Os pioneiros precisam arcar com as despesas da vida diária, e é bem evidente que o custo é elevado. Por isso, é sábio achar serviço secular por meio período, que proveja a melhor recompensa pelo tempo gasto com ele. Também é preciso mostrar equilíbrio, alimentando-se de modo sadio e obtendo o necessário sono.

Embora se precise ter o ponto de vista correto sobre o cuidado com a pessoa física, é ainda mais essencial cuidar da pessoa espiritual. A força para servir com vigor e permanecer no serviço de pioneiro provém da condição espiritual. Pergunte aos que já estão por anos neste serviço e eles lhe assegurarão que derivam sua força duma boa alimentação de palavras salutares. (2 Tim. 1:13, 14) Eles têm um programa prático de estudo pessoal e não perdem nenhuma reunião na congregação, nenhuma assembléia, se a sua saúde permite. Sabem que o trabalho espiritual requer alimento espiritual e energia dinâmica que só o espírito de Deus pode prover. — Isa. 40:29-31.

É vital termos a motivação certa para servir como pioneiros. Qual é? É o amor a Deus e ao próximo. (Mat. 22:37-39) Lembra-se da idéia expressa em 1 João 3:17? — “Todo aquele que tiver os meios deste mundo para sustentar a vida e observar que o seu irmão padece necessidade, e ainda assim lhe fechar a porta das suas ternas compaixões, de que modo permanece nele o amor de Deus?” Este princípio pode ser aplicado ao serviço de pioneiro. Se tivermos “os meios deste mundo para sustentar a vida”, inclusive saúde e isenção de responsabilidades, não devemos ser induzidos pelo amor a nos envolver na obra de pregar e ensinar por tempo integral? Os benefícios colaterais derivados tampouco devem ser desconsiderados, pois, quando mostramos tal amor altruísta, nosso coração é firmado. — 1 Tes. 3:12, 13.

APRONTAR-SE PARA O SERVIÇO DE PIONEIRO

Sua própria preparação e instrução são ajudas valiosas para a ampliação de seu serviço sagrado como pioneiro. Quanto mais eficiente você for em ensinar outros, tanto mais agradável e produtivo será o seu serviço de pioneiro. Portanto, é sábio trabalhar junto com publicadores e outros pioneiros que tenham experiência. Aprenda deles por conversar com eles sobre os métodos que acharam melhores para atingir o coração das pessoas com quem falam. Acompanhe-os, observando, escutando e aprendendo. Não espere com isso até que esteja pronto para começar como pioneiro, mas obtenha treinamento antecipado.

Assim como “más associações estragam hábitos úteis”, assim também o inverso é verdade, que boas associações preservam e melhoram os hábitos úteis. (1 Cor. 15:33) Sua associação com os que pensam seriamente no serviço de pioneiro lhe será de muita ajuda. São pessoas tais como companheiros pioneiros, superintendentes de circuito e de distrito, e anciãos zelosos, que fazem “constantemente firmes asserções”, as quais ajudam você a ter a mente fixa em “manter obras excelentes”. (Tito 3:8) Tal encorajamento sustém e reforça sua vontade de continuar na obra excelente, uma vez que começou. Temos também a tendência de adquirir os hábitos daqueles que admiramos. Quando tais hábitos são excelentes, que eles aprenderam no decorrer dos anos de fiel atividade no serviço sagrado, podemos tirar disso imenso proveito. — Veja 1 Coríntios 11:1.

Se a sua atividade como publicador for bastante reduzida, então talvez decida que seria melhor servir por alguns meses como pioneiro auxiliar, antes de realmente começar como pioneiro regular. Um velho ditado diz que não se pode correr se não se aprendeu a andar. Entenderá prontamente a sabedoria disso, se tentar passar rapidamente de poucas horas por mês gastas no serviço do Reino para umas constantes noventa horas por mês.

Cabe aqui uma palavra de cautela. Não presuma que sua vida no serviço de tempo integral sempre será fácil. Encare-o de modo realístico. Encontrará problemas. A vida é assim. Talvez tenha dificuldades em obter emprego por meio período. Talvez encontre pessoas que o desanimarão e que lhe sugerirão que desista. Mas, permaneça decidido em continuar no serviço, uma vez começado. Milhares de outros têm feito isso já por muitos anos. Se eles o conseguem, você também o conseguirá.

Talvez, acima de tudo o que é necessário, no que se refere a ampliar seu serviço sagrado como pioneiro, é ter forte fé e confiança na capacidade de Jeová, de cuidar de você e prover-lhe o necessário. Mais de um pioneiro verificaram que requer ficar quase reduzido a nada, em sentido material, para se aprender que Jeová realmente fala sério quando diz que ele ‘tem cuidado de você’. (1 Ped. 5:7) Embora tenhamos uma preocupação natural quanto a que havemos de comer e vestir, devemos confiar em Jeová, porque, conforme seu Filho nos lembra, ‘seu Pai sabe que você necessita de tais coisas’ e cuidará de você. (Luc. 12:25-31) Nossas necessidades básicas são alimento, roupa e abrigo, e com isso devemos ficar contentes. (1 Tim. 6:8) Visto que temos um Pai celestial tão amoroso assim, que cuida de nós tão ternamente, não devemos confiar nele de todo o coração e nos estribar nele? — Pro. 3:5, 6.

Jeová permitiu que a porta da arca de preservação ficasse aberta. Não sabemos por quanto tempo mais. Pergunte-se: Na minha situação atual, poderia eu ajudar a muitos outros a entrar nela? Está ao meu alcance gastar mais tempo nesta obra das mais satisfatórias? Se puder responder com um sim a estas perguntas, então tome por alvo servir como pioneiro ou pioneira!

Congressos Internacionais requerem muitos trabalhadores voluntários

AS TESTEMUNHAS cristãs de Jeová são corretamente famosas pelo seu zelo, pela sua disposição de trabalharem juntas para realizar alguma coisa. Típico foi o que aconteceu quando construíram um salão de assembléias perto de Pittsburgo, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Um periódico ilustrado noticiou que “cerca de 200 homens, com capacetes de proteção e roupa de trabalho, estavam lançando concreto e colocando tijolos no local da construção, e nenhum deles recebia pagamento por isso”. Entre outras coisas, citou também uma Testemunha, que era supervisor, como dizendo: “Às vezes . . . temos mais homens do que precisamos.” Alguns dias depois, o mesmo periódico falou sobre um diácono que, em contraste, lamentava que quase ninguém comparecia para ajudar num projeto patrocinado por um “vasto número de igrejas protestantes”.

O zelo sempre foi marco distintivo dos verdadeiros servos de Jeová. O tabernáculo, no ermo, e sua mobília certamente exigiam muito trabalho árduo. Achou Moisés necessário compelir ou obrigar seu povo, ou pagar-lhe, para que fizesse o necessário trabalho? Absolutamente não! Os israelitas naquele tempo eram voluntários apreciativos, conforme lemos: “Moisés passou a chamar . . . todo homem de coração sábio, em cujo coração Jeová pusera sabedoria, todo aquele cujo coração o impelia a se chegar à obra, a fim de fazê-la.” (Êxo.