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RedeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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EMPREGO FIGURADO
“Rede” é amiúde empregada de forma figurada, na Bíblia, para representar os meios de enredar outros, cercando-os e levando-os cativos, ou trazendo a calamidade sobre eles. (Jó 18:8; 19:6; Sal. 66:11; Lam. 1:13; Eze. 12:13; 17:20; 19:8; 32:3; Osé. 5:1; 7:12; Miq. 7:12) Assemelha-se a uma rede de arrasto o meio empregado pelos caldeus para conquistar nações, ao estenderem seu domínio sobre ampla área. (Hab. 1:6, 15-17) Também, a lisonja e o coração ardiloso da mulher imoral são comparados a redes. (Pro. 29:5; Ecl. 7:26) O salmista expressou a confiança de que Jeová o livraria das redes emaranhadas (Sal. 25:15; 31:4; 140:5, 12), e de que aqueles que lançavam tais redes seriam, eles mesmos, apanhados por elas. — Sal. 9:15; 35:7, 8; 57:6; 141:10.
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Rede De ArrastoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REDE DE ARRASTO
Uma rede que era arrastada no fundo de uma massa aquosa para apanhar peixes. (Eze. 26:5, 14; 47:10) No antigo Egito, as redes de arrasto eram feitas de cordas de linho, e dotadas de pesos de chumbo no fundo, e bóias de madeira no topo. É bem provável que as empregadas pelos israelitas fossem similares.
Os métodos de pesca com a rede de arrasto utilizados antigamente eram, com toda probabilidade, semelhantes aos empregados no Oriente Médio nos tempos mais modernos. Dos barcos, deixava-se cair a rede de arrasto de tal modo que cercasse um cardume de peixes, e longas cordas presas nas pontas opostas da rede eram levadas para a praia, onde diversos homens, em cada corda, gradualmente puxavam a rede, como que num semicírculo, para a praia. (Mat. 13:47, 48) Outro método era colher a rede num semicírculo que se ia estreitando. Pescadores então pulavam dentro d’água e puxavam uma parte da beirada pesada, colocando-a sob o restante da rede, formando assim um fundo. Depois disso, a rede era recolhida num barco ou em vários barcos. (Luc. 5:6, 7) Às vezes, a rede era primeiro arrastada para águas mais rasas, antes de ser esvaziada. — Compare com João 21:8, 11.
Nas Escrituras, a rede de arrasto é utilizada de forma figurada com referência ao coração duma mulher imoral (Ecl. 7:26), bem como às tramas para enredar outros. (Miq. 7:2) Também, a conquista militar é assemelhada à pesca com uma rede de arrasto. — Hab. 1:15-17.
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RedençãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REDENÇÃO
Veja RESGATE (REDENÇÃO).
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RefãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REFÃ
Uma deidade astral mencionada por Estêvão em sua defesa perante o Sinédrio. (Atos 7:43) Estêvão provavelmente citava da Septuaginta as palavras de Amós 5:26, 27, para mostrar que o cativeiro de Israel resultará de terem idolatrado deidades estrangeiras, tais como Refã (Caivã). Os tradutores da Septuaginta traduziram “Caivã” como Hraiphán, mas, na citação de Estêvão, o designativo Hromphá aparece no texto grego de West-cott e Hort. Hraiphán, bem como sua variante, Hromphá, é considerado como sendo o designativo egípcio para Saturno.
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Refaim, Baixada DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REFAIM, BAIXADA DE
Uma larga planície ou vale próximo de Jerusalém. Ela presumivelmente obteve tal nome das pessoas altas, chamadas refains, que devem ter vivido ali, em certa época. Acha-se alistada como um limite entre os territórios de Judá e Benjamim. (Jos. 15:1, 8; 18:11, 16) Na sua ponta N, havia uma montanha (ou cordilheira) que dava para o vale de Hinom. A identificação tradicional da baixada de Refaim é a planície do Baqa‘. Ela desce c. 5 km de Jerusalém para o SO, em direção a Belém. Próximo de sua ponta SO, estreita-se no uádi el Werd.
A fertilidade da planície (Isa. 17:5) e sua proximidade de Jerusalém e de Belém a teriam tornado desejável para os filisteus. (2 Sam. 23:13, 14; 1 Crô. 11:15-19) Depois de Davi ter sido ungido como rei sobre Israel, os filisteus fizeram incursões na baixada de Refaim. Davi seguiu as orientações de Deus, contudo, e obteve a vitória sobre eles. — 2 Sam. 5:17-25; 1 Crô. 14:8-17.
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RefainsAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REFAINS
Um povo ou tribo de elevada estatura. Há incerteza quanto ao significado e a origem desse nome. É provável que tenham sido chamados de refains por descenderem de um homem chamado Rafa. Em 2 Samuel 21:16, ha-Rapháh (literalmente, “o Rafa”) parece empregar o nome do pai para representar a inteira raça gigantesca.
Em algum período antigo, os refains evidentemente moravam a E do mar Morto. Os moabitas, que os desapossaram, referiam-se aos refains como emins (“criaturas temíveis”). Os amonitas os chamavam de zanzumins (talvez significando “fala confusa”). (Deut. 2:10, 11, 19, 20) Quando o Rei Quedorlaomer, do Elão, veio na direção O a fim de combater cinco reis rebeldes, perto do mar Morto (tomando cativo a Ló), ele derrotou os refains em Asterote-Carnaim. (Gên. 14:1, 5) Isto situa os refains, nessa época, em Basã, a E do Jordão. Pouco depois disso, Deus disse que daria a Terra Prometida aos descendentes de Abraão, o que incluía território em que viviam os refains. — Gên. 15:18-20.
Mais de 400 anos depois, pouco antes de Israel entrar em Canaã, a “terra dos refains” ainda era identificada com Basã. Ali, os israelitas derrotaram Ogue, rei de Basã (Deut. 3:3, 11, 13; Jos. 12:4; 13:12), o único ‘que restou do que sobrou dos refains’. Não se tem certeza se isto significa que ele era o último rei dos refains, ou se ele era o último dos refains naquela área, pois, pouco depois, encontramos refains a O do Jordão.
Na Terra Prometida, os israelitas tiveram problemas com os refains, pois alguns deles persistiram em ficar nas florestas, na região montanhosa de Efraim. Os filhos de José ficaram com receio de expulsá-los. (Jos. 17:14-18) Quando Davi combatia os filisteus, ele e seus servos abateram quatro homens “que nasceram aos refains em Gate”. Um deles foi descrito como “um homem de tamanho extraordinário, cujos dedos das mãos e dos pés eram aos seis, vinte e quatro”. A descrição das armas deles indica que eram todos homens de grande estatura. Um destes era “Lami, irmão de Golias, o geteu”. (1 Crô. 20:4-8) Este Golias, a quem Davi matou, tinha seis côvados e um palmo de altura (c. 2, 90 m). (1 Sam. 17:4-7) O relato em 2 Samuel 21:16-22 reza “Golias”, em vez de “irmão de Golias”, como em 1 Crônicas 20:5, o que pode indicar que havia dois Golias. — Veja GOLIAS.
O termo hebraico repha’ím é empregado em outro sentido na Bíblia. Às vezes, aplica-se claramente, não a um povo específico, mas àqueles que já estão mortos. Vinculando esta palavra a uma raiz que significa ‘mergulhar, descontrair-se’, alguns peritos concluem que ela significa “os mergulhados, impotentes”. Nos textos em que ela tem esta acepção, a Tradução do Novo Mundo a verte por “os impotentes na morte”, e muitas outras traduções utilizam formas de traduzir tais como “coisas mortas”, “defuntos” e “mortos”. — Jó 26:5; Sal. 88:10 (88:11, PIB); Pro. 2:18; 9:18; 21:16; Isa. 14:9; 26:14, 19.
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RefeiçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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REFEIÇÃO
Sendo amiúde ocasiões de feliz associação e de benefícios espirituais entre os antigos hebreus e, mais tarde, entre os cristãos primitivos, as refeições também ofereciam oportunidades para se mostrar amor e hospitalidade para com outros. Parece que os hebreus e os cristãos primitivos costumeiramente ofereciam orações por ocasião das refeições. — 1 Sam. 9:13; Atos 27:35; 1 Tim. 4:1, 3; veja ÁGAPES (FESTAS DE AMOR); HOSPITALIDADE; REFEIÇÃO NOTURNA DO SENHOR.
Parece que os israelitas saboreavam duas refeições principais a cada dia, uma de manhã e a outra à noite, no fim do dia de trabalho. (Compare com Rute 3:2, 3, 7; 1 Reis 17:6.) Ao passo que muitos comiam em casa o seu desjejum, outros, incluindo os pescadores, que labutavam a noite inteira, pelo visto tinham por hábito levar alguma comida quando saiam para o trabalho. Os pescadores podiam também preparar para o desjejum alguns dos peixes que pescaram. — Compare com Marcos 8:14; João 21:12, 15.
Há evidência, contudo, de que por volta do meio-dia se servia uma refeição, talvez geralmente uma refeição mais leve. (Atos 10: 9, 10) Provavelmente, nesta hora, as pessoas que trabalhavam nos campos paravam para descansar e comer algum alimento. — Compare com Rute 2:14.
As mulheres costumeiramente serviam os alimentos. (João 12:1-3) Mas, às vezes, elas tomavam suas refeições em companhia dos homens. (1 Sam. 1:4, 5; Jó 1:4) Nas casas abastadas, especialmente as reais, havia servos que serviam à mesa. A mesa do Rei Salomão era servida por garçons que usavam vestes especiais. — 1 Reis 10:4, 5; 2 Crô. 9:3, 4.
As bebidas eram geralmente servidas em cálices individuais, mas o alimento era com freqüência colocado num prato comum. Os que comiam talvez retirassem o alimento com os dedos, ou utilizassem um pedaço de pão como se fosse uma colher, para pegar certos alimentos. — Mar. 14:20; João 13:25, 26; veja também Provérbios 26:15.
As posições assumidas pelas pessoas às refeições incluíam o reclinar-se e o sentar-se. (Gên. 18:4; 27:19; Juí. 19:6; Luc. 9:14) Um relevo do palácio do rei assírio, Assurbanipal, apresenta-o como reclinado num divã, e sua rainha como estando sentada numa poltrona elevada, enquanto se regalavam. Reclinar-se em leitos, às refeições, era, pelo visto, um costume comum também entre os persas. (Ester 7:8) Nos dias de Ezequiel, mesas e leitos eram utilizados, pelo menos por alguns israelitas. — Eze. 23:41.
NA ÉPOCA DO MINISTÉRIO TERRESTRE DE JESUS
O costume geral dos hebreus, no primeiro século EC, era que as pessoas lavassem as mãos antes de tomarem uma refeição. Tratava-se dum costume ritualístico entre os escribas e os fariseus. — Mar. 7:1-8; veja MÃOS, LAVAR AS.
Nos banquetes ou em grandes festas na época do ministério terrestre de Jesus, colocavam-se leitos de diferentes alturas em torno de três lados da mesa. Isto deixava o quarto lado livre, de modo que os que serviam a comida pudessem ter acesso à mesa. O arranjo romano da mesa e dos leitos era tal que o leito mais elevado ficava à direita daqueles que serviam a refeição, ao se aproximarem da mesa. Um leito um tanto mais baixo ficava bem à frente deles, e o leito mais baixo ficava à sua esquerda.
Às vezes, quatro ou cinco pessoas ocupavam um único leito, mas, usualmente, o número era de três pessoas. Os que saboreavam a refeição geralmente descansavam sobre seu cotovelo esquerdo, provavelmente sobre uma almofada, com a cabeça se inclinando para a mesa. A comida era normalmente apanhada com a mão direita. O lugar de maior importância num leito era o ocupado pela pessoa que não tinha ninguém atrás de si. Estar na “posição junto ao seio” em relação a alguém que se reclinava para uma refeição queria dizer estar à sua frente e também significava ter o seu favor. (João 13:23) O indivíduo que tinha alguém na posição junto ao seu seio
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