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AdãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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o primeiro e o único caso desse tipo, Jeová removeu uma costela de Adão e modelou-a numa correspondente feminina, para ser a esposa de Adão e a mãe de seus filhos. Tomado de júbilo diante de tão linda ajudadora e companheira constante, Adão irrompeu na primeira poesia registrada, “Esta, por fim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” e ela foi chamada mulher “porque do homem foi esta tomada”. Mais tarde, Adão chamou sua esposa de Eva. (Gên. 2:18-23; 3:20) A veracidade deste relato é atestada por Jesus e pelos apóstolos. (Mat. 19:4-6; Mar. 10:6-9; Efé. 5:31; 1 Tim. 2:13) Ademais, Jeová abençoou esses recém-casados com bastante trabalho prazeroso. Não foram amaldiçoados com ociosidade. Deveriam manter-se atarefados e ativos, embelezando e cuidando de seu lar ajardinado, e, ao se multiplicarem e encherem a terra com bilhões de sua espécie, deveriam expandir este paraíso até os confins da terra. Este era um mandato divino. — Gên. 1:28.
“Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom.” (Gên. 1:31) Deveras, desde o próprio início, Adão era perfeito em todo sentido. Era dotado da faculdade de falar e dum vocabulário altamente desenvolvido. Conseguiu dar nomes significativos às criaturas viventes por toda a sua volta. Era capaz de manter um diálogo com seu Deus e com sua esposa.
Por todos esses motivos, e muitos outros, Adão estava sob obrigação de amar, adorar e obedecer estritamente seu Grandioso Criador. Mais do que isso, o Legislador Universal lhe delineou a simples lei da obediência e o informou cabalmente da penalidade justa e razoável da desobediência: “Quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gên. 2:16, 17; 3:2, 3) Apesar desta lei explícita, que impunha severa punição para a desobediência, ele deveras desobedeceu.
RESULTADOS DO PECADO
Eva foi completamente enganada por Satanás, o Diabo, mas seu marido não foi. “Adão não foi enganado”, afirma o apóstolo Paulo. ( 1 Tim. 2:14) Com pleno conhecimento, Adão voluntária e deliberadamente preferiu desobedecer e então, como criminoso, tentou esconder-se. Quando submetido a julgamento, ao invés de mostrar pesar ou arrependimento, ou de pedir perdão, Adão tentou justificar-se e passar a responsabilidade para outros, até mesmo culpando a Jeová por seu pecado propositado. “A mulher que me deste para estar comigo, ela me deu do fruto da árvore e por isso o comi.” (Gên. 3:7-12) Assim, Adão foi expulso do Éden para uma terra não subjugada que foi amaldiçoada com a produção de espinhos e abrolhos, para ali levar uma existência suada, colhendo os frutos amargos de seu pecado. Fora do jardim, aguardando a execução, Adão gerou filhos e filhas, só sendo preservados os nomes de três deles — Caim, Abel e Sete. A todos os seus filhos, Adão transmitiu o pecado e a morte hereditários, visto que ele próprio era pecaminoso. — Gên. 3:23; 4:1, 2, 25.
Este foi o trágico início que Adão deu à raça humana. O paraíso, a felicidade e a vida eterna foram perdidos, e, em seu lugar, o pecado, o sofrimento e a morte foram adquiridos através da desobediência. “Por intermédio de um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.” “A morte reinou desde Adão.” (Rom. 5:12, 14) Mas Jeová, em sua sabedoria e amor, proveu um “segundo homem”, o “último Adão”, que é o Senhor Jesus Cristo. Por meio deste obediente “Filho de Deus”, abriu-se o caminho pelo qual os descendentes do desobediente “primeiro homem, Adão”, pudessem recuperar o Paraíso e a vida eterna, a igreja ou congregação de Cristo até mesmo obtendo a vida celeste. “Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.” — João 3:16, 18; Rom. 6:23; 1 Cor. 15:22, 45, 47.
Depois de ser expulso do Éden, o pecador Adão viveu para ver o assassínio, o assassínio de seu próprio filho, o exílio de seu filho assassino, os abusos do arranjo matrimonial e a profanação do sagrado nome de Jeová. Testemunhou a construção duma cidade, o desenvolvimento de instrumentos musicais, e a forja de ferramentas de ferro e cobre. Observou, e foi condenado, pelo exemplo de Enoque, “o sétimo homem na linhagem de Adão”, alguém que “prosseguiu andando com o verdadeiro Deus”. Até mesmo viveu para ver o pai de Noé, Lameque, da nona geração. Por fim, depois de 930 anos, todos os quais, exceto um número bem reduzido, gastos no lento processo de envelhecimento, Adão voltou ao solo do qual fora tirado, no ano 3096 A.E.C., assim como Jeová dissera. — Gên. 4:8-26; 5:5-24; Judas 14.
2. Uma cidade mencionada em Josué 3:16, como estando na localidade de Zaretã. Ê geralmente identificada com Tel ed-Damieh, local na margem E do rio Jordão, pouco abaixo do estuário do vale da torrente do Jaboque, a cerca de 29 km ao N de Jericó. O nome da cidade talvez se derivasse da cor da argila aluvial, que é abundante nessa região. — 1 Reis 7:46.
O registro bíblico indica que o represamento das águas do rio Jordão, no tempo da travessia do rio por Israel se deu em Adão. O vale do Jordão se estreita consideravelmente, a partir da localidade de Tel ed-Damieh em direção ao norte, e a história registra que, no ano 1267, ocorreu uma obstrução do rio nesse ponto exato, devido à queda de elevado talude de lado a lado do rio, impedindo o fluxo de água por cerca de dezesseis horas. Nos tempos modernos, tremores de terra no verão setentrional de 1927 de novo causaram deslizamentos que represaram o Jordão, de modo que o fluxo de água foi impedido por vinte e uma horas e meia. (Veja The Foundations of Bible History — Joshua-Judges [As Bases da História Bíblica — Josué-Juízes], de John Garstang, pp. 136, 137.) Se este foi o meio que Deus achou apropriado empregar, então tal represamento do rio, nos dias de Josué, foi miraculosamente cronometrado e realizado, de modo a sincronizar-se com a travessia do Jordão no dia previamente anunciado por Jeová, por meio de Josué. — Jos. 3:5-13.
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AdarAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ADAR
Nome pós-exílico do décimo segundo mês lunar do calendário sagrado judaico, porém o sexto do calendário secular. (Ester 3:7) Corresponde a parte de fevereiro e parte de março. Alguns acham que tal nome significa “escuro” ou “nublado”. É depois do mês de adar que o mês intercalar, chamado veadar ou adar seni, ou segundo adar, é adicionado em certos anos.
Durante esse mês, que ocorria no fim da estação de inverno setentrional e levava à primavera setentrional, as alfarrobeiras começavam a florescer em partes da Palestina, e, nas baixadas quentes, as laranjeiras e os limoeiros estavam prontos para a colheita.
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AdivinhaçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ADIVINHAÇÃO
Do latim divus, “pertencente a deus”, significando que a informação recebida provém dos deuses. “Adivinhação” abrange, em geral, o inteiro escopo da obtenção de conhecimento secreto, em especial sobre eventos futuros, com a ajuda de poderes espíritas ocultos.
ORIGEM
Babilônia, a terra dos caldeus, foi o berço da adivinhação, e dali estas práticas ocultas se espalharam por toda a terra, com a migração da humanidade. (Gên. 11:8, 9) Da parte da biblioteca de Assurbanipal que foi escavada, diz-se que um quarto contém tábuas de presságios que visavam interpretar todas as peculiaridades observadas nos céus e na terra, bem como todas as ocorrências incidentais e acidentais da vida cotidiana. A decisão do Rei Nabucodonosor de atacar Jerusalém só foi feita depois de recorrer à adivinhação, a respeito da qual está escrito: “Sacudiu as flechas. Indagou por meio dos terafins; examinou o fígado. Na sua direita mostrou-se haver a adivinhação referente à Jerusalém.” — Eze. 21: 21, 22.
Examinar o fígado (hepatoscopia) em busca de presságios se baseava na crença de que toda vitalidade, emoção e afeição se centralizavam nesse órgão. Um sexto do sangue do homem está no fígado. As variações de seus lóbulos, canais, formações acessórias, veias, cissuras e marcas eram interpretadas como sinais ou presságios dos deuses. (Veja ASTRÓLOGOS.) Foi encontrado um grande número de modelos de fígados em argila, o mais antigo sendo de Babilônia, contendo presságios e textos em escrita cuneiforme, usados pelos adivinhos. Os antigos sacerdotes assírios eram chamados baru, que significa “inspetor” ou “aquele que vê”, devido ao destaque que a inspeção do fígado (hepatoscopia) gozava em sua religião que praticava a adivinhação.
CONDENADA PELA BÍBLIA
Todas as várias formas de adivinhação, sem considerar o nome pela qual sejam conhecidas, contrastam-se nitidamente com a Bíblia Sagrada e representam um desafio direto a ela. Jeová, mediante Moisés, avisou rigorosa e repetidamente a Israel para que não adotasse tais práticas de adivinhação de outras nações. (Deut. 18:9-12; Lev. 19:26, 31) Sonhadores-adivinhos, mesmo que seus sinais e portentos proféticos se cumprissem, não ficavam isentos da condenação. (Deut. 13:1-5; Jer. 23:32; Zac. 10:2) A extrema hostilidade da Bíblia para com os adivinhos é demonstrada em seu decreto de que todos eles deveriam ser mortos sem falta. — Êxo. 22:18; Lev. 20:27.
Quando os homens se desviam de Jeová e se alienam do Único que conhece o fim desde o princípio, facilmente se tornam vítimas da influência demoníaca, espírita, que aparenta revelar o futuro. Saul é notável exemplo de alguém que, no início, voltava-se para Jeová em busca de conhecimento dos eventos futuros, mas que, depois de ter perdido todo contato com Deus, devido à sua infidelidade, voltou-se para os demônios, como substitutos da orientação divina. — 1 Sam. 28:6, 7; 1 Crô. 10:13, 14.
Portanto, existe nítida diferença entre a verdade revelada de Deus e as informações obtidas pela adivinhação. Os que se voltam para esta amiúde tornam-se vítimas de violentas convulsões causadas por invisíveis forças demoníacas, às vezes atingindo um frenesi por meio de música excêntrica e certos tóxicos. A palavra grega para “vaticínio” provém do verbo maínesthai, que significa “delirar”, e é usada para descrever alguém que espuma pela boca e cujos cabelos são desalinhados e emaranhados. Origenes (terceiro século E.C.), ao responder ao ataque do filósofo pagão, Celso, de que “[os cristãos] não dão valor aos oráculos da sacerdotisa pítia”, declarou: “Diz-se que a sacerdotisa pítia, cujo oráculo parece ter sido o mais famoso, quando se sentava à boca da caverna castaliana, entrava nas partes íntimas dela o espírito profético de Apolo. . . . Outrossim, não é função dum espírito divino levar a profetisa a tal estado de êxtase e de loucura que ela chegue a perder o controle de si mesma. . . . Se, então, a sacerdotisa pítia fica fora de si quando profetiza, qual será o espírito que lhe enche a mente e lhe obscurece o juízo, a menos que seja da mesma ordem que os demônios, que muitos cristãos expulsam?” [Origen Against Celsus (Orígenes Contra Celso), Livro VII, caps. iii, iv] Os verdadeiros servos de Jeová não sentem nenhuma de tais distorções físicas ou mentais quando movidos a falar por espírito santo. (Atos 6:15; 2 Ped. 1:21) Os profetas de Deus, com correto senso de dever, falavam livremente, sem receberem pagamento;
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