O clamor em prol da lei e da ordem

CRÊ que haja mais perigo para a sua segurança agora do que havia há vinte anos atrás? do que havia até mesmo há cinco anos atrás? Sente-se menos à vontade ao andar pelas ruas depois do escurecer? Sente-se mais preocupado com a segurança de seus filhos? Está mais cônscio da necessidade de trancas nas portas e janelas de sua casa?

Se for como a maioria das pessoas no mundo, sua resposta a tais perguntas será Sim. Em toda a parte há crescente ansiedade quanto à segurança pessoal, devido ao aumento do crime e da violência.

Na verdade, talvez jamais tenha sido pessoalmente assaltado, atacado pelas costas, agredido sexualmente nem sofrido roubo em sua casa. Cada vez mais pessoas, porém, sofrem tais coisas.

Isto se dá em especial nas cidades. A revista Time declarou: “Dificilmente existe uma única cidade grande em que a pessoa se sinta completamente segura nas ruas à noite.” Certa pessoa que escreveu ao Times de Nova Iorque, em 20 de maio de 1969, expressou-se assim:

“Compreendendo que os ataques pelas costas ocorrem às centenas e aos milhares todo dia em nossa cidade, isso me enche de profunda tristeza pela condição em que eu mesmo e meus co-novaiorquinos nos achamos. . . .

“Toda pessoa que já viu uma lasca fria duma lâmina de aço a centímetros de sua face, como já vi duas vezes, jamais poderá encarar de novo um homem a quem não conhece, até mesmo com a mais básica confiança humana. Em toda a parte em que for à noite, e não raro durante o dia nesta cidade, tem de estar vigilante, com o mesmo medo que um soldado perdido por trás das linhas inimigas.

Se acrescentarmos a isto os motins e as inquietações estudantis, podemos ver por que, numa enquête recente, 81 por cento dos entrevistados concordaram com a declaração: “A lei e a ordem entraram em colapso.” Até nas cidades menores e nas zonas rurais se sente agora este colapso. E se torna quase o mesmo em todo país da terra. Como disse o presidente do “Columbia Broadcasting System”:

“A disciplina está entrando em colapso. . . . Este tumulto é trágico. Mas, também é, como escreveu James Reston, ‘a maior estória no mundo atual’.”

Comentou que o inteiro assunto se resumia na “questão ilusoriamente simples da lei e ordem”.

LEI E ORDEM. Este é o clamor que tanto ouvimos nos dias atuais. Mas, o que significa exatamente? Para muitos, talvez para o próprio leitor, significa poder andar pelas ruas sem atacantes pelas costas, ladrões ou estupradores. Significa não assaltarem nem a sua casa nem sua loja.

Mas, significa isto para todos?

Como os outros encaram a lei e a ordem

HÁ MUITOS hoje que acham que a lei e a ordem atuais realmente operam contra eles. Querem mais do que simplesmente ruas e lares seguros.

Por exemplo, o Chronicle de Houston noticiou: “Alguns jovens ressentem o uso do termo lei e ordem.” Muitos jovens sentem amargura para com o mundo que os mais velhos criaram para eles. Apenas uma das muitas razões de sua amargura foi comentada pelo U.S. News & World Report:

“Cerca da metade dos mortos [em batalha] eram jovens demais para votar na maioria dos Estados. Mais foram mortos com 20 anos do que com qualquer outra idade . . . A grande maioria destes jovens não eram militares profissionais, mas jovens que só trajavam o uniforme há um ano ou dois.”

Números crescentes de jovens se sentem frustrados pelas leis que exigem que matem e sejam mortos, mas que não fizeram nem aprovaram. Afirmam que tais leis são injustas.

Os membros dos grupos minoritários também assumem, talvez, diferente conceito da lei e ordem atuais. O Times de Nova Iorque disse quanto a muitos pretos estadunidenses: “A nova ênfase sobre a lei e a ordem dos EUA é considerada por eles como sendo às custas dos pretos.” Seu clamor é em prol duma lei e ordem que lhes concedam a justiça social e iguais oportunidades.

As pessoas em certas áreas pobres da terra acham que as leis em existência as mantêm oprimidas, restringindo-as a pequenos pedaços de terra improdutiva, mantendo-as num estado de escravidão econômica.

Outros, embora não sofrendo pobreza, também acham que certas leis são injustas. Por exemplo, talvez paguem considerável imposto de renda, mas observam que alguns ricos pagam pouco ou nenhum imposto, porque seu dinheiro é aplicado em investimentos livres de impostos. Ou talvez sejam multados por estacionarem seu carro no lado errado da rua. Contudo, esse talvez tenha sido o único espaço disponível, visto não levar suficiente espaço para estacionamento. Muitas de tais coisas se combinam em produzir gigantescas frustrações que colocam as pessoas em disposição rebelde.

É claro que há algo de errado, no modo como vão as coisas. Há crescente descontentamento com as condições existentes em toda a parte. Qual é a solução? Acabar com toda lei e ordem? Deixar todo o mundo agir como quiser? Isto resultaria em anarquia, no caos total. Quase ninguém deseja esta situação. Tem de haver alguma espécie de lei; tem de haver alguma espécie de ordem.

Mas, a grande questão é: A lei e a ordem de quem? Há qualquer sistema que produza a lei e a ordem junto com a verdadeira justiça e igualdade para todos? Bem, o que já se experimentou? Deram certo os diferentes sistemas originados pelos homens? Têm as soluções? Se não, quem tem? Qual é a solução?

Têm as soluções?

QUE soluções são oferecidas para a crescente anarquia hodierna? Uma das soluções muitas vezes propostas é: USE-SE MAIS FORÇA. Os brados são: “Mais polícia!” “Sentenças mais rigorosas!”

Ninguém poderá negar com justiça que o criminoso deva pagar pelo seu crime. A Bíblia declara que Deus forneceu à sua nação do antigo Israel certas leis que incluíam o castigo dos malfeitores, até mesmo a pena de morte. (Núm. 35:31; Êxo. 22:1-6) Nem poderá alguém negar que o abrandamento da imposição da lei em nossos dias só poderia resultar em condições muito piores.

A pergunta, então, é: Pode o fortalecimento dos atuais sistemas de imposição da lei da sociedade humana aplacar efetivamente a crescente onda de crimes?

Podem as Agências Legais Locais Resolver o Problema

Confrontadas com crescente crime, as forças policiais em muitos lugares estão sendo aumentadas. A prevenção policial do crime, porém, depende em alto grau da cooperação do público. Hoje, em muitas áreas, a cooperação com a polícia é menor do que nunca. Além disso, os próprios policiais estão sujeitos a ofertas tentadoras de homens que gostariam de corrompê-los.

Até que ponto pode o aumento das forças policiais assegurar atualmente a segurança? Estará interessado em ler o que o Times de 3 de junho de 1969 tinha a dizer sobre a cidade de Nova Iorque:

“Custaria US$ 25 bilhões [NCr$ 100 bilhões] por ano — um terço do orçamento total anual do Departamento de Defesa [dos EUA] — para se ter um patrulheiro rondando cada um dos quarteirões da cidade.

“E mesmo que isto fosse possível, os policiais afirmam que não acabaria com o crime, visto que mais da metade são convertidos em áreas que não patrulham — nas casas, nos restaurantes, nos corredores e em elevadores.”

Reconhecendo quão difícil é o problema, James Vorenberg, ex-diretor da Comissão Nacional Contra o Crime dos EUA, declarou: “A um grau considerável, a imposição da lei não pode fazer frente ao comportamento criminoso.” Por que não?

Porque a imposição da lei apenas não transforma os desejos errados ou ódios das pessoas. Não molda atitudes básicas. Quando o modo básico de pensar for errado, a imposição da lei apenas não o corrigirá.

Nem a imposição da lei apenas elimina a injustiça, o preconceito e a pobreza. Não torna generosos os homens gananciosos, nem humildes os homens arrogantes. Não elimina as condições que não raro geram frustrações e crimes.

O Que Podem Fazer os Governos?

Podem os governos nacionais resolver o problema, visto que têm muito mais poder do que as autoridades municipais? Qual é sua folha de serviços?

Puderam, por exemplo, manter a paz entre eles mesmos, resolver suas diferenças de forma ordeira, baseando-se em leis justas? O leitor sabe a resposta. Desde 1914, os governos nacionais se envolveram nas guerras mais destrutivas da história. Bem mais de 100 milhões de pessoas morreram ou ficaram feridas! Foram enormes os danos causados aos lares e propriedades. Insuflaram-se intensos ódios. Que influência exerceu isto nas atitudes interiores das nações? Inspirou o respeito e a lealdade para com a lei e a ordem existentes? A revista Look fornece a seguinte resposta:

“Em nações por todo o mundo, tanto o público em geral como seus líderes sempre parecem poder justificar qualquer violência perpetrada contra seu próximo. . . . Por certo, a existência da violência sancionada desgasta [ou corrói] o conceito de lei e ordem.”

Sobre as Nações Unidas, o World Union, dos Países-Baixos, em seu exemplar de maio de 1969, disse:

“As Nações Unidas . . . não conseguiram estabelecer qualquer tipo de ordem internacional. Desde a sua formação, temos testemunhado a mais insana corrida armamentista da história e vivido sob a ameaça constante duma terceira guerra mundial.”

Esta corrida armamentista custa bilhões de cruzeiros novos cada ano.

É claro que os governos não solucionam o problema. Não importa quão sinceras sejam as pessoas neles, provam-se ineficazes em produzir a verdadeira lei e ordem.

O Que Dizer dos Sistemas Econômicos?

Será que maior prosperidade econômica garantiria a redução da anarquia? De jeito nenhum. Paradoxalmente, as nações mais ricas do mundo têm o mais elevado índice de crimes! E o crescente crime entre filhos de gente mais rica tem deixado perplexas as autoridades. A Monthly Letter do “Royal Bank of Canada”, de março de 1969, admitia:

“A crescente criminalidade no meio da prosperidade desta nação apresenta graves questões para o povo do Canadá. Vê-se confrontado com a realidade de que tem de revisar a hipótese usual de que a pobreza gera o crime; tem de admitir a possibilidade de que a prosperidade, também, possa gerar atos criminosos.”

Os sistemas econômicos do mundo não diminuem as frustrações que podem gerar atos criminosos. Se tem feito compras recentemente, está bem a par do aumento constante de preços. Os impostos, também, consomem seu quinhão cada vez maior da renda. Este aperto econômico contribui para maior descontentamento. Alguns reagem diante de tal aperto de forma criminosa, como se vê pelo fantástico aumento dos roubos nas lojas e do número de pessoas que falsificam suas declarações de renda.

Será prático nos voltar para os sistemas econômicos do mundo em busca de ajuda, quando eles próprios se acham quase que constantemente num estado de crise? Depois de uma das muitas recentes crises internacionais, disse Newsweek: “Mais uma vez, a delicada estrutura financeira do mundo oscilava à beira do caos.” A autoridade financeira, L. Albert Hahn, disse sobre o sistema econômico do mundo: “Sem dúvida, este sistema irá entrar em colapso algum dia.” Pode ser isso a base duma sociedade estável?

O Que Dizer das Religiões do Mundo?

Bem, então, será que as organizações religiosas do mundo pelo menos orientam o caminho para a verdadeira lei e ordem?

O que achamos entre as igrejas da cristandade? Atualmente, lemos a respeito de mais e mais clérigos fecharem os olhos ou desculparem a violência, o imiscuir-se na política, o sexo pré-marital, até mesmo o homossexualismo e o adultério. As próprias igrejas não raro se acham divididas por disputas e pela rebelião.

Ademais, como disse Martin Marty, em The Search for a Usable Future (A Busca de Um Futuro Conveniente): “Os entrevistados de enquetes encontram diferenças insignificantes entre os cristãos e não-cristãos em qualquer questão significativa humana ou ética.” Assim, as igrejas da cristandade não se provaram melhores do que os que elas chamam de “pagãos”.

Apontando uma das causas da influência decrescente das igrejas da cristandade, U.S. News & World Report publicou esta observação:

“O prestígio do Cristianismo no mundo diminuiu gravemente em virtude da freqüência com que as chamadas nações cristãs têm usado a violência como método de transformação internacional.”

Mas, não são só os membros das igrejas da cristandade que lutaram uns contra os outros nos campos de batalhas, em motins ou em revoltas. Os membros das religiões não-cristãs têm feito o mesmo, o muçulmano lutando contra o muçulmano, o budista contra o budista, e o hindu contra o hindu.

A lei e a ordem precisam emanar do coração, a fim de serem eficazes. As religiões do mundo afirmam ser instrutoras dos corações dos homens. Assim, a principal responsabilidade do colapso da lei e ordem deve ser lançada aos pés de tais organizações religiosas. Deixaram de apontar o caminho para uma sociedade genuinamente moral e pacífica entre o gênero humano.

Será a Ciência a Solução?

Proverá a ciência a base para uma sociedade ordeira?

A tecnologia científica produziu muitas máquinas e produtos que as pessoas apreciam. Mas, junto com isto vieram as grandes cidades, e estas não deram certo; tornaram-se focos de dificuldades. A ciência também produziu o transporte rápido. Mas, agora, amontoam-se os problemas, à medida que fica engarrafado o tráfego aéreo e terrestre, e dezenas de milhares de pessoas morrem em acidentes cada ano.

Também, quem originou as máquinas e materiais que cada vez mais poluem a água e o ar, até mesmo o alimento que ingerimos? Quem originou, neste particular, as armas devastadoras que destruíram dezenas de milhões de pessoas nesta geração? A ciência.

A ciência tornou possível enviar homens à lua, mas o custo é gigantesco. E, ao mesmo tempo, milhares de pessoas morrem de fome cada dia, as cidades se decompõem, o crime sobe vertiginosamente.

Diria que a ciência soluciona os problemas realmente importantes e mais prementes da humanidade? A verdade é como a expressou o Professor H. S. Commager, de Amherst, em Saturday Review: “No fim de uma geração de progresso sem paralelo na ciência e na tecnologia, a humanidade verificou que a fome se acha mais difundida, a violência mais implacável, e a vida mais insegura do que em qualquer tempo do século.”

Também, o Herald, de Melbourne, Austrália, noticiou o seguinte no tocante à direção em que os progressos científicos levam a humanidade: “O vice-almirante Hyman Rickover, cuja obra de aperfeiçoamento o tornou conhecido como o pai do submarino nuclear dos EUA, avisou o homem . . . de que o uso desenfreado da tecnologia ‘talvez se torne um Frankenstein que destrói seu criador’.”

Assim, aí está a folha de serviços desagradável e insatisfatória do homem. Depois de todos estes muitos séculos de oportunidade, ele simplesmente não conseguiu trazer a lei e a ordem junto com a justiça e a igualdade. Ele não possui as soluções.

Por que não? Por que continuam a falhar os planos humanos? O que realmente significa o colapso atual?

[Foto na página 7]

PROTESTO!

O que significa o colapso?

NA VERDADE, houve outros períodos na história em que a lei e a ordem entraram em colapso. O Império Romano, no seu fim, presenciou isto em ampla escala. É por isso que algumas pessoas consideram o crime e a violência atuais como ‘normais’, simplesmente ‘a história se repetindo’.

O colapso atual, porém, significa muito mais do que isso. Envolve muito mais do que apenas um país. As autoridades agora compreendem que jamais antes todos os elementos da sociedade, em todos os países da terra, experimentam tão grave colapso ao mesmo tempo.

Não obstante, alguns afirmam que isto pode ser expelido pelo aumento da população e pelo melhor cômputo dos crimes. Será este o caso?

Apenas Aumento da População e Melhor Cômputo?

Se o colapso é apenas questão de aumento da população, então, deveríamos verificar que o crime aumenta mais ou menos na mesma proporção que a população. Será que aumenta?

Em França, declara Le Figaro: “A delinqüência juvenil quadruplicou desde 1955.” Mas, a população juvenil não. Há Suécia, o crime aumentou doze vezes mais rápido que a população; na Alemanha, dez vezes; nos EUA, de 1960 a 1968, onze vezes — e, no ano de 1968, o crime subiu dezessete vezes mais rápido que a população!

Considere, também, que as autoridades policiais afirmam que grande parte, se não a maioria, dos crimes não são computados! Em alguns lugares, ocorrem três vezes mais roubos com invasão de domicílio do que são computados, e os estupros ainda com maior freqüência. Em algumas cidades, apenas um décimo de certos crimes são computados!

Que o aumento da população e o melhor cômputo não explicam os assuntos pode ser observado do seguinte despacho da Associated Press:

“O Diretor do FBI, J. Edgar Hoover, atacou hoje aqueles que tentam minimizar o problema do crime na nação por lançar a culpa sobre o maior aumento da população jovem e o cômputo mais cabal feito pela polícia, . . . Disse que aqueles que tentam ‘arranjar explicações para a chocante verdade por trás das estatísticas de crimes’ estão destinados ao fracasso.”

Apenas o ‘Elemento Criminoso’?

Nem deveria pensar que se trate apenas do ‘elemento criminoso’ envolvido neste colapso. O Sunday Bulletin de Filadélfia declarou: “A maioria dos crimes são cometidos por pessoas que trajam camisas bonitas e limpas todo dia ao irem para o trabalho e que se reúnem na hora do almoço em restaurantes das firmas ou em restaurantes do centro da cidade a fim de clamar contra o modo em que se violam a lei e a ordem no país.”

A mesma fonte mostrava que as chamadas pessoas ‘decentes’ roubam muitas vezes mais mercadorias e dinheiro das companhias em que trabalham do que os assaltantes. Nos EUA, roubam mais de setenta vezes mais, NCr$ 16.000.000.000,00, em comparação com NCr$ 212.000.000,00!

Assim, não são apenas os criminosos endurecidos que estão envolvidos. A atitude de roubar, tapear e recorrer à violência satura grande parte da família humana.

Um Significado Bem Claro

Um significado deste amplo colapso é bem claro. Foi comentado pelo editorialista David Lawrence: “Quanto mais buscamos um álibi, tanto mais descobrimos que a infelicidade na terra é criada pelo homem. Nossa principal fraqueza é que não resolvemos o problema do autogoverno.” Os humanos fracassaram em governar a si mesmos com êxito!

Na verdade, o homem tem grande capacidade mental. Inventa máquinas surpreendentes. Explora as profundidades oceânicas. Vai num foguete até à lua. Mas, segundo seu próprio critério e julgamento, ainda deixa de controlar suas relações com outros humanos.

Ninguém pode afirmar que o homem não tem tentado, amiúde sinceramente. A história mostra que, durante milhares de anos, experimentou-se tudo o que era conceptível no sentido da regência humana. Portanto, não se pode argumentar que é preciso mais tempo. E, se qualquer era deveria esperar o êxito, esta era é a nossa. Ao invés, tem visto o mais perigoso colapso de todos.

Para Onde Nos Voltar

Faz sentido continuar voltando-nos para fracassos comprovados em busca de soluções? Não, temos de nos voltar para outra parte.

Mas, para onde? Por que não nos voltar para o Criador do homem em busca de soluções para os problemas da humanidade? Nenhum de nós, hoje em dia, vivíamos quando começaram os problemas do homem. Mas, o Criador sim. Viu todos os acontecimentos que levaram à crise atual. Por certo, o Criador do homem sabe melhor a razão pela qual a sociedade humana está em colapso. Sabe qual é o remédio.

Não temos de ficar pensando sobre as soluções, tampouco. Deus tornou disponível esta informação vital para qualquer pessoa sincera que a deseje. Tais soluções satisfatórias, convincentes e verídicas se encontram na comunicação que Deus inspirou qual guia para a família humana — a Bíblia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa . . . para endireitar as coisas.” — 2 Tim. 3:16.

Por Que Falha o Homem

A Bíblia mostra explicitamente que Deus não criou os humanos quer com o direito quer com a habilidade de governar a si mesmos com êxito à parte de seu Criador. Jeremias 10:23 afirma: “Não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.”

Podemos ilustrar isto por nos referir à nossa necessidade de alimento. Deus nos criou com a necessidade absoluta de nos alimentar para permanecermos vivos. Não é algo sem o qual podemos passar. Se deixarmos de comer, nossos corpos entram em colapso.

Da mesma forma, Deus criou o homem com a necessidade absoluta de alimento mental correto. Este alimento mental é informação e orientação provinda de Deus. Não é algo sem o qual os humanos possam passar. (Mat. 4:4) Se lançarem fora esta orientação, seus assuntos entram em colapso, da mesma forma que seus corpos entrariam, se parassem de comer ou seguissem uma dieta deficiente. É por isso que Provérbios 3:5 aconselha: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão.”

Vemos aqui o problema básico: a humanidade em geral tem desconsiderado a sabedoria superior de Deus e tem-se inclinado para seu próprio modo inferior de pensar. Isto se deu com nossos primeiros pais, que se rebelaram contra a orientação de Deus. (Gênesis, cap. 3) Desde então, por cerca de 6.000 anos, a ampla maioria das pessoas e dos regentes fizeram a mesma coisa. Visto que o homem foi criado com livre arbítrio, Deus tem permitido que faça tal escolha. Mas, o homem tem de assumir as conseqüências.

Os resultados estão diante de nossos olhos. Aconteceu como a Bíblia diz: “Homem tem dominado homem para seu prejuízo.” (Ecl. 8:9) A regência humana, independente da orientação de Deus, tem levado ao inevitável colapso. Ao passo que Deus permitiu a trágica experiência do homem no autogoverno, pôs definido limite de tempo à mesma. Não permitirá que a anarquia continue indefinidamente. — Efé. 1:10; Rev. 11:18.

O Que o Colapso Atual Realmente Significa

A Bíblia mostra que o colapso global atual da lei e da ordem é altamente significativo. O que realmente significa é que este sistema de coisas alienado de Deus se aproxima do fim do limite de tempo que Deus lhe concedeu! Tem chegado ao seu clímax.

Até mesmo os que não baseiam suas conclusões na Bíblia vêem que um clímax está chegando. O professor George Wald, de Harvard, laureado com o Prêmio Nobel, disse no Daily Times de Vitória, Canadá, de 9 de abril de 1969:

“Nestes últimos poucos anos, tenho sentido cada vez mais que algo está terrivelmente errado — e este ano ainda muito mais que o anterior. . . . Acho que atingimos um ponto de grande decisão, não apenas para a nossa nação, não apenas para toda a humanidade, mas para a vida sobre a terra.”

O Professor Fred Hoyle, da Inglaterra, avisou que a sociedade “já começou a se desintegrar”. — Age, de Melburne, de 4 de março de 1969.

É exatamente isso que a Bíblia predisse que ocorreria, à medida que chegaria a seu fim a permissão de Deus quanto à regência humana. Segunda Timóteo 3:1 disse: “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar.”

Toda a evidência em cumprimento da profecia bíblica indica que os “últimos dias” começaram no ano de 1914. A revista Time, de 30 de agosto de 1968, observou: “Até à data, o ano mais fatídico do século 20 foi o de 1914.” O início da Primeira Guerra Mundial presenciou a entrada deste sistema no período final da regência humana. O pior colapso da história teve início. Desde então, tem ganho maior ímpeto.

Leia para si mesmo o que a Bíblia afirma que ocorreria a fim de marcar estes “últimos dias”. Segunda Timóteo, capítulo 3, fornece muitos pormenores. Mateus, capítulo 24, registra muitos que Jesus forneceu. Um deles foi o “aumento do que é contra a lei”, que vemos em toda a parte. — Mat. 24:12.

Mas, o fato de que vivemos nos “últimos dias” não significa que não há esperança. Não significa que a lei e a ordem, junto com a justiça e a retidão, jamais serão alcançadas.

Significa exatamente o contrário! O colapso global hodierno é evidência positiva de que as boas condições que as pessoas honestas anseiam estão bem perto de serem alcançadas!

[Gráfico na página 8]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

De 1960 a 1968, a população dos EUA aumentou 11%; mas o crime subiu 122% — 11 vezes mais rápido!

140%

120%

100%

80%

CRIME

60%

40%

20%

POPULAÇÃO

Em breve haverá lei e ordem para toda a humanidade!

GOSTARIA de viver sob um governo que livre a sociedade humana do crime, da violência, da guerra, da injustiça e da pobreza?

Um governo que traga tais benefícios jamais virá da velha cumbuca dos fracassos humanos. Somente poderá vir da parte Daquele que tem a habilidade comprovada de estabelecer a lei e a ordem universais. Trata-se de Jeová Deus, o Criador. Sua habilidade é demonstrada pelos céus visíveis, a respeito dos quais o cientista Cecil B. Hamann disse:

“Erguendo nossos olhos para os céus, certamente temos de ficar maravilhados com o movimento ordenado das estrelas. Noite após noite, estação após estação, ano após ano, século após século, os mundos do espaço sideral têm seguido seu curso através do céu. Voltam tão regularmente em suas órbitas que podem-se prever eclipses com séculos de antecedência. . . . Se não estivessem sujeitas a quaisquer leis, será que os homens depositariam sua fé nelas para os guiar pelos sete mares ou pelas veredas não demarcadas do céu?”

O Deus que estabeleceu tal surpreendente lei e ordem por todo o universo certamente poderia estabelecê-la num planeta diminuto, não poderia? E o propósito claramente expresso de Deus para os nossos dias é prover um governo que fará exatamente isso! A Bíblia predisse:

“Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.” — Dan. 2:44.

A profecia de Daniel mostra que todos os governos dos homens serão substituídos pelo governo único de Deus! Não tentará emendar os sistemas falíveis dos homens, mas os esmiuçará, a fim de limpar o caminho para a transformação tão necessitada. (Mar. 2:21, 22) E, visto que regerá desde o céu, os humanos jamais poderão controlá-lo nem corrompê-lo.

Haverá qualquer possibilidade de que o reino de Deus se torne opressivo? Bem, serão opressivas as leis físicas que Deus estabeleceu para regular o universo? Não, antes, contribuem para maravilhosa ordem e harmonia. Da mesma forma, as leis de Deus para governar as relações humanas contribuirão para a melhor das ordens e proverão os maiores benefícios. Apenas se uma pessoa as ignorar é que se meterá em dificuldades, assim como se meteria se ignorasse a lei da gravidade e pulasse dum edifício elevado.

Podemos estar seguros de que a regência de Deus não será opressiva nem injusta, porque sua Palavra garante: “Propôs julgar em justiça a terra habitada.” (Atos 17:31) Também, a Bíblia diz: “Deus não é homem para mentir.” (Núm. 23:19) Assim, quando Deus promete uma nova ordem em que o “povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação”, então podemos crer nisso. — Isa. 32:18.

Tal governo que regerá a terra é exatamente o que a humanidade carece para trazer alívio das atuais condições horríveis. Mas, exatamente como solucionará os problemas do crime, da violência e da guerra? De que evidência dispomos agora mesmo de que realmente dará certo?

Eliminados o crime, a violência e a guerra — paz e segurança em todo o mundo

O QUE lhe significaria poder jogar fora todas as fechaduras e chaves e jamais se preocupar com ladrões?

O que pensaria de poder andar em qualquer parte, a qualquer tempo, e saber que todos com quem se encontrasse seriam amigos?

Não sentiria profundo conforto em saber que a guerra era para sempre uma coisa do passado desagradável?

Tal paz e segurança genuínas não são um sonho. Virão com certeza, mas só debaixo da regência do reino de Deus.

Na verdade, alguns talvez chamem tal crença nisto de irrealística. Todavia, continuam a por sua confiança em humanos imperfeitos cujas soluções prometidas jamais se concretizam. Será isso realístico? Não, o realista é aquele que encara os fatos e deposita sua confiança, não em humanos falíveis mas em Deus, que “não pode mentir”. — Tito 1:2.

Livrando-se dos Maus

Como é que Deus lidará realisticamente com a crescente anarquia hodierna? Bem, como é que um lavrador lida com o joio que tomou conta dum pedaço de terra em que ele deseja cultivar uma safra? Desarraiga o joio, ou o arranca com o arado, eliminando-o do caminho — sim, pela força! Provérbios 2:22 afirma: “Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.”

Por que deveríamos crer que a força dará certo neste caso, quando falhou sob a regência do homem? Porque Deus tem perfeito controle sobre tal força. Gênesis 18:25 diz: “É inconcebível a . . . respeito [de Deus] . . . entregar à morte o justo junto com o iníquo.” Quão diferente é das nações deste mundo, que destroem indiscriminadamente as vidas em suas guerras!

Todavia, não deveria pensar que a eliminação dos iníquos envolve apenas algumas pessoas. Muito do que é aceitável à maioria, nestes dias, é detestável para Deus. Por exemplo, muitos não acham errada a fornicação, o adultério e o homossexualismo. Muitos praticam a mentira, a tapeação e o roubo, talvez agindo por trás duma cobertura de legalidade. Alguns preferem ser bêbedos; outros promovem a violência e a matança. Todavia, a Palavra de Deus avisa que, a menos que tais pessoas se desviem de seu proceder, serão exterminadas junto com este sistema perverso. — Rev. 21:8.

Que os iníquos que hão de ser exterminados serão muitos é prefigurado na profecia bíblica: “Os mortos por Jeová certamente virão a estar . . . de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra.” (Jer. 25:31-33) Isto será reto e justo, pois Jeová é o juiz e pode ler os corações dos homens.

Assim, em uma varredura direta, Jeová livrará a terra inteira de todo o crime e de toda a violência! Todavia, como sabemos que tal anarquia jamais surgirá de novo?

Regente Justo do Reino de Deus

Para preservar a justiça, necessita-se de um regente justo. Tem de ser alguém que sustente ele mesmo as normas da lei e ordem de Deus.

Onde se pode encontrar tal administrador para o nosso planeta terra? Quem há que falou inabalavelmente a verdade, colocou-se a favor do que era justo, pleiteou a causa dos pobres e oprimidos, e teve tão grande amor pelos outros que deu sua vida por eles?

O único que tem todas as habilitações é Jesus Cristo, aquele que foi “provado em todos os sentidos . . . porém sem pecado”. — Heb. 4:15; João 3:16.

Enquanto estava na terra, Jesus se provou fiel às normas da verdade e justiça de Deus, até mesmo quando sujeito à morte agonizante. Sua recompensa foi que Deus o ressuscitou para a vida celeste, com o direito de ser regente do reino de Deus. (1 Ped. 3:18; Sal. 110:1) Daí, com o estabelecimento do reino celeste neste “tempo do fim”, Cristo começou a reger. “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” — Rev. 11:15.

Visto que o próprio Cristo dá o melhor exemplo de alguém que sustenta a lei e ordem de Deus, seus súditos são incentivados a fazer o mesmo. Também, as pessoas de coração honesto são incentivadas a prestar serviço leal e legal a este regente justo, porque ele lida com seus súditos de forma tão considerada. Pois ele disse: “Vinde a mim, todos vós os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e tornai-vos meus discípulos, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois o meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” (Mat. 11:28-30) Sim, que deleite é obedecer a um regente dessa espécie!

Administradores Associados

A Bíblia mostra, também, que Cristo Jesus, como regente do governo celeste de Deus, tem quais associados celestes muitos administradores capazes. (Rev. 20:6) São 144.000. (Rev. 14:1) Esse total por certo bastará para certificar-se de que as normas da lei e ordem de Deus sejam mantidas em toda a terra na nova ordem.

Estes administradores associados têm mais ou menos as mesmas qualidades que Jesus. Como sabemos? Porque todos terão servido como seus seguidores leais na terra, provando seu amor à justiça por manterem a lealdade às leis de Deus sob perseguição até à morte. Por isso, eles também são recompensados por serem ressuscitados para a vida espiritual, a fim de reger junto com Jesus desde os céus. (Rev. 3:21) E, que espécie de atitude têm quais administradores? Jesus disse aos primeiros em linha para serem tais associados:

“Sabeis que os governantes das nações dominam sobre elas [as pessoas] e que os grandes homens exercem autoridade sobre elas. Não é assim entre vós; mas, quem quiser tornar-se grande entre vós, tem de ser o vosso ministro, e quem quiser ser o primeiro entre vós, tem de ser o vosso escravo.” — Mat. 20:25-28.

Não gostaria de ficar sujeito a regentes honestos, verídicos e humildes, que altruistamente servem as necessidades da humanidade? Cristo e seus co-regentes se provaram tais. Sob sua regência, as pessoas jamais se agastarão em desespero e frustração, em virtude de acharem que seus governos não se interessam por elas ou não estão trabalhando honestamente em seu favor.

Mais Encorajamento

Há outros aspectos da regência do reino de Deus que incentivarão a lei e a ordem. Por exemplo, atualmente, muito ódio e divisão são incitados pela propaganda política e nacionalista. Muitos crimes e imoralidades são incitados pelos filmes, espetáculos de televisão e material de leitura que estimulam as emoções mais baixas das pessoas.

Na nova ordem de Deus, porém, todos os meios de comunicação serão devotados ao que é verdadeiro, saudável e edificante, “porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová”. (Isa. 11:9) Isto ajudará a produzir uma atmosfera inteiramente nova, um novo espírito por todo o mundo, um espírito que incentiva as pessoas a fazer o que é certo.

Também, um forte obstáculo ao erro será que nenhum violador da lei jamais ‘conseguirá safar-se com isso’. Até mesmo os instrumentos eletrônicos não conseguem apanhar alguns violadores da lei, atualmente. Mas, a Bíblia nos diz: “Jeová — nos céus está o seu trono. Seus próprios olhos observam, seus próprios olhos radiantes examinam os filhos dos homens.” (Sal. 11:4) Portanto, nenhum crime passará despercebido por Deus e seus representantes do Reino.

Qualquer pessoa que recusar-se teimosamente a mudar seu proceder errado na nova ordem de Deus não terá permissão de continuar vivendo, pois isso poria em perigo a paz e a segurança dos outros. A regra será: “Quanto ao pecador, embora tenha cem anos de idade, invocar-se-á sobre ele o mal.” (Isa. 65:20) Isso significará sua destruição. Que conforto e proteção isso será para aqueles que desejam fazer o que é correto!

Podemos ter confiança absoluta de que tal administração celeste da lei e da ordem realmente dará certo? Sim! E não precisamos esperar até a nova ordem de Deus para ter prova disso. Podemos examinar tal prova atualmente!

As Normas de Deus em Operação — Agora!

As profecias da Bíblia mostram que, quando começaram os “últimos dias” em 1914, o governo celeste de Deus às mãos do Filho entronizado de Deus começou a reger. Um governo tem de ter súditos sobre os quais reger. Quem, então, são os súditos do governo do Reino de Deus? Aqueles que reconhecem que: “Jeová é o nosso Juiz, Jeová é o nosso Legislador, Jeová é o nosso Rei.” (Isa. 33:22) São aqueles que adoram a Jeová Deus e dão testemunho a outros a respeito dele e do seu reino. — Isa. 43:10.

Assim, o governo celeste de Deus tem súditos atualmente na terra — testemunhas fiéis de Jeová. Agora, mais de um milhão deles, em 200 terras diferentes, trabalham ativamente em favor desse reino. — Mat. 24:14.

O que fazem quanto à lei e à ordem agora mesmo? Primeiro de tudo, estão conseguindo o alicerce correto para isso. Regularmente, assimilam conhecimento das leis de Deus, por meio de sua Palavra. (João 17:3) Fazem isto pelo estudo particular, em seus estudos bíblicos familiares, e em mais de suas 25.000 congregações através do mundo, onde todas as reuniões são devotadas à educação bíblica e à aplicação prática dos princípios bíblicos à vida diária.

A Lei e a Ordem Agora!

O que produziu isto? Por um lado, o cumprimento da profecia: “Não levantarão espada, nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Miq. 4:3) Sim, entre as testemunhas de Jeová, o problema da guerra já foi resolvido! — 1 João 3:10-12; 4:20, 21.

O que é verdade quanto à guerra é também verdade quanto ao crime e à violência. Tais coisas são virtualmente inexistentes entre as testemunhas de Jeová. Aprenderam a respeitar a vida, a propriedade e os direitos do seu próximo. — Rom. 14:19; Gál. 5:19-23.

Outros que examinam a sociedade, baseada na Bíblia, das testemunhas de Jeová reconhecem a alta qualidade de sua lei e ordem.

Quando as autoridades municipais de Pasadena, Califórnia, observaram as testemunhas de Jeová em um de seus grandes congressos, exclamaram: “Surpreendente!” “Jamais vi algo parecido a isso em toda a minha vida!” Uma pessoa da prefeitura municipal ali disse: “É surpreendente se ter mais de 100.000 visitantes [testemunhas de Jeová] numa cidade, por mais de uma semana, e nem sequer um incidente com o grupo ser relatado à polícia.”

Fonte de Seu Êxito

Como conseguem realizar aquilo que este mundo não conseguiu? Porque a Bíblia é sua ‘constituição’, e vivem segundo ela. Quando lhes manda ser pacíficos e acatadores da lei onde quer que vivam, dando “a César as coisas de César”, elas obedecem. Mas, quando lhes manda que dêem “a Deus as coisas de Deus”, certificam-se de fazê-lo também. E, quando há um conflito entre Deus e “César”, elas ‘obedecem a Deus como governante antes que aos homens’. — Mat. 22:21; Atos 5:29.

As leis de Deus operam tão bem porque se baseiam em amor, que alcança o coração. Disse Jesus: “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração de toda a tua alma e de toda a tua mente”, e “tens de amar o teu próximo como a ti mesmo”. (Mat. 22:37-39) Este amor arraigado, genuíno, a Deus e ao próximo, cultivado pela correta educação bíblica, é o mais forte obstáculo à guerra, ao crime e à violência. Toca o coração e motiva as pessoas a quererem fazer o que é certo.

Até mesmo sob a mais severa perseguição, as testemunhas de Jeová permanecem leais às leis de Deus. Por exemplo, quando os nazistas, sob Hitler, exigiram que as testemunhas de Jeová na Alemanha violassem as leis de Deus, elas recusaram. Assim, foram mandadas para os campos de concentração. Um prisioneiro de tais campos, N. Gun, escreveu mais tarde em seu livro The Day of the Americans (O Dia dos Norte-Americanos): “Os membros das Testemunhas de Jeová, deve-se dizer, mostraram tamanha coragem, ousadia, virtude e estoicismo na adversidade, que merecem uma saudação especial. Eram rochas num mar de lama.”

Não são os edifícios ou exércitos governamentais que mostram se um governo é realmente bem sucedido. É o que tal governo produz e como seus súditos o apóiam. Bem, que governo em nossos tempos produz tamanha lei e ordem entre seus súditos que não são necessários policiais e exércitos? Que governo recebe tamanho apoio de todo o coração que seus súditos, como um só corpo, preferem voluntariamente sofrer e morrer a desobedecer suas leis? Somente o reino de Deus, que rege sobre seus súditos, realiza tais coisas atualmente.

Assim, quando a Bíblia fala da lei e da ordem no novo sistema de Deus, não fala de algo que talvez não dê certo. Está em operação — e mesmo agora! E seus efeitos visíveis se tornarão ainda mais evidentes depois de os iníquos serem eliminados, acabando-se com sua má influência. Daí, “os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na abundância de paz”. — Sal. 37:11.

A injustiça e a discriminação terminarão para sempre — justiça e união para toda a humanidade

PARA que a lei e a ordem sejam verdadeiramente eficazes, têm de ser acompanhadas da justiça e da igualdade. O preconceito e o ódio baseados nas diferenças raciais ou nacionais têm de acabar.

Entretanto, se nos voltarmos para os humanos a fim de trazerem isto por eles próprios, a perspectiva seria muito deprimente. A história da humanidade se acha repleta de injustiça e discriminação, resultantes de tais preconceitos nacionais ou sociais.

Inteiras nações e raças têm sido oprimidas, escravizadas e até mesmo aniquiladas por causa destes preconceitos. Atualmente vemos crescente hostilidade entre pretos e brancos, judeus e árabes, chineses e malaios. Vemos a guerra tribal suicida na África e o crescente nacionalismo em quase toda a parte.

Falham as Ideologias Políticas e Religiosas do Mundo

A situação hodierna é exatamente como comentou Ivo Duchacek em Conflict and Cooperation Among Nations, ao dizer: “O nacionalismo divide a humanidade em unidades mutuamente intolerantes. Como resultado, as pessoas pensam como estadunidenses, russos, chineses, egípcios ou peruanos, em primeiro lugar, e como seres humanos em segundo — se é que pensam nisso.”

Nem mesmo as poderosas ideologias políticas, tais como o comunismo, conseguem vencer esta hostilidade nacional e racial. Por exemplo, em março de 1969, um dos muitos choques armados entre as duas principais nações comunistas resultou na morte de 31 russos e de muitos chineses.

Nem são as religiões deste mundo capazes de sobrepujar os preconceitos nacionais e raciais. Um senhor católico que estudara nos seminários de Notre Dame e de Cantoria em Paris, notou como seus concatólicos matavam uns aos outros durante a Segunda Guerra Mundial, por causa de diferenças nacionais, e declarou:

“Fiquei escandalizado com os sermões proferidos pelo meu capelão, a respeito dos soldados do ‘outro lado’. Vez após vez, na confissão, perguntei-lhe por que o papa não proibia os católicos de ambos os lados de massacrarem-se uns aos outros. Não recebi nenhuma resposta.”

Até na mesma nação, as pessoas talvez freqüentem a mesma igreja junto com outros da mesma raça e nacionalidade, todavia, desprezem-nos por não serem tão ricos ou socialmente proeminentes. Certa pessoa da Igreja Unida do Canadá escreveu:

“A igreja era dirigida pelos cristãos de dez dólares por semana. Se desse menos, os recepcionistas não o levavam até seu banco, mas o faziam com os grandes doadores. Os membros ricos eram teimosos, não falando com as famílias da classe média.”

Provavelmente, já notou tais coisas, porque tais experiências não são de forma alguma incomuns. Em toda a parte existem divisões, por causa da nacionalidade, raça ou posição social. As crenças políticas ou religiosas mútuas das pessoas deixam de sobrepujar tais divisões.

Necessária a Mudança Básica

Até mesmo se os governos políticos promulgassem leis que proscrevessem o ódio e o preconceito, ordenando as pessoas a se amarem umas às outras, adiantaria isso alguma coisa? Não, porque o modo básico de pensar das pessoas não pode ser alterado simplesmente por se promulgar uma lei. O amor não pode ser legislado nos corações humanos. Como afirmou o educador norte-americano, Horace Mann:

“Deixe-se que a mente do público fique uma vez completamente corrompida, e todas as tentativas de se assegurar a propriedade, a liberdade, ou a vida, pela mera força das leis escritas num pergaminho, serão tão vãs como se colocássemos avisos impressos num pomar para manter afastadas as lagartas daninhas às plantas.”

O que é necessária é a mudança básica no modo de pensar e na atitude de coração. Mas, isso só poderá advir pela educação da espécie correta. Atualmente, contudo, os sistemas educacionais de todas as nações estão sintonizados com seus conceitos nacionalistas. As pessoas são educadas a competir com as outras em orgulho.

Tal educação jamais poderá eliminar os preconceitos nacionais, raciais ou sociais. Seu apelo ao modo de pensar correto é superficial, na melhor das hipóteses. Seu efeito sobre os corações humanos é igualmente superficial.

O Reino de Deus Traz a Educação Correta

Somente debaixo do reino de Deus virá uma mudança fundamental. Como? Pela educação da espécie correta.

Lembre-se de que, depois do fim deste iníquo sistema de coisas, o governo celeste de Deus assumirá o controle total da terra. Isso significa que assumirá o controle total de toda a educação. Não haverá centenas de sistemas educacionais conflitantes, que operem através do mundo, na nova ordem de Deus, como se dá agora. Não, haverá apenas um único sistema que Deus provê, mediante os representantes de seu Reino na terra.

Ensinar às pessoas a verdade sobre as corretas relações humanas terá máxima prioridade na nova ordem de Deus. Toda pessoa aprenderá as normas justas de Jeová. Essa educação uniforme trará à atenção de todos que “Deus não é parcial”. (Atos 10:34) Nenhuma pessoa é favorecida por ele em detrimento de outras por causa de sua nacionalidade, raça ou formação social. Com ênfase, a Bíblia pontifica: “Há injustiça da parte de Deus? Que isso nunca se torne tal!” (Rom. 9:14) Cada pessoa pode estar assim certa de obter justiça, de ser tratada com imparcialidade.

Na nova ordem de Deus, todos os homens aprenderão que são deveras “irmãos”, visto que todos se originaram do primeiro homem e da primeira mulher que Deus criou: “Ele fez de um só homem [Adão] toda nação dos homens.” (Atos 17:26) Ao invés de sentirem orgulho de sua raça, nacionalidade ou posição social, os habitantes da terra aprenderão a amar e a respeitar uns aos outros, tratando uns aos outros com dignidade. Disse Jesus: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” — João 13:34, 35.

Refazendo a Personalidade

Mas, como pode dar certo tal ordem de amarmos uns aos outros, quando já dissemos previamente que qualquer lei neste sentido promulgada pelos líderes políticos falharia?

Terá êxito porque o conhecimento de Deus é suficientemente poderoso para alcançar o coração e transformar as mais profundas atitudes da pessoa. A Bíblia afirma, quanto a Jeová, que Sua “lei é verdade”. (Sal. 119:142) Também afirma: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes.” (Heb. 4:12) Assim, as verdades de Deus podem perscrutar até os próprios corações dos homens, movendo-os a romper as amarras do preconceito.

Sendo toda pessoa na terra fortificada com o alimento mental correto, haverá uma saudável remodelação de personalidades. A Bíblia mostra que tal mudança profunda é possível, quando afirma: “Desnudai-vos da velha personalidade com as suas práticas e revesti-vos da nova personalidade, a qual, por intermédio do conhecimento exato, está sendo renovada segundo a imagem Daquele que a criou, não havendo nem grego nem judeu, . . . estrangeiro, cita, escravo, homem livre, . . . revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” — Col. 3:9-14.

Assim, na nova ordem de Deus, todos aprenderão o conceito correto — o de Deus. Por fim, no mais pleno sentido, será verdade que “a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar”. (Isa. 11:9) Por isso, o princípio bíblico é que, sendo proferidos os juízos de Deus, “os habitantes do solo produtivo certamente aprenderão a justiça”. (Isa. 26:9) Assim, poder-se-á dizer sobre a inteira família humana: “Todos vós sois irmãos.” — Mat. 23:8.

Todavia, se observar atualmente a família humana, ficará talvez corretamente admirado quanto a se tudo isso será possível. Que prova existe de que as pessoas de diferentes raças, nacionalidades e formações sociais se possam tornar “irmãs”?

Novamente, poderá examinar a evidência disponível até mesmo agora. Se tal harmonia puder ser demonstrada sob as condições atuais, então, por certo, na nova ordem de Deus haverá ainda maior harmonia, visto que terão desaparecido as pressões deste mundo mau.

Justiça e União Mesmo Agora!

Afirma a profecia bíblica: “Na parte final dos dias terá de acontecer que . . . muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde e subamos ao monte de Jeová, . . . ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ . . . E ele certamente . . . resolverá as questões com respeito a muitos povos.” — Isa. 2:2-4.

Note que esta profecia fala a respeito da “parte final” dos dias. Isto traz à lembrança o período mencionado como os “últimos dias” em Segunda Timóteo 3:1. Assim, até mesmo agora, hoje em dia, deveria esperar encontrar pessoas que aprendem os caminhos de Jeová e se tornam unificadas num vínculo mundial de amor, sem consideração de sua raça, nacionalidade ou posição social.

Onde pode encontrar tal harmonia em qualquer parte da terra, hoje em dia? A imprensa do mundo reconhece que este tipo de harmonia realmente existe. O Times de S. Petersburgo, Flórida, EUA, noticiou depois de recente congresso:

“AS TESTEMUNHAS PRATICAM A HARMONIA RACIAL. ‘Pretos e brancos juntos.’ As Testemunhas de Jeová não tocam trombetas sobre isso, simplesmente a praticam. Não só o congresso foi exemplo maciço da harmonia racial, com pretos e brancos adorando juntos, mas acolheu umas 700 Testemunhas de língua espanhola em seus programas sem haver um murmúrio.”

Depois de um congresso similar das testemunhas de Jeová, certo observador escreveu ao Citizen de Asheville, Carolina do Norte:

“Nunca se via um policial. Não houve barulhos estridentes, nem distúrbios e nem altercações. . . .

“A ordem era perfeita e não havia gritos obscenos. Lembro-me de que às vezes havia tantas quantas sete mil pessoas por volta da sede — bom número delas sendo de cor.

“Não havia NENHUM lixo ao redor . . . Eram sem dúvida motivadas pelo Espírito de Boa Vontade para com a humanidade.”

Anterior membro da Igreja Unida de Cristo nas Filipinas contrastou os da igreja dela com as testemunhas de Jeová, afirmando: “Dispúnhamo-nos a demonstrar frieza para com as pessoas de diferentes dialetos; éramos regionalistas. As Testemunhas não tinham esta desvantagem.”

Certa mãe de cor nos Estados Unidos relata a sua experiência:

“As testemunhas de Jeová chegaram à nossa casa pelo menos duas ou três vezes antes de decidirmos receber em nosso lar um estudo bíblico. Além de ter preconceito para com as pessoas brancas, eu muito me opunha a que as Testemunhas viessem à minha casa. Mas, simplesmente decidi permitir que meu marido verificasse por si mesmo as coisas.

“Cerca de um mês depois, as Testemunhas nos convidaram ao seu Salão do Reino. Bem, era ali que pensava que realmente iria ‘pegar’ meu marido. No entanto, eu mesma fiquei surpresa de ver as Testemunhas quando cheguei ao salão. Eram completamente diferentes do que pensava que seriam. Calorosas e amigáveis não são exatamente as palavras suficientes para descrevê-las . . . Para elas, não havia diferença de cor. Éramos a mesma coisa que elas. Isso me desarmou. Senti-me tão envergonhada de mim mesma.

“De todos os nossos estudos bíblicos temos aprendido a nos comportar, a amar-nos uns aos outros e, agora, sabemos que é o caminho certo a seguir. Isso mudou as nossas relações de um para com o outro, fez-nos gozar um casamento mais feliz, tornou-nos melhores pais.

“Tem-nos fornecido algo em que nos apoiar e nos mostrou o que temos de fazer a fim de obter a vida interminável. Antes disso, podíamos ter freqüentado a igreja por cem anos, e jamais teríamos aprendido qual é o propósito de Jeová Deus para nós.”

Não importa para onde se volte — para a África, a Ásia, a Europa, as Américas, as ilhas dos mares, é a mesma coisa — as testemunhas de Jeová transpuseram as barreiras do preconceito racial, nacional e social.

Como foi isto possível? Têm tais pessoas mais inteligência do que os demais? Cursam as melhores escolas deste mundo? Não, isto acontece por que fazem o que predisse a profecia de Isaías: dão ouvidos ao que Jeová diz em sua Palavra, e então vivem-na em suas vidas diárias. — Pro. 2:1-9.

É fato que, entre as mais de um milhão de testemunhas de Jeová em 200 terras, existe inquebrantável vínculo de amor e união. Isto é prova sólida de que a injustiça e a discriminação terminarão para sempre na nova ordem de Deus.

No entanto, o que dizer dos enormes problemas econômicos hodiernos? O que dizer da pobreza, da fome e da habitação inadequada? Como tais assuntos serão considerados na nova ordem de Deus?

Substituídas a pobreza, a fome e a habitação inadequada — decentes condições de vida para todos

COME bem nos dias atuais? Vive numa casa confortável? Tem rendimentos constantes?

Se puder responder “Sim” a qualquer uma destas perguntas, então, é bem diferente da maioria das pessoas na terra.

Por quê? Porque cerca de 10.000 pessoas morrem de fome cada dia, dois terços da inteira família humana sendo subnutridos. E a maioria das pessoas no mundo vivem na pobreza, em habitações inadequadas.

Todavia, o que aconteceria se apenas uma das nações mais poderosas do mundo usasse o dinheiro que agora despende em preparação bélica para edificar casas que custassem NCr$ 40.000,00 cada uma? Um total de oito milhões de casas poderiam ser construídas cada ano! E, o que dizer se o dinheiro gasto na guerra por todas as nações fosse usado da mesma forma? Um lindo lar poderia ser construído para cada nova família que está sendo formada no mundo inteiro!

Entretanto, isto não está sendo feito. E não há qualquer indício de que será feito pelos governos humanos.

Os Sistemas Econômicos não Satisfazem as Necessidades

A dura realidade é que os sistemas econômicos deste mundo não satisfazem as necessidades básicas da humanidade. Pelo contrário, os pobres e famintos do mundo aumentam rapidamente.

Uma enquête das Nações Unidas verificou que os desempregados na América Latina, apenas, haviam aumentado de 18 para 23 milhões de 1960 para 1968. Os governos locais aqui não conseguiram apresentar qualquer esperança real de melhora. Isto tem resultado na aparição de uma disposição cínica e irada entre muitos, em especial os jovens.

Na África, a pobreza, as favelas apinhadas e a fome se acham na ordem do dia.

Até mesmo os ricos Estados Unidos têm milhões de pobres. Também, sua ‘classe média’ está sofrendo apertos financeiros à medida que a inflação constante traz aumentos de preços. Tudo isto resultou nos seguintes comentários registrados em U.S. News & World Report, de 7 de julho de 1969:

Certo mecânico em Indiana: “Fixam o salário de modo que só consiga manter a cabeça fora d’água. Quando eu ganhava US$ 16 [NCr$ 64,00] por semana, eu economizava. Agora ganho US$ 700 [NCr$ 2.800,00] por mês e dificilmente consigo ir vivendo.”

Um empregado num lacticínio em Illinois: “Não há mais aposentadoria. A pessoa tem de trabalhar até o fim da vida. Muitas pessoas economizaram para os dias difíceis do futuro e daí descobriram que não tinham o bastante. O Seguro Social não cobre mais isso.”

Um pintor na Califórnia: “O fato que todos os impostos sobem, sem se ter fim em vista, é desanimador. As pessoas se sentem mais frustradas do que consigo me lembrar já por longo tempo.”

Tais comentários não são incomuns. São típicos. Todavia, estas pessoas vivem na nação mais rica da terra. Imagine como as pessoas se sentem em países tais como a Índia, onde, em Calcutá apenas, há 100.000 pessoas que moram nas ruas por não terem casa nem rendimentos!

Entretanto, ao passo que os sistemas econômicos hodiernos fracassam em satisfazer as necessidades da humanidade, o sistema econômico da nova ordem de Deus as satisfará. Deveras, suprirá a abundância, pois a Palavra de Deus promete: “Abres [Deus] a tua mão e satisfazes o desejo de toda coisa vivente.” — Sal. 145:16.

Nenhum Desperdício de Recursos

Hoje em dia, muito tempo, muita energia, muito dinheiro e materiais são gastos em se produzir coisas que não ajudam nem um pouquinho a humanidade. As armas bélicas sugam tremenda proporção dos recursos das nações.

Na nova ordem de Deus, tal desperdício não acontecerá. Visto que jamais haverá de novo nenhuma guerra ou violência, nenhuns fuzis, bombas, mísseis ou outras armas serão fabricadas jamais. Os muitos materiais que agora são desperdiçados nestas coisas serão utilizados em empresas úteis. Isaías 2:4 fixa a regra: “Terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras.”

Sob a autoridade central do reino celeste de Deus, todos os ricos recursos terrestres serão usados para o bem do homem. Aqueles que “arruínam a terra” terão desaparecido. — Rev. 11:18.

Substituída a competição Egoísta Pela Amorosa Cooperação

Nem haverá o desperdício resultante da competição econômica. Atualmente, os indivíduos, as firmas e as nações tentam sobrepujar uns aos outros, até mesmo tentando forçar os outros a abrir falência. Muita ansiedade, ódio e guerra foram causados pela competição econômica.

Quão angustiante é isso pode-se observar no editorial entitulado “A Competição da Vida Estadunidense”, publicado no Times de Nova Iorque, de 25 de junho de 1969. Comentando a dificuldade que o Presidente Nixon teve em encontrar homens habilitados para altos cargos, declarou:

“‘Jamais imaginei’, observou certo membro do Ministério no outro dia, que tributo a ardente, competição da vida comercial e profissional estadunidense tem colhido dentre muitos de nossos mais talentosos e bem sucedidos homens. Muitos deles simplesmente se desgastaram na luta. Muitos mais têm todos os tipos de problemas familiares que não podem abandonar. Em muitíssimos casos, passaram a beber a um ponto tal que o risco é grande demais’. . . .

Entrementes, a competição começa mais cedo e aumenta a todo o tempo: entrar nas melhores escolas, entrar nas melhores universidades, e enfrentar os testes de uma sociedade compulsiva e impetuosa. . . . A procura [do Sr. Nixon] de homens bem sucedidos está revelando alguns casos trágicos e forçando algumas conclusões sóbrias.”

Há muito tempo, a Bíblia registrou a tolice de tal competição, declarando: “Pois, o que é que o homem vem a ter de todo o seu trabalho árduo e do esforço do seu coração com que trabalha arduamente debaixo do sol? Porque todos os seus dias sua ocupação significa dores e vexame, também durante a noite seu coração simplesmente não se deita.” “Toda a proficiência no trabalho, . . . significa rivalidade de um para com o outro; também isto é vaidade e um esforço para alcançar o vento.” — Ecl. 2:22, 23; 4:4.

A regência do Reino de Deus eliminará tal competição. Visto que só haverá um governo, logicamente só haverá um único sistema econômico. Ao invés da competição entre os humanos, haverá cooperação. O amor ao próximo marcará todas as relações humanas. (João 13:35) Nem serão ricos alguns, ao passo que outros são assolados pela pobreza. E todos compartilharão no trabalho para o benefício da humanidade, a regra sendo: “Se alguém não quiser trabalhar, tampouco coma.” (2 Tes. 3:10) Isto quer dizer que nenhuma pessoa preguiçosa viverá à custa dos outros. Não, não será um ‘estado do bem-estar social’.

Prazer no Trabalho

O trabalho na nova ordem de Deus será verdadeiro prazer, visto que o homem poderá ver os resultados diretos de seu labor. Mas, isso não se dá com freqüência hoje. Quantas pessoas realmente têm prazer em seu trabalho agora?

Milhares de pessoas se acham nas linhas de montagem de produção em massa, inserindo uma porca, um parafuso ou pequena parte em máquinas o dia inteiro. Fazem isso apenas para ganhar o dinheiro para pagar suas contas, não porque o apreciem. Outros labutam no sol quente como lavradores emigrantes em propriedades e safras que jamais serão deles mesmos. Sua satisfação pessoal é, não raro, mínima. E quanto prazer pode realmente haver em se tentar vender produtos por meio da publicidade desencaminhada, tentando empurrar nas pessoas coisas que elas realmente não precisam, ou fabricar produtos que sabe que foram feitos para se gastar logo, a fim de se poder vender outros mais?

A nova ordem de Deus trará esplêndidas mudanças neste particular. A execução da “lei régia” de ‘amar ao próximo como a si mesmo’ eliminará a ganância que converte os homens em simples peças de enorme máquina. (Tia. 2:8) Também move os homens a fazer um bom trabalho, motiva-os a produzir, não produtos inferiores, mas coisas excelentes para seu próximo, trabalhos de primorosa qualidade em que terão genuíno prazer. — Ecl. 3:12, 13.

Solvidos os Problemas Habitacionais

A promessa feita há muito ao antigo Israel será cumprida para com toda a terra sob o governo de Deus. “Hão de construir casas e as ocuparão; e hão de plantar vinhedos e comer os seus frutos. . . . meus escolhidos usufruirão plenamente o trabalho das suas próprias mãos. Não labutarão em vão.” — Isa. 65:21-23.

Jeová não propôs que o homem vivesse empilhado uns sobre os outros em esquálidas favelas urbanas. Isso vai de encontro à própria natureza do homem. A revista Look, de 10 de junho de 1969, declara: “Entre todos os vertebrados, desde camundongos até aos hipopótamos e aos homens, a única condição universal que produz a agressão descontrolada é a aglomeração. Entre os humanos, irrompe a hostilidade quando as pessoas começam a intrometer-se no ‘espaço pessoal’ de cada um.”

Quando Jeová criou o homem e a mulher, colocou-os num jardim lindo, e não numa miserável favela urbana. (Gên. 2:7, 8) As cidades foram inicialmente construídas por homens alienados de Deus. (Gên. 4:17; 10:8-12) Desde então têm produzido todas as espécies de miséria, frustração e crime. Mas, em breve, na nova ordem de Deus, as cidades superpovoadas da atualidade terão desaparecido para sempre, sendo substituídas por lares decentes para todos.

A Terra Produz em Abundância

Na nova ordem de Deus, o homem não terá de labutar em vão com a terra como não raro tem feito. Então, Jeová abençoará a humanidade com abundante alimento.

O livro bíblico de Salmos descreve as bênçãos de Deus, dizendo: “Virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos montes haverá superabundância.” “[Deus] faz brotar capim verde para os animais e vegetação para o serviço da humanidade, a fim de que saia alimento da terra.” Sim, “a própria terra dará certamente a sua produção; Deus, nosso Deus, nos abençoará”. — Sal. 72:16; 104:14; 67:6.

Dará Isso Realmente Certo?

Como sabemos, porém, que os humanos não criarão de novo horríveis condições de vida? Como podemos estar seguros de que não transformarão lares decentes em miseráveis favelas?

Por um lado, o reino de Deus estará em controle completo. Não lhe escaparão à atenção ou à sua correção quaisquer condições potencialmente ruins. Por outro lado, todos os que viverem então terão sido educados nos caminhos de Deus. Terão aprendido as elevadas normas de limpeza e ordem de Deus que contribuem para decentes condições de vida.

Vemos tais altas normas entre os adoradores de Jeová atualmente? Depois dum grande congresso das testemunhas de Jeová em Winston-Salem, Carolina do Norte, o encarregado do coliseu disse: “Sem exceção, este é o grupo de pessoas mais limpo e mais ordeiro que já esteve no coliseu nos quase 10 anos que estou ali.” E, depois de seu enorme congresso em Nova Iorque em 1958, a que compareceram mais de 250.000 pessoas, o 1959 Arena, Auditorium & Stadium Guide afirmou:

“Nem sequer um palito de fósforo ou um papel de bala podia ser encontrado nos estádios e em outras dependências que alugaram. Milhares de seus membros, homens, mulheres e crianças, formaram uma comissão para deixar cada metro quadrado da área tão limpo como o encontraram ou até mais limpo.”

O que fazem nos congressos, aprendem a praticar em casa. Por transformarem a mente segundo as normas de lei e ordem de Deus, elas vieram a apreciar a boa ordem e a limpeza. Até mesmo se suas casas costumavam ser desarrumadas, os amigos observam que começaram a mantê-las em ordem e limpas. Isto não exige muito dinheiro, mas a disposição de trabalharem. Visto que isto já está sendo feito agora, mesmo que cercadas estejam de vizinhos que amiúde não se importam com a aparência de seus lares, pode depreender como será muito mais fácil fazê-lo na nova ordem de Deus, quando todos terão aprendido as mesmas normas elevadas da boa ordem.

Daí, também, em ocasiões de desastre, tais como enchentes ou tempestades, as testemunhas de Jeová ajudam seus irmãos, suprindo-lhes livremente seu dinheiro, seus materiais e seu tempo, dando o que têm. Tal espírito de altruísmo é o que prevalecerá em toda a terra no novo sistema de Deus. — 2 Cor. 9:11-14.

Não é emocionante considerar uma nova ordem livre da guerra, do crime, da injustiça, da pobreza e da fome? Que deleite será viver em paz e segurança, em unidade e amor, possuindo-se decentes acomodações e amplo alimento nutridor! Isso seria realmente, como Jesus o chamou, o “Paraíso”. — Luc. 23:43.

As pessoas que vivem sob tais condições certamente quererão continuar vivendo. Mas, a doença e a morte prevalecem na atualidade. O que fará a regência do Reino de Deus a respeito destes grandes inimigos da humanidade?

A lei do pecado e da morte cede seu lugar — prevalece a regência da saúde e vida

A REGÊNCIA do reino de Deus trará um programa de saúde muito maior do que os governos humanos jamais sequer tentaram realizar. Isto terá decidido efeito sobre a lei e a ordem terrestres. Como assim?

O modo como se sente tem muito que ver com seu modo de agir. Os doentes não raro fazem coisas que normalmente não fariam. Uma doença tão simples como uma dor de cabeça ou indigestão pode provocar palavras irritadas ou ações mal-humoradas, e elas talvez gerem a violência.

A doença prolongada e séria pode provocar a neurose. O neurótico talvez tente suicidar-se ou se torne mentalmente tresloucado. Tais pessoas executaram assassinatos em massa — às vezes de suas próprias famílias. Já leu sobre tais coisas em seu jornal.

Insuficientes os Programas Atuais de Saúde

A boa saúde é um bem inestimável, um futuro vital na vida com contentamento. Mas, a família humana hodierna não é saudável. Cerca de 700.000.000 de pessoas na África, Ásia, América Central e do Sul ainda, sofrem de malária. A malária, a elefantíase ou a ancilostomíase talvez não constituam problema nos chamados “países adiantados”, mas, ali, o câncer e as moléstias cardíacas colhem um tributo ainda maior. Tais países adiantados também encaram avolumantes perigos da poluição do ar, da água e da terra. Como disse recentemente o Dr. Barry Commoner:

“O novo homem tecnológico leva o estrôncio 90 em seus ossos, o iodo-131 em sua tiróide, o DDT em sua gordura, e asbestos em seus pulmões.” — Times de Nova Iorque, 3 de maio de 1969.

As grandes cidades, também, acham cada vez mais difícil cuidar dos problemas sanitários, da rede de esgotos e da eliminação dos detritos. Tais condições não contribuem para a vida ordeira.

Contrário ao que se crê, a ciência médica não conseguiu realmente estender a duração da vida do homem. O exemplar de março de 1968 de Scientific American declarou:

“A impressão comum de que a medicina moderna prolongou a duração da vida humana não é apoiada nem pelas estatísticas demográficas nem pela evidência biológica. Por certo, os progressos do Século 20 no controle de doenças infecciosas e de certas causas de morte melhoraram a longevidade da população como um todo. Tais consecuções na medicina e na saúde pública, porém, estenderam meramente a duração da vida em média por permitirem que mais pessoas alcançassem o limite máximo que, para a grande maioria da humanidade, ainda parece ser as quatro vintenas bíblicas de anos.”

Esta brevidade da vida humana também influi na lei e ordem. Como assim? Saber que a vida é curta dá a alguns, até mesmo aos jovens, a sensação de frustração. As pessoas sentem a premência do tempo para realizar tudo que elas desejam realizar. A ânsia de chegar ao seu objetivo rapidamente com freqüência impele os homens a atos agressivos, sem consideração pelos interesses dos outros. Isto é verdade quanto aos regentes nacionais, bem como quanto aos cidadãos comuns.

Não podemos desconsiderar tais fatores da saúde ruim e da vida curta quando consideramos o problema da lei e da ordem. Contribuem para o crescente número de viciados em entorpecentes. Os humanos impacientes e que vivem pouco mancham as rodovias modernas com o sangue de milhões de pessoas mortas em acidentes automobilísticos. O impulso de ‘enriquecer rapidamente’, de ‘divertir-se ao máximo antes de se ficar velho’, jaz à base de incontáveis violações legais e atos criminosos.

Como foi que a humanidade chegou a tal situação? Como pode vir o alívio?

Fonte do Problema

A humanidade aprendeu muitas coisas valiosas a respeito da saúde humana e das enfermidades humanas. Mas, a ciência médica ainda não conhece a causa real da doença e da morte. Os cientistas médicos sabem que a doença é uma ‘desordem biológica’, uma condição anormal. As células cancerígenas, por exemplo, são células que ‘endoideceram’, multiplicando-se sem consideração pára com as funções ordeiras das outras células e dos órgãos do corpo. Mas, o que provoca estas desordens que geram a doença?

Os germes, as bactérias, os micróbios, os vírus? Esta não é a resposta final. Pois os cientistas médicos nos dizem que o sistema defensivo incluído no corpo humano é tão complexo e tão poderoso que o homem jamais deveria ficar doente. As pessoas com a devida nutrição e alta resistência com freqüência não são afetadas pelas bactérias que trazem a morte a outros.

Os pesquisadores e os biólogos falam do corpo humano como possuindo “potencial imortalidade”, da possibilidade de o corpo jamais morrer, devido à autocura e à auto-renovação contínuas. Conforme observou o bioquímico William Beck:

“Não posso ver nenhuma razão pela qual a morte, na natureza das coisas, precise ser inevitável.”

Assim, não só a doença, mas também a velhice e a morte parecem ser anormais, algo fora de ordem para o corpo humano. Por que, então, a humanidade se agasta na escravidão a tais coisas? Os cientistas humanos só podem propor teorias como resposta. Conforme declara o livro The Cell (A Célula), parte da coleção Científica da Life:

“Há . . . várias teorias que tentam explicar o invariável e aparentemente inevitável processo de envelhecimento dentro da célula — e, por conseguinte, dentro do próprio homem. Nenhuma delas é definitiva, nenhuma tem aceitação geral.”

Apenas a Bíblia fornece-nos a resposta a nossas perguntas. Somente ela nos diz a causa da doença e da morte. E nos dá garantia de que esta condição desordenada nos corpos humanos será removida sob o programa de saúde e vida executado pelo governo justo de Deus.

Liberdade da Lei do Pecado e da Morte

Na Bíblia, na carta do apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo oito, versículo dois, ele fala de pessoas serem ‘libertas da lei do pecado e da morte’. A Bíblia mostra que tal lei começou a aplicar-se quando o primeiro casal humano se rebelou contra seu Criador no Éden. (Gên. 3:1-19) Para sua rebelião, puseram-se em desarmonia com Deus, com sua lei e ordem. Perderam sua boa consciência para com Deus e a paz mental que isto trazia. Mostraram um adoecer da mente e isto também introduziu a imperfeição em seus corpos. Como o apóstolo se expressa, vieram a se achar sob a “lei do pecado”, tornaram-se seus escravos, e “o pecado reinou com a morte” sobre eles. Desde então tem reinado sobre todos os seus descendentes, inclusive nós, atualmente. — Rom. 5:12, 19-21.

Mas, o propósito da regência do Reino de Deus por meio de seu Filho Jesus Cristo é restaurar a humanidade obediente em harmonia com Jeová Deus, o Criador. O Salmo 68:20 nos conta: “A Jeová, o Soberano Senhor, pertencem as saídas da morte.” Ele proveu os meios legais para o cancelamento da condição pecaminosa de todos os que o buscarem e que se puserem sob a Sua direção. Esse meio legal é o preço resgatador pago pelo seu próprio Filho, que deu sua vida humana em sacrifício e, destarte, tornou-se o “Agente Principal” de vida e salvação da parte de Deus para todos os que obedecerem a ele. — Atos 3:15; Heb. 2:10.

Depois de o reino celeste de Deus purificar a terra dos que voluntariamente rejeitam Suas provisões para a vida, um programa milenar entrará em efeito para levar todos os que viverem a um estado de perfeição humana. O Filho de Deus e os que ‘regerão junto com ele como reis e sacerdotes’ aplicarão os benefícios do sacrifício de Jesus a todos os obedientes. (Rev. 20:6; 22:1, 2) Com tal ajuda e por fazerem contínuo progresso na justiça, por fim se verão completamente livres da escravidão ao pecado, a doença e a morte herdados de seu antepassado Adão. Sim, destarte, Deus “enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor”. — Rev. 21:4.

O Que Dizer de Agora?

Até mesmo agora as pessoas podem ser beneficiadas, não só mental, mas também fisicamente, pelas provisões de Deus. Como isto se dá?

No livro bíblico de Provérbios, capítulo quatro, versículos 20 a 22, lemos:

“Filho meu, presta deveras atenção às minhas palavras. Inclina teu ouvido às minhas declarações. Não se afastem elas dos teus olhos. Guardadas no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde para toda a sua carne.”

Muitos benefícios saudáveis resultam para os que estudam a Palavra de Deus e aplicam suas leis em suas vidas. Por exemplo, muitas nações da terra agora experimentam alarmante incremento das doenças venéreas — da sífilis e da gonorréia. Por quê? Certa declaração feita pela Comissão de Assuntos Públicos dos EUA afirma:

“A revolução nas atitudes sexuais dos últimos vinte anos e a ênfase excessiva sobre o sexo em nossos veículos de comunicação em massa têm tido seu quinhão em agravar o problema das doenças venéreas em nosso país.”

Mas, os que se apegam às excelentes leis morais da Bíblia são salvaguardados de tais doenças mutiladoras. — Pro. 5:15-20; 7:22-27; Efé. 5:3.

A moderação é a regra estabelecida na Bíblia para os assuntos de se comer e beber. (Pro. 23:20; Luc. 21:34) Aos que a seguem são acrescentados anos de vida, à medida que evitam comer ou beber demais. Prestando sincera atenção ao conselho do apóstolo — “quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória de Deus” — eles também se livram do custoso e escravizador vício de entorpecentes. (1 Cor. 10:31) Não arriscam-se tolamente a contrair câncer pulmonar ou outras moléstias por fumarem. — 2 Cor. 7:1.

O exercício do domínio de si em todas estas questões habilita as pessoas hoje em dia a usufruir o genuíno respeito próprio. Contribui para seu contentamento e sua saúde mental. A importância de tal saúde mental é vista na seguinte declaração do livro Cancer (Câncer), do Dr. J. E. Hett:

“Os impulsos do choque, da preocupação, do ódio, da ira, do ciúme, da vingança e da má vontade exercem pressão extra sobre as glândulas endócrinas. Por intermédio delas se inibem as funções do estômago e dos intestinos. Criam-se venenos que causam dano aos tecidos. Estes, por sua vez, interferem com a atividade correta da mente. Isso se torna um círculo vicioso.” — Página 85.

Com boa razão, afirma a Bíblia: “O coração calmo é a vida do organismo carnal, mas o ciúme é podridão para os ossos.” (Pro. 14:30) Quão sábio, então, é seguir o conselho cristão: “Revesti-vos das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente, se alguém tiver razão para queixa contra outro. Assim como Jeová vos perdoou liberalmente, vós também o fazei.” — Col. 3:12, 13.

Apenas a Bíblia provê o alimento espiritual que habilita as pessoas a substituir as emoções negativas e prejudiciais pelas qualidades saudáveis e edificantes. O amor a Deus e o amor ao próximo que cria na pessoa protege-a de ficar envolvida em violentas disputas, motins e outras insurreições desordeiras. A pessoa usufrui a paz mental que apenas a boa consciência pode trazer. — 1 Ped. 3. 16-18

Por fim, o conhecimento dos propósitos de Deus para o futuro, a promessa de sua justa nova ordem contida na Bíblia, fortalece com esperança os corações das pessoas honestas. Não se tornam doentes devido a ansiedade, o desespero ou a frustração. Vêem nas atuais condições angustiantes da terra a evidência clara de que sua esperança será em breve concretizada, que, deveras, seu “livramento está-se aproximando”. (Luc. 21:28) Verdadeiramente possuem algo digno pelo qual viver.

O que dá ordem à sua vida, ao seu modo de pensar, à sua atividade diária? Qual é seu propósito na vida, o alvo que está buscando? Pense nestas coisas, ao considerar o artigo seguinte.

Deseja realmente a lei e ordem?

DESEJA realmente a lei e ordem? E, se deseja, que tipo de lei e ordem deseja?

Poderia estar interessado somente na lei e ordem que lhe permitem continuar vivendo como vive agora, talvez buscando alcançar certas ambições pessoais sem ser perturbado?

Ou se interessa no tipo de lei e ordem que estabeleça normas para a conduta correta, baseadas no altruísmo, no amor e no respeito pelos direitos alheios? Em sua preocupação pelos direitos dos outros, será que os direitos de Deus fazem parte de sua consideração?

Algumas pessoas prefeririam deixar a Deus fora do assunto. A lei e ordem genuínas, porém, jamais poderiam surgir dessa forma. Nenhum sistema de regência inventado pelos homens conseguiu ainda produzir uma lei e ordem que durassem. Velhos sistemas desaparecem, novos sistemas surgem, duram por algum tempo e então eles próprios são substituídos. As leis existentes são regularmente revistas, em virtude da dessatisfação geral com elas, ou porque são ineficazes em impedir abusos e más ações.

A lealdade aos códigos de leis humanos diminui constantemente em toda a terra. Cada vez mais pessoas obedecem apenas às leis que as favorecem ou não interferem em seus alvos e suas ambições. Até os homens militares, quando capturados e ameaçados, ou pressionados, violam os códigos de conduta de seus países. Alguns que resistem a tais pressões violam voluntariamente outros códigos de conduta quando são libertos.

Os humanos precisam de uma lei que provenha de uma fonte mais alta do que simples criaturas humanas como elas mesmas, se hão de prestar plena e constante lealdade a tal lei. Apenas a lei que emana de Deus pode inspirar tal lealdade.

Para todas as pessoas que realmente desejam essa lei e ordem verdadeira, Deus faz um convite para que usufruam a vida na terra sob seu governo celeste. (Mat. 24:14) Mas, não obriga ninguém a fazer isto. Aqueles que resolvem rejeitar a lei e a ordem de Deus estão livres para fazê-lo. Não obstante, têm de aceitar as conseqüências de sua escolha.

Rejeitar a Lei e Ordem de Deus

A Palavra de Deus mostra que toda pessoa tem de assumir a responsabilidade pela sua atitude para com as leis de Deus. Declara: “Visto que chamei, mas vós continuais a negar-vos, . . . quando aquilo de que tendes pavor chegar como tempestade, e o vosso próprio desastre vier para cá como um tufão, quando chegarem sobre vós aflição e tempos difíceis . . . persistirão em invocar-me, mas eu não responderei; continuarão à minha procura, mas não me acharão, visto que odiaram o conhecimento e não esconderam o temor de Jeová. Não consentiram no meu conselho; desrespeitaram toda a minha repreensão.” — Pro. 1:24-30.

As pessoas que rejeitam as normas elevadas de Deus não obterão Sua proteção quando terminar este sistema. Deus não está obrigado a ajudar tais pessoas. A Bíblia declara: “Comerão dos frutos do seu caminho e ficarão empanturrados com os seus próprios conselhos. Pois a renegação dos inexperientes é o que os matará e a despreocupação dos estúpidos é o que os destruirá.” — Pro. 1:31, 32.

Atualmente, muitas pessoas “renegam”, isto é, agem traiçoeiramente contra Deus e suas leis. Os jovens e as pessoas maduras se rebelam contra toda lei e ordem, especialmente a de Deus. Mas, tais pessoas são chamadas de “inexperientes”. Realmente não sabem do que estão falando. Falta-lhes sabedoria e entendimento.

Outros apenas se dispõem a ir na onda e adotar o modo mais fútil, como se as coisas fossem passar sua fase crítica e melhorar de alguma forma, sem que tivessem de fazer nada. Mas, como mostra a Bíblia, isto é estupidez. Jeová Deus tem decretado o fim deste sistema, e tanto os renegados como os do tipo maré mansa desaparecerão junto com ele. Não faria sentido seguir a tais pessoas, faria?

Obedecer a Lei e Ordem de Deus

O proceder razoável e sensato é voltar-se para Jeová, aprender quais são suas leis, e então obedecer a elas. A Palavra de Deus promete aos que o fizerem: “Quanto àquele que me escuta, residirá em segurança e estará despreocupado do pavor da calamidade.” — Pro. 1:33.

Sim, aquele que escutar à sabedoria de Jeová e fizer Sua vontade estará seguro quando sobrevier o desastre a este sistema. Ele é quem sobreviverá para a nova ordem de Deus, como diz a Bíblia: “Procurai a Jeová, todos os mansos da terra, que tendes praticado a Sua própria decisão judicial. Procurai a justiça, procurai a mansidão. Talvez sejais escondidos no dia da ira de Jeová.” — Sof. 2:3.

O conhecimento da Bíblia, a Palavra de Deus, é o próprio âmago da aprendizagem da lei e ordem de Deus. E não se pode aprender isso em uma hora ou duas. Algumas pessoas acham que deveriam poder aprender tudo sobre os propósitos de Deus sem despenderem nenhum esforço verdadeiro. O despropósito desta atitude foi indicado pelo cientista no livro Behind the Dim Unknown (Por Trás do Vago Desconhecido). Comentou:

“Deus, por certo, não é menos complexo e nem possui menos facetas do que Seu universo. . . . ninguém parece esperar conhecer tudo sobre a astronomia depois de um único curso universitário. Todavia, fico continuamente surpreso com aqueles que esperam que Deus seja de alguma forma menos intrincado e digno de reverência do que o universo, e que exigem respostas completas a todas as perguntas no tocante a Deus numa preleção de uma hora no curso de uma palestra em grupo noturna, ou o que ainda é pior, de seu professor elementar da escola dominical.”

Visto que a chave para a vida é o conhecimento de Deus, convidamo-lo a tirar proveito do curso especial de estudo bíblico, por seis meses, que as testemunhas de Jeová oferecem a todos os interessados, sem qualquer despesa. Centenas de milhares de pessoas em todas as partes da terra estão atualmente aprendendo os verdadeiros ensinos da Bíblia desta forma. Na intimidade de seu próprio lar, poderá pesquisar as Escrituras, de modo a ‘certificar-se de todas as coisas’. — 1 Tes. 5:21.

Em breve os atuais sistemas humanos se lançarão na confusão e no caos, numa “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”. (Mat. 24:21) Esta mudança drástica vem por meio da execução por parte de Deus de seus juízos justos. Estará envolvido nessa mudança de uma forma ou de outra, para a vida ou para a morte.

Se realmente desejar o que é correto, se desejar ver a lei e ordem verdadeiras, então desejará fazer o que o Grande Juiz e Dador da Vida diz: “Não te esqueças da minha lei, e observe teu coração os meus mandamentos, porque te serão acrescentados longura de dias e anos de vida e paz.” — Pro. 3:1, 2.

Essas incomodativas verrugas

A MÃO com uma ou mais feias verrugas não é nada agradável de se olhar. Pense em quão aflitivas as verrugas podem ser para a moça cujo desejo natural é ter mãos delicadas. O rapaz também pode ficar contrariado com a feia aparência delas e aborrecido de elas constantemente interferirem em seu trabalho. As mãos, porém, não são o único lugar do corpo em que as verrugas podem aparecer.

Às vezes, uma verruga poderá crescer na sola do pé de uma pessoa, tornando o andar penoso para ela. Quando crescem ali, são geralmente chamadas verrugas plantares. Podem, com efeito, crescer em quase toda parte da pele, mas, com maior freqüência, aparecem nas mãos, nos dedos e nas solas dos pés. Visto que há várias espécies de verrugas, variam de cor, algumas sendo brancas, outras variando do amarelo para o marrom e ainda outras sendo pretas ou verdes.

Os médicos estão firmemente convencidos de que as verrugas são causadas por um vírus que pode ser transmitido de uma pessoa para outra. Na realidade, o vírus já foi mantido numa cultura tecidual e fotografado por um microscópio eletrônico.

Quando as verrugas desaparecem espontaneamente, pensa-se que a pessoa criou um estado de relativa imunidade a elas. Surpreendente, porém,