a consciência limpa. Ele explicou: “Venho estudando a Bíblia com as Testemunhas de Jeová, e desejo agora endireitar-me para poder dedicar minha vida a fazer a vontade de Jeová de modo limpo.”

Sangoné completou seu termo de prisão e foi solto em abril de 1980. Usou esse período na prisão para aprender um ofício. Isso o ajudou a prover para si mesmo em sentido material até conseguir outro emprego. Nas horas livres, empenhava-se na atividade de pregação de casa em casa. E em novembro de 1980 foi batizado como uma testemunha dedicada de Jeová. Começou a servir na qualidade de “pioneiro auxiliar”, devotando 60 horas de seu tempo mensalmente a partilhar sua fé com outros. Um ano depois, casou-se com uma Testemunha de Jeová. Hoje, Sangoné e sua esposa têm uma criancinha. Mas ainda sentem prazer em ajudar outros a se transformarem, reformando sua mente, em harmonia com a vontade de Deus. — Romanos 12:2.

Embora tenhamos destacado apenas quatro ex-detentos, muitos outros foram influenciados do mesmo modo pelo poder da Palavra de Deus.

O Poder Para Regeneração

Sim, “a palavra de Deus é viva e exerce poder”. É “proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça”. (Hebreus 4:12; 2 Timóteo 3:16, 17) Seus conselhos práticos, conjugados com excelente motivação que dá para fazer o que é bom, logram êxito em transformar até mesmo personalidades criminosas.

As pessoas treinadas pela Palavra de Deus são também protegidas contra jamais se envolver em conduta criminosa. O escritor do Salmo 119 diz que os jovens podem permanecer puros, comportando-se como a Palavra de Deus ordena. (Versículo 9, A Bíblia de Jerusalém) Sim, a Bíblia provê conselhos e instruções que ensinam sabedoria prática e justiça — “o curso inteiro do que é bom”. — Provérbios 2:1-9.

Decrescente credibilidade

“A confiança é um bem social, assim como o ar e a água. Uma vez poluída, tal processo é difícil de inverter.” Foi isso que disse Sissela Bok, professora de ética, a respeito do efeito da mentira casual, que ela acha se tornou parte do modo hodierno de vida, tanto em particular como em muitas categorias profissionais. Outro psicólogo calcula que o norte-americano mediano conta um total surpreendente de 200 mentiras diárias, e não há motivos de se crer que as coisas sejam muito melhores em outras partes.

“Mente-se demais”, afirmou o professor Al Gini, numa série de debates realizada na Universidade Loyola, em Chicago, EUA, sobre o tema da mentira. “Estamos rompendo as barreiras entre a verdade e a não-verdade”, acrescentou. Deveras, as pesquisas revelam que 69 por cento das pessoas crêem que os líderes daquele país têm mentido de forma coerente para elas. Outras estatísticas citadas pelo professor são: “Apenas 42 por cento das pessoas sentem confiança nos médicos, 17 por cento confiam nos advogados, 13 por cento acreditam no que as grandes firmas dizem, e sete por cento julgam que a publicidade é verídica.” Tudo isto leva a sérios transtornos no governo, nas empresas e na família.

Quão óbvio é que a humanidade em geral se acha sob a influência daquele a quem Jesus Cristo chamou de “o pai da mentira”! — João 8:44; 14:30.