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    A Sentinela — 1962 | 15 de julho
    • mais próxima; por favor, traga-o o mais depressa possível.” Deixando os meus três companheiros para trás, dirigi-me à cidade. O médico apressadamente apanhou a maleta e seguiu-me no seu próprio carro. Infelizmente, era tarde demais.

      Dois dias mais tarde, às cinco horas da manhã, houve fortes batidas na porta. “Abra; é a polícia. Acompanhe-nos imediatamente.” Vesti-me depressa e abri a porta. Dois policiais estavam à minha espera para me levar à Gendarmerie Nationale. Ali, após meia hora de espera, fui apresentado ao agente da polícia. “Onde estavas anteontem a tal e tal hora?” foi a primeira pergunta. “O que estavas fazendo nessa hora?” Tive de responder a uma pergunta após outra, e quanto mais se prolongava a entrevista, tanto mais gentil se tornava o agente. Após vinte minutos, fui introduzido a outro quarto, onde, para a minha surpresa, encontrei o irmão Riet. Mal haviam passado cinco minutos e apareceu o irmão Hausner após um breve interrogatório. Fomos despedidos sem receber nenhuma explicação quanto a se isto tinha relação com a morte desditosa do lavrador. Havíamos sido provàvelmente acusados por alguém, mas as nossas declarações correspondentes frustraram a conspiração. Não podíamos prever que vantagens êste contato íntimo com a polícia nos iria trazer.

      Daquele tempo em diante, começamos a visitar primeiro as agências da poli̇́cia no nosso grande território e a oferecer-lhes a nossa literatura bíblica. Queríamos dizer com isso: “Agora sabem que estamos aqui.” Sim, ficaram conhecendo-nos e não executaram o desejo dos católicos fanáticos e de seus sacerdotes que lhes telefonavam fazendo queixas.

      Uma exceção que vale a pena mencionar foi um caso de policiais que, obedecendo às ordens do sargento, vasculharam o meu carro e acharam uma maleta e uma pesada mala. “Abra esta mala”, ordenou o sargento. “Oh, é uma vitrola!” Foi uma grande satisfação para mim tocar-lhes alguns discos. Deu-se um bom testemunho, e a questão foi decidida na mesma hora.

      Depois de os irmãos Riet e Hausner partirem para a sua nova designação na Argélia, eu e minha espôsa fomos deixados sòzinhos em Tolosa. A alegria na obra de Jeová não diminuiu, mas aumentou ao passo que encontrávamos muitas pessoas de boa vontade e começávamos a estudar com alguns dêles A Sentinela. Um casal mais idoso dava testemunho entre seus amigos a tôda oportunidade, ao passo que duas pessoas jovens começaram a participar conosco no serviço. Houve boas perspectivas de edificar uma congregação.

      Quando fomos à Suíça em princípios de agôsto de 1939, a fim de assistir à assembléia em Zurique, deixamos a maior parte de nossos pertences pessoais com amigos em Tolosa e nos despedimos dêles com um alegre “Au revoir” (“Até à vista”). Mas até o presente não nos temos visto uns aos outros. Mal havíamos atravessado a fronteira quando foi barricada com arame farpado, e começou a Segunda Guerra Mundial com as suas terríveis conseqüências. Soubemos que desde então foram estabelecidas fortes congregações em Tarbes e especialmente em Tolosa.

      SERVIÇO ADICIONAL NA SUÍÇA

      Apesar de tudo, continuamos o nosso serviço missionário no nosso próprio país, e um ano mais tarde fomos convidados a servir no Betel de Berna. Êste tem sido um grande privilégio, e nos últimos vinte e um anos aqui em Betel pudemos mostrar e fortalecer o nosso amor pela verdade divina em época favorável e em época dificultosa.

      Isto provou ser útil para mim numa reunião maior no mesmo salão de congresso em Lucerna, onde o irmão Rutherford havia falado, pois além do meu trabalho em Betel tive a oportunidade de ser servo de distrito. Meu discurso foi amplamente anunciado, mas a Ação Católica não permaneceu inativa. O salão estava lotado até o último assento. Durante os primeiros quinze minutos, nada sucedeu. Daí, ao passo que ia apresentando provas bíblicas de que os sistemas religiosos da cristandade não haviam tomado uma posição contra as duas guerras mundiais, tampouco haviam sido fortemente contra elas, ouviu-se uma voz das últimas fileiras gritar: “Isto não é verdade!” Imediatamente, vários jovens que estavam no centro e na parte do lado do salão reagiram e puseram-se a assobiar. Jeová me deu fôrça para repreender calmamente os perturbadores e exortá-los a permanecerem quietos. E êles atenderam, com a exceção de dois ou três que saíram do salão. Mas, vinte minutos depois, as coisas ficaram mais sérias e começou um “concêrto de assobio”, alguns rapazes ficaram de pé. A assistência os controlou por algum tempo, mas então eu interrompi meu discurso e perguntei a todos os presentes: “Concordam com a conduta dêstes homens?”. Um forte “Não” foi a resposta. “Então, gostaria de sugerir a essas pessoas que não concordam com o que eu digo que ouçam o meu discurso até o fim, e que tomem notas e daí declarem abertamente as suas objeções e as suas perguntas.” Isto teve o desejado efeito, e o discurso continuou até o fim. No término do discurso era comovedor ver grupinhos de jovens em volta de irmãos maduros, que palestraram sôbre a verdade com êles, e vê-los aceitar literatura e sair ordeiramente do salão até um pouco envergonhados. Vários dêles assistiram ao resto do programa de discursos.

      Betel continua a nos proporcionar uma vida variada, muitos privilégios de serviço, alegrias indizíveis, mas também provações em vários sentidos. Tenho tido repetidas vêzes ofertas tentadoras de emprêgo de meus anteriores empregadores e parentes. Temos perguntado a nós mesmos: “Não seria irracional e extremamente imprudente deixar o caminho da verdade, junto com êle o caminho da vida, a favor de tais coisas passageiras?” Tôdas as vêzes rejeitamos decididamente êstes atrativos. Quem nos dá a fôrça necessária? Jeová, nosso bondoso Pai celestial que nos tem conduzido no seu amor. Amamos a sua verdade, e é nosso desejo de todo o coração que, com a sua ajuda, jamais o percamos.

  • Perguntas dos Leitores
    A Sentinela — 1962 | 15 de julho
    • Perguntas dos Leitores

      ● Será que a grande multidão das “outras ovelhas” que sobreviver ao Armagedon saberá se os seus companheiros do restante se provaram fiéis e se ganharam ou não o prêmio da imortalidade? — F. C., Estados Unidos.

      Sim, parece razoável concluir que justamente quem compõem os 144.000 membros do corpo de Cristo será de conhecimento geral das “outras ovelhas” que estiverem vivendo na terra, depois do Armagedon. Pertinente a isto temos o Salmo 87:5, 6, (VB) onde se lê: “De Sião será dito: Este e aquelle foram nascidos nella; e o proprio Altíssimo a estabelecerá. Jehovah, ao registrar os povos, relatará: Este foi nascido alli.”

      É bem razoável que êste seja o caso. Naturalmente, mesmo agora nós sabemos, por causa do registro bíblico, que certas pessoas foram aprovadas antigamente por Jeová e esta informação nos anima. Do mesmo modo, será um incentivo à fidelidade para os do nôvo mundo depois do Armagedon saberem que certas pessoas se provaram fiéis e receberam a gloriosa recompensa da imortalidade. A devoção fiel delas seria relembrada por aquêles que as conheceram em conformidade com o principio estabelecido em Hebreus 13:7: “Lembrai-vos dos que vos governam, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, ao contemplardes em que resulta seu comportamento, imitai-lhes a fé.”

      ● Como se pode harmonizar Mateus 8:11, que fala de Abraão, Isaac e Jacó no reino dos céus, com Mateus 11:11, que indica que nem mesmo João Batista irá para êle?

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