foi que o nosso meio de vida não se deve tornar uma obsessão, ao ponto de excluir as coisas mais importantes. O Reino deve vir em primeiro lugar em nossas vidas, e as outras considerações em segundo lugar. Se por causa da nossa devoção aos interesses do Reino encontrarmos dificuldades em ganhar o nosso sustento, então Deus nos ajudará.

Quão imprudente seria gastarmos as nossas energias vitais em coisas que não nos conduzem à vida debaixo do Reino. Trabalharmos furiosamente para ganhar dinheiro, ou aumentar os bens, ou para ganhar certo destaque, não acrescentará nem um dia à nossa vida. Faz-se muito esforço para prover à família a garantia da segurança. Mas, quanto esforço se faz para obter a garantia mais importante ter um bom nome perante Deus, para que possamos viver eternamente debaixo do seu reino?

A fim de salientar bem a importância do Reino, Jesus disse: “Se a tua mão te servir de pedra de tropeço, corta-a; melhor é entrares na vida manco, do que, tendo duas mãos, ires para a Gehenna, para o fogo inextinguivel. Se o teu pé te servir de pedra de tropeço, corta-o; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo dois pés, seres lançado na Gehenna. Se o teu olho te servir de pedra de tropeço, arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado na Gehenna.” — Mar. 9:43-47; LEB.

O reino de Deus é um prêmio tão desejável, que nada, não importa quão caro, quer bens, quer amizades, quer até mesmo os nossos membros, deve impedir irmos em busca dele. Se a nossa ocupação estiver interferindo nisso, devemos fazer reajustes. Se o trabalho doméstico ocupar todo o nosso tempo, é preciso que se planeje melhor ou se tenha uma casa menor. Se os nossos passatempos nos restringirem quanto a buscarmos primeiro o reino, deve-se reduzir o tempo gasto neles. Em suma, tudo o que nos estorvar deve ser posto de lado! Isto não significa renunciar a todo o trabalho, passatempos ou recreação. Significa manter as coisas no seu devido lugar. As coisas mais importantes deveriam vir em primeiro lugar. Talvez seja doloroso eliminar ou reduzir certas coisas ou hábitos arraigados há muito tempo, mas olhe-o da seguinte maneira: Se for necessário submeter-se a uma operação dolorosa, que talvez nos custe a mão ou o pé, não nos sujeitaríamos a isso para salvar a vida? Do mesmo modo, talvez seja no princípio doloroso sujeitar os nossos desejos egoístas à vontade de Deus, mas a operação é vital, se quisermos que ele preserve a nossa vida!

O Reino era todo-importante para os primitivos cristãos. É típica a atitude do apóstolo Paulo: “Aceitei a perda de todas as coisas e considero-as como uma porção de refugo, para que possa ganhar a Cristo e ser achado em união com ele, . . . para ver se eu posso, de algum modo, alcançar a ressurreição antecipada dentre os mortos.” — Fil. 3:8-11, NM.

A IMPORTÂNCIA QUE TEM PARA O MUNDO

Dá o mundo toda essa importância ao Reino? Não, não dá. Isto não nos deve surpreender, pois “o mundo todo está sob o poder do Maligno”. (1 João 5:19, LEB) Satanás cegou até mesmo as mentes dos líderes religiosos quanto ao propósito do reino de Deus. Muitos creêm que significa a conversão do mundo a Cristo. Um clérigo, observando que as pessoas não dão importância ao reino de Deus, disse: “O povo adora agora os ídolos pagãos do dinheiro, do sucesso, da posição social e do conforto. Parece que perdemos de algum modo nosso senso duma missão positiva e dinâmica no mundo — a missão de transformar o mundo no sentido do reino de Deus.” Quando se ensina às pessoas que o reino de Deus significa a ampliação do domínio da cristandade sobre todo o mundo, é de admirar-se que o fracasso de conseguir isso seja associado com o fracasso do reino de Deus?

O fato de a maioria das pessoas não verem o Reino não significa que o Reino falhou. Prova exatamente o contrário! Olhe para o mundo em volta de si. A angústia das nações, o aumento da iniqüidade e o crescente poder das ideologias sem Deus são prova positiva de que o Reino já foi estabelecido nos céus! Por quê? O tempo de tribulação que o mundo está atravessando agora é exatamente o que Jesus disse que aconteceria. A profecia bíblica mostra claramente que o reino dos céus já está em funcionamento desde 1914. Vivemos num período de transição entre o velho e o novo. Em breve, o reino estabelecido exterminará todo este sistema de coisas, pavimentando o caminho para um governo justo e pacífico na terra.

PODERÁ BUSCAR PRIMEIRO O REINO

Hoje em dia há centenas de milhares que buscam primeiro o Reino. Toda uma sociedade de pessoas, a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová, em rápida expansão, faz dele a coisa mais importante na sua vida. O fato de que pessoas de todas as raças, línguas e procedências fazem isso prova que pode ser feito. A razão por que podem pôr o Reino em primeiro lugar é que conhecem seus objetivos e seus requisitos. Mas, deram-lhe no princípio essa .importância? Não; talvez porque no princípio não estavam especialmente interessados nele, mas o melhor conhecimento mudou a sua atitude.

Conforme aprender mais sobre o reino de Deus, aumentará seu amor pelo autor dele, Jeová Deus, e seu Rei. Aprenderá também a amar os que querem viver no paraíso restabelecido, como súditos do reino de Deus, e que demonstram isso por colocarem agora os interesses do Reino em primeiro lugar. Desejará mostrar pelas suas ações que o Reino é a força motivadora na sua vida. Com o apoio do poderoso espírito de Deus, poderá também buscar o Reino em primeiro lugar.

É agora urgente que faça isso. Os destinos eternos estão sendo decididos neste tempo de juízo. Os que buscam o Reino em primeiro lugar têm a promessa de sobreviver ao fim deste mundo. Passarão como povo unido para um mundo de infindável paz, felicidade e vida, tudo sob a orientação do reino de Deus.

Que importância atribui ao reino de Deus? Sua vida dependerá da resposta que der.

Perguntas dos Leitores

● Na página 126, parágrafo 14, do livro Podeis Sobreviver ao Armagedon Para o Novo Mundo de Deus, faz-se referência a Deuteronômio 30:13. Qual é a aplicação completa deste texto bíblico ao parágrafo? — P. S., Estados Unidos.

O parágrafo em questão, que trata da condição do povo de Jeová em 1918, reza em parte: “E quando tiverem terminado o seu testemunho [estando assim vestidos de saco], a bêsta-fera [a organização visível de nações, de Satanás] que ascende do abismo [o mar] fará guerra com eles, e os vencerá, e os matará.” “(Apocalipse 11:7-10; 13:1; Romanos 10:7, NM; Deuteronômio 30:13)”

Para entendermos por que se cita Deuteronômio 30:13, precisamos primeiro notar como Apocalipse 13:1 (NM) reza: “E vi uma bêsta-fera que subia do mar, com dez chifres e sete cabeças, e sobre seus chifres dez diademas, mas sobre suas cabeças nomes blasfemos.” O contexto desta profecia indica que esta besta-fera e o mar donde surgiu são o mesmo que a besta-fera e o abismo mencionado em Apocalipse 11:7, citado no parágrafo precedente.

Deuteronômio 30:13 e Romanos 10:7 são citados porque o último, pelo apóstolo Paulo, cita o primeiro, mas usa o termo “abismo” em vez de “mar”. Assim estes dois textos apóiam o fato de que o “abismo” e o “mar” são o mesmo e são citados para esse fim. A Cyclopaedia de McClintock e Strong revela que estes dois termos foram usados