grandeza sacerdotal, no entanto, é suplantada por Aquele a quem ele prefigurou, o ressuscitado e glorificado Jesus Cristo, que entrou na presença santa do próprio Jeová Deus com o valor de um sacrifício muito maior do que qualquer coisa que o Rei-Sacerdote Melquisedeque de Salém pudesse ter oferecido. — Hebreus 7:1-8:2.

14. Tem o Melquisedeque Maior autorizado o clero da cristandade a participar nas aventuras militares das chamadas nações cristãs?

¹⁴ O sacerdote régio Melquisedeque abençoou um guerreiro, o vitorioso Abraão. Mas, que dizer do Melquisedeque Maior, o Fundador do cristianismo verdadeiro? O clero da cristandade afirma representar a Jesus Cristo ao abençoar os exércitos das chamadas nações cristãs e orar por elas. Mas, será que o Sumo Sacerdote de Jeová no céu tem apoiado os clérigos da cristandade ao assim agirem? Será que ele dessa maneira aceitou a responsabilidade por todo o derramamento de sangue que tem ocorrido durante a chamada Era Cristã, incluindo o da Primeira e da Segunda Guerra Mundial? Absolutamente não! Ele jamais autorizou seus discípulos verdadeiros a fazerem parte deste mundo e a participar de seu militarismo derramador de sangue.

O Deus Guerreiro Faz Para Si um Belo Nome

15, 16. O que fez Jeová para si mesmo quando lutou em favor de seu povo a fim de libertá-lo do Egito?

¹⁵ Neemias 9:10 refere-se à libertação das 12 tribos de Israel do Egito, feita por Jeová, dizendo: “Deste então sinais e milagres contra Faraó e todos os seus servos, e todo o povo da sua terra, pois sabias que agiram presunçosamente contra [eles, os israelitas]; e passaste a fazer para ti um nome como no dia de hoje.” — Compare com Êxodo 14:18.

¹⁶ O profeta Isaías refere-se à qualidade desse nome ao referir-se a Jeová como “Aquele que fez o Seu belo braço ir à direita de Moisés; Aquele que partiu as águas diante deles, a fim de fazer para si um nome de duração indefinida”. E, dirigindo-se a Jeová, ele diz: “Assim conduziste o teu povo, a fim de fazer para ti mesmo um belo nome.” (Isaías 63:12-14) Num apelo a Jeová para que agisse de novo em favor de Seu povo, Daniel dirigiu-se a ele como “tu que fizeste teu povo sair da terra do Egito por mão forte e passaste a fazer um nome para ti mesmo, como no dia de hoje”. — Daniel 9:15; Jeremias 32:20.

17. A quem enviará Jeová para lutar em seu nome, e, assim, o que mostrará ele a todas as nações da atualidade?

¹⁷ No devido tempo, Jeová Deus fará com que Jesus Cristo, o Melquisedeque Maior, passe a agir como poderoso guerreiro. Por meio dele, Jeová fará para si um nome que suplantará a tudo no passado, conforme descrito no livro das Guerras de Jeová ou nas Escrituras Hebraicas da Bíblia Sagrada. No último capítulo do penúltimo livro das Escrituras Hebraicas, prediz-se um ataque internacional contra Jerusalém. Daí, segundo Zacarias 14:3, “Jeová há de sair e guerrear contra essas nações como no dia em que guerreia, no dia da peleja”. Assim, o Deus da Bíblia mostrará a todas as nações da atualidade que ele ainda é o mesmo Deus guerreiro dos dias do antigo Israel.

18, 19. Que Jerusalém será alvo de um ataque total da parte das nações?

¹⁸ Isto é ainda um acontecimento futuro. Mas, que Jerusalém sofrerá tal ataque total? Essa profecia não se cumpriu na Jerusalém dos dias de Zacarias. Aquela cidade foi destruída pelos exércitos de Roma em 70 EC. No entanto, Jerusalém foi reconstruída, e hoje ela é considerada sagrada pela cristandade, bem como pela nação carnal de Israel. Na guerra dos seis dias, de 1967, o Israel carnal apoderou-se de toda a Jerusalém terrestre reconstruída. Contudo, não há nenhuma sombra de evidência de que Jeová Deus tivesse tomado parte naquela luta. Seu Rei entronizado, Jesus Cristo, não reina na Jerusalém terrestre, e ela não é mais “a cidade do grande Rei”, isto é, Jeová. — Mateus 5:35.

¹⁹ Não, essa capital oficial do membro judaico das Nações Unidas não é a Jerusalém mencionada na profecia de Zacarias. Em vez disso, Zacarias refere-se à Jerusalém sobre a qual se lê no livro de Hebreus. Ali, Paulo dirige-se a cristãos ungidos e diz: “Vós vos chegastes a um Monte Sião e a uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial, e a miríades de anjos.” (Hebreus 12:22) Esta Jerusalém celestial não é outra coisa senão o Reino Messiânico de Deus, representado hoje na terra por um pequeno grupo de cristãos ungidos que prezam grandemente a esperança de serem co-regentes de Jesus Cristo naquele Reino. Estes serão o alvo do predito ataque.

20. Visando firmá-lo, que palavras proferiu o rei Ezequias a seu povo ameaçado, e nas palavras de que Rei maior do que Ezequias se firmam hoje as Testemunhas de Jeová?

²⁰ Mas eles, e também os da grande multidão de cristãos com esperança terrestre, que têm saído de todas as nações para juntar-se a eles na adoração pura, não precisam temer o desfecho desse ataque. Quando os aterrorizantes exércitos de Senaqueribe, rei da Assíria, vieram contra Jerusalém durante o reinado do rei Ezequias, os israelitas em perigo receberam uma tranqüilizadora visão da situação quando o rei Ezequias lhes disse: “Com ele há um braço de carne, mas conosco está Jeová, nosso Deus, para nos ajudar e para travar as nossas batalhas.” O resultado foi que “o povo começou a firmar-se nas palavras de Ezequias, o rei de Judá”. (2 Crônicas 32:8) As Testemunhas de Jeová da atualidade, quando ameaçadas pelas forças nacionais deste sistema mundial, podem firmar-se nas palavras similares de um rei maior do que Ezequias, Jesus Cristo.

21. (a) Por que as palavras de Jaaziel virão à lembrança no vindouro ataque contra a Jerusalém celestial? (b) Qual será o desfecho da batalha que se travará?

²¹ Naquele tempo, virão à lembrança as palavras que infundem fé, proferidas por Jaaziel, o levita: “Não tereis de lutar neste caso. Tomai a vossa posição, ficai parados e vede a salvação da parte de Jeová a vosso favor. Ó Judá e Jerusalém, não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados. Saí amanhã contra eles e Jeová será convosco.” (2 Crônicas 20:17) Sim, durante todo aquele tempo de perigo, Jeová estará com o seu povo. A segurança e a preservação deles dependerá de Ele lutar por eles. E ele deveras lutará, por meio de seu Rei guerreiro, Jesus Cristo! O resultado? A aniquilação total da organização visível do Diabo na terra. — Revelação (Apocalipse) 19:11-21.

22. (a) Qual será a triunfante conclusão do livro das Guerras de Jeová e, assim, o que fará Jeová para si? (b) O que os amantes do nome de Jeová sentir-se-ão movidos a fazer em razão de Sua vitória?

²² Que belo nome Deus fará para si por meio de sua imponente vitória nessa “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon! (Revelação 16:14, 16) Como que um novo capítulo será acrescentado ao livro das Guerras de Jeová. Será uma triunfante conclusão, um grandioso final com respeito a este sistema de coisas. O inteiro livro mostrará que o Todo-poderoso Deus jamais perdeu uma batalha. Quão jubilantemente os amantes do nome de Jeová o louvarão depois disso! Daí, de fato, o último versículo do livro dos Salmos será grandiosamente posto em prática: “Toda coisa que respira — louve ela a Jah. Louvai a Jah!” — Salmo 150:6.

Perguntas Para Recapitulação

◻ O que as pessoas da atualidade pouco se apercebem a respeito do Deus da Bíblia, Jeová?

◻ Que guerra travou Abraão, e quem lhe deu a vitória?

◻ O que é o “livro das Guerras de Jeová”?

◻ Qual será o grandioso final do “livro das Guerras de Jeová”, e em que resultará?

A questão universal será definitivamente resolvida

“O próprio Jeová, à tua direita, há de despedaçar reis no dia da sua ira.” — Salmo 110:5.

1, 2. No ano 70 EC, que evento talvez tenha lançado dúvidas sobre a universalidade da soberania de Jeová Deus, mas, naquele tempo, para quem havia voltado o Seu favor?

A SOBERANIA universal do Criador do céu e da terra é a mais importante questão diante de homens e de anjos. Em breve, essa questão será resolvida de uma vez por todas, mas, há muitos séculos os inimigos de Jeová têm desafiado a Sua soberania. De fato, a destruição da cidade de Jerusalém e de seu templo dedicado a Jeová, em 70 EC, talvez tenha lançado dúvidas sobre a universalidade da soberania do Criador. Não obstante, havia uma razão válida para que Jeová preferisse então não ser um Deus guerreiro a favor do Israel carnal.

² Qual era essa razão? Naquela época, Jeová Deus havia voltado o seu favor para uma nova nação, um Israel espiritual, “o Israel de Deus”, como o apóstolo Paulo chama a congregação de Jesus Cristo. (Gálatas 6:16) Mas, até os dias de hoje, durante toda a chamada Era Cristã, Jeová não tem lutado em favor do Israel espiritual como Deus guerreiro, como costumava lutar em favor do Israel natural sob o pacto da Lei mosaica. Até mesmo permitiu que soldados romanos, instigados pelos judeus, matassem Jesus Cristo numa estaca de tortura no Calvário. Isto se deu 37 anos antes da segunda destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 EC.

3, 4. Dos dias de Moisés aos do rei Ezequias, de que modo Deus mostrou ser um guerreiro, mas, no caso dos israelitas espirituais, qual tem sido a realidade quanto ao lutar, da parte de Deus e dos israelitas espirituais?

³ Desde os dias do profeta Moisés até o reinado do rei Ezequias, de Jerusalém, Jeová Deus lutou milagrosamente em favor da nação de Israel, e os israelitas lutaram sob o Seu comando com armas mortíferas. (Deuteronômio 1:30; 3:22; 20:3, 4; Josué 10:42) Mas, não tem sido assim no caso do Israel espiritual! Desde que Jesus morreu, fora de Jerusalém, e ao longo de toda a nossa Era Comum, esse Deus guerreiro tem preferido não lutar em guerra física em favor do Israel de Deus. Concordemente, ele não autorizou