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  • João
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ele parece deixar Pedro assumir a liderança em falar, quando juntos.

      É verdade que, quando Pedro e João estavam juntos, Pedro é sempre destacado como o porta-voz. Isto seria natural, contudo, pois Pedro era, evidentemente, o mais velho, e João deixaria que ele tomasse a liderança em falar, assim como lhe fora ensinado, pelas Escrituras Hebraicas, a respeitar aqueles que eram seus seniores, e como aconselham também as Escrituras Gregas Cristãs. (Jó 32:4-7; 1 Tim. 5:17) Mas os relatos não afirmam que João fosse caladão. Antes, quando estavam perante os regentes e os anciãos, tanto Pedro como João falaram com destemor. (Atos 4:13, 19) Semelhantemente, João falou de modo intrépido, assim como os demais apóstolos, perante o Sinédrio, embora Pedro seja nominal e especificamente mencionado. (Atos 5:29) E, quanto a ser um tipo enérgico, ativo, não ultrapassou ele a Pedro na corrida para chegarem ao túmulo de Jesus? Mas, ele mostrou cortesia e respeito para com Pedro, que era um irmão cristão mais velho, ao esperar que Pedro entrasse primeiro no túmulo de Jesus. — João 20:2-8.

      No começo do ministério deles como apóstolos, Jesus deu o sobrenome de Boanerges (“Filhos do Trovão”) a João e seu irmão Tiago. (Mar. 3:17) Este título por certo não indica nenhum sentimentalismo piegas, nem falta de vigor, antes, porém, o dinamismo de personalidade. Quando um povoado samaritano recusou-se a receber Jesus, estes “Filhos do Trovão” estavam prontos a invocar o fogo do céu para aniquilar seus habitantes. Anteriormente, João tentara impedir que certo homem expulsasse demônios em nome de Jesus. Jesus repreendeu-o e corrigiu-o em cada caso. — Luc. 9:49-56.

      Os dois irmãos, nessas ocasiões, mostraram entendimento errado, e, em grande medida, faltava-lhes o equilíbrio, e o espírito amoroso e misericordioso que mais tarde cultivaram. Todavia, nessas duas ocasiões manifestaram um espírito de lealdade e uma personalidade decidida e vigorosa que, uma vez canalizada na direção correta, os tornou testemunhas fortes, enérgicas e fiéis. Tiago padeceu a morte de mártir às mãos de Herodes Agripa I (Atos 12:1, 2), e João persistiu como pilar, “na tribulação, e no reino, e na perseverança em companhia de Jesus”, como o último apóstolo vivo. — Rev. 1:9.

      Quando Tiago e João, pelo que parece, conseguiram que sua mãe solicitasse que eles se sentassem junto a Cristo em seu reino, eles demonstraram um espírito ambicioso, que deixou indignados os demais apóstolos. Mas isso concedeu a Jesus excelente oportunidade de explicar que o grande entre eles seria aquele que servisse a outros. Daí, apontou que mesmo ele, Jesus, tinha vindo para ministrar e dar sua vida como resgate por muitos. (Mat. 20:20-28; Mar. 10:35-45) Sem considerar quão egoísta era o desejo deles, o incidente revela sua fé na realidade do Reino.

      Por certo, se a personalidade de João tivesse sido conforme pintada pelos comentaristas religiosos — fraca, pouco prática, sem energia, introvertida — Jesus Cristo não o teria provavelmente usado para escrever o livro estimulante e poderoso de Revelação (Apocalipse), em que Cristo repetidas vezes incentiva os cristãos a ser conquistadores do mundo, fala das boas novas a serem pregadas em todo o mundo, e proclama os julgamentos trovejantes de Deus.

      É verdade que João fala do amor mais do que os outros escritores dos Evangelhos. Isto não fornece evidência alguma de qualquer sentimentalismo piegas. Pelo contrário, o amor é uma qualidade forte. A inteira Lei e os Profetas baseavam-se no amor. (Mat. 22:36-40) “O amor nunca falha.” (1 Cor. 13:8) O amor “é o perfeito vínculo de união”. (Col. 3:14) O amor da espécie que João advogava se apega aos princípios e é capaz de dar forte repreensão, correção e disciplina, bem como de mostrar bondade e misericórdia.

      Sempre que ele aparece nos três relatos evangélicos sinópticos, bem como em todos os seus próprios escritos, João sempre manifesta o mesmo amor e a mesma lealdade fortes para com Jesus Cristo e seu Pai, Jeová. A lealdade, e o ódio ao que é mau, são manifestos em suas observações de maus motivos ou de características ruins nas ações de outros. Somente ele nos conta que foi Judas quem murmurou contra o uso, por parte de Maria, de custoso óleo para ungir os pés de Jesus, e a razão da queixa de Judas: porque ele levava a caixa de dinheiro e era ladrão. (João 12:4-6) Ele aponta que Nicodemos veio a Jesus ‘na calada da noite’. (João 3:2) Ele observa a grave falha de José de Arimatéia, que era um “discípulo de Jesus, mas em secreto, por temor dos judeus”. (João 19:38) João não podia admitir que alguém professasse ser discípulo de seu Mestre e, ainda assim, se envergonhasse disso.

      João já tinha cultivado os frutos do espírito em um grau muito maior, quando escreveu seu Evangelho e suas cartas, do que quando era um jovem recém-associado com Jesus. Certamente não era a mesma pessoa que havia solicitado um lugar especial no Reino. E, em seus escritos, podemos encontrar a expressão de sua madureza e de seus bons conselhos para nos ajudar a imitar seu proceder fiel, leal, enérgico.

  • João, As Boas Novas Segundo
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • JOÃO, AS BOAS NOVAS SEGUNDO

      Um dos quatro relatos da vida e do ministério terrestres de Jesus Cristo, e o último a ser escrito.

      ESCRITOR

      Embora o livro não forneça o nome do seu escritor, tem sido quase que universalmente reconhecido que foi escrito pela pena do apóstolo João. A evidência interna inclui o seguinte:

      (a) O escritor do livro era evidentemente judeu, conforme indicado por sua familiaridade com as opiniões judaicas. — João 1:21; 6:14; 7:40; 12:34.

      (b) Era um habitante nativo da terra da Palestina, conforme indicado por seu conhecimento cabal do país. Os pormenores mencionados a respeito de lugares citados indicam conhecimento pessoal deles. Entre estes acham-se: “Betânia, do outro lado do Jordão” (João 1:28) e ‘Betânia, perto de Jerusalém’ (11:18); havia um jardim no local onde Cristo foi pregado na estaca, e nele havia um túmulo memorial novo (19:41); Jesus ‘falou na tesouraria, ao ensinar no templo’ (8:20); “era inverno, e Jesus estava andando no templo, na colunata de Salomão” (10:22, 23), e muitas outras descrições exatas.

      (c) O próprio testemunho do escritor, e a evidência factual mostram que se tratava duma testemunha ocular. Cita os nomes das pessoas que disseram ou fizeram certas coisas (João 1:40; 6:5, 7; 12:21; 14:5, 8, 22; 18:10); entra em pormenores quanto às horas em que se sucederam os eventos (4:6, 52; 6:16; 13:30; 18:28; 19:14; 20:1; 21:4); designa, de modo factual, os números envolvidos em suas descrições, fazendo isso com simplicidade. — 1:35; 2:6; 4:18; 5:5; 6:9, 19; 19:23; 21:8, 11.

      (d) O escritor era um dos apóstolos. Ninguém, a não ser um apóstolo, podia ter sido testemunha ocular de tantos eventos ligados ao ministério de Jesus; também, o conhecimento íntimo da mente, dos sentimentos e das razões de Jesus para ter agido de certa maneira, revela que ele era um do grupo dos doze que acompanhou Jesus por todo o seu ministério. Por exemplo, ele nos conta que Jesus fez uma pergunta a Filipe para prová-lo, “pois ele mesmo sabia o que ia fazer”. (João 6:5, 6) Jesus sabia “em si mesmo que seus discípulos estavam resmungando”. (6: 61) Ele sabia “todas as coisas que lhe sobrevinham”. (18:4) Ele “gemeu no espírito e ficou aflito”. (11:33; compare com 13:21; 2:24; 4:1, 2; 6:15; 7:1.) O escritor também estava familiarizado com as idéias e as impressões dos apóstolos, algumas das quais eram erradas e foram corrigidas posteriormente. — 2:21, 22; 11:13; 12:16; 13:28; 20:9; 21:4.

      Além disso, o escritor é mencionado como ‘o discípulo a quem Jesus amava’. (João 21:20, 24) Ele era, evidentemente, um dos três apóstolos mais íntimos que Jesus mantinha bem perto de si em várias ocasiões, tais como na transfiguração (Mar. 9:2), e na ocasião de sua angústia, no jardim de Getsêmani. (Mar. 26:36, 37) Destes três apóstolos, elimina-se Tiago como escritor por ter sido morto por volta de 44 EC, por Herodes Agripa I. Não existe nenhuma evidência para uma data assim tão cedo para a escrita deste Evangelho. Pedro é eliminado por ter o seu nome mencionado junto com ‘o discípulo a quem Jesus amava’. — João 21:20, 21.

      AUTENTICIDADE

      O Evangelho de João foi aceito como canônico pela primitiva congregação cristã. Aparece em quase todos os catálogos antigos, constando deles como aceito sem questionamentos como autêntico. As epístolas de Inácio de Antioquia (c. 110 EC) contêm claros sinais de que ele usou o Evangelho de João, como também acontece com os escritos de Justino Mártir, uma geração depois. É encontrado em todos os códices mais importantes das Escrituras Gregas Cristãs: Os códices Sinaítico, Vaticano, Alexandrino, Ephraemi, Bezae, Washington e Koridethi, e em todas as versões primitivas. Um fragmento deste Evangelho, contendo parte do capítulo 18 de João, acha-se contido no Papiro John Rylands 457 (P52), da primeira metade do segundo século. Também, partes dos capítulos 10 e 11 são encontradas no Papiro Chester Beatty (P45), e parte do primeiro capítulo no Papiro Bodmer (P66) do início do terceiro século.

      QUANDO E ONDE FOI ESCRITO

      Imagina-se, em geral, que João já tinha sido solto do exílio na ilha de Patmos, e se achava em Éfeso, ou perto dali, cerca de 100 km de Patmos, na ocasião em que escreveu seu Evangelho, por volta de 98 EC. O imperador romano Nerva, 96-98 EC, fez retornar a muitos que tinham sido exilados no fim do reinado de seu predecessor, Domiciano. João poderia estar entre esses. Na Revelação que João recebeu em Patmos, Éfeso era uma das congregações para as quais recebeu ordens de escrever.

      João atingira uma idade bem avançada, tendo provavelmente 90 ou 100 anos quando escreveu seu Evangelho. Sem dúvida estava a par dos outros três relatos da vida e do ministério terrestres de Jesus, também dos Atos dos Apóstolos e das cartas escritas por Paulo, Pedro, Tiago e Judas. Teve oportunidade de ver a doutrina cristã ser plenamente revelada e viu os efeitos da pregação dessa doutrina a todas as nações. Viu também o desenvolvimento do “homem que é contra a lei”. (2 Tes. 2:3) Tinha testemunhado o cumprimento de muitas das profecias de Jesus, notadamente a da destruição de Jerusalém e a do fim daquele sistema judaico de coisas.

      PROPÓSITO DO EVANGELHO DE JOÃO

      João, inspirado por espírito santo, foi seletivo quanto aos eventos que escolheu registrar, pois, como ele mesmo diz: “De certo, Jesus efetuou muitos outros sinais, também diante dos discípulos, os quais não estão escritos neste rolo”, e: “Há, de fato, também muitas outras coisas que Jesus fez, as quais, se alguma vez fossem escritas em todos os pormenores, suponho que o próprio mundo não poderia conter os rolos escritos.” — João 20:30; 21:25.

      Tendo presente estas coisas, João declara seu propósito em escrever as coisas que foi movido por inspiração a redigir, e em que repetiu muito pouco daquilo que já tinha sido escrito antes: “Mas, estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu nome.” — João 20:31.

      João sublinhou que aquilo que escrevera era real, verdadeiro, e que havia realmente ocorrido. (João 1:14; 21:24) Seu Evangelho é valiosa adição ao cânon da Bíblia, como legítima evidência duma testemunha ocular por parte do último apóstolo vivo de Jesus Cristo.

      VALOR

      Em harmonia com a Revelação, em que Jesus Cristo declara que é “o princípio da criação de Deus” (Rev. 3:14), João indica que Este estava com Deus “no princípio”, e que “todas as coisas vieram à existência por intermédio dele”. (João 1:1-3) Em todo o Evangelho, ele sublinha a intimidade deste Filho unigênito de Deus com seu Pai, e cita muitas das declarações de Jesus que revelam tal intimidade. Por todo o livro, deixa-se-nos bem cônscios do relacionamento entre Pai e Filho, a sujeição do Filho e a adoração de Jeová como Deus, pelo seu Filho. (João 20:17) Tal proximidade habilitou o Filho a revelar o Pai como ninguém mais poderia fazê-lo, e como os servos de Deus dos tempos passados jamais imaginaram. E João sublinha o amor afetuoso do Pai pelo Filho, e por aqueles que se tornam filhos de Deus por exercerem fé no Filho.

      Jesus Cristo é apresentado como o canal de Deus para a bênção da humanidade e como a única via de aproximação a Deus. Revela-se Jesus como o único por meio de quem vêm a benignidade imerecida e a verdade (João 1:17), também como “o Cordeiro de Deus” (1:29), o “Filho unigênito de Deus” (3:18), o “noivo” (3:29), “o verdadeiro pão do céu” (6:32), “o pão de Deus” (6:33), “o pão da vida” (6:35), “o pão vivo” (6:51), “a luz do mundo” (8:12), o “Filho do homem” (9:35), “a porta” do aprisco (10:9), “o pastor excelente” (10:11), “a ressurreição e a vida” (11:25), “o caminho, e a verdade, e a vida” (14:6), e “a verdadeira videira”. — 15:1.

      A posição de Jesus Cristo como Rei é destacada (João 1:49; 12:13; 18:33), também sua autoridade como Juiz (5:27), e o poder de ressurreição que lhe foi concedido pelo Pai. (5:28, 29; 11:25) Ele revela o papel de Cristo em enviar o espírito santo como “ajudador”, para atuar como recordador ou lembrador, como testemunha em favor de Jesus, e como instrutor. (14:26; 15:26; 16:14, 15) Mas João não permite que o leitor perca de vista que se trata realmente do espírito de Deus, que emana de Deus e é enviado por Sua autoridade. Jesus deixou claro que o espírito santo não poderia vir em tal qualidade a menos que Jesus fosse para o Pai, que é maior do que ele. (16:7; 14:28) Daí, seus discípulos fariam obras ainda maiores, pois Cristo estaria de novo com o seu Pai, e responderia aos pedidos feitos em seu próprio nome, tudo com a finalidade de glorificar o Pai. — 14: 12-14.

      João também revela Jesus Cristo como o resgate sacrificial pela humanidade. (João 3:16; 15:13) Seu título — “Filho do homem” — nos faz lembrar que está mui intimamente ligado ao homem por se tornar carne, sendo parente próximo do homem, e, por tal motivo, conforme prefigurado na Lei, é o resgatador e o vingador de sangue. (Lev. 25:25; Núm. 35:19) Cristo disse a seus discípulos que o regente deste mundo não tinha nenhum poder sobre ele, mas que havia conquistado o mundo e, como resultado disso, o mundo fora julgado, e seu regente seria lançado fora. (João 12:31; 14:30) Encoraja-se os seguidores de Jesus a conquistar o mundo por se manterem leais e íntegros a Deus, como Jesus o fez. (João 16:33) Isto se harmoniza com a Revelação (Apocalipse) que João recebeu, em que Cristo repete a necessidade de ser conquistador, ou vencedor, e promete ricas recompensas celestes junto com ele aos que estiverem em união com ele. — Rev. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21.

      O TRECHO ESPÚRIO DE JOÃO 7:53 a 8:11

      Estes doze versículos foram obviamente acrescentados ao texto original do Evangelho de João. Não se encontram no Ms. Sinaítico, nem no Ms. Vaticano N.° 1209, embora apareçam no Códice Bezae do século VI, e em manuscritos gregos posteriores. São omitidos, contudo, pela maioria das versões antigas. É evidente que não constituem parte do Evangelho de João. Certo grupo de manuscritos gregos situa tal trecho no fim do Evangelho de João; outro grupo o coloca depois de Lucas 21:38, apoiando a conclusão de que é um texto espúrio e não-inspirado.

      ESBOÇO DO CONTEÚDO

      I. Prólogo: A Palavra se tornou carne e habitou entre os homens (1:1-18)

      A. Estava com Jeová como a primeira das obras criativas de Deus (1:1, 2)

      B. Foi usado por Deus para criar todas as outras coisas (1:3)

      C. Veio ao mundo como sua luz, mas o mundo não o reconheceu nem o aceitou (1:4-10)

      1. Os que o receberam tornaram-se filhos de Deus pela fé (1:11-13)

      2. Os que exerceram fé contemplaram sua glória de Filho unigênito (1:14)

      3. Cheio de benignidade imerecida e de verdade, revelou o Pai, a quem o homem jamais viu (1:15-18)

      II. João, o Batizador, apresenta “o Cordeiro de Deus” aos homens (1:19-42)

      A. João confessa não ser o Cristo, nem Elias (1:19-21)

      B. É aquele que endireita o caminho de Jeová; fala da vinda do maior (1:22-28)

      C. Anuncia Jesus como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (1:29)

      D. Testifica quanto à descida do espírito sobre Jesus no batismo, e prediz batismo em espírito santo por Jesus (1:30-34)

      E. Apresenta certos discípulos seus a Jesus (1:35-42)

      III. Separação das pessoas realizada pela pregação de Jesus: “sinais” e palavras provam que é Filho de Deus; desenvolvimento progressivo dos crentes e endurecimento do coração dos descrentes (1:43 a 12:50)

      A. Filipe e Natanael se tornam discípulos (1:43-51)

      B. Primeiro milagre: transforma água em vinho numa festa de casamento; seus discípulos exercem fé nele (2:1-11)

      C. Por ocasião da celebração da Páscoa (30 EC), expulsa gado e cambistas do templo; fornece aos oponentes “sinal” de erguer o templo (do seu corpo) em três dias (2:12-25)

      D. Explicado a Nicodemos o nascimento da água e do espirito; Filho do homem será erguido como o foi serpente no deserto (3:1-15)

      E. Amor de Deus em dar seu Filho para salvar mundo; descrição do conflito entre luz e escuridão (3:16-21)

      F. Discípulos de Jesus batizam, têm maior aumento que João; João chama a si mesmo de “amigo do noivo”, e a Jesus de “noivo”; dá testemunho da origem e da autoridade de Cristo (3:22 a 4:3)

      G. Jesus se revela à mulher samaritana como possuindo água vitalizadora, acha crentes entre samaritanos, que o reconhecem como o “salvador do mundo” (4:4-42)

      H. É bem acolhido na Galiléia; cura filho do assistente do rei, assistente este que se torna crente (4:43-54)

      I. Possivelmente na época da Páscoa (31 EC), cura homem doente, no sábado; judeus perseguem Jesus; ele os refuta; mostra que Deus é a fonte de seu poder (5:1-24)

      J. Prediz ressurreição dos mortos; descreve poder de julgamento que lhe foi outorgado (5:25-47)

      L. Alimenta milagrosamente multidão de 5.000 homens, com cinco pães e dois peixes, sobrando doze cestos de fragmentos de pão; rejeita esforço da multidão para fazê-lo rei (6:1-15)

      M. À noite, anda sobre a água até barco dos discípulos (6:16-25)

      N. Apresenta-se como pão de Deus, vindo do céu, o pão da vida (6:26-71)

      1. Choca muitos discípulos por declarar que precisam beber seu sangue e comer sua carne para terem vida; muitos se afastam (6:48-66)

      2. Pedro o reconhece como o Santo de Deus (6:67-71)

      O. A “luz” colide com a “escuridão” (7:1 a 9:41)

      1. Os irmãos de Jesus, que ainda não são crentes, falam com ele de modo sarcástico (7:1-9)

      2. Na Festividade dos Tabernáculos, 32 EC, os principais sacerdotes e fariseus procuram oportunidade de apoderar-se de Jesus para matá-lo (7:10-36)

      3. No último dia dessa festividade, Jesus se apresenta aos judeus reunidos como tendo água vitalizadora (referindo-se ao espírito santo) (7:37-44)

      4. Depois que guardas enviados pelos principais sacerdotes e fariseus voltam sem Jesus, Nicodemos fala em favor de Cristo, mas fariseus atacam Jesus num argumento (7:45 a 8:59)

      a. Jesus declara que é “Filho do homem” (compare com Daniel 7:13); mostra que judeus estão em escravidão ao pecado e declara: “Se permanecerdes na minha palavra, . . . conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”

      b. Identifica oponentes farisaicos como não sendo verdadeiros filhos de Abraão, e sim filhos do Diabo; revela o fato real de sua existência pré-humana

      5. No sábado, cura cego de nascença; este homem é perseguido, expulso da sinagoga, torna-se crente; Jesus diz aos fariseus que eles afirmam ver, mas são cegos; por isso, permanece neles o pecado (9:1-41)

      P. O “porteiro”, o “pastor excelente”, o “aprisco” do qual Jesus é a “porta”, o “estranho”, o “ladrão”, as “outras ovelhas” e “um só rebanho, um só pastor” (10:1-21)

      Q. Por ocasião da Festividade da Dedicação (32 EC), Jesus declara que Deus é seu Pai; judeus o acusam de blasfêmia; Jesus vai para o outro lado do Jordão, onde muitos passam a ter fé nele (10:22:42)

      R. Cristo diz: “Eu sou a ressurreição e a vida”; Lázaro é ressuscitado; inimigos de Jesus tentam matá-lo (11:1-57)

      S. Eventos pouco antes da última Páscoa de Jesus (12:1-50)

      1. Em Betânia, Maria, irmã de Lázaro, unge pés de Jesus; principais sacerdotes tramam matar Lázaro, porque muitos passam a ter fé em Jesus por causa dele (12:1-11)

      2. Jesus cavalga para Jerusalém num jumentinho; saudado pela multidão como rei vindo em nome de Jeová (Zac. 9:9) (12:12-19)

      3. Jesus fala de sua morte e glorificação; ouvida a voz de Jeová, em resposta à oração de Jesus; Cristo diz: “Agora há um julgamento deste mundo”; diz que será erguido; atrairá homens a si (12:20-36)

      4. Cumprida profecia de Isaías sobre endurecimento de corações e cegueira dos olhos; Jesus se anuncia como “luz” enviada do Pai, e que fala, não suas próprias palavras, mas os mandamentos do Pai, tais palavras julgarão a cada um (12:37-50)

      IV. Última Páscoa de Jesus, e seus conselhos de despedida aos discípulos (13:1 a 17:26)

      A. Lava pés dos discípulos como exemplo de que discípulos devem servir uns aos outros (13:1-20)

      B. Aplica profecia do Salmo 41:9; despede Judas; profetiza negação da parte de Pedro (13:21-38)

      C. Fala aos discípulos sobre sua ida para preparar moradas celestes para discípulos, e sua volta para recebê-los em casa (14:1-5)

      1. Cristo, a única via de acesso ao Pai; diz: “Quem me tem visto, tem visto . . . o Pai” (14:6-14)

      2. Mostra que amor a ele é expresso por se observar seus mandamentos (14:15-24)

      3. Promete espírito santo como ajudador; Jesus precisa ir para seu Pai, que é maior do que ele (14:25-31)

      D. A verdadeira videira e seus ramos; amor de Cristo por seus discípulos (15:1-16)

      E. Discípulos não são parte do mundo, portanto, odiados pelo mundo (15:17-27)

      F. Ida de Jesus para o Pai será em benefício dos discípulos; ajudador a ser enviado (16:1-33)

      1. Ajudador dará testemunho sobre Cristo, dará evidência quanto ao pecado, à justiça, e dará evidência de que regente do mundo já foi julgado (Compare com 12:31; 14:30.) (16:1-16)

      2. Tudo que for pedido em nome de Cristo será concedido (16:17-28)

      3. Discípulos terão tribulação no mundo, mas devem ficar encorajados, pois Jesus conquistou o mundo (16:29-33)

      G. Jesus ora em favor dos discípulos (17:1-26)

      1. Pede para ser glorificado de novo no céu, como antes (17:1-5)

      2. Tornou manifesto o nome do Pai aos discípulos; reconhece que pertencem ao seu Pai; pede ao Pai que vele por eles e os mantenha unidos (17:6-26)

      V. Cristo é julgado e pregado na estaca (18:1 a 19:42)

      A. Preso no jardim por destacamento de soldados e oficiais (servidores) dos principais sacerdotes e dos fariseus (18:1-9)

      1. Simão Pedro decepa orelha de Malco, escravo do sumo sacerdote (18:10)

      2. Jesus repreende Pedro por ter usado a espada (18:11)

      B. Jesus é amarrado, conduzido perante Anãs, sogro de Caifás, sumo sacerdote (18:12-27)

      1. Jesus é interrogado, esbofeteado, enviado amarrado a Caifás (18:19-24)

      2. Pedro nega três vezes a Cristo (18:15-18, 25-27)

      C. Jesus é conduzido perante Pilatos; Pilatos não acha nenhuma falta nele; manda que judeus o julguem, mas judeus insistem que Jesus é malfeitor e exigem a pena capital por parte da autoridade romana (18:28 a 19:16)

      1. Pilatos interroga Jesus sobre realeza; Jesus responde: “Meu reino não faz parte deste mundo”; Pilatos oferece livrá-lo, mas multidão exige Barrabás, um salteador (18:33-40)

      2. Depois de Jesus ser açoitado, sofrer zombarias e ser maltratado pelos soldados, Pilatos apresenta Jesus como ‘O Homem’, mas judeus bradam: “Para a estaca com ele!” (19:1-7)

      3. Pilatos procura livrar Jesus, mas judeus gritam: “Não és amigo de César”, e: “Não temos rei senão César” (19:8-16)

      D. Jesus leva estaca de tortura até o “Lugar da Caveira” (Gólgota) e é pregado numa estaca entre outros, tendo na estaca o título: “Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus” (19:17-42)

      1. As roupas exteriores de Jesus são divididas entre soldados; sortes lançadas para roupa interior de uma só peça (19:23, 24)

      2. Jesus confia sua mãe aos cuidados do apóstolo João (19:25-27)

      3. Soldados quebram pernas de outros pregados nas estacas, mas Jesus já estava morto, assim suas pernas não são quebradas (Sal. 34:20); soldado fura-lhe o lado com lança; fluem sangue e água (Zac. 12:10) (19:27-37)

      4. José de Arimatéia e Nicodemos preparam o corpo de Jesus, e o sepultam num túmulo novo, perto do local em que foi pregado na estaca (19:38-42)

      VI. Aparecimentos do Cristo ressuscitado (20:1 a 21:25)

      A. Maria Madalena se dirige ao túmulo aberto; volta junto com Pedro e João; verificam que corpo de Jesus desapareceu (20:1-10)

      B. Cristo aparece a Maria, que imagina de início que ele é o jardineiro; ele revela sua identidade e manda-a contar isso aos discípulos (20:11-18)

      C. Cristo aparece aos discípulos, passando por portas trancadas, mostra mãos e lado do corpo; Tomé, que não estivera presente, duvida (20:19-25)

      D. Oito dias depois, ele aparece aos discípulos, inclusive Tomé, que fica satisfeito de ver as marcas dos pregos e o sinal deixado pela lança (20:26-29)

      E. Propósito de João em escrever: para que pessoas creiam que Jesus Cristo é o Filho de Deus e tenham vida (20:30, 31)

      F. Manifesta-se a sete discípulos por fazer com que consigam miraculosamente boa pesca no mar da Galiléia; serve-lhes o desjejum na praia (21:1-25)

      1. Instrui Pedro, por meio de ênfase tripla, a ‘apascentar meus cordeiros’ (21:1-17)

      2. Conta a Pedro a espécie de morte que este terá; faz alusão a que João continuará vivo depois da morte de Pedro (21:18-25)

      Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 185-190.

      [Foto na página 918]

      O Papiro John Rylands 457 (P52) é datado da primeira metade do segundo século EC. Contém no retro (mostrado aqui à esquerda) partes de João 18:31-33, ao passo que o verso (aqui à direita) contém partes de 18:37, 38.

  • João, As Cartas De
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • JOÃO, AS CARTAS DE

      Embora o nome do apóstolo João não apareça em parte alguma destas cartas, os peritos geralmente concordam com o conceito tradicional de que o escritor de As Boas Novas Segundo João e das três cartas intituladas A Primeira, A Segunda e A Terceira de João vieram da mesma pena. Há muitas similaridades entre elas e o quarto Evangelho.

      É bem estabelecida a autenticidade destas cartas. A evidência interna testifica a sua harmonia com o restante das Escrituras. Também, muitos escritores primitivos dão testemunho de sua genuinidade. Policarpo parece citar 1 João 4:3; Eusébio disse que Pápias testemunhou quanto à primeira carta; como também fizeram Tertuliano e Cipriano, e ela se acha contida na Versão Pesito, siríaca. Clemente de Alexandria, pelo que parece, indica ter tido conhecimento das outras duas cartas; Irineu aparentemente cita 2 João 10, 11; Dionísio de Alexandria, segundo Eusébio, faz alusão a elas. Estes escritores mencionados por último também testemunharam a favor da autenticidade de Primeira João.

      Bem provavelmente, João escreveu as cartas em Éfeso, por volta de 98 EC, próximo da época em que escreveu o relato do Evangelho. A expressão frequente “filhinhos” ou (“criancinhas”), parece indicar que foram escritas em sua velhice.

      PRIMEIRA JOÃO

      O estilo desta “carta” mais se parece com o de um tratado, visto não possuir nem saudações, nem conclusão. João, no segundo capítulo, dirige-se aos pais, aos filhos pequenos e aos moços, indicando que não se tratava duma carta pessoal a determinado indivíduo. Visava, mui provavelmente, uma congregação ou várias congregações e, com efeito, aplica-se à inteira associação daqueles que estão em união com Cristo. — 1 João 2:13, 14.

      João era o último apóstolo vivo. Haviam-se passado mais de trinta anos desde que a última das outras cartas das Escrituras Gregas Cristãs tinha sido escrita. Dentre em pouco todos os apóstolos sairiam de cena. Anos antes dessa época, Paulo escrevera a Timóteo que dentre em pouco, ele não mais estaria com ele. (2 Tim. 4:6) Instou com Timóteo a que continuasse apegando-se ao padrão de palavras salutares e que confiasse a homens fiéis as coisas que ouvira de Paulo, de modo que tais homens, por sua vez, as ensinassem a outros. — 2 Tim. 1:13; 2:2.

      O apóstolo Pedro avisara sobre os falsos mestres que surgiriam no seio da congregação, trazendo seitas destrutivas. (2 Ped. 2:1-3) Em aditamento, Paulo dissera aos superintendentes da congregação de Éfeso (onde as cartas de João foram posteriormente escritas) que “lobos opressivos” penetrariam, não tratando com ternura o rebanho. (Atos 20:29, 30) Predisse a grande apostasia, com seu “homem que é contra a lei”. (2 Tes. 2:3-12) Em 98 EC acontecia, portanto, como João dissera: “Criancinhas, é a última hora, e, assim como ouvistes que vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos; sendo que deste fato obtemos o conhecimento de que é a última hora.” (1 João 2:18) Por conseguinte, a carta era muitíssimo oportuna e de importância vital para o fortalecimento dos cristãos fiéis como baluarte contra a apostasia.

      PROPÓSITO

      No entanto, João não escreveu simplesmente para refutar ensinos falsos. Antes, seu propósito principal era fortalecer a fé dos cristãos primitivos nas verdades que tinham recebido; ele amiúde contrastou estas verdades com os ensinos falsos. É possível que Primeira João tenha sido enviada como carta circular a todas as congregações da área. Este conceito é apoiado pelo uso frequente, por parte do escritor, da forma plural grega que equivale a “vós”.

      Seu argumento é metódico e vigoroso, conforme mostra a consideração que segue dessa carta. Tal carta possui forte apelo emocional, e é claro que João a escreveu motivado por seu grande amor à verdade, e por sua repugnância

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