-
Rocha, IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
de Jesus como significando que Pedro era a rocha é evidente de que, mais tarde, disputaram a respeito de quem parecia ser o maior entre eles. (Mar. 9:33-35; Luc. 22:24-26) Não haveria nenhuma base para tal disputa caso se tivesse dado a Pedro a primazia como a rocha sobre a qual devia ser edificada a congregação. As Escrituras mostram claramente que todos os apóstolos são pedras de alicerce iguais a Pedro. Todos eles, incluindo Pedro, repousam sobre Cristo Jesus como a principal pedra angular. (Efé. 2:19-22; Rev. 21:2, 9-14) O próprio Pedro identificou Cristo Jesus como sendo a rocha (pétra) sobre a qual a congregação é edificada. (1 Ped. 2:4-8) Similarmente, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque [os israelitas] costumavam beber da rocha espiritual que os seguia, e essa rocha significava o Cristo.” (1 Cor. 10:4) Pelo menos em duas ocasiões e em dois locais diferentes, os Israelitas obtiveram uma provisão miraculosa de água tirada duma rocha. (Êxo. 17:5-7; Núm. 20:1-11) Por conseguinte, a rocha, qual fonte de água, com efeito os seguia. A própria rocha, evidentemente, era um tipo pictórico ou simbólico de Cristo Jesus, que disse aos judeus: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba.” — João 7:37.
É também interessante que Agostinho (354-430 EC), geralmente mencionado como “Santo Agostinho”, certa vez cria que Pedro era a rocha, porém, mais tarde, mudou de conceito. Escreveu ele: “A rocha não é assim denominada por causa de Pedro, e sim Pedro por causa da rocha (non enim a Petro petra, sed Petrus a petra), assim como Cristo não é chamado dessa forma por causa do cristão, e sim o cristão por causa de Cristo. Pois a razão pela qual o Senhor diz: ‘Sobre esta rocha edificarei a minha igreja’ é que Pedro dissera: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.’ Sobre esta rocha, que tu confessaste, afirma ele, eu edificarei a minha igreja. Pois Cristo era a rocha (petra enim erat Christus), sobre a qual o próprio Pedro foi edificado; pois nenhum homem pode lançar outro alicerce, além do que já está lançado, que é Jesus Cristo.” — Citado de A Commentary on the Holy Scriptures (Comentário Sobre as Santas Escrituras; Mateus, p. 296, nota), de J. P. Lange e traduzido por P. Schaff.
-
-
RodaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
RODA
Não se conhece a exata origem histórica da roda. Antigamente, tábuas de madeira eram pregadas juntas, arredondadas e guarnecidas com uma camba ou um aro para formar a primitiva roda. O tipo com raios era usado em carros, carroças e outros veículos. (Êxo. 14:25; Isa. 5:28; 28:27) Os dez carrocins de cobre que Salomão fez para serem usados no templo de Jeová tinham, cada um, um eixo de cobre e quatro rodas de cobre, semelhantes às rodas de carros, com 1, 5 côvado de altura, e dispondo de cubos, raios e cambas. — 1 Reis 7:27-33.
O oleiro moldava vasos de barro num disco horizontal giratório, chamado de roda de oleiro. (Jer. 18:3, 4) Também, talvez se baixasse e erguesse um balde numa cisterna por meio de uma corda presa a algum tipo de roda ou guincho. — Ecl. 12:6.
EMPREGO ILUSTRATIVO E FIGURADO
Segundo o Texto Massorético hebraico, Provérbios 20:26 reza: “O rei sábio dispersa os iníquos e revolve sobre eles uma roda.” Isto parece fazer alusão a uma ação tomada por um rei, comparável ao emprego duma roda em trilhar o cereal. (Compare com Isaías 28:27, 28.) A metáfora parece indicar que o rei sábio age prontamente em separar os iníquos dos justos, e em punir os iníquos. Desta forma, o mal é suprimido de seu domínio. (Compare com Provérbios 20:8.) Não obstante, por ligeira alteração, este versículo afirma que um rei sábio faz voltar sobre os iníquos “sua própria qualidade prejudicial”.
A língua descontrolada é um “fogo” que “incendeia a roda da vida natural”. O inteiro círculo da vida duma pessoa pode ser incendiado pela língua, assim como um eixo muito quente pode incendiar uma roda. — Tia. 3:6.
Junto ao rio Quebar, na terra dos caldeus, durante o quinto ano do exílio do Rei Joaquim, Ezequiel teve uma visão de Jeová viajando sobre um veículo celeste, de movimentação rápida e semelhante a um carro. Suas quatro rodas tinham cambotas repletas de olhos, e, dentro de cada roda havia outra roda, pelo visto em ângulo reto, tornando possível ir adiante ou para qualquer dos lados sem mudar o ângulo das rodas. Ao lado de cada roda havia um querubim, as criaturas viventes querubínicas e as rodas se movendo em uníssono, conforme guiadas pelo espírito. (Eze. 1:1-3, 15-21; 3:13) No ano seguinte, Ezequiel teve uma visão similar, desta feita diante do templo que Salomão construiu em Jerusalém, a qual indicava que dentro em breve aquela cidade e o templo seriam destruídos em execução da decisão judicial de Jeová. (Eze. 8:1-3; 10:1-19; 11:22) Cerca de sessenta anos depois, Daniel viu, em visão, o Antigo de Dias, Jeová, sentado num trono celeste dotado de rodas. Tanto o trono como as rodas eram flamejantes, sugerindo a aproximação do ardente julgamento divino sobre as potências mundiais. — Dan. 7:1, 9, 10; Sal. 97:1-3.
-
-
RodesAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
RODES
Ilha situada ao largo do canto SO da Turquia, e uma das maiores ilhas do mar Egeu, medindo c. 72 km de comprimento por 32 km de largura. Sua capital também é chamada de Rodes. O navio em que Paulo viajava veio de Cós para Rodes, perto do término da terceira viagem missionária do apóstolo, na primavera setentrional de 56 EC. — Atos 21:1.
Rodes, graças à sua localização estratégica e a bons portos, destacava-se como centro de intercâmbio comercial desde o início de sua história. No entanto, parece que, com o tempo, a própria cidade de Rodes se tornou mais famosa como centro cultural.
O Colosso de Rodes, uma estátua de bronze do deus-sol Hélios, erguia-se perto do porto da cidade de Rodes. Considerado uma das “sete maravilhas do mundo antigo”, diz-se que tinha uns 70 côvados (c. 31 m) de altura. Embora não mais estivesse de pé nos dias de Paulo, tendo sido derrubado por um terremoto no século III AEC, ainda continuavam a existir na Era Comum enormes fragmentos do Colosso.
-
-
RolaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ROLA
[Heb. , tor, tohr; gr. , trygón]. Pequeno columbídeo selvagem, geralmente dotado de fortes hábitos migratórios. O seu nome hebraico evidentemente imita o arrulho lamuriento de “tor-r-r tor-r-r” que a ave solta, e este som é também essencialmente duplicado no seu nome latino, turtur.
As variedades de pombas encontradas com mais freqüência na Palestina são a “rola-comum”, e a “rola-de-colar” (ou, “rola-turca”), esta última sendo assim chamada por causa dum semicolar negro e estreito por trás do pescoço.
Outra variedade, a “rola senegalense”, não migra, passando o ano todo no clima tropical do vale do mar Morto. Os outros tipos, contudo, migram anualmente, e isto é evidentemente o indicado pela referência à rola e a outras aves, e ao “tempo da entrada de cada um”, em Jeremias 8:7. A rola era inerrante prenunciadora da primavera na Palestina, chegando ali, vinda do S, em princípios de março, e ’fazendo sua voz ser ouvida na terra’. — Cân. 2:12.
A rola, sendo uma ave arredia e branda, depende de sua velocidade de vôo para escapar de seus inimigos. (Sal. 74:19) Durante a sua estação, as rolas são bem abundantes por toda a Palestina, e, visto que se alimentam de cereais, de sementes e de trevo, são facilmente capturadas por armadilhas no chão. Abraão incluiu uma rola em sua oferta, na ocasião em que Jeová “concluiu um pacto” com ele (Gên. 15:9, 10, 17, 18), e, depois disso, a Lei mosaica quer especificava, quer permitia, a utilização de rolas em certos sacrifícios e ritos de purificação. (Lev. 1:14; 5:7, 11; 12:6, 8; 14:22, 30; 15:14, 15, 29, 30; Núm. 6:10, 11) Maria ofereceu duas rolas ou dois pombos no templo, depois do nascimento de Jesus. — Luc. 2:22-24; veja POMBO (A).
-
-
RoloAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ROLO
As Escrituras foram escritas, e amiúde copiadas, em rolos de couro, de pergaminho ou de papiro. (Jer. 36:1, 2, 28, 32; João 20:30; Gál. 3:10; 2 Tim. 4:13; Rev. 22:18, 19) Fabricava-se um rolo por se colarem vários pedaços de tal material, de modo a se obter uma folha comprida, que era então enrolada num pedaço de pau. No caso de se ter um rolo bem comprido, usava-se um pedaço de madeira em cada ponta, e o rolo era enrolado em ambos os pedaços de madeira, em direção ao meio. Quando ia ler tal rolo, a pessoa o desenrolava com uma das mãos, enquanto o enrolava com a outra, até encontrar o ponto desejado.
O “ROLO DO LIVRO” DÁ TESTEMUNHO DE JESUS
Jesus Cristo veio à terra para fazer a vontade de Deus, conforme predito nas Escrituras Hebraicas, “no rolo do livro”. (Sal. 40:7, 8; Heb. 10:7-9) Na sinagoga de Nazaré, Jesus abriu o rolo de Isaías e leu as palavras proféticas sobre sua unção, pelo espirito de Jeová, a fim de pregar. Cristo enrolou então o rolo, entregou-o ao assistente, sentou-se, e explicou a todos os presentes: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” — Luc. 4:16-21; Isa. 61:1, 2.
Na conclusão do relato do Evangelho de João, ele disse: “Há, de fato, também muitas outras coisas que Jesus fez, as quais, se alguma vez fossem escritas em todos os pormenores, suponho que o próprio mundo não poderia conter os rolos escritos.” (João 21:25) João, em seu Evangelho, não tentou escrever tudo aquilo, mas apenas o que era suficiente para comprovar o ponto principal, a saber, que Jesus Cristo era o Filho de Deus e o Seu Messias. Deveras, há o suficiente no “rolo” de João (bem como nas outras Escrituras inspiradas) para provar de forma plenamente satisfatória que “Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”. — João 20:30, 31.
EMPREGO SIMBÓLICO
Há vários casos, na Bíblia, do emprego simbólico da palavra “rolo”. Tanto Ezequiel como Zacarias viram um rolo escrito de ambos os lados. Visto que apenas uma face dum rolo era comumente usada, a escrita em ambas as faces pode referir-se ao peso, à extensão e à seriedade dos julgamentos escritos nesses rolos. (Eze. 2:9 a 3:3; Zac. 5:1-4) Na visão de Revelação (Apocalipse), Aquele que estava sentado no trono tinha em sua mão direita um rolo com sete selos, que impediam que se detectasse o que estava escrito nele, até que o Cordeiro de Deus os abrisse. (Rev. 5:1, 12; 6:1, 12-14) Mais tarde, na visão, apresentou-se um rolo ao próprio João, e se lhe ordenou que o comesse. Tinha sabor doce para João, mas fez com que seus intestinos sentissem um amargor. Visto que o rolo estava aberto, e não selado, era algo que devia ser entendido. Foi “doce” para João obter a mensagem nele contida, mas, pelo visto, abrangia coisas amargas para ele profetizar, como se lhe mandou fazer. (Rev. 10:1-11) Ezequiel passou por uma experiência similar com o rolo que lhe foi apresentado, no qual havia “endechas, e gemidos, e lamúria”. — Eze. 2:10.
Desde a “fundação do mundo”, os adoradores idólatras da “fera” simbólica não foram os escolhidos por Deus para serem os associados com o Cordeiro. Por isso, “o nome de nem sequer um deles está inscrito no rolo da vida
-