de coração honesto de todas as nações e línguas se reúnam a uma organização de sacerdotes por meio da qual, durante o Milênio, Jeová se agrada de recebê-los para instrução e limpeza, sob a direção do grande Sumo Sacerdote nos céus.

22. Que aplicação tem a Cristo Jesus e a seus subsacerdotes o fim dado ao inteiro carneiro do holocausto?

²² Fumegado sobre o altar o inteiro carneiro. (Le 8 V. 20, 21) “E ele cortou o carneiro em seus pedaços, e Moisés passou a fazer fumegar a cabeça e as porções e a gordura das vísceras. E os intestinos e as canelas lavou com água, e Moisés fez então o inteiro carneiro fumegar sobre o altar. Foi um holocausto de cheiro repousante. Foi uma oferta feita por meio de fogo a Jeová, assim como Jeová ordenara a Moisés.” A inteireza do sacrifício que Jesus fez de si mesmo, suas faculdades físicas e mentais, seus mais íntimos pensamentos e desejos, e o trilhar um proceder puro, é indicado aqui pela representação prefigurativa. Seus seguidores ungidos têm de seguir a vereda que ele palmilhou, colocando-se de todo o coração a serviço da “verdadeira tenda”. Jamais podem permitir que qualquer outra preocupação na vida sobrepuje sua devoção aos interesses da pura adoração de Deus. Como fez o seu Líder, assim também têm de pensar, não apenas em si mesmos, mas na multidão de outros que precisam urgentemente de ajuda para se achegarem com êxito a Jeová.

O CARNEIRO DA POSSE

23. Como se aplica, na realidade, a apresentação do carneiro da posse?

²³ Apresentado o carneiro da posse. (Le 8 V. 22) “Então ele trouxe o segundo carneiro, o carneiro da posse, para perto, e Aarão e seus filhos puseram suas mãos sobre a cabeça do carneiro.” De novo temos de avaliar que esta oferta é algo de interêsse primário para todo o sacerdócio sob Cristo, pois Aarão e seus filhos de novo puseram suas mãos sobre esta terceira oferta animal. O sangue de Jesus tendo sido primeiro oferecido pelos pecados da humanidade, e, daí, tendo sido feita a solicitação especial para que os benefícios de tal sacrifício começassem a advir a seus seguidores ungidos, o terceiro passo é constituir a posse efetiva deste conjunto de sacerdotes, incumbindo-lhes dos deveres e das responsabilidades relativos à adoração pura. Neste caso, também, dá-se ênfase à oferta perfeita da qual provém a posse deste sacerdócio para servir eficazmente na “verdadeira tenda” da adoração de Deus.

24. Como tem cumprido Cristo Jesus o quadro de serem untados com sangue a orelha direita, o polegar da mão direita e o dedão do pé direito de Aarão?

²⁴ Aplicado sangue à orelha direita, ao polegar da mão direita e ao dedão do pé direito de Aarão. (Le 8 V. 23) “Depois disso, Moisés o abateu e tomou parte do seu sangue e o colocou sobre o lóbulo da orelha direita de Aarão e sobre o polegar de sua mão direita e sobre o dedão do seu pé direito.” Durante seu ministério sacrificial de três anos e meio na terra, o Sumo Sacerdote maior, Cristo Jesus, deu o exemplo perfeito para seus subsacerdotes. Sua orelha estava continuamente voltada para as orientações de Jeová, conforme expressas na Palavra escrita; deu a elas sua atenção primária. Seu organismo e suas habilidades físicas e mentais foram gastos plenamente em fazer a obra a ele designada; deu o seu melhor. E jamais seus pés se desviaram da vereda estreita da integridade; profeticamente, seus próprios passos foram planejados para ele, e assim, poder-se-ia dizer que “todas as coisas escritas na lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos, a respeito de mim” foram verdadeiramente cumpridas. — Luc. 24:44.

25. Como é que a aplicação do sangue aos filhos de Aarão se aplica ao sacerdócio cristão?

²⁵ Aplicado sangue aos filhos de Aarão. (Le 8 V. 24) “A seguir, Moisés fez aproximarem-se os filhos de Aarão e colocou parte do sangue sobre o lóbulo da orelha direita deles e sobre o polegar da mão direita deles e sobre o dedão do pé direito deles; Moisés, porém, aspergiu o resto do sangue por toda a volta sobre o altar.” Os seguidores ungidos de Jesus se comprometem a seguir um proceder idêntico ao de seu Sumo Sacerdote. Eles, também, têm de dar sua melhor atenção às orientações da Palavra de Deus, conforme lhes sejam esclarecidas pelo espírito santo. Eles têm de aplicar o melhor de suas faculdades físicas e mentais à obra de executar as coisas ouvidas, e têm de andar sempre de forma correta perante Jeová, constantemente ‘fazendo veredas corretas para seus pés’. (Heb. 12:13) Têm de apoderar-se do serviço de Deus como que com sua mão direita, e aplicar suas melhores faculdades a seus deveres sacerdotais.

26. Por que é de conforto especial para os que buscam a vida, atualmente, a informação a respeito do sacerdócio celeste sob Cristo?

²⁶ Quão confortador e emocionante é saber que o exaltado Rei-Sacerdote de Jeová, segundo a maneira de Melquisedeque, está reinando e tem uma organização de servos sacerdotais para servir junto com ele durante o Milênio como via de acesso aceitável para multidões de pessoas, à medida que trazem suas dádivas e oferecem seus votos ao Regente Soberano de todo o universo, alimentando forte esperança de por fim alcançarem a plena harmonia com ele!

Empossando um sacerdócio para serviço eficaz — Segunda parte

1. Por que é vital, atualmente, a informação a respeito do sacerdócio celeste, e que significado tem a sua posse?

O BEM-ESTAR atual e as perspectivas futuras de uma grande multidão de pessoas de toda nação, tribo, de todo povo e de toda língua estão, no propósito de Deus, ligados a um sacerdócio divinamente aprovado, composto dum glorioso Sumo Sacerdote celeste e de seus subsacerdotes. Deve prover-nos forte confiança saber que as figuras prefigurativas da lei dada por meio de Moisés apontam claramente para tal sacerdócio e mostram que o ‘estar adequadamente qualificado procede de Deus’, em harmonia com as palavras inspiradas do apóstolo Paulo neste sentido. (2 Cor. 3:5) Visto que a posse deste sacerdócio é mencionada pelo próprio Jeová como o ‘encher suas mãos de poder’, é de interesse especial para nós observar o seguinte passo nesta série de figuras prefigurativas desempenhadas sob a direção de Moisés para a nossa instrução e nosso encorajamento. — Lev. 8:33; Heb. 10:1.

2. O que é representado pelo mover de um lado para o outro perante Jeová as porções seletas do carneiro da posse?

² Oferta movida do carneiro da posse. (Lev. 8:25-27) “Então, ele tomou a gordura e o rabo gordo e toda a gordura que estava nos intestinos, e o apêndice do fígado e os dois rins e sua gordura e a perna direita. E da cesta dos pães ázimos que estava perante Jeová, ele tomou bolo ázimo arredondado e um bolo arredonado de pão oleoso e uma obreia. Ele então os colocou sobre as partes gordurosas e a perna direita. Depois disso, colocou-os todos sobre as palmas das mãos de Aarão e as palmas das mãos de seus filhos e começou a movê-los de um lado para o outro como oferta movida perante Jeová.” As porções ricas e gordurosas deste carneiro, junto com seu fígado, rins e a perna direita, bem como as ofertas cozidas, são colocadas sobre as mãos do sumo sacerdote, Aarão, e seus filhos, e movidas por eles de um lado para o outro perante Jeová. O mover denota contínua ação, diferenciando-se de um ato único. Os seguidores ungidos de Jesus têm o privilégio de compartilhar junto com seu Sumo Sacerdote em contínuo proceder de devoção ao serviço de Jeová, serviço este que é assinalado pelo zelo em favor do nome de Jeová e por darem o melhor de seus esforços mentais e físicos. E tem de haver alegria em tal privilégio, pois o apóstolo Pedro os concita: “prossegui em alegrar-vos por serdes partícipes dos sofrimentos do Cristo [por causa do nome de Jeová], para que vos alegreis e estejais também cheios de alegria durante a revelação de sua glória.” — 1 Ped. 4:13.

3. Na realidade, como é que os itens assados incluídos na oferta movida se relacionam ao ministério de Cristo e seus subsacerdotes?

³ Os membros deste sacerdócio compartilham com o seu Sumo Sacerdote um ministério que exige pureza quanto ao pecado e à falsa religião (o bolo ázimo), serviço frutífero assinalado pelos frutos do espírito santo (o bolo oleoso), e pelo trabalho da mais excelente qualidade (a obreia). O ministério do próprio Sumo Sacerdote exemplificou todas estas excelentes qualidades, e ele está pronto em todas as ocasiões a ajudar seus subsacerdotes à medida que se esforçam de seguir de perto suas pisadas. Tal oferta contínua de devotadas obras práticas de fé são aptamente acompanhadas de oração ao construtor da “verdadeira tenda”, em harmonia com as palavras do salmista: “Que a minha oração seja preparada como incenso diante de ti, o levantar de minhas palmas da mão como a noturna oferta de cereais.” — Sal. 141:2; 1 Cor. 5:8.

4. Que significado tem o fumegar a oferta movida sobre o altar?

⁴ Fumegada sobre o altar a oferta movida. (Le 8 V. 28) “Então Moisés os tirou das palmas das mãos deles e os fez fumegar sobre o altar, por cima do holocausto. Eram um sacrifício de posse de cheiro repousante. Era uma oferta feita por meio de fogo a Jeová.” A oferta movida é completada por Moisés tirar as porções das mãos de Aarão e de seus filhos e as queimar sobre o altar, por cima do holocausto. Disto se torna evidente que o fiel ministério contínuo do sacerdócio de Cristo tem de conduzir todos os seus membros a gastar a si mesmos e sua humanidade em sua totalidade nos interesses da “verdadeira tenda” construída pelo próprio Deus. Esta oferta, também, é mencionada como cheiro repousante, indicando que agora apraz a Jeová aceitar os serviços deste conjunto de sacerdotes patrocinados pelo seu próprio Filho amado, e receber com prazer as ofertas deles.

5. O que indica, na realidade, mover Moisés o peito deste segundo carneiro?

⁵ Oferta movida do peito feita por Moisés. (Le 8 V. 29) “E Moisés passou a tomar o peito e a movê-lo de um lado para o outro como oferta movida perante Jeová. Do carneiro da posse tornou-se a porção de Moisés, assim como Jeová ordenara a Moisés.” O peito do carneiro da posse, incluindo sem dúvida o coração, visto que não é mencionado de outra forma, foi movido de um lado para o outro por Moisés, e então tomado para si mesmo como sua porção da oferta. Moisés parece agir aqui como representante especial de Jeová, e ao aceitar o peito, prefigura a própria aceitação, por parte de Jeová, de Jesus Cristo e dos sacerdotes sob Cristo à base da oferta perfeita que seu Filho fez de si mesmo, oferta esta feita com júbilo, em resposta ao convite do Pai: “Dá-me, ó filho, o teu coração, e sejam agradáveis aos teus olhos os meus caminhos.” (Pro. 23:26, PIB) Os subsacerdotes de Jesus têm também de prestar sua devoção de todo o coração à adoração na “verdadeira tenda” e cantar os louvores de seu Construtor com alegria de coração.

6. Que aplicação tem ao sacerdócio cristão o espargir o óleo misturado com sangue?

⁶ Santificação com óleo e sangue. (Le 8 V. 30) “Depois disso, Moisés tomou parte do óleo de unção e parte do sangue que estava sobre o altar e o espargiu sobre Aarão e suas vestes e sobre os filhos dele e as vestes dos filhos dele junto com ele. Assim santificou Aarão e suas vestes e os filhos dele e as vestes dos filhos dele junto com ele.” A aspersão da mistura de sangue do altar e óleo sobre Aarão e seus filhos e as vestes deles serviu para santificá-los. Isto parece referir-se a um sacerdócio mais eficaz cuja identificação e autoridade da parte de Deus seriam assinaladas por um ministério cheio do espírito e cuja aceitação perante Deus se alicerça em forte fé no precioso sacrifício de Cristo Jesus. Serem tanto as pessoas como as vestes espargidas sugere que os membros deste sacerdócio, individual e coletivamente, interior e exteriormente, têm de identificar-se como dependendo inteiramente do mérito do sangue expiador de Cristo e como produzindo o rico fruto do espírito santo de Jeová.

7, 8. O que indica, quanto à posse real, o fim completo dado a tudo que sobra do carneiro da posse?

⁷ Aarão e seus filhos cozinham e comem a carne. (Le 8 V. 31) “Então Moisés disse a Aarão e seus filhos: ‘Cozinhai a carne à entrada da tenda de reunião, e é ali que deveis comê-la e o pão que está na cesta da posse, assim como me foi dada a ordem, dizendo: “Aarão e seus filhos a comerão.”’” Aqui a sombra se refere ao fim completo que foi dado ao sacrifício de posse. Assim, também, é a vontade de Jeová que a posse do sacerdócio sob Cristo deva prosseguir até seu término cabal. Também, temos aqui indício da ampla provisão de Jeová para o sustento espiritual deste conjunto de sacerdotes sob Cristo. Promete-se-lhes suficientes provisões materiais para cada dia, à medida que se desincumbem de seus deveres sacerdotais, pois declara o apóstolo Paulo: “Não sabeis que os homens que cumprem deveres sagrados comem das coisas do templo e que os que assistem constantemente junto ao altar têm uma porção para si mesmos junto com o altar? Deste modo, também, o Senhor ordenou que os que proclamam as boas novas vivam por meio das boas novas.” Ao pregarem e ensinarem intensamente a boa-nova, Deus coloca nos corações de ouvintes apreciativos que compartilhem com eles as necessidades materiais da vida. — 1 Cor. 9:13, 14; Efé. 3:16; Gál. 6:6.

⁸ Queimadas as sobras do sacrifício de posse. (Le 8 V. 32) “E o que sobrar da carne e do pão queimareis com fogo.” Quer por ser comido por parte dos sacerdotes, quer por ser queimado, aquele sacrifício de posse deveria ser completamente consumido. Na realidade, Cristo Jesus aplica o mérito de seu sacrifício no seu limite máximo para com aqueles que se constituem num santo sacerdócio, de modo que possam ser plenamente aceitáveis para Deus e sejam plenamente empossados para estender ajuda eficaz a outros que procuram ter acesso à Fonte da vida.

9. Qual é a aplicação da “vigília obrigatória” (a) a Cristo Jesus, e (b) a seus seguidores ungidos?

⁹ Cumprindo a vigília obrigatória por sete dias. (Le 8 Vs. 33-35) “E não deveis sair da entrada da tenda de reunião por sete dias, até o dia de se cumprirem os dias de vossa posse, porque levará sete dias para encher vossas mãos com poder. Assim como tem sido feito este dia, Jeová tem ordenado que seja feito, a fim de fazer expiação por vós. E deveis permanecer à entrada da tenda de reunião dia e noite por sete dias, e tendes de cumprir a vigília obrigatória de Jeová, para que não morrais; pois assim eu tenho ordenado.” O exemplar Sumo Sacerdote de Deus cumpriu seu período de serviço de três anos e meio aqui na terra, e então, foi levantado qual criatura espiritual e foi exaltado à mais alta posição no universo abaixo do Criador. Seus subsacerdotes também têm de completar fielmente o termo de seu ministério terrestre, devotando-se inteiramente aos interesses da “verdadeira tenda”, de modo que eles também possam, a seu devido tempo, ser levantados à vida como criaturas espirituais. Enquanto ainda se acha na terra, este sacerdócio recebeu um eficaz “ministério da reconciliação” em favor dos outros que buscam a vida. Quando seus membros terminam seu ministério fiel na carne pela participação na “primeira ressurreição”, então verdadeiramente suas mãos ficam cheias de poder para servir eficazmente o propósito de Deus a fim de abençoar multidões de pessoas sobre esta terra durante o Milênio.

EM AÇÃO UM SACERDÓCIO CELESTE

10. Quais são as bênçãos da parte de Jeová que estão disponíveis até mesmo agora, por meio do ministério do conjunto de sacerdotes de Cristo?

¹⁰ Assim, as bênçãos para os homens e mulheres de todas as nações, tribos, de todos os povos e de todas as línguas que agora se voltam em arrependimento para a “verdadeira tenda” construída por Deus não têm de esperar até que os últimos membros daquele conjunto de sacerdotes terminem seu ministério terrestre a fim de obter benefícios. Não, pois o sangue da oferta perfeita de Jesus tem sido aplicado em favor destes últimos membros, e pelo espírito santo de Deus, foi-lhes dado novo nascimento como seus filhos gerados pelo espírito e tornaram-se habilitados para fazer aquilo que de outra forma não poderiam fazer como simples criaturas humanas imperfeitas. Jeová fornece claro indício disto pelo sinal de sua aprovação sobre o sacerdócio aarônico que fez que aparecesse