um feriado romano. Sir James Frazer observa:
“Tomadas juntas, as coincidências das festas [Natal e Páscoa moderna] com as pagãs são minuciosas demais e numerosas demais para serem acidentais. . . . [Os clérigos] perceberam que, se o cristianismo havia de conquistar o mundo, podia fazer isso apenas por afrouxar os princípios demasiado rígidos de seu Fundador por ampliar o portão estreito que conduz à salvação.” — The Golden Bough.
11 Depois de saber dos fatos, qual a pessoa que sinceramente ama a Jeová continuaria a aceitar crenças e práticas baseadas numa transigência com a adoração pagã? Para alguns, tais ensinos ou práticas podem parecer de somenos importância. Mas a Bíblia diz claramente: “Um pouco de fermento leveda a massa toda.” — Gálatas 5:9.
GUERRA E MORAL
12 Jesus Cristo apresentou outra ajuda para a identificação da religião aceitável a Jeová, quando disse aos seus discípulos: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” (João 13:34, 35) A maioria das igrejas fala sobre a demonstração de amor, mas será que realmente instam em que se mostre a espécie de amor demonstrada por Jesus?
13 Já vimos que os cristãos, nos primeiros séculos, viviam em harmonia com a descrição profética de Isaías 2:4. Eles ‘forjaram das suas espadas relhas de arado, e não levantaram espada uns contra os outros, nem aprenderam mais a guerra’. (Veja as páginas 166, 167.) Que atitude adotaram as igrejas e seus clérigos? Muitos homens sabem de experiência pessoal que as igrejas têm aprovado e abençoado guerras — católicos matando católicos, e protestantes matando protestantes. Isto certamente não é seguir o modelo dado por Jesus. É interessante que foram os líderes religiosos judaicos, alegando que os interesses nacionais estavam em jogo, que aprovaram a matança de Jesus. — João 11:47-50; 15:17-19; 18:36.
14 Como ajuda adicional para se saber se algum grupo religioso tem a aprovação de Deus, considere se mantém as normas de moral Dele, em vez de simplesmente desconsiderar a transgressão. Jesus procurou ajudar pessoas cheias de pecados, inclusive beberrões e meretrizes. Seus discípulos deviam fazer o mesmo. (Mateus 9:10-13; 21:31, 32; Lucas 7:36-48; 15:1-32) E se alguém que já se tornou cristão peca, outros cristãos podem ajudá-lo, tentando restabelecê-lo no favor de Deus e no vigor espiritual. (Gálatas 6:1; Tiago 5:13-16) Mas, que dizer de alguém que pratica o pecado sem se arrepender?
15 Isto se deu com um homem em Corinto. Paulo escreveu:
“[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . ‘Removei o homem iníquo de entre vós.’” — 1 Coríntios 5:11-13.
As Testemunhas de Jeová seguem a orientação de Deus neste respeito. Quando um flagrante pecador recusa aceitar a ajuda e não quer abandonar seu proceder imoral, ele deve ser expulso ou desassociado da congregação. Isso talvez o abale a ponto de fazê-lo cair em si. Contudo, quer isso aconteça, quer não, tal procedimento serve para proteger os membros sinceros da congregação, os quais, embora também imperfeitos, se esforçam em acatar as normas de Deus. — 1 Coríntios 5:1-8; 2 João 9-11.
16 Entretanto, talvez conheça freqüentadores de igreja que praticam abertamente o pecado, possivelmente até mesmo recebendo honras especiais na sua igreja, por causa de sua riqueza ou proeminência. As igrejas, por se negarem a acatar a ordem de Deus, de desassociar os pecadores impenitentes, fazem outros pensar que também podem pecar. (Eclesiastes 8:11; 1 Coríntios 15:33) Deus não pode aprovar os que produzem tais frutos. — Mateus 7:15-20; Revelação 18:4-8.
CONTINUE NA ESTRADA DA VIDA
17 Depois de ter encontrado “a estrada que conduz à vida”, terá de continuar a estudar a Bíblia, a fim de continuar nela. Procure ler a Bíblia cada dia; crie o desejo disso. (1 Pedro 2:2, 3; Mateus 4:4) Isto o preparará para “toda boa obra”. — 2 Timóteo 3:16, 17.
18 Essas boas obras incluem viver segundo as normas de moral de Deus, bem como ser bondoso e prestimoso para com os outros, especialmente os aparentados conosco na fé. (Tiago 1:27; Gálatas 6:9, 10) Jesus era assim. Além de dar um bom exemplo de moral, curava os doentes, alimentava os famintos e consolava os aflitos. Em especial, ensinava e fortalecia os seus discípulos. Embora não possamos copiar os seus milagres, podemos, segundo as nossas possibilidades, prestar ajuda prática aos outros, o que poderá induzir alguns a glorificarem a Deus. — 1 Pedro 2:12.
19 Mas as boas obras de Jesus envolviam mais. Ele sabia que a melhor obra feita a favor de outros é ajudá-los a saber que adoração é aceitável para Deus, instruindo-os nos propósitos do Reino de Deus. Isto pode ajudá-los a atingir o alvo da vida eterna em felicidade. — Lucas 4:18-21.
20 Hoje, os cristãos devem esforçar-se igualmente a ser testemunhas de Jeová. Podem dar testemunho pela sua conduta excelente, que inclui ajudar outros e manter-se “sem mancha do mundo”. (Isaías 43:10-12; Tiago 1:27; Tito 2:14) Podem também levar as “boas novas” aos próprios lares das pessoas, perseverando nesta obra até que Deus diga que está feita. (Lucas 10:1-9) Não deseja ajudar seus vizinhos, bem como sua família, a saber da adoração que Jeová aceita? Neste caso, também deverá participar na expressão pública de sua fé; isto poderá ajudar outros a encontrar a estrada da vida. — Romanos 10:10-15
[Perguntas de Estudo]
Por que devemos examinar se há algo de bom em todas as religiões? (1, 2)
Qual era o conceito de Jesus sobre religião, e por quê? (3-5)
Por que é importante que tenhamos conhecimento exato? (6, 7)
De que modo estão alguns ensinos e práticas comuns em conflito com a Bíblia? (8-11)
Como se comparam as igrejas e o verdadeiro cristianismo na questão da guerra? (12, 13)
O verdadeiro cristianismo adota que atitude quanto a acatar as normas de moral de Deus? (14-16)
Como poderá continuar na estrada da vida? (17, 18)
Que obra adicional é vital para os cristãos? (19, 20)
[Foto na página 175]
Está andando na estrada larga . . . ou no caminho estreito?
[Quadro na página 173]
“VALORES E VIOLÊNCIA EM AUSCHWITZ”
No seu livro do título acima, a socióloga polonesa Anna Pawelczynska observou que, na Alemanha nazista, “as Testemunhas de Jeová mantinham uma resistência passiva pelas suas crenças, as quais se opunham totalmente à guerra e à violência”. Com que resultado? Ela explica:
“Este pequeno grupo de prisioneiros era uma sólida força ideológica e eles venceram a sua batalha contra o nazismo. O grupo alemão desta seita era uma pequena ilha de resistência férrea no seio de uma nação dominada pelo terror, e com este mesmo espírito intrépido agia no campo de Auschwitz. Eles conseguiram ganhar o respeito de seus companheiros de prisão . . ., dos prisioneiros-funcionários e até mesmo dos oficiais da SS. Todos sabiam que nenhuma Testemunha de Jeová cumpriria uma ordem contrária à sua crença . . . religiosa.”
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Adorará a Deus do modo dele?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 19
Adorará a Deus do modo dele?
A BÍBLIA prediz que, nestes “últimos dias”, os homens seriam “amantes de si mesmos, . . . pretensiosos, soberbos, . . . tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder”. (2 Timóteo 3:1-5) Não descreve isso muito bem o que vemos hoje em volta de nós?
2 Sim, em todos os aspectos da vida, as pessoas agem dum modo que diz: “Primeiro eu” — na sua conduta quando fazem compras ou dirigem automóvel, na atenção que dão à roupa e à maquilagem, e no tipo de dança a que se entregam. Mas, nada disso tem trazido verdadeira felicidade.
3 Muitos até mesmo encaram a religião segundo o que eles querem ou o que eles acham que necessitam. Que erro! Não cabe a nós dizer como Deus deve ser adorado. Jeová, como Criador e Dador da vida, é quem diz como deve ser adorado. (Romanos 9:20, 21) E o que ele requer de nós é para o nosso próprio bem. Dá contentamento agora, e mantém a mente e o coração fixos nas coisas maravilhosas que ele tem em reserva para nós, no futuro. — Isaías 48:17.
4 Jeová não sobrecarrega os cristãos com cerimônias inúteis, nem impõe restrições sem sentido. Mas Deus sabe que a continuação da vida depende da boa relação com ele, e que precisamos viver segundo as suas normas e interessar-nos nos outros, se havemos de encontrar verdadeira satisfação na vida. Quando adoramos a Deus do modo como ele quer, a vida torna-se mais plena e passa a ter sentido.
FAZER AS COISAS DO MODO DE DEUS
5 Noé é um belo exemplo de alguém que acatava o modo de proceder de Deus. A Bíblia diz: “Noé era homem justo. Mostrou-se sem defeito entre os seus contemporâneos. Noé andou com o verdadeiro Deus.” Depois de ser instruído por Deus sobre a construção duma enorme arca para a preservação de vida, “Noé passou a fazer segundo tudo o que Deus lhe mandara. Fez exatamente assim”. (Gênesis 6:9, 22) Fazer as coisas do modo de Deus salvou a vida de Noé, bem como a vida de sua família, que se apegou a ele como o profeta de Deus na terra. — 2 Pedro 2:5
6 Outro que seguiu no caminho de Deus foi Abraão. Deus mandou que abandonasse a sua pátria. Teria você obedecido? Abraão “foi como Jeová lhe falara”, “embora não soubesse para onde ia”. (Gênesis 12:4; Hebreus 11:8) Por fazer fielmente as coisas do modo de Deus, Abraão foi considerado como “amigo de Jeová”. — Tiago 2:23; Romanos 4:11.
ESTAR ENTRE OS DO POVO DE DEUS
7 Com o tempo, Deus escolheu tratar com um grupo grande, a nação de Israel. Esta veio a ser “seu povo, uma propriedade especial dentre todos os povos que há na superfície do solo”. (Deuteronômio 14:2) Naturalmente, cada israelita tinha de orar a Deus e ter uma relação íntima e pessoal com ele. Mas tinha de reconhecer também que Deus dirigia uma congregação; tinha de seguir a forma de adoração delineada na lei de Deus para eles, como povo. Podiam assim usufruir da proteção e da bênção que Deus proveu para a congregação. (Deuteronômio 28:9-14) Imagine que privilégio era fazer parte dos que o Todo-poderoso chamava de “meu povo Israel”. — 2 Samuel 7:8.
8 Que dizer dos que não eram israelitas e que queriam adorar o verdadeiro Deus? Pessoas desta espécie constituíam “uma vasta mistura de gente”, que escolheu acompanhar Israel quando Moisés levou a nação para fora do Egito. (Êxodo 12:38) Se você tivesse estado no Egito, teria achado que podia permanecer ali e adorar a Deus sozinho, do seu próprio modo?
9 Mesmo quando Israel se fixou na Terra da Promessa, os estrangeiros que reconheciam a Jeová e queriam adorá-lo podiam fazer isso. Mas, tinham de reconhecer que Deus estava lidando com um povo congregado e que a Sua adoração tinha por centro o templo em Jerusalém. (1 Reis 8:41-43; Números 9:14) Ninguém podia ser aceitável a Deus, se deixasse que o orgulho ou a independência o induzisse a inventar seu próprio modo de adoração.
MUDANÇAS NAS CONGREGAÇÕES
10 Quando Jesus estava empenhado no seu ministério, na terra, Deus ainda lidava com Israel, como povo dedicado a ele. Portanto, não era necessário que alguém que aceitasse o Messias se reunisse regularmente com Jesus e viajasse com ele, assim como os apóstolos faziam. (Marcos 5:18-20; 9:38-40) Mas a nação, como um todo, rejeitou o Messias de Jeová, o que induziu a Jesus a dizer pouco antes de sua morte: “O Reino de Deus vos será tirado e confiado a um povo que produza seus frutos.” — Mateus 21:43, A Bíblia de Jerusalém.
11 Quem seria este novo povo, uma vez que não se exigisse mais a adoração especificada na lei de Deus para Israel? (Colossenses 2:13, 14; Gálatas 3:24, 25) No dia de Pentecostes de 33 E. C., foi formada a congregação cristã, e Deus tornou claro, a observadores sinceros, que era ele quem fazia isso. (Atos 2:1-4, 43-47; Hebreus 2:2-4) Primeiro, judeus e estrangeiros que haviam aceito o judaísmo, e, mais tarde, gentios, ou pessoas das nações, tornaram-se “um povo para o seu nome”. Deus considerou-os então como “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial”. — Atos 15:14-18; 1 Pedro 2:9, 10.
12 Se você tivesse vivido naquele tempo e querido uma relação com Deus, teria sido encaminhado à congregação cristã. Isto é o que aconteceu com um italiano, Cornélio e sua família. (Atos 10:1-48) Os crentes em todo o mundo constituíam a congregação cristã. (1 Pedro 5:9) Todas as congregações locais, que se reuniam em lares ou em edifícios públicos, faziam parte desta única congregação que Deus usava então. — Atos 15:41; Romanos 16:5.
13 Visto que Jeová é Deus de ordem, ele providenciou certa medida de organização nas congregações. A fim de prover a atenção necessária aos adoradores individuais, designou homens para servirem quais pastores ou superintendentes. Estes eram homens experientes e qualificados, que podiam ensinar a Palavra de Deus e treinar os membros da congregação a transmitir a verdade bíblica a outros, para ajudarem na obra vital da pregação das “boas novas”. — 2 Timóteo 2:1, 2; Efésios 4:11-15; Mateus 24:14; Atos 20:28.
14 As congregações tirariam proveito destes superintendentes também de muitas outras maneiras. Não deviam agir de modo legalista ou opressivo. Antes, sua tarefa era a de ajudarem amorosamente os concristãos a fortalecer sua relação com Deus. (Atos 14:21-23; 1 Pedro 5:2, 3) Quem tinha problemas podia dirigir-se a estes homens espiritualmente mais idosos para obter bondosa ajuda bíblica. (Tiago 5:13-16; Isaías 32:1, 2) Visto que os cristãos ainda eram imperfeitos, podiam surgir ocasionalmente dificuldades nas congregações. Os superintendentes deviam estar atentos a ajudar os concristãos e estar prevenidos contra quaisquer que pusessem em perigo a espiritualidade da congregação. — Filipenses 4:2, 3; 2 Timóteo 4:2-5.
15 As congregações receberam a necessária orientação dum corpo governante cristão, composto dos apóstolos e de anciãos da congregação de Jerusalém. Estes estudavam e resolviam as questões enviadas pelas congregações. E o corpo governante despachava representantes em visitas às congregações. — Atos 15:1-3.
16 Jeová Deus ainda está lidando com o seu povo qual grupo congregado. Em toda a terra, há milhares de congregações das Testemunhas de Jeová. Se quiser harmonizar-se com o modo de adoração de Deus, aceite sua exortação de se congregar com concristãos:
“Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e a obras excelentes, não deixando de nos ajuntar, . . . mas encorajando-nos uns aos outros e tanto mais quanto vedes chegar o dia.” — Hebreus 10:24, 25.
ADORE A DEUS DE TODA A ALMA
17 Convém refletir em tudo o que Jeová Deus tem feito por você. Dele procedem a sua vida e as provisões que a sustentam cada dia. Ainda por cima, Deus enviou seu Filho à terra, a fim de que morresse como sacrifício. Esta foi uma expressão do profundo amor de Deus, amor que é seguro e constante. (Romanos 5:8; 8:32, 38, 39) Deus lhe tornou assim possível obter o perdão de seus pecados e a perspectiva de vida eterna em felicidade. — João 3:17; 17:3.
18 Qual será a nossa reação diante do seu amor? Certamente, não devemos virar as costas a Deus e seu amor. O apóstolo Pedro exortou:
“Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados vejam apagados, para que venham épocas de refrigério.” — Atos 3:19.
19 Todos nós precisamos ‘arrepender-nos’, porque todos pecamos, não atingindo as normas de Deus na nossa conduta, fala e pensamentos. (Romanos 2:4; 7:14-21; Tiago 3:2) Arrependermo-nos significa reconhecer que somos pecadores e que lastimamos não ter vivido em plena harmonia com a vontade de Jeová. É assim que você se sente? Daí, temos de dar “meia-volta”, mudar de modo de vida, empenhando-nos daí em diante a refletir as qualidades de Jeová e a fazer as coisas do modo dele. Procedendo assim, poderemos confiar em que Deus nos perdoará e nos aceitará. — Salmo 103:8-14; 2 Pedro 3:9.
20 Reconhecendo que Jesus forneceu o modelo, para que pudéssemos seguir os seus passos em servir a Deus, devemos esforçar-nos a imitar o exemplo dele. (1 Pedro 2:21) Hebreus 10:7 diz-nos que a atitude de Jesus era a seguinte: “Eis aqui vim . . . para fazer a tua vontade, ó Deus.” De maneira similar nosso amor e nosso apreço por Deus devem induzir-nos a dedicar nossa vida a ele, para fazer de toda a alma a sua vontade. Naturalmente, ainda comemos, dormimos, cuidamos de nossa família e a amamos, usufruímos agradável recreação e participamos de outras maneiras nas atividades normais da vida. Mas, dedicarmos a vida a Deus significa que a sua vontade e adoração devem ter importância primária, e que, não importa onde estejamos ou o que façamos, faremos sério empenho em aplicar o conselho de Deus e em seguir o exemplo de Jesus. — Colossenses 3:23, 24
21 As Escrituras esclarecem que aquele que dedica sua vida a Deus deve mostrar isso publicamente por ser batizado. Jesus disse aos seus seguidores:
“Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” — Mateus 28:19, 20.
Se os batizandos deviam ter estudado a Palavra de Deus e se tornado discípulos de Cristo, então é evidente que não eram meras criancinhas. Também, seu batismo, em símbolo de sua dedicação a Deus, é por imersão total em água, assim como Jesus foi batizado no rio Jordão. — Marcos 1:9-11; Atos 8:36-39.
22 Tornar-se você discípulo batizado de Cristo o habilitará para a plena vida feliz do verdadeiro cristianismo. Não é uma vida governada por infindáveis regras de “faça isso” e “não faça aquilo”. Antes, é uma vida de desenvolvimento satisfatório. Poderá melhorar constantemente sua perspectiva espiritual e sua aplicação da Palavra de Deus, o que o levará cada vez mais perto do exemplo dado por Jesus. — Filipenses 1:9-11; Efésios 1:15-19.
23 Isso afetará seu modo de pensar e sua conduta diária. Ao passo que segue o caminho cristão, aprofundar-se-á a sua convicção de que Deus destruirá em breve toda a iniqüidade, abrindo o caminho para ‘novos céus e uma nova terra, em que há de morar a justiça’. Isto, por sua vez, aumentará sua motivação para desenvolver a personalidade cristã e para seguir o modo de vida que o habilite a encontrar um lugar naquela nova ordem vindoura. (Efésios 4:17, 22-24) O apóstolo Pedro foi inspirado a escrever:
“Imaginai que sorte de pessoas deveis ser, que vidas devotas e dedicadas deveis levar! Com isto [a nova ordem] para aguardar, fazei o máximo para serdes achados em paz com ele, imaculados e acima de vitupério à sua vista.” — 2 Pedro 3:11, 14, A Nova Bíblia Inglesa.
24 Quanta bênção é quando a vida inteira da pessoa mostra que ela está adorando a Jeová Deus! Embora hoje muitos vivam apenas para agradar a si mesmos e para terem egoistamente todos os prazeres que podem, você poderá viver e adorar o verdadeiro Deus do modo dele. Este é o melhor modo de vida.
[Perguntas de Estudo]
Para a maioria das pessoas, quem vem em primeiro lugar, e por que não é isso sábio? (1-4)
Em que eram Noé e Abraão diferentes da maioria das pessoas atuais? (5, 6)
No tempo do antigo Israel, como lidava Deus com as pessoas? (7-9)
Que mudança fez Deus nos seus tratos? (10-12)
Como organizou e dirigiu Deus os cristãos? (13-15)
Que significado deve ter para você o modo em que Deus lida com os cristãos? (16)
A que nos deve induzir o amor a Deus? (17-19)
Por que é o batismo um passo importante, e como simbolizado? (20, 21)
Dedicou a sua vida a Deus e quer ser batizado? O que significará isso para você? (22-24)
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Que espécie de vida deseja levar?Felicidade — Como Encontrá-la
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Capítulo 20
Que espécie de vida deseja levar?
SE ALGUÉM lhe perguntasse: ‘Como posso hoje em dia encontrar felicidade?’ o que responderia? Talvez dissesse com convicção: ‘Para levar uma vida plena, feliz e duradoura, faça as coisas do modo de Deus!’
2 Nos capítulos precedentes consideramos que o Criador realmente existe, que ele, por meio da Bíblia, fornece informação e orientação de que todos nós precisamos, e que a aplicação de sua Palavra é prática hoje em dia. Vivermos como verdadeiros cristãos pode ajudar-nos a lidar com problemas tais como a tensão e a solidão. Recorrermos à Bíblia em busca de orientação pode proteger-nos contra os dolorosos problemas causados pela embriaguez, pela imoralidade, pela desonestidade e por outros vícios. (Provérbios 4:11-13) Adotarmos o conceito da Bíblia sobre dinheiro habilita-nos a estar mais contentes e a ‘apegar-nos firmemente à verdadeira vida’. — 1 Timóteo 6:19.
3 Quando acatamos o que o Criador diz, nossa vida ganha significado e orientação. Entendemos por que Deus permitiu a iniqüidade e o sofrimento. E, ao passo que discernimos o cumprimento das profecias bíblicas nos acontecimentos dos nossos dias, damo-nos conta de que vivemos nos “últimos dias” do atual sistema iníquo de coisas. (2 Timóteo 3:1-5) Isto significa que Deus, em breve, eliminará todos os reinos humanos, que têm uma história de corrução política e de forças armadas mantidas por esmagadores encargos tributários. (Daniel 2:44; Revelação 16:14, 16) Deus acabará assim com a sucessão de esforços humanos de governar a terra, e ele orientará a humanidade sobrevivente por meio de seu reino celestial. — Revelação 11:17, 18; 21:1-4.
É ISTO O QUE QUER?
4 A maioria de nós diria: ‘Seria maravilhoso viver entre pessoas amorosas, tementes a Deus, num paraíso.’ (Isaías 11:9) Mas, para podermos viver assim, nosso amor à justiça e nosso desejo de nos harmonizarmos com as normas de Deus devem ser tão fortes, que determinem o padrão geral de nossa vida agora. (Mateus 12:34; 15:19) É isso o que realmente quer? O discípulo Tiago foi inspirado a escrever sobre isso aos cristãos:
“Não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que QUISER ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” — Tiago 4:4.
5 Tiago enfatizou também que “a forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus” envolve “manter-se sem mancha do mundo”. (Tiago 1:27) Devemos esforçar-nos a fazer isso. Naturalmente, visto que os cristãos vivem no meio da violência e da corrução do mundo, no meio de suas tramas imorais, de sua política e de seu nacionalismo, não é fácil ficar 100 por cento sem ser afetado por isso. Mesmo o mais devoto cristão pode cometer deslizes ou erros, enquanto procura evitar ser manchado pelos modos do mundo. Por isso é que os cristãos precisam continuar a esforçar-se a melhorar. (Colossenses 3:5-10) Mas, a questão é: o que é que queremos?
6 Como ilustração disso, poderíamos imaginar dois homens que tomam uma refeição. Um deles fica acidentalmente com uma mancha de molho na gravata. O outro toma a sua gravata e a mergulha deliberadamente no molho; quer que seja assim. Com qual deles compara-se você? Por meio daquilo que permitimos que nos influencie e pelo que escolhemos fazer, será que mostramos que queremos ser amigos do mundo, ou amigos de Deus?
7 A amizade com o mundo pode ser refletida de muitas maneiras. Alguns ficam tão fortemente apegados à sua família ou aos seus vizinhos, que os acompanham nas coisas de que sabem que Deus desaprova, até mesmo participando nelas, coisas tais como celebrações antibíblicas, bebedices, piadas obscenas ou preconceito racial. (1 Pedro 4:3, 4; Efésios 5:3-5; Atos 10:34, 35) Se quisermos agradar a Deus, então a sua aprovação significará mais para nós do que mesmo a de nossos parentes. — Lucas 14:26, 27; 11:23.
8 De maneira similar, nossa escolha de diversões pode indicar se queremos ser amigos do mundo, ou não. Os primitivos cristãos não assistiam às brutais lutas gladiatórias, nem viam espetáculos que focalizavam a imoralidade. Que dizer de nós, hoje? Devemos pensar nas nossas preferências em matéria de esportes, programas de televisão, filmes ou matéria de leitura. Se discernirmos que estamos sendo condicionados para querer aquilo contra o que Deus aconselha, teremos de empenhar-nos em reformular nossas preferências. Os engodos do mundo podem afetar até mesmo os jovens que foram criados em família cristã, e os cristãos que já por muito tempo estudam a Bíblia.
9 Este assunto da amizade com Deus ou da amizade com o mundo significa vida ou morte. (1 João 2:15-17) Não podemos estar com um pé em cada um dos lados, assim como a pessoa numa bifurcação da estrada não pode seguir os dois caminhos divergentes.
10 Nos dias de Elias, alguns hebreus ficaram influenciados pela adoração de Baal, das nações circunvizinhas. Embora tivessem alguma relação com o verdadeiro Deus, Jeová, não se apegaram a ele completamente. Elias disse que estavam “mancando em duas opiniões diferentes”. Tinham de decidir se queriam, ou não, apegar-se a Jeová e seus modos de agir. Era uma escolha entre a vida e a morte. — 1 Reis 18:21-40; Deuteronômio 30:19, 20.
11 Não podemos adiar a decisão sobre o que realmente queremos. No primeiro século E. C., o apóstolo Pedro exortou os cristãos a terem “bem em mente a presença do dia de Jeová”, no qual se destruirá a iniqüidade na terra. O senso de urgência deles devia demonstrar-se em “atos santos de conduta e em ações de devoção piedosa”, inclusive na proclamação entusiástica da mensagem cristã. (2 Pedro 3:11, 12) Ao passo que alguns cristãos levavam uma vida exemplar de casados, outros decidiram permanecer solteiros, para que pudessem dar ‘constante atenção ao Senhor, sem distração’. — 1 Coríntios 7:29-35.
12 Se a espécie de vida que os cristãos querem levar era importante no primeiro século, quanto mais vital é agora! Podemos ver que o reino de Deus já governa no céu e que sobra apenas “um curto período de tempo”, antes de Deus, por meio de Cristo, esmagar as nações e amarrar Satanás, o Diabo. (Revelação 12:12; 19:11 a 20:2) Portanto, agora é o tempo de decidirmos que espécie de vida queremos.
A ESPÉCIE DE VIDA QUE DEUS PROVERÁ
13 A espécie de vida que escolhemos agora determinará se teremos permissão de usufruir a espécie de vida que Deus proverá na vindoura nova ordem.
14 É fácil pensar primeiro nas muitas bênçãos físicas do paraíso restabelecido. No paraíso original, Adão e Eva tiveram abundante alimento nutritivo. (Gênesis 2:9, 16) De modo que, na nova ordem, haverá uma abundância de alimento bom e salutar. — Salmo 72:16; 67:6.
15 Adão e Eva gozavam de boa saúde, porque Deus os criara perfeitos. Isto sublinha a garantia bíblica de que, na nova ordem, a doença, a dor e as lágrimas de tristeza causadas pela enfermidade serão coisas do passado. (Revelação 21:1-4) A humanidade desenvolver-se-á até a perfeição física.
16 Homens e mulheres, não mais impedidos por problemas e depois pela morte, após uns 70 anos, terão a emoção de poder investigar muitos campos de saber e de experiência. Você poderá usufruir a expressão plena de seus talentos, e desenvolver até mesmo alguns de que nunca suspeitou que tivesse. Cozinhar, construir casa, marcenaria, decoração, jardinagem, tocar instrumentos musicais, costura, estudo de vastos campos de conhecimento — você poderia prosseguir infindavelmente alistando as coisas que constituem repto ou benefício e que poderá fazer. Jeová disse certa vez: “Meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos.” — Isaías 65:22.
17 A Bíblia diz também que a alimentação dos animais, no jardim do Éden, era a vegetação. (Gênesis 1:30) Portanto, poderá esperar que Deus providencie os assuntos de tal maneira, que os animais não mais sejam ferozes e perigosos; terão paz entre si e com os homens. Tanto crianças como adultos usufruirão plenamente a companhia deles. — Veja Isaías 11:6-8; 65:25; Oséias 2:18.
18 Mas a Bíblia nem começa a descrever em pormenores todas as bênçãos materiais da nova ordem. Jeová, nosso Criador, conhece as nossas necessidades. A Bíblia assegura-nos a respeito de Deus: “Abres a tua mão e satisfazes o desejo de toda coisa vivente.” — Salmo 145:16.
19 As Escrituras enfatizam corretamente não a prosperidade ou bênção material, mas as coisas espirituais e mentais, que darão felicidade no paraíso restabelecido. Por exemplo, podemos aguardar as condições descritas do seguinte modo:
“O trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação.” — Isaías 32:17, 18.
20 Podemos reconhecer que, mesmo que gozássemos de boa saúde, tivéssemos um belo lar e alimentos abundantes, não estaríamos realmente contentes se estivéssemos cercados por conflitos, tensões, ciúmes e ira. (Provérbios 15:17; 21:9) No entanto, aqueles a quem Deus permite viverem no vindouro paraíso serão os que fizeram empenho consciencioso de vencer tais falhas humanas. Constituirão uma família mundial de cristãos, que cultivarão os frutos do espírito de Deus, que incluem amor, paz, benignidade e autodomínio (Gálatas 5:19-23) Esforçar-se-ão sinceramente a ter uma personalidade que se harmonize com a personalidade de Jeová. — Efésios 4:22-24.
UMA VIDA PARA AGRADAR E LOUVAR A JEOVÁ
21 As preditas bênçãos materiais e espirituais fornecem-nos um motivo para aguardar a nova ordem. Todavia, se permitirmos que estes sejam os motivos primários para adorar a Deus e levar uma vida cristã, de certo modo seríamos como os da atual geração de “primeiro eu”, que se preocupam em primeiro lugar com o que eles querem e podem conseguir.
22 Antes, devemos cultivar o desejo de levar uma vida cristã — agora e no futuro — porque Deus quer que façamos isso. Ele deve vir em primeiro lugar, não nós. Jesus mostrou o conceito que devemos adotar, dizendo: “Eis aqui vim . . . para fazer a tua vontade, ó Deus”, e: “Meu alimento é eu fazer a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra.” (Hebreus 10:7; João 4:34) O apreço pelo que Deus tem feito deve induzir-nos a colocá-lo em primeiro lugar. — Romanos 5:8.
23 A Bíblia, apropriadamente, não salienta, como de importância primária, a nossa salvação e as bênçãos que podemos receber. Antes, ela enfatiza a vindicação do nome de Deus e a justeza de louvarmos a Deus pelo que ele é, e pelo que tem feito. Davi escreveu:
“Vou exaltar-te, ó meu Deus, o Rei, e vou bendizer teu nome por tempo indefinido, para todo o sempre. Jeová é grande e para ser louvado muito, e sua grandeza é inescrutável. O esplendor glorioso da tua dignidade e os assuntos das tuas obras maravilhosas eu vou fazer a minha preocupação.” — Salmo 145:1, 3, 5.
24 Colocar a Deus em primeiro lugar na vida e louvá-lo ativamente era apropriado tanto para Jesus como para Davi. É também apropriado para nós. Quando conjugamos isso com o modo de vida cristão, prático, encontramos a felicidade — agora e no futuro eterno.
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