York Times noticiou que a crise de responsabilidade civil havia, por fim, amainado. No entanto, muitos peritos mostraram-se cépticos quanto a tal “recuperação”. “Besteira pura!”, clamou um corretor da seguradora Lloyd’s. Um corretor de resseguros suíço comentou: “A crise de responsabilidade civil ainda não passou, porque os americanos estão tentando enfocá-la como uma questão de preços. O problema é mais profundo. Não é apenas financeiro, . . . mas social.”

Quão verídico isso é! Mesmo assim, exatamente quanta mudança podemos esperar da parte das agências humanas? O próprio presidente da Lloyd’s de Londres culpa as seguradoras por “iludirem as pessoas a crer que o seguro pode suprir-lhes aquilo que, efetivamente, o seguro não pode, isto é, uma cura para todos os problemas da humanidade”. É claro, então, que uma real solução para a crise dos seguros teria de atentar para alguns dos problemas mais profundos da humanidade — a prevalência da ganância humana, a constante ameaça de calamidades e a necessidade de um fidedigno sistema de justiça, para citar apenas alguns. É uma tarefa e tanto! Os sistemas judiciais, os advogados e os seguros são todos necessidades vitais no mundo atual, mas certamente não estão prestes a fornecer tal solução.

Que dizer, então, do Criador da humanidade? Permitirá ele que a ganância humana sempre governe os assuntos mundiais? Tenciona ele que vivamos para sempre sob a ameaça de calamidade? A lógica sugeriria que a resposta a ambas as perguntas seja Não. Melhor ainda, a Bíblia, um livro com perfeito histórico de confiabilidade, garante-nos que Deus dentro em breve estabelecerá um governo mundial baseado na justiça. Ele o usará para livrar a Terra, para sempre, tanto da ganância como da calamidade! — Isaías 32:1; Provérbios 1:33; 1 Coríntios 6:10.

Mudança global quanto ao fumo

Ao passo que um número crescente de europeus e de americanos estão apagando seu último cigarro, crescente grupo de habitantes do Terceiro Mundo está gastando seus parcos rendimentos para dar sua primeira tragada. O que é responsável por esta mudança global no fumo?

Campanhas informativas, no mundo ocidental, que expõem os efeitos prejudiciais do fumo, modificaram a atitude das pessoas para com o tabagismo. Em resultado disso, recente estudo feito pela Sociedade Americana do Câncer e outros organismos que cuidam da saúde mostram que, nos últimos 20 anos, o número de fumantes nos Estados Unidos continua a diminuir.

Em contraste com isso, o fumo nos países do Terceiro Mundo está-se espalhando como um incêndio descontrolado. Qual a razão? De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a causa primária são as campanhas de publicidade agressiva dirigidas por “inescrupulosas indústrias do fumo”. Estas agências estão erguendo cortinas de fumaça para esconder o fato de que, anualmente, em todo o mundo, um milhão de pessoas morrem devido a doenças relacionadas com o fumo. A revista holandesa Internationale Samenwerking (Cooperação Internacional) informa que a indústria do fumo gastou US$ 2,5 bilhões em publicidade, apenas em 1984 — quase US$ 7 milhões por dia! Anúncios tais como: “‘Varsity’: Sinta Aquela Leveza Mental”, ou: “‘Gold Leaf’: Cigarros Muito Importantes Para Gente Muito Importante”, convencem as pessoas, nos países em desenvolvimento, de que o fumo está ligado ao progresso, à emancipação e ao esporte, e “simboliza a prosperidade”.

Além disso, o teor de alcatrão e de nicotina contido nos cigarros vendidos no Terceiro Mundo é, propositalmente, mais elevado do que o dos cigarros vendidos nos países ocidentais, declara o livro Roken welbeschouwd (Fumo — Considerados Todos os Aspectos). Por quê? Desta forma, as pessoas ficam viciadas mais depressa, de modo que, quando as companhias de cigarros gradualmente reduzem o teor de alcatrão e de nicotina, os fumantes se vêem obrigados a comprar mais cigarros para satisfazer sua ânsia de nicotina. Com que resultado? O aumento na venda de cigarros. O consumo anual de fumo, em tais países, aumentou 2,1 por cento. Todavia, a reação dos Governos do Terceiro Mundo continua sendo ‘tíbia’. Por quê? Para muitos governos, a produção de fumo constitui uma fonte de renda.