desrespeitosos. Por certo, isto não significa atribuir-lhes a devida honra.

Mostrar honra aos pais também significa ser obediente a eles. Por que deviam os filhos honrar e obedecer aos pais? Por mais de um bom motivo.

É jovem? Então, primeiro de tudo, deve honrar e obedecer a seus pais porque Jeová Deus, seu Criador lhe ordena que o faça. Suas ordens são tanto justas como sábias. Isso, por si, já é razão suficiente, com efeito, o motivo maior pelo qual deve obedecer a seus pais. — Pro. 6:20; Col. 3:20.

Deve também honrar e obedecer a seus pais porque lhes deve isso. Trouxeram-lhe ao mundo. Se não tivessem sido pessoas piedosas, poderiam ter varrido sua existência por um aborto ou o abandonado num asilo de crianças enjeitadas. Não, mas eles o criaram, alimentaram e vestiram, cuidaram de você quando estava doente e lhe proveram uma educação. Visto que fizeram tudo isto, não lhes deve gratidão? Se é grato e apreciativo, mostrará isso por honrá-los e obedecer a eles.

Ademais, é em seus melhores interesses honrar e obedecer a seus pais. Isto é indicado pelas próprias palavras do Quinto Mandamento, a saber, “a fim de que os teus dias se prolonguem sobre o solo que Jeová, teu Deus, te dá”. Deus promete um novo sistema de coisas em que “não haverá mais morte”. Para habilitar-se à vida nesse novo sistema, os jovens têm de obedecer aos pais. — Rev. 21:3, 4.

Outrossim, qual jovem, não atingiu a madureza; falta-lhe sabedoria e experiência. Têm desejos, impulsos e instintos fortes. Talvez ache que é muito vivo quanto a certos assuntos, mas talvez nem sempre avalie tudo que está envolvido. Não que seus pais sejam perfeitos, mas têm mais sabedoria e experiência.

Lembre-se, logo depois do Dilúvio, Deus disse que “a inclinação do coração do homem é má desde a sua mocidade”. (Gên. 8:21) Sem treino, sem disciplina, tenderá a errar. Seus pais podem ver as coisas que lhe atingem de modo mais racional do que você, e eles o amam. Seu juízo ficará, mais provavelmente, anuviado pelas emoções. Como adolescente, talvez queira “namorar firme” alguém do sexo oposto, não avaliando os perigos para a sua moral que estão associados a tal proceder. Daí, então, isso poderia levar ao casamento. Está apto a assumir as responsabilidades do estado de casado, tais como sustentar mulher e filhos?

Além disso, aprender a honrar e a obedecer a seus pais é bom treino para você. Fazer isso tornará mais fácil para você obedecer a seus professores e se dar bem com outros na escola. Será assim ajudado a avaliar a necessidade de obedecer às leis do trânsito e aos policiais, e, assim, a evitar meter-se em dificuldades. Conforme disse certa vez famoso autor estadunidense, a razão de os jovens se meterem em encrencas com a polícia é que os policiais são os primeiros a dizer Não a eles e realmente querem dizer isso. E, por aprender a respeitar a autoridade, a honrar e obedecer a seus pais, terá mais probabilidades de respeitar e obedecer a seu patrão quando conseguir um emprego. Na verdade, há motivos fortes e imperiosos pelos quais deve aprender a honrar e a obedecer a seus pais.

O apóstolo Paulo diz que os filhos devem obedecer aos pais “em união com o Senhor”. O que dizer, porém, dos filhos que são cristãos dedicados e que têm pais que não estão “em união com o Senhor”, que são descrentes? Devem também obedecer a seus pais? Deveras que sim. Visto que a Palavra de Deus mostra que as esposas crentes têm de obedecer a seus maridos descrentes, os filhos crentes têm também de ser obedientes aos pais descrentes. A única exceção seria se os pais descrentes exigissem que os filhos crentes fizessem algo tal como roubar, mentir, empenhar-se em jogatina ou em um ato de apostasia, que viole a lei de Deus. Então, os filhos se recusariam a obedecer aos pais à base de que “temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens”. — Atos 5:29; 1 Ped. 3:1-6.

Mas, o que dizer dos filhos já crescidos, que são legalmente maiores de idade e talvez tenham seus próprios filhos? Ainda são obrigados a honrar seus pais, muito embora não morem com eles? Sim, ainda devem atribuir-lhes honra e respeito. Se não estiverem mais na casa paterna, estão em condições de fazer suas próprias decisões, mas ainda deveriam tratar seus pais com estima, honra, consideração e amor.

Bem recentemente, ouviu-se uma testemunha de Jeová adolescente, muito feliz, que acabara de terminar o ginásio, comentar: “Acho que tenho os pais mais maravilhosos de todo o mundo.” Tal gratidão é o que os pais deveriam poder esperar, se ensinarem seus filhos a honrá-los e a obedecê-los, e, naturalmente, derem a eles um exemplo correto.

Itens Noticiosos

O Mundo em Guerra

◆ Dependendo da maneira de se contar as guerras, pelo menos 30 conflitos dignos de serem chamados de guerra estão em progresso atualmente, declarou o Cel. R. D. Heinl Jr. E têm havido mais de 50 conflitos internacionais de monta desde 1945, mas até agora a hipotética “Terceira Guerra Mundial” não aconteceu. No presente, os homens travam outro tipo de guerra — guerra de guerrilhas, insurreição, guerra revolucionária, “guerra de libertação nacional”, conforme a chamou o ex-governante russo, N. Khrushchev. Este, declarou o Cel. Heinl, é provavelmente o mais significativo fenômeno político-militar de nosso século. Os franceses simplesmente o chamam de “Guerra Moderna”. Dentre uns 250 casos registrados de insurreição revolucionária desde a aurora da História, quase cem ocorreram neste século, dois terços deles desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O que se deve admitir, disse Heinl, é que não há paz em nosso tempo.

Problemas Sexuais e o Celibato

◆ Uma notícia publicada de São Francisco, Califórnia, dizia que um estudo de 280 freiras e sacerdotes católico-romanos sob cuidados psiquiátricos revelou significativo desajuste sexual, possivelmente devido à tensão dos votos de celibato. O Dr. Robert J. McAllister relatou em maio de 1970 que 75 por cento das 80 freiras e sacerdotes estudados, que eram pacientes externos, “estavam envolvidos em comportamentos sexuais conflitantes” — incluindo masturbação crônica, relações sexuais com membros do sexo oposto e atividade homossexual. Dos 200 estudados em hospitais, declarou, 36 por cento estavam envolvidos em comportamento sexual similar. O comportamento homossexual era o desajuste mais freqüente, sendo que 17 por cento dos sacerdotes hospitalizados e 12 por cento das freiras hospitalizadas tinham histórias de comportamento homossexual, bem como 28 por cento dos sacerdotes que eram pacientes externos e 28 por cento das freiras que eram pacientes externas.

“Grande Tragédia do Homem” — a Rivalidade

◆ A evidência do fracasso do homem em beneficiar todos os homens se encontra em toda a parte. O fantasma da guerra o assombra. A superpopulação, a pobreza e a poluição são lembretes de seu fracasso. O Dr. Hugh L. Keenleyside, reitor da Universidade Notre Dame, em Nelson, na Colúmbia Britânica, Canadá e ex-chefe da administração de assistência técnica das Nações Unidas, disse que a maior tragédia do homem é que baseia sua sociedade na rivalidade competitiva antes que na associação cooperativa. “Todos os governos do mundo juntos gastam menos dinheiro em buscar a paz através das Nações Unidas do que a cidade de Nova Iorque gasta em seus malogrados esforços de remover o seu lixo”, afirmou.

Negócios da Igreja

◆ O Ex-comissário da Renda Interna, Mortimer M. Caplin, num depoimento perante a Comissão de Recursos Orçamentários da Câmara dos Deputados dos EUA, em 1969, declarou: “Várias igrejas ingressaram nos empreendimentos comerciais ativos e agressivos. Uma, por exemplo, tornou-se distribuidora atacadista de discos populares. Outra adquiriu pelo menos sete fábricas de roupas e trajes esportivos. Uma terceira fabrica lares móveis e opera uma empresa perfuradora. Outras dirigem negócios imobiliários, fornecem instalações para armazenagem de petróleo e empreendem ampla gama de indústrias.” As igrejas se empenham numa atordoante variedade de atividades, que vão desde a fabricação de vinho até um rinque de patinação, ginásio de esportes e pistas de boliche batistas. Seus negócios