30. Por que devemos ser diligentes em descobrir tudo o que a Lei prefigurava?

³⁰ A Lei era muito excelente, no entanto, foi dada apenas a uma nação típica de Deus, e fornecia uma sombra das boas coisas vindouras. Isto é declarado em Hebreus 10:1, onde lemos: “Pois, visto que a Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria substância das coisas, os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam.” Portanto, quão diligentes devemos ser em estudar o que foi prefigurado, a saber, a lei da liberdade introduzida por Jesus Cristo, mencionada em Tiago 1:25, onde lemos: “Mas aquele que olha de perto para a lei perfeita que pertence à liberdade e que persiste nisso, este, porque se tornou, não ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, será feliz em fazê-la.” E podemos aguardar com viva expectativa o governo justo da terra, durante o glorioso reinado milenar de Cristo, agora tão perto! Então se darão aos habitantes da terra as necessárias instruções justas, incluindo até mesmo os mortos ressuscitados, conforme se descreve em Revelação 20:12, 13, onde lemos: “Eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se rolos. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações. E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações.”

Perguntas dos Leitores

● Uma nota ao pé da página 140 de “Novos Céus e Uma Nova Terra” menciona certos números como sendo números perfeitos. Um deles é o número “3”. Em que sentido é um número perfeito? — R. I., E. U. A.

O número “3” é número de ênfase perfeita ou completa. Em diversos lugares, na Bíblia, declaram-se coisas três vezes com o fim de dar ênfase. Por exemplo, antes de os judeus serem vencidos e levados cativos pela Babilônia, eles foram advertidos: “Não confieis em palavras falazes, dizendo: ‘O templo de Jeová, o templo de Jeová, o templo de Jeová é o que são!’” Os judeus relapsos haviam profanado o templo, mas chegavam-se a ele em busca do perdão de suas abominações. Jeová mostrou que não ia preservar aquele templo profanado, assim como tampouco preservou o tabernáculo em Silo depois de profanado, e, portanto, chamá-lo de “templo de Jeová” era uma mentira. Estas palavras mentirosas foram declaradas três vezes para ênfase. Jeová salientou também a derrubada do reino infiel por meio duma repetição tríplice: “Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei.” — Jer. 7:4-14; Eze. 21:27.

No jardim de Getsêmane, Jesus se sentia pesaroso e muito aflito, e ele orou três vezes, pedindo que, se fosse possível, fosse tirado o copo que devia beber, mas que se fizesse a vontade de Jeová. Isto deu ênfase completa à oração, assim como depois de sua morte e ressurreição sua ordem tríplice a Pedro, de apascentar as ovelhas, tornava a ordem perfeitamente enfática. Em outra ocasião, enfatizou-se um assunto a Pedro pela repetição tríplice dele, a saber, quando ele estava no alto duma casa e se achava em transe, vendo animais considerados impuros, mas a sua objeção a comer por este motivo foi vencida pela ordem divina de comer, ordem que foi enfatizada perfeitamente por ser dada três vezes. A ênfase e a intensidade superlativa do êxtase de Paulo são indicadas por ele ter sido arrebatado “até o terceiro céu”. Outra ilustração de ênfase perfeita por se declarar uma coisa três vezes é a das quatro criaturas viventes que dizem: “Santo, santo, santo é Jeová Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que vem.” — 2 Cor. 12:2; Rev. 4:8; Mat. 26:39-44; João 21:15-17; Atos 10:9-16.