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A eternidade é o meu alvo no serviço de JeováA Sentinela — 1965 | 15 de setembro
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para a nova ordem de justiça de Deus para ver as injustiças corrigidas permanentemente. Enquanto estivermos no velho sistema de coisas, nós, como cristãos, precisamos obedecer às leis de César, fazendo isso como instrui a Bíblia: “Esteja sujeita às autoridades superiores.” (Rom. 13:1) Embora exista uma divisão de cor no mundo, não há nenhuma entre os servos de Jeová. Isto me foi demonstrado em muitas ocasiões.
MINISTÉRIO EM CAMPOS ESTRANGEIROS
Durante os anos de 1922 a 1937, minhas viagens para a organização do Senhor me levaram a muitos lugares, inclusive ao Panamá, à Costa Rica e à Jamaica. Quando voltei da Jamaica para Nova Iorque, em 1937, o presidente da Sociedade Torre de Vigia me perguntou se tinha objeção a permanecer na Jamaica. Não tinha nenhuma objeção. Onde quer que a organização de Jeová desejasse enviar-me, eu estava disposto a ir. Assim, disse ele: “A próxima vez que o enviar à Jamaica, o irmão ficará por algum tempo.” Revelou, então, que desejava que eu fosse o superintendente da obra da Sociedade ali, por ficar encarregado de sua filial da Jamaica.
Foi em 1938 que fui designado para a ilha da Jamaica. Naquele tempo havia cerca de 390 pessoas que publicavam as boas novas do reino de Deus ali, e estavam organizadas em 53 congregações. Desde aquele tempo até o presente, as congregações têm crescido para 151, com 4.866 pessoas que se associam agora ativamente com elas. Naqueles anos iniciais, não havia muito serviço na filial da Sociedade como há hoje. Assim, meu trabalho consistia principalmente em viajar por toda a ilha com um carro-sonoro que transmitia discursos bíblicos gravados e também em dar discursos bíblicos às noitinhas.
Não muito depois de eu chegar à Jamaica, foi proscrita a importação das publicações da Sociedade Torre de Vigia, como resultado de pressão dos clérigos opostos a nós sobre os líderes políticos. Empregamos os bons serviços do Ministério de Terras, no esforço de conseguir acabar com a proscrição. Ele me disse: “Quando eu li sua correspondência dirigida ao governador, tornei-me muito interessado em seu caso.” Disse mais que faria o melhor que pudesse para levar o caso perante a Câmara de Deputados, no esforço de remover a proscrição. Fez isto, mas algum tempo se passou antes que o ouvimos de novo. No ínterim, tivemos de realizar nosso ministério com as publicações bíblicas que ainda dispunha-mos.
Apesar do esforço de nossos inimigos para impedir-nos de receber publicações bíblicas, Jeová providenciou que recebêssemos um exemplar de cada número da revista A Sentinela. Às vezes, era copiado à mão e nos era enviado como carta pessoal. Tínhamos um mimeógrafo que usávamos para fazer cópias daquele único exemplar. Desta forma, pudemos suprir as congregações do povo de Jeová na Jamaica de exemplares daquela publicação oficial da Sociedade Torre de Vigia. Jamais perderam um número sequer.
O governo se apoderou apenas de certas publicações que tínhamos, permitindo-nos ficar com outras. Estas, usamos para nossa obra ministerial, fazendo que o suprimento durasse tanto quanto possível. Quando estava quase terminado, o governo retirou a proscrição que fora imposta injustamente às nossas publicações, e devolveram-nos as publicações que haviam tomado. Muito do que foi devolvido não podia ser usado, por causa de estar ensopado de água ou danificado por cupim. Mas, depois disso, não tivemos mais dificuldades em receber suprimentos de publicações bíblicas da sede da Sociedade, para distribuição ao povo que ama a Bíblia na Jamaica.
Por causa de minha saúde e força diminuírem, foi necessário em 1946 que alguém mais jovem e mais forte assumisse a responsabilidade de servo da filial na Jamaica. Foi-me oferecida a escolha de voltar aos Estados Unidos para morar com meus filhos ou continuar a viver na sede da Sociedade na Jamaica, onde poderia fazer qualquer serviço que minha saúde permitisse. Visto que minha designação era a Jamaica, preferi permanecer aqui. Naquela época tinha setenta e cinco anos de idade. Agora tenho noventa e três.
Minha atividade no serviço de Jeová tem sido impedida pela saúde ruim e pela idade, mas, com tudo isso, ainda tenho prazer em viver na sede da Sociedade aqui na Jamaica. Meu quarto dista apenas alguns passos do Salão do Reino, no edifício em que se situa a filial, tornando possível que eu assista a todas as reuniões da congregação que se reúne aqui. Minha vista ainda está boa, permitindo-me ler todas as publicações da Sociedade e regozijar-me com as verdades que contêm, que apelam para a inteligência do homem, bem como para o coração. Uso toda oportunidade para falar sobre os propósitos de Jeová e as verdades de sua Palavra a meus visitantes e por meio de correspondência. Sinto-me muito feliz de terminar os meus dias na terra em minha designação estrangeira e ainda no serviço de tempo integral de Jeová.
Sou praticamente um homem jovem agora, porque, se se realizarem as minhas esperanças, terei uma eternidade de vida no futuro. Por tal razão, conto estes noventa e três anos como sendo apenas o começo de minha vida. Gastar todo o meu tempo no serviço de Jeová tem sido a alegria da minha vida, e aguardo ansiosamente continuar a fazê-lo pela eternidade, em associação com Jesus Cristo e seus “santos na luz”. — Col. 1:12.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1965 | 15 de setembro
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Perguntas dos Leitores
● Às vezes em suas publicações, os senhores põem em letras iniciais maiúsculas os pronomes pessoais que se referem a Jeová Deus e a Cristo Jesus, mas, em geral, não fazem isso. Por que não?
O costume de alguns que colocam em letra Inicial maiúscula todos os pronomes pessoais que se referem a Jeová e a Cristo parece ser apenas questão de preferência ou estilo e não algo que se torne obrigatório por qualquer principio da Palavra de Deus. O modo de louvar e honrar a Jeová e a Cristo não é de simplesmente pôr em iniciais maiúsculas os pronomes pessoais que se refiram a eles, mas é pelo estudo e serviço, pela obediência e a pregação. Nos mais antigos manuscritos bíblicos disponíveis todas as letras são iguais. As iniciais maiúsculas são de origem relativamente recente. Diz Sir Frederic Kenyon em seu livro Textual Criticism of the New Testament (Critica Textual do Novo Testamento), páginas 19, 20, 25: “As iniciais maiúsculas, que são ocasionalmente usadas em documentos comerciais para assinalar o começo duma cláusula, não ocorrem em papiros literários . . . “É interessante notar que nem mesmo os tradutores da respeitável Versão Rei Jaime ou Autorizada puseram sempre em iniciais maiúsculas os pronomes pessoais que se referem a Jeová e Cristo. — Veja-se Gênesis 15:4-13; João 1:1-4.
É nossa diretriz colocar em letras minúsculas os pronomes que se referem a Jeová Deus e a Jesus Cristo em todas as nossas publicações, com a exceção de se usarem as iniciais maiúsculas quando outros pronomes na sentença talvez tornem duvidoso o significado. Se, por exemplo, tanto Jeová como Jeremias forem mencionados numa sentença e então, nessa sentença, ocorrer o pronome “ele”, colocar-se-ia o “e” em letra maiúscula se o pronome se referisse a Jeová, e seria deixado em minúscula se se referisse a Jeremias.
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