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Parou de ‘armazenar tesouros na terra’?A Sentinela — 1976 | 15 de maio
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prestar serviço sagrado.’” (Mat. 4:8-10) Apreciemos igualmente o valor do tesouro celestial, tomando decisões que dêem crédito a Deus e tenham sua aprovação.
O VALOR DO TESOURO CELESTIAL
19. Em que sentido é sábio acatar o conselho de Jesus a respeito dos bens materiais?
19 Apreciemos sempre a sabedoria das palavras de Jesus a respeito dos bens materiais. Ele disse que estes se corroem, que estão em contínuo perigo de se perderem, de serem furtados ou destruídos. Quanto mais alguém possui, tanto mais tem de preocupar-se. Quantas vezes isto constitui um fardo desnecessário! Dar-se atenção demais a esses bens materiais pode também fazer com que se perca a “verdadeira vida”. (1 Tim. 6:19) Disso temos um exemplo do primeiro século.
20-22. (a) Que conselho deu Jesus a um governante rico e jovem e o que mostrou o jovem quanto ao que vinha em primeiro lugar na sua vida? (b) Se ele viveu até 70 E. C., o que aconteceu provavelmente a este jovem governante?
20 Por volta do ano 33 E. C., Jesus estava percorrendo a Província da Peréia, na margem oriental do rio Jordão. Um homem, governante rico e jovem, veio correndo a Jesus e perguntou: “Instrutor, que preciso fazer de bom, a fim de obter a vida eterna?” (Mat. 19:16) Jesus disse-lhe o que devia fazer, e aconselhou-lhe a não se deixar impedir pelos seus bens materiais na terra de obter o tesouro eterno no céu. Jesus disse: “Vai vender teus bens, e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem, sê meu seguidor.” (Mat. 19:21) Visto que estava sob a Lei, tinha por obrigação ajudar israelitas necessitados. (Lev. 25:35; Deu. 15:7-11; Isa. 58:6, 7; Eze. 18:5, 7-9) Mas, apreciava ele este conselho de Jesus? Não! (Mat. 19:22) O que aconteceu então com este jovem? Continuou ele a ser bem sucedido em obter maior riqueza? Se viveu mais trinta e sete anos, até 70 E. C., ficou sujeito a algumas mudanças drásticas.
21 Conforme mencionado, vivia na província para a qual a maioria dos judeus cristianizados fugiu em 66 E. C., a fim de salvar a vida da destruição de Jerusalém, que era iminente. Os soldados romanos não se viram obrigados a invadir a Província da Peréia, para sufocar ali uma rebelião de judeus. Mas que dizer deste jovem governante rico, que vivia naquela província com todos os seus bens terrenos? Ele observava bem conscienciosamente a lei de Moisés. (Mat. 19:20) Se sobreviveu até 70 E. C., este cumpridor consciencioso da Lei provavelmente cruzou o rio Jordão para a margem ocidental, entrando na Província da Judéia e subindo à cidade de Jerusalém, para celebrar a Páscoa anual para Deus. — Deu. 16:1, 2.
22 Estando assim na cidade, deve ter ficado encurralado pelas legiões romanas, que cercaram o Lugar Santo. De modo que deve ter perecido na destruição de Jerusalém ou sobrevivido para ser levado cativo pelos soldados romanos e levado à escravidão, em alguma parte do Império Romano. De qualquer modo, teria de deixar tudo atrás de si, nesta terra, mas não por causa de Jesus Cristo, nem como um de seus discípulos. Quanta estupidez da parte daquele jovem! No caso de cada um de nós, quanto estamos necessitados de ter crédito, uma posição boa, perante Deus, lá nos céus! E nosso crédito ou nossa posição perante ele é algo muito valioso e perdurará para sempre.
23. Como se pode ver a sabedoria de Provérbios 23:4, 5?
23 Os governos desta terra não podem garantir que nossos bens materiais não percam seu valor com o tempo, quer por uma depressão econômica, inflação, desvalorização da moeda, quer por um colapso desastroso na bolsa de valores. A Palavra de Deus nos assegura, em Provérbios 23:4, 5: “Não labutes para enriquecer. Deixa da tua própria compreensão. Fizeste teus olhos relanceá-la, sendo que ela não é nada? Pois, sem falta fará para si asas como as da águia e sairá voando em direção aos céus.”
24. O que ilustra a tolice de se confiar em tesouros terrestres?
24 “Quão veraz é isso, quando consideramos as condições econômicas apenas dentro desta geração! “Na Alemanha, no fim de 1923, eram precisos 1.200.400.000.000 de marcos de papel para comprar apenas o que 35 marcos podiam comprar só dois anos antes, e na Hungria, eram necessários 1,4 nonilhões de pengoes para comprar em 1946 o que se podia obter por um único pengo em 1938. (Um nonilhão é igual a 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.)” (Veja Money and Economic Activity, de Houghton Mifflin.) No Uruguai, na América do Sul, durante um ano recente, o custo de vida aumentou em cerca de 500 por cento. Em outro país próximo, o Chile, o algarismo foi de 375 por cento. Certamente, se armazenarmos tesouros no céu, não sofrerão tal desvalorização, tornando-se baratos e finalmente perdendo todo o valor. — Luc. 12:33.
25, 26. (a) Em vista do tempo, que proceder devemos seguir? (b) Que futuro há para os que armazenam para si “tesouros no céu”?
25 Assim, pois, cabe a nós, hoje, seguir o conselho do Senhor Jesus Cristo, e em vez de mergulharmos no jogo de obter mais riquezas para nós mesmos, mergulhemos na obra mais urgente de todos os tempos: a pregação das boas novas do reino de Deus e fazer discípulos de pessoas de todas as nações. (Mat. 28:19, 20; Atos 1:8? Lembremo-nos de que nenhuma quantidade de riquezas materiais nos levará através da vindoura “grande tribulação”. Assim como está escrito em Provérbios 11:4: “Coisas valiosas de nada aproveitarão no dia da fúria, mas a justiça é que livrará da morte.”
26 Tomemos por decisão olhar para o céu e colocar o reino de Deus e seus interesses em primeiro lugar na nossa vida. Se fizermos isso, asseguraremos para nós inúmeras bênçãos, bênçãos indescritíveis, tanto materiais como espirituais, desde já, e também, após o Armagedom, a vida eterna no novo sistema de coisas de Deus. Isto é algo que não pode ser comprado nem com todo o dinheiro no mundo. É o que deseja? Então saiba que a vida eterna, a paz e a felicidade na nova ordem justa de Deus, sob o reino de Cristo, são a recompensa de todos os que hoje param de armazenar para si tesouros na terra. — Isa. 9:7; 1 Tim. 6:17-19.
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Preservação duma consciência limpaA Sentinela — 1976 | 15 de maio
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Preservação duma consciência limpa
● Às vezes é preciso ter forte fé para se agir dum modo que não avilte a própria consciência. Isto aconteceu com uma testemunha cristã de Jeová em Gana. Seu marido, que não era Testemunha, estava desempregado, e toda a família dependia dela para seu sustento. No entanto, ela passou a reconhecer que continuar a vender produtos de fumo estava em desacordo com os princípios bíblicos. Decidida a ter uma boa consciência perante Deus e os homens, encomendou-se aos cuidados de Jeová e fechou a sua tabacaria. Sofreu sua família em resultado disso? Não. Logo na semana seguinte, uma atacadista entrou em contato com ela, a procura de alguém honesto para vender seus produtos e compartilhar nos lucros. Pouco depois, uma segunda pessoa deu-lhe um contrato de vender um produto local chamado “manteiga de Galam”, visto que muitos se mostraram indignos de confiança neste serviço. Essas oportunidades comerciais surgiram porque esta Testemunha tinha uma boa reputação. Por causa de seu interesse em ter uma consciência limpa, em pouco tempo tinha um negócio ainda melhor do que aquele que fechara.
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