por espírito santo, seu noivo José ficou num dilema quanto a que devia fazer. Isto se deu porque ainda não havia tido relações sexuais com ela. Sua preocupação com a gravidez de Maria foi acalmada quando o anjo de Jeová lhe revelou os fatos, dizendo: “José, filho de Davi, não tenhas medo de levar para casa Maria, tua esposa, pois aquilo que tem sido gerado nela é por espírito santo. Ela dará à luz um filho, e terás de dar-lhe o nome de Jesus.” (Mat. 1:18-21) Depois disso, José e Maria foram unidos em casamento. “Mas”, diz a Bíblia, ele “não teve relações com ela até ela ter dado à luz um filho; e deu-lhe o nome de Jesus”. — Mat. 1:25.

Jesus, portanto, de modo algum pode ser chamado de filho natural de José. Nasceu deveras duma virgem. Mas, por que era isso necessário?

A Bíblia nos informa de que o primeiro homem Adão, pela desobediência, perdeu a vida humana perfeita para todos os seus descendentes. Lemos: “Por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” (Rom. 5:12) Sim, Adão, na realidade, vendeu toda a raça humana ao pecado e à morte. (Veja Romanos 7:14.) Portanto, precisava-se dum preço de resgate para conseguir o livramento dos descendentes de Adão. Segundo as normas de perfeita justiça, de Deus, conforme reveladas na lei mosaica, este preço tinha de corresponder exatamente ao que se perdeu. A lei mosaica declarava: “Terás de dar alma por alma.” (Êxo. 21:23) Visto que Jesus foi concebido por espírito santo, sem ajuda dum pai humano, imperfeito, ele possuía exatamente aquilo que Adão perdera — uma vida humana inteiramente livre de todas as fraquezas e imperfeições. Por isso Jesus pôde entregar-se como “resgate correspondente por todos”. — 1 Tim. 2:6.

A evidência bíblica indica assim apenas uma conclusão: Que realmente houve um nascimento virginal. Somente por meio deste milagre podia nascer alguém que seria filho humano perfeito de Deus, sem os mínimos traços de imperfeição. Damos graças a Deus por este milagre, que preparou o caminho para os homens ficarem livres do pecado e da morte!

Abra generosamente a mão para com os necessitados

NOSSO Deus Jeová está na dianteira no que se refere a ser generoso. E isso não se dá só porque ele é o Dono de todas as coisas e assim tem os meios para ser generoso. Dá-se porque ele é a própria personificação do amor e de todo sentimento generoso. Conforme declarou o meigo cantor de Israel: “Abres a tua mão [Jeová] e satisfazes o desejo de toda coisa vivente.” (Sal. 145:16) Ele faz a chuva cair e o sol brilhar mesmo sobre os que menos os merecem. (Mat. 5:45) Quanta atenção e consideração ele tem com todos nós, criaturas ínfimas, neste pequeníssimo planeta!

Quanto aos que se aproximam dele para adorá-lo, ensina-lhes a esforçar-se a ser semelhantes a ele nos seus tratos com os outros. Lá naquele tempo, numa era que alguns, supostamente sábios, classificaram de “primitiva”, este Deus generoso instruiu seus adoradores a fazer o seguinte: “Deves abrir generosamente tua mão para com teu irmão atribulado e pobre no teu país.” (Deu. 15:11) Com tal ensino inculcado, não haveria necessidade de grandes campanhas de caridade, nem seria preciso pagar grandes ordenados aos angariadores profissionais de fundos. As pessoas corresponderiam ao ensino e ao exemplo Daquele que “dá generosamente a todos, e sem censurar”. — Tia. 1:5.

Os hodiernos adoradores de Jeová também aprenderam esta lição de generosidade. Ficam profundamente impressionados com as palavras de seu Senhor e Amo, Cristo Jesus: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” (Atos 20:35) Sentem também a veracidade destas palavras, porque notam quem é necessitado na sua vizinhança e, sem dar na vista, compartilham generosamente seus bens materiais com eles. Também, quando ficam sabendo que co-adoradores de Jeová, em outras partes da terra, foram apanhados por alguma calamidade, quão rápidos são em se apresentar e em insistir em participar nas medidas especiais de socorros! Abrem generosamente a mão para com os necessitados.

COMPARTILHAR UMA DÁDIVA AINDA MAIS PRECIOSA

Há, porém, uma necessidade maior de que os do povo de Jeová ficaram sabendo, a necessidade de multidões, em toda a terra, a qual Cristo Jesus trouxe à atenção durante seu ministério especial aqui na terra. Falando em certa ocasião a uma grande multidão de necessitados, aconselhou: “Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do homem vos dará.” (João 6:27) Declarou, outra vez: “Está escrito: ‘O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Jeová.’” — Mat. 4:4.

Portanto, há algo muito mais valioso do que essas coisas materiais, vitais, o pão e a água. Os apóstolos de Jesus aperceberam-se disso muito bem. Quando certo mendigo aleijado lhes rogou, por exemplo, Pedro disse ao homem: “Não possuo prata nem ouro, mas o que tenho é o que te dou: Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!” O que lhe deram eles? Não só a cura, embora esta já fosse bastante maravilhosa. É evidente que suscitaram no homem profundo apreço por aquele em cujo nome se fez a cura, Jesus de Nazaré, e por Aquele que enviou Jesus ao mundo, Jeová Deus. A narrativa prossegue, dizendo que o homem estava “andando, e pulando, e louvando a Deus” ao entrar no templo. — Atos 3:6-8.

Hoje em dia, as Testemunhas de Jeová não possuem tal poder milagroso de curar pessoas de suas doenças físicas, mas têm prazer e estão dispostas a compartilhar com outros aquilo que possuem. E o que é isso? O apreço por Jeová Deus e o conhecimento dos propósitos dele para com a humanidade e esta terra, conforme apresentados nas Escrituras Sagradas. A fim de transmitir tal conhecimento a outros, saem pelas mas da cidade e à zona rural, para achar pessoas dispostas a ouvir a informação que lhes podem transmitir. É informação vitalizadora, pois Jesus disse em oração ao seu Pai no céu: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” — João 17:3.

As testemunhas cristãs gastam muitas horas neste serviço, às suas próprias custas, só para poderem de mãos abertas compartilhar com outros as boas coisas que receberam de Deus. Mesmo que muitos daqueles a quem se dirigem não apreciem sua motivação ou até mesmo questionem a pureza de sua motivação, essas Testemunhas prosseguem com a sua obra de buscar os merecedores, gente que possa aprender a apreciar a mensagem da Bíblia.

E outra coisa digna de nota é: Ninguém precisa dizer a um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo exatamente o que ele deve dar em questão de ajuda material e espiritual aos em necessidade. Não, porque para eles vale o princípio bíblico expresso em Deuteronômio 16:17: “A dádiva da mão de cada um deve ser proporcional à bênção de Jeová, teu Deus, que ele te tiver dado.” E quem sabe a medida de bênção que cada um recebeu de Deus? Apenas Deus e Cristo Jesus, e o respectivo adorador. Assim, quando o cristão medita em todas as bênçãos que o Deus generoso derramou sobre ele, não precisa ser incentivado para compartilhar isso com outros. É motivado a isso pelo coração agradecido.

ORGANIZADOS PARA DAR

Pensando na necessidade urgente de multidões em toda a terra, de ouvir a mensagem vitalizadora do reino de Deus, a associação das testemunhas cristãs organizou-se para satisfazer essa necessidade. Para este fim, constituíram sociedades em diversos países, tais como a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, no Brasil. Essas sociedades, nestes muitos países, em harmonia com as exigências da lei, são usadas para cuidar de assuntos técnicos, tais como a impressão e o despacho de Bíblias e compêndios bíblicos, em dezenas de idiomas, administrar os fundos contribuídos pelas Testemunhas de Jeová e simpatizantes, providenciar os serviços de representantes viajantes e cuidar duma grande variedade de atividades relacionadas.

Nenhum dos funcionários e diretores destas sociedades é assalariado. Todos têm prazer em contribuir seu tempo e suas energias para a promoção deste serviço da proclamação das “boas novas do reino” em toda a terra. (Mat. 24:14) Por outro lado, também, há homens e mulheres que se afastaram das oportunidades de obter cargos lucrativos, com atraentes possibilidades, a fim de participar na atividade necessária de imprimir, preparar e despachar publicações bíblicas quase que a todas as partes do globo. Servem em mais de 90 filiais e congêneres, e em gráficas, mantidas pelas Testemunhas de Jeová em muitos países. Alegram-se de poder contribuir os melhores anos de sua vida num serviço muito altruísta, recebendo em troca cama e mesa, e uma pequena mesada em dinheiro, para despesas incidentais.

Todas estas sociedades, filiais e congêneres, gráficas e seu pessoal, servem sob a direção do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, um grupo que representa todos os adoradores ungidos pelo espírito, de Jeová, em toda a terra, e age por eles. Assim, os esforços dedicados de todos os do povo de Jeová estão interligados para a execução eficiente da obra que Deus decretou que deve ser realizada antes do fim deste velho sistema de coisas. (Mar. 13:10) Mais de 2.000.000 de Testemunhas de Jeová estão assim organizadas para o serviço de ensino e pregação em toda a terra. Sentem-se felizes de participar no serviço de testemunho na sua própria localidade. Aqueles que não podem pessoalmente ir a outras regiões e outros países atingem-nos de outra maneira unida, a saber, através dos serviços da organização mundial. Enviam suas pequenas contribuições ao escritório local no país em que residem, assim como os que moram no Brasil enviam seus donativos para a promoção da obra do Reino à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Caixa Postal 12.896, 01000 São Paulo, SP.

De modo que são bem aplicáveis, no nosso tempo, as palavras proferidas pelo próprio Filho de Deus, no seu sermão do monte: “Felizes os famintos e sedentos da justiça, porque serão saciados.” (Mat. 5:6) Por meio de seu espírito, o Deus generoso induz seus adoradores na terra a seguir sua liderança e oferecer socorro espiritual às multidões necessitadas, ao mesmo tempo não despercebendo as necessidades materiais daqueles que são dignos disso. E estes adoradores leais do Deus de quem provém todo presente perfeito apreciam cabalmente os instrumentos incorporados, por intermédio dos quais podem participar unidos em oferecer e fazer suas contribuições e seus donativos aos famintos e sedentos em lugares longínquos.

Deveras, nós, adoradores de tal Deus, temos um grandioso privilégio! Podemos imitar sua generosidade e demonstrar que somos filhos e filhas dele. Temos grande alegria quando se pode aplicar a nós a descrição inspirada duma pessoa generosa: “Bom é o homem que é clemente e que empresta. . . . Tem distribuído amplamente; tem dado aos pobres. Sua justiça permanece de pé para todo o sempre”! — Sal. 112:5, 9.

Por dentro das notícias

Deslocamento do Equilíbrio de Poderio

● O ex-assessor presidencial Patrick Buchanan dos Estados Unidos, declarou que o equilíbrio geral do poderio militar entre os Estados Unidos e a União Soviética está no processo de deslocamento. Ele disse: “Durante os últimos sete anos a Marinha dos E. U. A. ficou reduzida à metade, ela é agora menor do que a Marinha dos E. U. A. antes de Pearl Harbor. A nova Marinha Soviética global excede agora em número as frotas combinadas dos E. U. A. na proporção de dois para um de grandes vasos de combate e de submarinos.”

Sobre as forças terrestres, ele declarou: “A União Soviética pode colocar em campo 168 divisões de combate em contraste com 19 estadunidenses. Eles têm duas vezes mais transportes blindados de tropas, três vezes mais morteiros pesados e peças de artilharia, quatro vezes mais tanques.”

Na profecia bíblica, as potências comunistas estão agora incluídas no que se chama em linguagem simbólica de “rei do norte”. Neste “tempo do fim” em que vivemos agora, segundo diz o Da capítulo 11 do livro bíblico de Daniel, este totalitário “rei do norte” “dará glória ao deus dos baluartes. . . . E agirá com eficiência contra os baluartes mais fortificados”.

Assim, exatamente como predisse a Palavra profética de Deus, esta potência anti-Deus passou a destacar-se em nossos dias, aumentando rapidamente em militarismo científico. E, conforme predisse Daniel, ele tem continuado a “estender a sua mão contra as terras”. Mas a Bíblia mostra que este “rei do norte” será levado ao seu fim, junto com todas as outras potências políticas, na guerra de Deus no Armagedom. — Dan. 11:36 a 12:1; Rev. 16:14-16.

Achadas as Minas de Salomão?

● Nos dias do Rei Davi e do Rei Salomão do antigo Israel, um lugar chamado “Ofir” era a fonte de fabulosas quantidades de ouro. Pensa-se que grande parte do suprimento conhecido de ouro do mundo antigo se tenha originado dali. No livro bíblico Primeiro das Crônicas, capítulo 29, versículo 4, menciona-se que o Rei Davi doou 3.000 talentos de ouro de Ofir ao templo de Jerusalém, uma quantidade cujo valor é hoje calculado em bilhões de cruzeiros. A frota mercante de Salomão trazia regularmente grandes quantidades de ouro de Ofir. (1 Reis 9:26-28) Havia tanto ouro, que se falava da prata como tendo relativamente pouco valor. — 1 Reis 10:21.

Agora, os geólogos dizem que talvez tenham achado a “Mina do Rei Salomão” na Arábia Saudita. Entre Meca e Medina há uma área situada numa região montanhosa, conhecida como “Berço do Ouro”. Os geólogos encontraram ali uma enorme mina de ouro, abandonada. Entre os seus achados há grandes quantidades de entulho, calculadas em milhões de toneladas, que foram abandonadas pelos mineiros antigos e que ainda contêm traços de ouro. Nas encostas da mina acham-se espalhados milhares de martelos de pedra e mós, usados para extrair o ouro do minério. O geólogo Robert W. Luce disse: “Nossas investigações confirmaram agora que a mina antiga pode ter sido tão rica como a descrita nas narrativas bíblicas.”