BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • Atenas
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • HISTÓRIA POSTERIOR

      Atenas continuou a gozar de fama como centro cultural muito depois dos dias de Paulo. O imperador Adriano deu toques finais no prédio do maciço templo de Zeus, conhecido como o Olimpieio, em 129 E.C., tarefa iniciada por Pisístrato no sexto século A.E.C. e reconstruído por Antíoco IV entre 174 e 164 A.E.C. Este templo, com 97 m de comprimento e 40 m de largura, era o maior da Grécia e um dos maiores do mundo. Suas ruínas ainda podem ser vistas a SE da Acrópole. Adriano também iniciou a construção dum aqueduto, ainda utilizado em Atenas, atualmente.

      Em 529 E.C., contudo, o imperador Justiniano proibiu o estudo e o ensino de filosofia em Atenas e, assim, pôs fim à glória da antiga cidade. Depois disso, mergulhou na insignificância como cidade provincial durante o período bizantino, quando o Partenon e o Erecteion foram convertidos em igrejas da cristandade. Seguiram-se mais de 250 anos de regência latina, após o que os turcos muçulmanos a controlaram durante 375 anos. O Partenon foi então transformado numa mesquita. Quando a última fortaleza turca foi capturada pelos gregos, em 1833, Atenas foi escolhida como a capital do recém-formado reino da Grécia. Desde então, de simples povoado de menos de 5.000 habitantes, em 1834, Atenas se desenvolveu rapidamente numa cidade próspera e moderna, de quase 2.500.000 habitantes, com uma área metropolitana com mais de 3.600.000 habitantes.

  • Atitudes E Gestos
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ATITUDES E GESTOS

      As Escrituras estão repletas de referências a formas de posturas e de gestos, bastando as descrições contidas na Bíblia para mostrar que eram bem similares às que hoje são costumeiras no Oriente Médio. As pessoas orientais exteriorizam consideravelmente mais seus sentimentos, e são muito menos inibidas em expressá-los do que muitos dos ocidentais. Quer acompanhados de palavras, quer sem palavras, as atitudes e os gestos tinham considerável vigor e significado.

      ORAÇÃO, RESPEITO E HUMILDADE

      Ficar em pé. Entre os hebreus e muitas das outras nações mencionadas na Biblia não havia nenhuma forma fixa de postura para a oração. Todas as atitudes adotadas eram altamente respeitosas. Ficar em pé era uma postura comum. Jesus falou sobre esta posição para a oração. (Mar. 11:25) Pelo visto, Jesus estava em pé, logo depois de ser batizado, e orando, quando o céu se abriu e desceu sobre ele o espirito santo na forma corpórea duma pomba, ouvindo-se a voz do próprio Deus falando desde os céus. — Luc. 3:21, 22.

      Ajoelhar-se. As atitudes e posturas dos orientais em expressar respeito uns aos outros, e especialmente ao fazerem uma petição a alguém superior, eram muito parecidas às atitudes adotadas na oração. Encontramos exemplos de alguém se ajoelhar perante outros em súplica. Não se tratava de adorar a pessoa superior, mas era o reconhecimento da posição ou do cargo dela, com profundo respeito. — Mat. 17:14; Mar. 1:40; 10:17; 2 Reis 1:13.

      Estender os braços. Tanto ao ficar em pé como ao ajoelhar-se, as palmas das mãos às vezes eram estendidas para o céu, ou as mãos eram erguidas e estendidas para a frente, como em súplica. (1 Reis 8:22; 2 Crô. 6:13; Nee. 8:6) Às vezes erguia-se o rosto (Jó 22:26), ou podia-se erguer os olhos para o céu. — Mat. 14:19; Mar. 7:34; João 17:1.

      Sentar-se. Sentar-se era outra postura adotada na oração, sendo que o suplicante evidentemente se ajoelhava e depois se sentava nos calcanhares. (1 Crô. 17:16) Nesta posição, ele podia curvar a cabeça ou encostá-la no peito. Ou, assim como fez Elias, podia agachar-se na terra e pôr o rosto entre os joelhos. — 1 Reis 18:42.

      Curvar-se. Os judeus, onde quer que se encontrassem, sempre que adoravam a Deus, voltavam o rosto para a cidade de Jerusalém e seu templo. (1 Reis 8:42, 44; Dan. 6:10) Curvar- se era a maneira mais frequentemente usada ao cumprimentar outros ou ao se chegar a eles para tratar de negócios ou para mostrar alto grau de respeito. Jacó curvou-se sete vezes ao se encontrar com Esaú. (Gên. 33:3) Salomão, embora fosse rei, mostrou respeito para com sua mãe por se curvar diante dela. — 1 Reis 2:19.

      Curvar-se podia também ser símbolo do reconhecimento de derrota. (Isa. 60:14) Os derrotados podiam comparecer perante seu conquistador trajados de saco ou serapilheira, e, além disso, com cordas na cabeça, numa súplica de misericórdia. (1 Reis 20:31, 32) Alguns acham que as cordas mencionadas eram postas em volta do pescoço, para simbolizar cativeiro e submissão.

      Embora fosse comum que os judeus se curvassem diante duma autoridade, para mostrar respeito, Mordecai recusou curvar-se diante de Hamã. Isto se deu porque Hamã, sendo agagita, era bem provavelmente um dos amalequitas, a respeito dos quais Jeová dissera que exterminaria completamente sua lembrança de debaixo dos céus, e que Ele estaria em guerra com Amaleque de geração em geração. (Êxo. 17:14-16) Visto que curvar-se ou prostrar-se podia ser indício de paz para com Hamã, Mordecai recusou fazer tal ato, porque teria violado com isso a ordem de Deus. — Ester 3:5.

      Prostrar-se. Josué prostrou-se perante um anjo, que era “como príncipe do exército de Jeová”, não em adoração, mas em reconhecimento do cargo superior do anjo e do fato de que o anjo fora obviamente enviado por Jeová, com uma ordem para ele. — Jos. 5:14.

      Quando Jesus estava na terra, as pessoas costumavam prostrar-se perante ele para fazer uma petição ou para prestar-lhe homenagem, e ele não as repreendia. Isto se dava porque era o Rei designado, o Rei nomeado, conforme ele mesmo disse: “A majestade real de Deus tem-se aproximado” (ED); “o reino de Deus se tem aproximado”. (NM; Mar. 1:15) Jesus era o herdeiro do trono de Davi, e, por isso, era legitimamente honrado como rei. — Mat. 21:9; João 12:13-15.

      Entretanto, os apóstolos de Jesus Cristo recusaram-se a deixar que outros se prostrassem diante deles. O motivo era que, nos casos descritos, o prostrar-se era feito numa atitude de adoração, como se o poder do espírito santo nos apóstolos, que fazia as curas e outras obras poderosas, fosse deles próprios. Os apóstolos davam-se conta de que o poder procedia de Deus e que o crédito por tais coisas devia ser dado a ele e toda a adoração devia ser dirigida a Jeová, por meio de Jesus Cristo, de quem eram apenas representantes. — Atos 10:25, 26.

      Em conexão com o respeito mostrado para com Jesus, a palavra muitas vezes usada é proskynéo, que tem o significado básico de prestar homenagem, mas é traduzida de maneira variada como “adorar, curvar-se até o chão, prostrar-se”. Jesus não estava aceitando adoração, que só pertence a Deus (Mat. 4:10), mas reconhecia o ato de alguém lhe prestar homenagem como reconhecimento da autoridade que Lhe foi dada por Deus. O anjo a quem Jesus Cristo enviou para levar a Revelação a João expressou o princípio de que a adoração prestada pelo homem só pertence a Deus, quando se recusou a ser adorado por João. — Rev. 19:10; veja HOMENAGEM.

      Cobrir a cabeça era sinal de respeito por parte das mulheres. Este costume foi seguido na congregação cristã. O apóstolo Paulo, considerando o princípio envolvido em ser um cabeça cristão, declarou: “Toda mulher que orar ou profetizar com a sua cabeça descoberta envergonha sua cabeça . . . É por isso que a mulher deve ter um sinal de autoridade sobre a sua cabeça, por causa dos anjos.” — 1 Cor. 11:3-10.

      Tirar as sandálias era gesto de respeito ou reverência. Ordenou-se a Moisés fazer isso junto à sarça ardente, e a Josué, na presença dum anjo. (Êxo. 3:5; Jos. 5:15) Visto que o tabernáculo e o templo eram lugares sagrados, diz-se que os sacerdotes cumpriam descalços os seus deveres no santuário. Do mesmo modo, soltar alguém os cadarços das sandálias de outra pessoa, ou carregar as sandálias para ela, era considerado uma tarefa servil e uma expressão de humildade e consciência da sua própria insignificância, em contraste com seu amo. Ainda é costume no Oriente tirarem-se as sandálias daquele que entra numa casa, o que às vezes é feito por um serviçal. — Mat. 3:11; João 1:27; veja SANDÁLIA.

      Derramar água sobre as mãos de outrem. Eliseu foi identificado como ministro ou servo de Elias pela expressão “[ele] despejava água sobre as mãos de Elias”. Este serviço costumava ser prestado especialmente após as refeições. No Oriente não era costume usar garfo e faca, e sim os dedos, e o servo costumava depois derramar água sobre as mãos de seu amo, para lavá-las. (2 Reis 3:11) Um costume similar era a lavagem dos pés, realizada como ato de hospitalidade e também de respeito, e, em certas relações, de humildade. — João 13:5; Gên. 24:32; 43:24; 1 Tim. 5:10.

      ACORDO, SOCIEDADE

      Apertar as mãos ou bater as palmas das mãos eram gestos empregados para expressar acordo, ratificação ou confirmação dum contrato ou dum negócio. (Esd. 10:19) As Escrituras advertem sobre fazer-se isso para ser fiador dum empréstimo para outra pessoa. (Pro. 6:1-3; 17:18; 22:26) Parceria ou sociedade também era indicada por um aperto de mãos ou por se segurar a mão de outrem. — 2 Reis 10:15; Gál. 2:9.

      BÊNÇÃO

      Pôr as mãos na cabeça de alguém; erguer as mãos. Visto que a palavra hebraica barákh tem que ver tanto com dobrar os joelhos, como com ajoelhar-se e abençoar, é provável que os abençoados recebiam a bênção ajoelhados e curvados em direção àquele que dava a bênção. Daí, aquele que abençoava punha as mãos na cabeça do abençoado. (Gên. 48:13, 14; Mar. 10:16) Ao dar uma bênção a um grupo de pessoas, costumava-se erguer as mãos em direção a elas, enquanto se proferia a bênção. — Lev. 9:22; Luc. 24:50.

      JURAMENTO

      Erguer a mão; colocar a mão sob a coxa. Ao se fazer um juramento, era costumeiro erguer a mão direita. Deus fala de ele mesmo fazer isso de forma simbólica. (Deut. 32:40; Isa. 62:8) O anjo na visão de Daniel ergueu tanto a mão direita como a esquerda ao céu, para proferir um juramento. (Dan. 12:7) Outro método de confirmar um juramento era colocar a mão sob a coxa (quadril) de outrem, assim como fez o mordomo de Abraão, jurando que obteria para Isaque uma esposa dentre os parentes de Abraão (Gên. 24:2, 9), e como fez José com Jacó, ao jurar que não enterraria Jacó no Egito. — Gên. 47:29-31.

      O significado exato deste método de jurar é um pouco obscuro. A palavra para “coxa” provém do hebraico yarékh, a qual, nas suas ocorrências nas Escrituras Hebraicas, na maioria das vezes é traduzida “coxa”, às vezes “lado”, como em Êxodo 40:22, 24, e menos vezes “lombos”, caso em que costuma ter sentido eufêmico. Aplica-se à parte superior da perna, desde o quadril até o joelho, na parte onde está o fêmur.

      Uma forma da mesma palavra hebraica é também usada no caso de Jacó, quando o anjo “tocou na concavidade da articulação da coxa de Jacó, no tendão do nervo da coxa”, deixando-o aleijado. — Gên. 32:32.

      Podemos ter a certeza de que não havia nenhuma conotação fálica nos atos de Abraão e Jacó, conforme alguns afirmam, porque todas as práticas fálicas eram abomináveis para os hebreus fiéis. Segundo o rabino judaico Rashbam, este método era usado quando alguém superior adjurava um inferior, tal como o amo ao servo ou o pai ao filho, que também lhe devia obediência. E de acordo com outro perito judaico, Abraham Ibn Ezra, naqueles dias era costume que o servo prestasse juramento assim, colocando a mão sob a coxa de seu amo, este se sentando sobre a mão. Isto significava que o servo estava sob a autoridade do amo.

      PESAR, VERGONHA

      Lançar cinzas sobre a cabeça; rasgar a vestimenta; vestir-se de saco ou serapilheira. O pesar costumava ser acompanhado por choro (Gên. 50:1-3; João 11:35), amiúde por se curvar a cabeça em tristeza (Isa. 58:5), por lançar pó sobre a cabeça (Jos. 7:6), ou por ficar sentado no chão. (Jó 2:13; Isa. 3:26) O pesar amiúde era expresso por se rasgar a vestimenta (1 Sam. 4:12; Jó 2:12) e às vezes por se porem cinzas sobre a cabeça. (2 Sam. 13:19) Quando os judeus foram condenados à destruição pelas mãos de seus inimigos, por ordem do Rei Assuero, “serapilheira e cinzas vieram a ser estendidas como leito para muitos”. (Ester 4:3) Jeová avisou que Jerusalém devia cingir-se de serapilheira e revolver-se em cinzas por causa da tribulação que lhe sobreviria. (Jer. 6:26) Miquéias disse aos da cidade filistéia de Afra que se ‘revolvessem no próprio pó’. — Miq. 1:10.

      Cortar ou arrancar os cabelos; bater no peito. Cortar o cabelo (Jó 1:20), arrancar alguns cabelos da própria barba (Esd. 9:3), cobrir a cabeça (2 Sam. 15:30; Ester 6:12), cobrir o bigode (Eze. 24:17; Miq. 3:7) e pôr as mãos sobre a própria cabeça, indicavam pesar ou vergonha, a ponto de atordoamento. ( 2 Sam. 13:19; Jer. 2:37) Alguns acham que este último gesto indicava que a pesada mão da aflição da parte de Deus estava sobre o pranteador. Isaías andava em volta nu e descalço, como sinal de que a mesma coisa sobreviria ao Egito e à Etiópia. (Isa. 20:2-4) Sob o sentimento de pesar ou contrição incomum, a pessoa talvez se batesse no peito em pesar (Mat. 11:17; Luc. 23:27) ou batesse na coxa em remorso, vergonha e humilhação, ou pranto. — Jer. 31:19; Eze. 21:12.

      IRA, DESPREZO, ESCÁRNIO, INSULTO E INVOCAÇÃO DO MAL

      Menear a cabeça; esbofetear a face de outrem. Diversos gestos, em geral acompanhados por palavras, indicavam fortes expressões de ira, animosidade, motejo, exprobração, etc., para com outros. Entre estes havia acenos com a boca e meneios da cabeça (2 Reis 19:21; Sal. 22:7; 44:14; 109:25), uma bofetada (Jó 16:10; Mat. 5:39; João 18:22) e arrancar cabelos da barba de outrem. (Isa. 50:6) Jesus sofreu a forma maior de indignidade perante o alto tribunal judaico, por cuspirem nele, o esbofetearem, cobrirem-lhe a face e então o esmurrarem, e escarnecerem dele com as palavras: “Profetiza-nos, ó Cristo. Quem te golpeou?” (Mat. 26:67, 68; Mar. 14:65) Depois, recebeu tratamento similar dos soldados. — Mat. 27:30; Mar. 15:19; João 19:3.

      Jogar pó era outra maneira de expressar desprezo. Simei fez isso contra Davi, ao mesmo tempo amaldiçoando-o e atirando pedras contra ele. (2 Sam. 16:13) Evidenciando a fúria da turba, enquanto Paulo apresentava sua defesa perante eles em Jerusalém, ergueram a voz, clamaram, lançaram as suas roupas exteriores por toda a volta e atiraram poeira no ar. — Atos 22:22, 23.

      Bater palmas podia ser apenas um gesto para atrair atenção, como em Josué 15:18. Na maioria das vezes, porém, era sinal de ira (Núm. 24:10), de desprezo ou escárnio (Jó 27:23; Lam. 2:15), de tristeza (Eze. 6:11), ou de hostilidade, alegrando-se com o mal que sobreveio a um rival, a um inimigo odiado, ou a um opressor, sendo às vezes acompanhado por se bater com os pés no chão. — Eze. 25:6; Naum 3:19.

      DESIGNAÇÃO

      Unção. Usavam-se certos gestos para indicar a designação para um cargo ou uma posição de autoridade. Na investidura do sacerdócio, Arão foi ungido com o óleo de santa unção. (Lev. 8: 12) Os reis eram ungidos. (1 Sam. 16:13; 1 Reis 1:39) O Rei Ciro, da Pérsia, não foi literalmente ungido por um representante de Deus, mas falava-se dele figurativamente como sendo o ungido de Jeová, por causa de sua designação de conquistar Babilônia e libertar o povo de Deus. (Isa. 45:1) Eliseu foi ‘ungido’ por ser designado, mas nunca foi literalmente ungido com óleo. (1 Reis 19:16, 19) Jesus foi ungido pelo seu Pai Jeová, não com óleo, mas com espírito santo. (Isa. 61:1; Luc. 4:18, 21) Por meio de Jesus são ungidos os seus irmãos gerados pelo espirito, que constituem a congregação cristã. (2 Cor. 1:21; Atos 2:33) Esta unção os designa, comissiona e habilita para serem ministros de Deus. — 1 João 2:20;  2 Cor. 3:5, 6.

      A imposição das mãos era um método de designar alguém para um cargo ou um dever, como no caso dos sete homens designados pelos apóstolos para cuidar da distribuição de alimentos na congregação de Jerusalém. (Atos 6:6) Timóteo foi designado para um cargo de superintendência pelo corpo de anciãos da congregação. (1 Tim. 4:14) Ele, por sua vez, foi incumbido pelo apóstolo Paulo de fazer designações de outros, sendo admoestado que devia fazer isso apenas após meticulosa consideração. — 1 Tim. 5:22.

      A imposição das mãos tinha também outros significados, um deles sendo o reconhecimento de alguma coisa, como em Êxodo 29:10, 15, onde Arão e seus filhos reconheciam os sacrifícios como sendo oferecidos a seu favor. Um significado similar é encontrado em Levítico 4:15.

      A imposição das mãos foi também usada para designar alguns que receberiam benefícios ou poder, como nas curas feitas por Jesus (Luc. 4:40) e na descida do espírito santo sobre aqueles a quem Paulo impôs as mãos. (Atos 19:6) Isto não significa que o espírito passasse pelas mãos de Paulo, mas sim que ele, como representante de Cristo, estava autorizado a designar, em harmonia com os requisitos estabelecidos, aquele que receberia dons do espirito. (Veja também Atos 8:14-19.) Que não era necessário impor as mãos para transmitir os dons do espírito é demonstrado pelo fato de que, no caso de Cornélio e os de sua casa, o apóstolo Pedro simplesmente estava presente quando receberam espírito santo e o dom de línguas. — Atos 10:44-46.

      FAVOR

      Ficar em pé diante dum superior. Ficar em pé perante uma autoridade representava favor e reconhecimento, visto que se requeria permissão para comparecer à presença dum rei. (Pro. 22:29; Luc. 1:19; 21:36) Em Revelação, capítulo sete, mostra-se uma grande multidão em pé diante do trono, indicando terem reconhecimento favorável perante Deus. — Rev. 7:9, 15.

      Falar-se de levantar a cabeça de outra pessoa, às vezes, era um modo simbólico de indicar que estava sendo erguida ou restabelecida no favor. — Gên. 40:13, 21; Jer. 52:31.

      ENCHER AS MÃOS DE PODER

      Encher as mãos dos sacerdotes de poder para o cargo sacerdotal foi representado por Moisés quando ele, como mediador, colocou nas mãos de Arão e de seus filhos os diversos itens a serem sacrificados, movendo-os para a frente e para trás perante Jeová. O movimento para a frente e para trás representava a apresentação constante perante Jeová. — Lev. 8:25-27.

      AMIZADE

      Beijar, lavar os pés, ungir a cabeça. Amizade era expressa por meio dum beijo (Gên. 27:26; 2 Sam. 19:39), e, nas ocasiões de grande emoção, por lançar-se ao pescoço de alguém, num abraço, junto com beijos e lágrimas. (Gên. 33:4; 45:14, 15; 46:29; Luc. 15:20; Atos 20:37) Havia três gestos sempre considerados necessários como sinal de hospitalidade para com um convidado: beijá-lo em cumprimento, lavar-lhe os pés e ungir-lhe a cabeça. — Luc. 7:44-46.

      Segundo o modo reclinado de se comer, costumeiro nos dias em que Jesus estava na terra, encostar-se no peito de outrem era uma atitude de amizade íntima ou favor, e era conhecido como estar na “posição junto ao seio”. (João 13:23, 25) Este costume foi a base das ilustrações de Lucas 16:22, 23 e João 1:18.

      Comer com outrem o pão dele era símbolo de amizade e paz para com tal pessoa. (Gên. 31:54; Êxo. 2:20; 18:12) Voltar-se depois contra ele para o prejudicar era considerado como sendo a traição mais vil. O traidor Judas foi culpado disso. — Sal. 41:9; João 13:18.

      INOCÊNCIA, RECUSA DE RESPONSABILIDADE

      Lavar as mãos. A inocência numa questão, ou o ato de isentar-se de responsabilidade, era demonstrada figurativamente por a pessoa lavar as mãos. O salmista proclamou assim sua inocência no Salmo 73:13; veja também o Salmo 26:6. Pilatos procurou esquivar-se da responsabilidade relacionada com a morte de Jesus por lavar as mãos diante da multidão e dizer: “Eu sou inocente do sangue deste homem. Isso é convosco.” — Mat. 27:24.

      Sacudir a roupa. Isentar-se de responsabilidade adicional foi demonstrado por Paulo quando sacudiu a roupa diante dos judeus em Corinto, aos quais havia pregado e que se opuseram a ele, dizendo: “O vosso sangue caia sobre as vossas cabeças. Eu estou limpo. Doravante irei às pessoas das nações.” (Atos 18:6) Quando Neemias sacudiu a “dobra”, isto é, a dobra da sua veste, indicou a total rejeição por parte de Deus. — Nee. 5:13.

      Sacudir o pó dos pés. Sacudir a sujeira ou o pó dos pés também indicava a recusa de responsabilidade. Jesus mandou que seus discípulos fizessem isso para com o lugar ou a cidade que não os acolhesse ou ouvisse. — Mat. 10:14; Luc. 10:10, 11; Atos 13:51.

      ALEGRIA

      Bater palmas. A alegria era demonstrada por se baterem palmas (Sal. 47:1) e pela dança, amiúde acompanhada por música. (Juí. 11:34; 2 Sam. 6:14) Brados e cantos no trabalho, especialmente na vindima, eram expressões de felicidade ou de grata alegria. — Isa. 16:10; Jer. 48:33.

      OPOSIÇÃO

      Sacudir a mão (ameaçadoramente) contra alguém indicava oposição. (Isa. 10:32; 19:16) Levantar a cabeça era a descrição figurativa duma atitude com o significado de tomar ação, usualmente para se opor, lutar ou oprimir. — Juí. 8:28; Sal. 83:2.

      Lamber o pó simboliza derrota e destruição. — Sal. 72:9; Isa. 49:23.

      Mão ou pé sobre a nuca ou a cerviz dum inimigo descreve figurativamente a derrota do inimigo, ser ele desbaratado e posto em fuga, sendo perseguido e apanhado. — Gên. 49:8; Jos. 10:24; 2 Sam. 22:41; Sal. 18:40.

      ASSUMIR AUTORIDADE OU AGIR

      Erguer-se ou pôr-se de pé tinha o sentido de assumir autoridade, poder, ou agir. Fala-se de reis como erguendo-se quando assumiam sua autoridade régia ou começavam a exercê-la. (Dan. 8:22, 23; 11:2, 3, 7, 21; 12:1) Jeová é representado como levantando-se para executar o julgamento do povo. (Sal. 76:9; 82:8) Satanás é descrito como pondo-se de pé contra Israel, quando incitou Davi a fazer o censo dele. — 1 Crô. 21:1.

      Cingir os lombos indica preparação para ação. Referia-se ao costume dos tempos bíblicos de amarrar as vestimentas amplas com um cinto ou uma faixa, para não ser estorvado durante o trabalho, ao correr, etc. — Jó 40:7; Jer. 1:17; Luc. 12:37; 1 Ped. 1:13, NM, a nota marginal “c”, edição em inglês de 1950, diz: “Literalmente, ‘cingi os lombos de vossa mente’.”

      MISCELÂNEA

      Deitar-se aos pés de alguém. Quando Rute quis lembrar a Boaz a sua posição de resgatador, ela veio à noite, descobriu-lhe os pés e deitou-se junto a eles. Quando Boaz acordou, ela lhe disse: “Sou Rute, tua escrava, e tens de estender a tua aba sobre a tua escrava, visto que és resgatador.” Rute indicou com isso que estava disposta a submeter-se ao casamento levirato, ou de cunhado. — Rute 3:6-9.

      A aparência durante o jejum. ‘Atribular a alma’ mui provavelmente referia-se ao jejum, e podia representar o pesar, o reconhecimento de pecados, o arrependimento ou a contrição. (Lev. 16:29, 31; 2 Sam. 1:12; Sal. 35:13; Joel 1:13, 14) Os hipócritas, nos dias em que Jesus estava na terra, andavam de rosto triste, desfigurando a face numa ostentação pública de santidade por jejuar, mas Jesus disse aos seus discípulos que, quando jejuassem, deviam untar a cabeça e lavar o rosto, a fim de parecerem normais aos homens, sabendo que o Pai examina o coração. (Mat. 6:16-18) O jejum era às vezes praticado pelos cristãos, para dar indivisa atenção a assuntos espirituais. — Atos 13:2, 3; veja JEJUM.

      Deitar a mão sobre os olhos de defuntos. A expressão de Jeová a Jacó: “José deitará a mão sobre os teus olhos” (Gên. 46:4), era um modo de dizer que José seria o favorecido em fechar os olhos de Jacó após a morte deste, o que cabia ao primogênito fazer. Jeová indicou assim a Jacó que o direito da primogenitura seria de José. — 1 Crô. 5:2.

      Assobio. ‘Assobiar’ diante de algo representava assombro ou admiração. Esta era a posição tomada pelos que viam a espantosa desolação de Judá, e depois, as assombrosas ruínas de Babilônia. — Jer. 25:9; 50:13; 51:37.

      Era costume dos reis ou de homens com autoridade apoiar-se no braço dum servo ou de alguém em posição inferior, assim como fez o Rei Jeorão, de Israel. (2 Reis 7:2, 17) O Rei Ben-Hadade apoiou-se na mão do seu servo Naamã ao curvar-se na casa de seu deus Rimom. — 2 Reis 5:18.

      COSTUMES ILUSTRATIVOS

      Lavar os pés de outrem. Jesus usou um dos costumes orientais de maneira ilustrativa, dando a seus discípulos uma lição de humildade e de servirem uns aos outros, quando lavou os pés dos discípulos. Pedro falou então, pedindo que não lhe lavasse apenas os pés, mas também as mãos e a cabeça. Mas Jesus respondeu: “Quem se banhou, não precisa lavar senão os seus pés, mas está inteiramente limpo.” (João 13:3-10) Jesus queria dizer com isso que a pessoa que tinha ido aos banhos públicos, ao voltar para casa, após o banho, só precisaria lavar a poeira da estrada sobre seus pés calçados com sandálias. Ele usou esta limpeza como figurativa da limpeza espiritual.

      Andar. Outra expressão ilustrativa é a de “andar”, significando adotar certo proceder, assim como “Noé andou com o verdadeiro Deus”. (Gên. 6:9; 5:22) Os que andavam com Deus seguiam na vida o proceder delineado por Deus e obtinham o Seu favor. As Escrituras Gregas Cristãs, usando a mesma expressão, ilustram os dois procederes contrastantes adotados por alguém, antes e depois de se tornar servo de Deus. (Efé. 2:2, 10; 4:17; 5:2) Usa-se “correr” de maneira similar para simbolizar determinado proceder. (1 Ped. 4:4) Deus disse que os profetas de Judá “correram”, embora não tivessem sido enviados por ele, querendo dizer que adotaram falsamente, sem autorização, a carreira profética. (Jer. 23:21) Paulo descreve a carreira cristã em termos de “correr”. Comparou-a a uma corrida, em que se pode correr bem ou mal, e na qual se tem de correr segundo as regras, para ganhar o prêmio. — 1 Cor. 9:24; Gál. 2:2; 5:7.

  • Atos Dos Apóstolos
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ATOS DOS APÓSTOLOS

      Este é o título pelo qual tem sido chamado um dos livros da Bíblia desde o segundo século E.C. Abrange primariamente as atividades de Pedro e Paulo, ao invés de as dos doze apóstolos em geral; e nos fornece uma história muitíssimo fidedigna e pormenorizada do começo espetacular e do rápido desenvolvimento da organização cristã, primeiro entre os judeus, e, daí, entre as nações gentias. O tema dominante de toda a Bíblia, o reino de Jeová, predomina no livro (Atos 1:3; 8:12; 14:22; 19:8; 20:25; 28:31), e se nos lembra constantemente de como os apóstolos deram “testemunho cabal” a respeito de Cristo e desse reino, e realizaram plenamente seu ministério. (2:40; 5:42; 8:25; 10:42; 20:21, 24; 23:11; 26:22; 28:23) O livro também fornece notável fundo histórico para se considerar as cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs.

      ESBOÇO DO CONTEÚDO

      I. Pentecostes e testemunho intensificado em Jerusalém (1:1 a 6:7)

      A. Jesus predisse que discípulos seriam dotados de poder, pelo espírito, para testemunhar (1:1-11)

      B. Discípulos recebem espírito santo; testemunham em línguas (1:12 a 2:13)

      C. Pedro mostra que concessão do espírito por Cristo cumpre profecia (2:14-41)

      1. Insta ao arrependimento e ao batismo em nome de Jesus; cerca de 3.000 judeus e prosélitos são batizados

      2. Gozam de união, íntima associação, participação comum e aumento (2:42-47)

      D. Curado o coxo; Pedro e João são presos e soltos; crentes aumentam para cerca de 5.000 (3:1 a 4:22)

      E. Deus manifesta aprovação do proceder intrépido dos apóstolos (4:23-31)

      F. Juntam-se num fundo comum e distribuem- se os recursos; Ananias e Safira morrem por ‘trapacearem o espírito santo’ (4:32 a 5:11)

      G. Presos os apóstolos devido ao ministério, libertos por um anjo (5:12-21a)

      H. Apóstolos estabelecem precedente, ‘obedecem a Deus antes que aos homens’ onde os dois colidem; discípulos aumentam (5:21b a 6:7)

      II. Perseguição resulta na expansão do testemunho (6:8 a 9:31)

      A. Estêvão é agarrado, fornece testemunho intrépido; morre como mártir (6:8 a 7:60)

      B. Perseguição espalha todos, exceto apóstolos, através do país (8:1-4)

      1. Abençoado o ministério de Filipe em Samaria; convertido o eunuco etíope (8: 5-40)

      2. Pedro e João são enviados para que samaritanos possam receber espírito santo (8:14-17)

      C. Jesus aparece ao perseguidor Saulo; Saulo convertido, batizado, inicia ministério zeloso (9:1-30)

      D. Congregação na Judéia, Galiléia e Samaria entra num período de paz (9:31-43)

      III. Testemunho em seguida alcança os não-judeus (10:1 a 12:25)

      A. Pedro prega a Cornélio e a outros gentios incircuncisos, que crêem, recebem espírito santo e são batizados (10:1-48)

      B. Relatório do apóstolo sobre isso promove expansão entre nações (11:1-30)

      C. Herodes mata Tiago, prende Pedro; Pedro é liberto por anjo (12:1-19)

      D. Morre Herodes por não dar glória a Deus; espalha-se a palavra de Jeová (12:20-25)

      IV. Primeira viagem evangelizadora de Paulo, junto com Barnabé (13:1 a 14:28)

      A. De Antioquia, Síria, até Chipre, e cidades da Ásia Menor

      1. Judeus perseguem Paulo de cidade em cidade

      2. Estabelecidas congregações

      B. Outras viagens; volta a Antioquia, Síria

      V. Resolvida a disputa sobre necessidade de circuncisão para cristãos (15:1-35)

      A. Apóstolos e anciãos em Jerusalém decidem, guiados por espírito santo

      B. Crentes devem guardar-se da idolatria, sangue e fornicação

      VI. Segunda viagem evangelizadora de Paulo (15:36 a 18:22)

      A. Paulo e Silas viajam de Antioquia pela Síria e Ásia Menor (15:36 a 16:8)

      B. Acatando uma visão, Paulo visita a Macedônia (16:9 a 17:15)

      1. Presos Paulo e Silas em Filipos; carcereiro torna-se crente

      2. Paulo e Silas pregam em Tessalônica e Beréia; judeus promovem motins

      C. Em Atenas, Paulo fala na colina de Marte, alguns crêem (17:16-34)

      D. Paulo prega em Corinto por 18 meses (18:1-17)

      E. Retorna a Antioquia, na Síria, passando por Éfeso e Cesaréia (18:18-22)

      VII. Terceira viagem de Paulo, chegada a Jerusalém (18:23 a 21:17)

      A. Ministério efésio de Paulo é frutífero; cria tumulto (18:23 a 19:41)

      B. Visita crentes na Macedônia, Grécia e Trôade (20:1-16)

      C. Apóstolo reúne-se com anciãos efésios em Mileto e os admoesta (20:17-38)

      D. Chega a Jerusalém, apesar do perigo ali (21:1-17)

      VIII. Paulo testemunha apesar de oposição, encarceramento (21:18 a 28:31)

      A. Depois do tumulto em Jerusalém, Paulo comparece diante do Sinédrio (21:18 a 23:10)

      B. É levado a Félix; comparece muitas vezes perante ele (23:11 a 24:27)

      C. Em defesa perante Festo, Paulo apela para César (25:1-12)

Publicações em Português (1950-2026)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar