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A que se atribuem as variações de raça?Despertai! — 1973 | 22 de agosto
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sua mãe, grandemente determinado pelo próprio ambiente dela, começa a influir na mente e no corpo da criança. Daí, desde o momento em que a criança nasce, vê-se mergulhada num modo de vida constituído das vistas, dos sons, cheiros e clima locais, bem como “maneiras peculiares” de fazer as coisas.
Por exemplo, os esquimós criaram roupas especialmente pesadas, também habitações que os protegem de temperaturas abaixo de zero. Ademais, com o tempo, surgiu incalculável familiaridade com a geografia do ártico e dos modos de agir dos animais que fornecem aos esquimós muitas das necessidades da vida.
Mas, não são os esquimós protegidos do frio por um metabolismo mais alto herdado? Não. Ao passo que o metabolismo dos esquimós é às vezes cerca de um terço mais alto do que o dos estranhos que chegam a seus ambientes frios, não é herdado, mas tem origem dietética. Removendo-se sua usual dieta de elevadas proteínas de carne, a taxa metabólica dos esquimós cai em questão de dias.
A respeito desta e de outras aparentemente “inatas” adaptações, os evolucionistas J. F. Downs e H. K. Bleibtreu declaram em Human Variation (Variação Humana; 1969):
“Podemos ver que os esquimós desenvolveram muitos instrumentos culturais para lidar com o frio . . . Seu nariz estreito, e o de certos povos vizinhos da Sibéria, tem sido chamado de adaptação que o ajuda a evitar aspirar grandes quantidades de ar frio nos seus pulmões. O fato de que alguns povos vivem em climas igualmente frios sem esta característica sugere que sua importância adaptava é apenas uma suposição. Similarmente, o amplo nariz que amiúde encontramos na África, na Austrália e na Nova Guiné, segundo se afirma, é um instrumento que resfria o ar; mas grande parte da Austrália, é muitíssimo fria à noite e os altiplanos da Nova Guiné jamais são excessivamente quentes. Na África, uma vez deixemos de lado os estereótipos, encontramos grande variedade de larguras de narizes . . . Falando-se em geral, as adaptações biológicas ao frio não são então bem entendidas e parecem ser, onde realmente existem, ajustes fisiológicos de curta duração — e não alterações genéticas evoluídas por meio da seleção natural.” — Páginas 201-203.
Mas, o que dizer da cor da pele? Não resultou isto da evolução, de modo que o homem negro, por exemplo, acha-se melhor adaptado para os trópicos? Note a resposta do biólogo de Londres, Alex Comfort:
“Talvez suponhamos que a cor da pele seja ou tenha sido adaptativa, mas permanece o fato que, salvo por aqueles indivíduos brancos que se queimam sem se bronzear, nenhuma raça parece ter nítida vantagem ou desvantagem hoje por motivo da cor em seus encontros com o calor ou a luz solar. A única exceção é na resistência ligeiramente superior ao câncer da pele que se observa nos povos de pele escura nas partes do corpo expostas ao sol. À parte disto e do fato de que não sofrem queimaduras do sol, os negros não dispõem de qualquer outra grande vantagem em suportar o calor, em comparação com os homens brancos adaptados.”
No entanto, as pessoas de pele branca, recém-chegadas nos trópicos, amiúde têm problemas por causa das formas incomuns de vida e de uma variedade de doenças ali. Os nativos, por outro lado, cabalmente adaptados a este modo de vida, podem vicejar.
O Propósito de Deus e as Raças dos Homens
Por certo, Jeová, o Criador do homem, conhece a maravilhosa genética e o potencial cultural do homem. Originalmente propôs que os homens se ramificassem e enchessem a terra. Quando os homens, contrário a Seu decreto expresso, procuraram concentrar-se em torno da torre de Babel, Deus confundiu sua linguagem e foram espalhados de qualquer forma pela terra. — Gên. 9:1, 2; 11:1-9.
Portanto, à medida que os homens se espalharam e, em certos casos, foram isolados uns dos outros, surgiram as diferenças devido à genética. Mas, a capacidade do homem de ser educado para com seu ambiente, sua adaptabilidade cultural, o habilitaram a estabelecer-se virtualmente em qualquer parte da terra.
Também, graças à grandiosa providência de Deus, para onde quer que tais “raças” foram, com o tempo aprenderam sobre o propósito de Deus para o homem. Como resume o apóstolo Paulo:
“[Deus] fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra, e decretou as épocas designadas e os limites fixos da morada dos homens, para buscarem a Deus.” — Atos 17:26, 27.
Atualmente, os homens que ‘buscam a Deus’ em cerca de 208 terras e ilhas do mar estão aprendendo o Seu propósito com as testemunhas de Jeová. Já ouviu falar de sua genuína fraternidade cristã internacional? E da ausência entre elas de discriminação racial? Permita que lhe mostrem como colocar-se entre a “grande multidão, que ninguém podia contar, de toda raça, e tribo, e língua . . . [bradando em alta voz:] ‘A salvação pertence a nosso Deus que está sentado no trono e ao cordeiro.’” — Rev. 7:9, tradução de Byington, em inglês.
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O que significa ser enfermeiraDespertai! — 1973 | 22 de agosto
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O que significa ser enfermeira
Conforme narrado a um escritor da equipe editorial de “Despertai!”
NASCI na Jamaica, nas Índias Ocidentais, e iniciei minha carreira de enfermeira ali em fins da década de 1940, quando ainda era adolescente. Assim, por vinte e quatro anos eu tenho trabalhado como enfermeira, tanto na Jamaica como nos Estados Unidos.
Tenho cuidado de milhares de pacientes afligidos com praticamente toda moléstia e doença imagináveis. Já trabalhei na sala de operações, cuidei de vítimas de acidentes dilaceradas e despedaçadas, confortei moribundos, e realizei dezenas de outras tarefas de enfermagem. Conheci muitas vezes o que é tristeza e frustração, bem como o júbilo e alegrias, comuns à enfermagem.
Amiúde, têm-me perguntado: “Por que escolheu esta profissão? Eu jamais poderia ser enfermeira.” Ou, talvez se ouça alguém dizer: “A pessoa tem que nascer para ser enfermeira.” Mas, será isso mesmo?
Tarefa Difícil
Como se dá com outros empregos, são necessários considerável instrução e treinamento para se ser uma boa enfermeira. Também é preciso coragem, e real desejo de ajudar as concriaturas humanas. Também é importante manter-se fisicamente apta, devido à pessoa ficar exposta a doenças transmissíveis. Mas, a boa enfermeira em especial terá pena dos pacientes, e dará de si mesma para satisfazer as necessidades deles.
No entanto, é muito mais fácil falar isso do que fazê-lo. Pois a enfermeira talvez tenha, por dias sem fim, semana após semana, de cuidar de pessoas sofredoras ou até moribundas. Isto pode endurecê-la, fazendo com que se torne indiferente às necessidades dos pacientes. Mas, não é preciso que tal aconteça. Há enfermeiras que sentem-se profundamente comovidas com a luta travada por seus pacientes.
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