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O 7o dia — sábado de descansoA Sentinela — 1961 | 15 de novembro
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milhar (de anos).” O mundo vindouro é o reinado milenar do Messias, um clímax apropriado para a semana simbólica de 7.000 anos, que constituem o período da existência do homem na terra, durante o dia de descanso de Deus. Trará à humanidade descanso do trabalho servil e da escravidão ao pecado.
Vemos assim o uso que Deus fez de sete, o número perfeito. A semana criativa compõe-se de sete dias compostos, não de simples horas, mas de 7.000 anos cada. Isto significa que cada dia criativo era em si mesmo uma semana de dias de mil anos. Seguindo este padrão, a nação de Israel recebeu uma semana simbólica de dias de um ano, sendo cada sétimo ano um descanso sabático para a terra. Isto nos traz à semana literal de sete dias, tendo sido o sétimo dia um sábado para a nação de Israel. Foi, portanto, lógico que o quarto mandamento fizesse referência à grande semana criativa, da qual a semana literal é uma pequena réplica.
Visto que o dia de descanso de Deus foi, como devia ser, muito maior do que o dia de descanso de vinte e quatro horas, para o qual é modelo, é um erro concluir-se que a sua bênção sobre o seu grande dia de descanso signifique que toda a humanidade estava obrigada a observar um descanso sabático cada sétimo dia.
PARA QUEM
Há completo silêncio nas Escrituras sobre alguma observância de sábado por qualquer dos patriarcas antes dos dias de Moisés. Alguns talvez apontem para o fato de que usavam semanas de sete dias como evidência de que guardavam um sábado, mas, como pode isso ser um argumento válido, quando não há nem o mínimo indício de que os patriarcas considerassem o sétimo dia diferente dos outros seis? Sobre este ponto, consideremos o que The Popular and Critical Bible Encyclopedia diz: “Por outro lado, nega-se novamente que a contagem do tempo por semanas subentenda qualquer referência a um sábado. A divisão do tempo em semanas, que é ume, das mais antigas e mais universais, é também uma das invenções mais óbvias.”
Quando Deus deu a Noé ordens específicas, depois do Dilúvio, estas se referiam a pormenores tais como o respeito pela vida, comer carne e a abstenção do sangue. Mas não se faz nenhuma menção da observância do sábado. A conclusão óbvia que se precisa tirar do completo silêncio sobre o assunto, durante os dois milênios e meio antes de Moisés, é que Deus não exigiu a observância do sábado durante esse tempo. Não era para os patriarcas.
A observância do sábado foi dada apenas à nação de Israel como sinal entre ela e seu Governante celestial, com quem entrara numa relação pactuada. Temos neste sentido a declaração do próprio Deus: “Seis dias se pode trabalhar, mas o sétimo dia é um sábado de completo descanso. . . . É um sinal entre mim e os filhos de Israel por tempo indefinido.” (Êxo. 31:15, 17, NM) Nenhuma outra nação, antes dos dias de Moisés, foi santificada ou separada para um propósito santo como os israelitas. Deus exigiu deles coisas que não exigiu de nenhum outro povo. “Não foi com os nossos antepassados que Jeová celebrou este pacto, mas com nós, todos os de nós que estamos hoje vivos aqui.” (Deu. 5:3, NM) O sábado foi um sinal especial de sua relação com Jeová e um lembrete de que os libertara da escravidão do Egito. “O Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido: pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado.” — Deu. 5:15, Al.
Para a nação de Israel, o sétimo dia da semana foi um sábado dado por Deus, que havia de ser observado por um período indefinido de tempo. Cada semana, quando o toque das trombetas anunciava a aproximação do sétimo dia, era uma ocasião alegre, pois o sábado significava refrigério para os seus corpos e para o seu espírito. A instrução sadia e o encorajamento que recebiam da leitura da Bíblia, dos congressos santos e da oração, naquele dia, eram para eles espiritualmente edificantes. Embora fosse um continuo lembrete de sua libertação milagrosa do Egito e da sua relação incomum com Deus, como seu povo escolhido, o sábado chamava também atenção ao grande dia de descanso de Deus, no fim do qual o seu propósito original para com o homem estará completamente realizado. Conforme indicado pelo apóstolo Paulo, o sábado foi uma sombra de coisas vindouras. Apontava para o reino milenar de Cristo, que trará á humanidade obediente a bênção prometida de Deus, de vida e paz eternas num novo mundo de descanso. — Col. 2:16, 17.
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Habitantes das Ilhas Fidji assumem nova personalidadeA Sentinela — 1961 | 15 de novembro
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Habitantes das Ilhas Fidji assumem nova personalidade
OS CRISTÃOS receberam a ordem de se revestir “da nova personalidade que, por meio de conhecimento acurado” da Palavra de Deus, “se renova segundo a imagem daquele que a criou”, Jeová Deus. (Col. 3:10, NM) Que alguns nas ilhas Fidji estão atendendo esta admoestação do apóstolo Paulo torna-se evidente do seguinte relatório recebido dali:
Um missionário das Testemunhas estava indo de casa em casa, em certa cidade das ilhas Fidji, encontrando assim um dos principais homens de negócios da cidade. Ao ouvir que o missionário era uma das testemunhas de Jeová, o homem de negócios o convidou para entrar e lhe disse que as Testemunhas estavam sempre bem-vindas na sua casa. Quando perguntado por que, o homem disse o seguinte: ‘A aldeia tem sido por anos molestada por um grupo de malandros, que causou aos comerciantes muita dificuldade e perda de propriedade. Dai, há cerca de um ano, vieram as testemunhas de Jeová à cidade. Pouco depois, certos cabeças deste bando de malandros tornaram-se Testemunhas e são agora cidadãos pacíficos e respeitáveis. A situação inteira passou por uma grande melhora durante o ano passado, por causa disso.’
Entre estes malandros que se tornaram Testemunhas havia um certo Isoa. Amigos dum homem assassinado haviam-no persuadido a se perjurar a fim de conseguir a condenação de certo homem que supostamente era culpado daquele homicídio, mas para o qual não havia evidência. Para ajudar estes amigos do homem assassinado, ele jurou duas vezes no tribunal que tinha visto o suspeito em companhia do assassinado. O julgamento durou meses, e no ínterim Isoa tornara-se testemunha de Jeová.
Isoa ficou então grandemente preocupado com o que devia fazer, visto que não queria ter sobre si a culpa de sangue deste suspeito. Ele consultou o superintendente e a comissão de serviço da congregação local, que lhe deram bom conselho. Isoa escreveu assim uma carta ao juiz, dizendo que na religião em que tinha sido criado não havia sido corretamente instruído e por isso não vira nada de errado em ajudar seus amigos por se perjurar. Mas agora ele se tinha tornado testemunha de Jeová e compreendia que isso era muito errado, e por isso estava confessando que se havia perjurado e retirava o juramento. Em resultado disso, o homem acusado foi liberto. É escusado dizer-se que isso causou grande sensação no tribunal.
Fez também que a policia se enfurecesse com ele, visto que pelo perjúrio eles tinham aparentemente solucionado o crime. Levaram-no assim perante o tribunal para julgá-lo por perjúrio. Felizmente, naquela ocasião havia um juiz europeu em visita presidindo no tribunal, e este, ao ouvir todos os fatos, encerrou o caso contra Isoa, por não ter nenhuma validez. Em resultado disso, o nome das testemunhas de Jeová está gozando de grande reputação.
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