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Uma visita ao templo de SalomãoA Sentinela — 1960 | 15 de fevereiro
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além do reinado de Salomão, assim também o templo espiritual, como “palácio” de Jeová, perdurará além do reinado milenar de Cristo; de fato, durará para sempre. — 1 Reis 4:20-25; Isa. 11:9; Apo. 21:4.
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‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’ — Parte 21 da sérieA Sentinela — 1960 | 15 de fevereiro
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‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’ — Parte 21 da série
Conforme foi descrito no capítulo que se acaba de concluir, intitulado “O ‘Chifre Pequeno’, em Oposição”, a Babilônia surgiu como potência mundial na última parte do sétimo século antes de Cristo. Em 618 A. C. o rei babilônico Nabucodonosor sitiou a capital judaica de Jerusalém e levou o rei dos judeus cativo para a Babilônia. Entre os muitos outros cativos levados para a Babilônia achava-se o jovem judeu Daniel, que se tornou profeta de Jeová e escritor do livro bíblico que leva o seu nome, Daniel. O novo rei colocado no trono de Jerusalém por Nabucodonosor rebelou-se, e Nabucodonosor sitiou novamente a cidade santa. No verão do ano 607 A. C., ele capturou e destruiu a cidade e demoliu o seu templo dedicado a Jeová. Muitas centenas do sobreviventes judeus foram levados ao exílio na Babilônia, onde se achava Daniel, e outros fugiram em medo, deixando desolada a terra de Judá. Cerca de sessenta e nove anos depois, ou em 839 A. C., a própria Babilônia foi derrubada como potência mundial pelos medos e pelos persas, cujo império associado tornou-se então a potência mundial dominante, a quarta na história bíblica. Daniel foi testemunha disso.
RESTABELECENDO O SANTUÁRIO NA SUA CONDIÇAO LEGÍTIMA
CAPÍTULO 9
1. Durante o domínio mundial da Babilônia, em que estado se encontrava o santuário terrestre de Jeová, e o que aumentou a preocupação de Daniel quanto a este?
DURANTE os sessenta e nove anos em que a Babilônia dominou como a terceira potência mundial da história bíblica, o santuário de Jeová Deus em Jerusalém jazia desolado. Tendo interesse sincero na adoração do Deus Altíssimo no lugar que este escolhera nos tempos antigos, o profeta Daniel orou no exílio: “Sobre o teu santuário, que está deserto, faze brilhar a tua face, por amor de ti mesmo.” (Dan. 9:17, So) Sua preocupação com o santuário de Jeová foi aumentada pela visão que o Senhor Deus lhe deu durante o reinado do último rei da potência mundial babilônica, isto é, “no terceiro anno do reinado do rei Belshazzar [Belsazar]”.
2. O que viu Daniel primeiro nesta visão durante o terceiro ano do reinado de Belsazar?
2 Não é certo se Daniel se achava ainda na cidade de Babilônia e apenas via a si mesmo em outro local, na visão, ou se se achava realmente no outro local mencionado. Voltando do aramaico para o hebraico, Daniel escreveu: “Eu vi na visão (ora foi assim, que quando vi, eu estava no castello de Susa, que é na província de Elam) vi na visão, e eu estava junto ao rio Ulai. Então levantei os meus olhos e vi, e eis que estava em pé deante do rio um carneiro que tinha dois chifres: os dois chifres eram altos; mas um era mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por ultimo. Vi que o carneiro dava marradas para o occidente e para o norte e para o sul; nenhuns animaes podiam parar deante delle, nem havia quem os podesse livrar do poder delle; elle, porém, fazia segundo a sua vontade, e assim se engrandeceu.” — Dan. 8:1-4.
3. Quem foi mandado para fazer Daniel entender a visão, e por que sabemos que tem que ver com os nossos próprios tempos críticos?
3 Nós, os que vivemos hoje na última metade deste século vinte, podemos examinar esta profecia emocionante com a garantia de que tem que ver com os nossos próprios tempos críticos, o “tempo do fim”, pois foi um anjo destacado de Jeová Deus quem disse isso. Daniel, naqueles dias antigos, não podia entender a visão, mas escreveu: “Ouvi uma voz de homem entre as margens de Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, faze que este homem entenda a visão. Veiu, pois, perto do logar em que eu estava; quando elle veiu, fiquei amedrontado, e prostrei-me com o rosto em terra. Porém elle me disse: Entende, filho do homem, pois a visão pertence ao tempo do fim. Ora emquanto elle falava commigo, cahi num profundo somno, tendo o meu rosto virado para a terra; elle, porém, me tocou, poz-me em pé, e disse: Eis que te farei saber o que ha de acontecer nos ultimos dias da indignação, porque pertence ao tempo determinado do fim.” Por isso devemos estar hoje interessados nisso.
4. Que simbolizava o carneiro da visão, e como se tornou mais alto o chifre que subiu por último?
4 Começando com a interpretação, o anjo Gabriel disse: “O carneiro que tu viste, que tinha dois chifres, estes são os reis da Media e da Persia.” (Dan. 8:15-20) Este carneiro simbólico representa a quarta potência mundial, a Medo-Pérsia. Os dois chifres altos representam reis. O chifre dos medos foi o primeiro a surgir como sucessor direto dos reis caldeus de Babilônia, mas terminou praticamente com Dario, o Medo. Seu sobrinho Ciro, o Grande, participara com ele na conquista de Babilônia. Ciro, o Persa, sucedeu ao seu tio Dario como rei sobre toda a Babilônia. Os reis persas continuaram a ocupar a posição dominante. Durante o reinado posterior do rei persa Dario I, houve uma rebelião entre os medos, mas os persas a subjugaram. De modo que o chifre persa tornou-se o mais alto dos dois. Em sinal disso, os textos de Daniel 5:28; 6:8, 12, 15; 8:20 falam dos medos na frente dos persas, mas o livro posterior de Ester fala dos persas na frente dos medos. (Est. 1:3, 14, 18, 19; 10:2) Jeová falou por meio do profeta Isaías que suscitaria os medos, em vez de falar dos persas, para derrubar Babilônia. — Isa. 13:17; 21:2.
5. Que potência mundial foi incapaz de resistir a Este carneiro simbólico, e de que modo se representa o carneiro como avançando desde o leste?
5 Na visão anterior dada a Daniel, a Babilônia fora representada como um animal selvagem que subia do mar e era semelhante a um leão, tendo asas de águia. Este animal simbólico foi incapaz de se manter de pé diante do carneiro simbólico desta nova visão. Com a captura de Babilônia, em 539 A. C., esta caiu, e por quase cinqüenta anos nenhum dos outros animais de governo político podiam resistir à potência mundial medo-persa. As profecias falam de Jeová suscitar “do Oriente” um conquistador, chamando-o de “ave de rapina” desde o Oriente. (Isa. 41:2; 46:11) Apocalipse 16:12 alude a Dario, o Medo, e seu sobrinho Ciro, o Grande, como sendo “os reis vindos do Oriente”. Em harmonia com isso, Daniel viu o carneiro simbólico dar “marradas para o occidente”, vindo do oriente, bem como avançar contra o norte e contra o sul.
6. Até que se deu que expansão não houve ninguém que resistisse ao Império Persa ou que livrasse da sua mão? E em razão de que é famoso o rei de seu maior domínio?
6 Até que o Império Medo-Persa atingiu tamanho muito maior do que o Império Babilônico, não havia potência política que lhe pudesse resistir para não ser dominada por esta quarta potência mundial, especialmente no continente asiático. Fazia como bem queria e ampliava o seu domínio. O Rei Cambises, que sucedeu a Ciro, o Grande, conquistou o Egito. Seu sucessor, o rei persa Dario I, avançou para o oeste através do Estreito do Bósforo, em 513 A. C., e invadiu o território europeu da Trácia, cuja capital era Bizâncio (agora Istambul). Por volta do ano 508 já subjugara a Trácia, e por volta de 496 conquistara a Macedônia. Deste modo, o império tornou-se nos dias de Dario I o maior que o mundo já vira até aquele tempo. Dario I é também famoso por ter reescavado o Canal de Suez, e por ter permitido que os judeus restabelecidos na Palestina completassem a sua reconstrução do santuário
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