discípulo.” (Luc. 14:26, 27) Está disposto a fazer isso? O objetivo que se procura alcançar é grande — a vida eterna. Uma vez que a recompensa é grande, é somente razoável que obtê-la não é fácil, mas, com a ajuda de Jeová, pode ser obtida. Jesus descreveu o acesso a esta recompensa como portão estreito e estrada apertada, que poucos acham, mas que, uma vez achada, é a estrada em que se deve ficar, não importa quais os problemas ao longo do caminho. (Mat. 7:14) Visto que Jeová demonstrou tal amor a nós, por meio do sacrifício de seu Filho, para tornar possível tal perspectiva de vida, queremos também mostrar-lhe amor inabalável por vivermos à altura de nossa dedicação. — 1 João 4:9.

13. (a) O que é que não significa o batismo para a pessoa? Por quê? (b) Que bom conselho bíblico deve o cristão batizado certificar-se de seguir?

¹³ Uma vez batizada, a pessoa não se recosta então e fica descansada, pensando que agora fez o que Deus exige. Este não é o fim da estrada, mas o começo, exatamente como demonstrou a vida de Jesus. Foi depois de seu batismo que ele começou o seu ministério público, empenhando-se na obra de pregação, apesar da oposição e do ódio manifestos pela classe religiosa dos seus dias, ódio que se aplacou finalmente só com a sua morte. Reconhecendo, assim, a obra que tem pela frente, aquele que se dedica a Jeová quer ter a certeza de se manter bem equipado para ela. Isto significa estudo. Não só estudo congregacional, mas estudo bíblico pessoal, para que, quando precisarmos de uma resposta bíblica convincente, para ajudar a alguém a apreciar a verdade, possamos dá-la. (1 Tim. 4:16) Conforme diz Provérbios 18:15: “O coração do entendido adquire conhecimento e o ouvido dos sábios procura achar conhecimento.” Pedro insta: “Prossegui crescendo na benignidade imerecida e no conhecimento de nosso Senhor.” (2 Ped. 3:18) Paulo aconselhou: “Faze o máximo para te apresentar a Deus aprovado, obreiro que não tem nada de que se envergonhar, manejando corretamente a palavra da verdade.” (2 Tim. 2:15) Finalmente, Hebreus 6:1 encoraja: “Avancemos à madureza.” Portanto, a Testemunha batizada não diminui o passo nem pára de estudar as Escrituras, só porque agora é batizada ou talvez porque aquele que antes estudava com ela descontinuou esta ajuda. Antes, vê a necessidade de continuar a crescer em conhecimento e entendimento, e por isso planeja um programa definido de contínuo estudo pessoal e pede a Jeová, por meio de oração, que lhe ajude mediante seu espírito a compreender a sua Palavra ainda mais com o passar do tempo. (Pro. 2:4-6; Tia. 1:5) Reconhece isto como uma das responsabilidades de uma Testemunha batizada, a fim de se manter espiritualmente forte.

14. (a) Que arranjo tem Jeová para o bem-estar dos seus servos na terra, e, portanto, por que deve o batizado querer cooperar com ele? (b) Que disse Jesus sobre a união cristã?

¹⁴ Seu estudo, bem como sua associação com o povo de Jeová, ajudam-lhe a compreender que Jeová não só tem uma organização celestial, mas também uma organização visível, terrestre, de pessoas, fazendo a sua vontade. Jesus predisse que entre o seu povo haveria a classe dum “escravo fiel e discreto”, que proveria alimento espiritual à família dos servos devotados de Deus na terra, agindo como seu instrumento de comunicação e supervisionando a execução dos interesses do Reino em todo o mundo. (Mat. 24:45-47) Estes superintendentes ungidos servem como que guiados nas suas atividades pela destra de Cristo. Têm o mesmo conceito de Jesus, quando disse a Jeová: “Ocorra, não a minha vontade, mas a tua.” (Luc. 22:42) Para ilustrar a harmonia que existiria na organização de Jeová, Jesus a comparou, em João 15:1-10, a uma videira com os seus ramos. Jeová é o Grande Lavrador, Jesus é a videira e os que entram em união espiritual com ele são os ramos. É claro que isso exige o reconhecimento da organização de Jeová hoje na terra. Esta videira é frutífera, produzindo fruto que durará através do Armagedom. — Heb. 13:7, 17.

15. Que bons frutos devem todos os cristãos se esforçar em produzir?

¹⁵ Que espécie de fruto é aquele que os ligados à videira precisam produzir para terem o favor de Deus e evitarem ser podados como brotos improdutivos? Realmente, as Escrituras mencionam duas espécies de frutos que o cristão se esforçaria em cultivar. Uns são os frutos do espírito, incluindo amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura e autodomínio. (Gál. 5:22, 23) Para se ficar em harmonia com Cristo e agradar a Jeová, é preciso que se produzam tais qualidades. Mas, queremos ver tais frutos não só em nós mesmos, mas também em outros. Os que são discípulos de Cristo compreendem que é a vontade de Jeová que também façam discípulos de outros. Conforme diz Provérbios 11:30: “O fruto do justo é árvore de vida, e quem ganha almas é sábio.” Esta foi a obra a que Paulo e os primitivos cristãos se devotaram. Paulo escreveu aos romanos (1:13) que esperava chegar para ministrar entre eles, ‘a fim de que adquirisse alguns frutos também entre eles, assim como entre as demais nações’. Com isso ele se referiu a frutos do Reino ou discípulos cristãos. Cada um dos que se dedicam a Jeová tem uma responsabilidade neste sentido, de se esforçar para adquirir frutos por fazer discípulos de pessoas das nações.

16. Como salientam as Escrituras a responsabilidade do cristão e o proceder sábio a seguir?

¹⁶ Paulo sentia tão fortemente esta responsabilidade, que ele disse: “Se eu, agora, estou declarando as boas novas, não é razão para me jactar, pois me é imposta a necessidade. Realmente, ai de mim se eu não declarasse as boas novas!” (1 Cor. 9:16) Esta obra não é uma que fazemos apenas em nossa própria força, mas podemos ter a certeza da ajuda do espírito de Jeová, enquanto nos prepararmos e fizermos a nossa parte. É Jeová quem produz os frutos e o aumento em resultado das atividades de seus servos em toda a terra. Cada um dos que se dedicam a Jeová tem uma séria responsabilidade perante seu Criador. Conforme diz Ezequiel 33:8, se “tu realmente não falares para avisar o iníquo do seu caminho, ele mesmo morrerá como iníquo no seu próprio erro, mas o sangue dele requererei de volta da tua própria mão”. Quanto mais feliz é o proceder de participar ativamente em dar o aviso, e, em resultado, ter a alegria de socorrer muitos dos de coração sincero, para a vida no novo sistema paradísico de Jeová! Jesus declarou a tais: “Eu vos digo, pois: Todo aquele que confessar perante os homens estar em união comigo, o Filho do homem também confessará, perante os anjos de Deus, estar em união com ele.” — Luc. 12:8.

17. Apesar de dificuldades, de que pode estar certo aquele que se dedica a Jeová?

¹⁷ Quanta causa para alegria é ter o favor do Filho! Portanto, aquele que entra numa relação dedicada com Jeová e que aceita Jesus como seu Mediador, recebe automaticamente responsabilidades; recebem-se também muitas bênçãos e muita alegria. Ele reconhece que Jeová é a sua força e fonte de ajuda, Aquele que salva e que pastoreia seu povo. (Sal. 28:7-9) Verifica que, longe de ser um fardo, o serviço que faz para Jeová lhe dá muita felicidade e lhe é fonte de revigoramento. (1 João 5:3) Embora se sofra muita pressão da parte da família ou de amigos, ou embora a situação seja difícil por algum tempo, aquele que continuar a achar um lugar para os interesses do Reino na sua vida, dando o primeiro lugar a Jeová e ao seu serviço, verá o caminho aplainado para si. Isto se deu assim com os cativos de Sião que retornavam, e é assim hoje com os israelitas espirituais. Conforme declara o Salmo 126:5, 6: “Os que semeiam com lágrimas ceifarão com clamor jubilante. Aquele que sem falta sair, mesmo chorando, carregando uma bolsa cheia de semente, sem falta entrará com clamor jubilante, carregando seus feixes.”

18. Que deve fazer a pessoa não batizada, e com que objetivo em vista?

¹⁸ Que privilégio é conhecer a verdade e ter parte na promoção dos interesses do Reino nestes “últimos dias”. Para os que pensam em ser batizados, agora é o tempo de se prepararem para isso por meio de estudo cuidadoso, conformando a sua vida aos justos requisitos de Jeová, e pela oração a Jeová, pedindo sua orientação. Daí, não se refreie, mas, semelhante a Jesus, progrida a maior serviço e receba a aprovação de Jeová. E, para os que deram este passo, viva cada um à altura das responsabilidades que acompanham a dedicação a Jeová, sabendo que “a benevolência pertence a ti, ó Jeová, porque tu mesmo retribuis a cada um segundo o seu trabalho”. (Sal. 62:12) Mostre a todos que se mudou do velho sistema de coisas para o novo, que aprendeu e pode agora ensinar a língua pura da verdade sob a direção de Cristo, o Rei, porque aceita de bom grado as responsabilidades de uma Testemunha batizada. — Luc. 9:59-62.

Uma revista encontrada na rua

Certo dia, no México, uma senhora apanhou um exemplar de A Sentinela que encontrou na rua. Ela começou a ler a revista, e o que lia suscitou-lhe o interesse a tal ponto, que se sentiu induzida a ir a um Templo Evangélico para perguntar se era ali que se distribuía A Sentinela. Disseram-lhe que não, mas mencionaram que achavam que era distribuída em certa rua. Esta senhora interessada percorreu aquela rua por dois dias, perguntando a todos os que encontrava.

Quando achou o lugar de reunião das testemunhas de Jeová, ela esperou no domingo desde as 11 horas até a hora da reunião. Iniciando-se a reunião, ela estava na assistência, gostando muito do método de estudo realizado ali. Fizeram-se arranjos para ela receber instrução pessoal por meio dum estudo bíblico. Em pouco tempo, aquilo que aprendia a induziu a fazer algumas mudanças. Aprendendo que Jeová Deus é invisível e que realmente não é possível fazer imagens dele, ela removeu as imagens de sua casa. Freqüentava regularmente as reuniões para participar nos comentários no estudo da Sentinela. Legalizou seu casamento e suscitou o interesse de seu marido nos propósitos de Deus. Falou aos seus parentes sobre a verdade de Deus, e alguns deles vieram às reuniões. Tudo isso porque um amante da verdade de Deus apanhou A Sentinela na rua.

Testemunho incidental na România

Um ministro das testemunhas de Jeová viajava de trem para visitar uma família interessada na verdade da Palavra de Deus. Era um feriado religioso, e num compartimento do trem havia um grupo de batistas cantando seus cânticos religiosos. O ministro aproveitou a oportunidade para falar com os deste grupo, o que resultou numa animada palestra sobre o reino de Deus. No princípio, os do grupo escutavam com atenção, mas não demorou muito que notaram que a tendência da palestra deste ministro cristão era contrária às suas crenças, e alguns deles pediram que ele deixasse o seu grupo em paz. Mas, outros dos batistas tiraram suas Bíblias e começaram a verificar o testemunho que receberam e a argumentar entre si. Em resultado disso, três deles deixaram seu compartimento e se chegaram à Testemunha, pedindo-lhe mais explicações. Expressaram-se de pleno acordo com o que lhes explicava e perguntaram para onde ele ia, dizendo que gostariam de acompanhá-lo. Depois de a Testemunha lhes explicar que ia visitar certa família que sabia estar interessada na Bíblia, decidiram ir com ele e visitar esta família interessada. Mais tarde, aceitaram a oferta do ministro, de que os visitasse nos seus próprios lares e estudasse com eles. Após terem estudado por algum tempo, expressaram o desejo de ser batizados. Tudo isso por causa dum testemunho incidental num trem, porque o ministro tomara a iniciativa.