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  • Samuel
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • a solicitação do povo demonstrasse falta de fé na realeza de Jeová, todavia, o profeta deveria aceder a tal solicitação e avisá-los do que estava envolvido na prerrogativa legítima do rei. Embora informados por Samuel de que a monarquia resultaria na perda de certas liberdades, eles ainda insistiam em ter um rei. Depois de Samuel ter despedido os homens de Israel, Jeová orientou as coisas de modo que Samuel ungisse como rei o benjamita Saul. ( 1 Sam. 8:6 a 10:1) Posteriormente, Samuel fez arranjos para que os israelitas se congregassem em Mispá e, ali, Saul foi designado, por sorte, como rei. ( 1 Sam. 10:17-24) De novo, Samuel mencionou a prerrogativa legítima da realeza, e também fez um registro por escrito disso. — 1 Sam. 10:25.

      Após a vitória de Saul sobre os amonitas, Samuel ordenou que os israelitas viessem a Gilgal, para confirmar de novo a realeza. Nessa ocasião, Samuel recapitulou sua própria folha de serviços, bem como a história anterior de Israel, e mostrou que a obediência a Jeová, da parte do rei e do povo, era necessária para que mantivessem a aprovação divina. Para inculcar-lhes a seriedade de terem rejeitado a Jeová como rei, Samuel orou pedindo uma tempestade de chuvas e trovões, fora de época. Ter Jeová respondido a essa petição motivou o povo a reconhecer sua grave transgressão. — 1 Sam. 11:14 a 12:25.

      Em duas ocasiões depois disso, Samuel teve de censurar Saul por este desobedecer à orientação divina. No primeiro caso, Samuel anunciou que a realeza de Saul não duraria, porque este havia presunçosamente se adiantado em oferecer um sacrifício, em vez de esperar, como lhe tinha sido ordenado. ( 1 Sam. 13:10-14) A rejeição do próprio Saul como rei, da parte de Jeová, foi a segunda mensagem condenatória que Samuel proferiu a Saul, por ter este, de forma desobediente, preservado vivo o Rei Agague e o melhor do rebanho e da manada dos amalequitas. Em resposta ao apelo de Saul, Samuel se apresentou junto com ele perante os anciãos de Israel e o povo. Depois disso, Samuel ordenou que Agague lhe fosse trazido e então ‘foi retalhá-lo perante Jeová em Gilgal’. — 1 Sam. 15:10-33.

      UNGE A DAVI

      Uma vez os dois homens se separaram, não voltaram mais a associar-se. Samuel, contudo, foi prantear por Saul. Mas Jeová Deus interrompeu seu pranto, comissionando-o a ir a Belém a fim de ungir um dos filhos de Jessé como o futuro rei de Israel. Para evitar qualquer suspeita da parte de Saul, que pudesse resultar na morte de Samuel, Jeová orientou a Samuel que levasse com ele uma vaca para sacrifício. Temendo, talvez, que Samuel tivesse vindo para repreender ou punir algum erro, os anciãos de Belém tremeram. Mas, ele lhes garantiu que sua vinda significava paz, e então fez arranjos para que Jessé e os filhos dele compartilhassem duma refeição sacrificial. Impressionado pela aparência do primogênito de Jessé, Eliabe, arrazoou Samuel que este filho devia ser certamente o escolhido por Jeová para a realeza. Mas, nem Eliabe nem qualquer dos outros seis filhos de Jessé presentes tinha sido escolhido por Jeová. Por conseguinte, por insistência de Samuel, o filho mais moço de Jessé, Davi, foi chamado do pastoreio de ovelhas e então foi ungido no meio de seus irmãos. — 1 Sam. 15:34 a 16:13.

      Mais tarde, depois de o Rei Saul ter cometido vários atentados contra a sua vida, Davi fugiu para junto de Samuel, em Ramá. Os dois homens dirigiram-se então para Naiote, e Davi permaneceu ali até que Saul, pessoalmente, veio buscá-lo. ( 1 Sam. 19:18 a 20:1) Durante o tempo em que Davi ainda estava restrito, por causa de Saul, “morreu Samuel; e todo o Israel passou a reunir-se e a lamentá-lo, e foram enterrá-lo em sua casa, em Ramá”. ( 1 Sam. 25:1) Assim, Samuel morreu como um servo aprovado de Jeová Deus, depois de toda uma vida de serviço fiel. (Sal. 99:6: Jer. 15:1; Heb. 11:32) Ele tinha demonstrado persistência em cumprir sua comissão ( 1 Sam. 16:6, 11), devoção à adoração verdadeira ( 1 Sam. 7: 3-6), honestidade nos tratos ( 1 Sam. 12:3), e coragem e firmeza em anunciar e apoiar os julgamentos e as decisões de Jeová.— 1 Sam. 10:24; 13:13; 15:32, 33.

      A respeito do relato da solicitação de Saul, feito à médium espírita em En-dor, de trazer-lhe Samuel, VEJA SAUL.

  • Samuel, Livros De
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • SAMUEL, LIVROS DE

      Dois livros das Escrituras Hebraicas que, pelo visto, não estavam separados no cânon hebraico original. Isto é indicado por uma nota da Massorá, que mostra que as palavras contidas em Primeiro Samuel, capítulo 28 (um dos capítulos finais de Primeiro Samuel), estavam situadas no meio do livro.

      ESCRITORES E TEMPO ABRANGIDO

      A antiga tradição judaica credita a Samuel a escrita da primeira parte desse livro, e a Natã e Gade a parte restante. Que estes três profetas deveras escreveram é confirmado por 1 Crônicas 29:29. O próprio livro relata: “Samuel falou . . . ao povo sobre a prerrogativa legítima do reinado, e escreveu-a num livro e depositou-o perante Jeová.” ( 1 Sam. 10:25) No entanto, à base de 1 Samuel 27:6, onde se faz referência aos “reis de Judá”, numerosos peritos situam a compilação final dos livros de Samuel em algum tempo depois de ter vindo à existência o reino de Israel, de dez tribos. Se a expressão “reis de Judá” denotar apenas os reis de Judá do reino de duas tribos, isto mostraria que os escritos de Samuel, de Natã e de Gade foram fixados em sua forma final por outra pessoa. Por outro lado, se “reis de Judá” significar simplesmente reis da tribo de Judá, tais palavras poderíam ter sido registradas por Natã, visto que ele viveu sob a re gência de dois reis de Judá, Davi e Salomão. — 1 Reis 1:32-34;  2 Crô. 9:29.

      Terem Ana e certo “homem de Deus”, cujo nome não é mencionado, usado as expressões “rei” e/ou “ungido” anos antes de haver um rei realmente reinando sobre Israel não apóia o argumento de alguns de que estes trechos datam de um período posterior ao indicado no livro. ( 1 Sam. 2:10, 35) A idéia de um futuro rei não era, de jeito nenhum, estranha para os hebreus. A promessa de Deus com respeito a Sara, a ancestral dos israelitas, era de que “reis de povos” proviriam dela. (Gên. 17:16) Também, a profecia de Jacó, feita em seu leito de morte (Gên. 49:10), e as palavras proféticas de Balaão (Núm. 24:17), bem como a Lei mosaica (Deut. 17:14-18), apontavam para o tempo em que os israelitas teriam um rei.

      A narrativa histórica contida nos dois livros de Samuel começa com o juizado do sumo sacerdote, Eli, e conclui com eventos do reinado de Davi. Portanto, abrange um período de c. 140 anos (c. 1180 a c. 1040 AEC). Visto que o registro não menciona a morte de Davi, é provável que tal relato (com a possível exceção das adições editoriais) tenha sido concluído por volta de 1040 AEC.

      AUTENTICIDADE

      A autenticidade do relato contido nos livros de Samuel é bem reconhecida. O próprio Cristo Jesus, ao refutar uma objeção suscitada pelos fariseus, citou o incidente, registrado em 1 Samuel 21:3-6, sobre Davi receber os pães da proposição de Aimeleque, o sacerdote. (Mat. 12:1-4) Na sinagoga de Antioquia, na Pisídia, o apóstolo Paulo citou 1 Samuel 13:14 ao recapitular brevemente os eventos da história de Israel. (Atos 13:20-22) Este apóstolo, em sua carta aos romanos, usou palavras do salmo de Davi, trecho este que se encontra tanto em 2 Samuel 22:50 como no Salmo 18:49, para provar que o ministério de Cristo aos judeus comprovava as promessas de Deus e fornecia base para que os não-judeus “glorificassem a Deus pela sua misericórdia”. (Rom. 15:8, 9) As palavras ditas por Jeová a Davi, em 2 Samuel 7:14, são citadas e aplicadas a Cristo Jesus em Hebreus 1:5, mostrando assim que Davi servia qual tipo profético do Messias.

      Notável, também, é a candura do registro. Expõe os erros da casa sacerdotal de Eli (1 Sam. 2:12-17, 22-25), a corrupção dos filhos de Samuel (1 Sam. 8:1-3), e os pecados e as dificuldades familiares do Rei Davi. —2 Sam. 11:2-15; 13:1-22; 15:13, 14; 24:10.

      Outra evidência da autenticidade do relato é o cumprimento das profecias. Estas se relacionam à solicitação de um rei por parte de Israel (Deut. 17:14; 1 Sam. 8:5), à rejeição da casa de Eli por parte de Jeová ( 1 Sam. 2:31; 3:12-14;  1 Reis 2:27) e à continuação da realeza na linhagem de Davi. — 2  Sam. 7:16; Jer. 33:17; Eze. 21:25-27; Mat. 1:1; Luc. 1:32, 33.

      O registro se harmoniza inteiramente com o restante das Escrituras. Isto é especialmente observável quando se examinam os salmos, muitos dos quais são iluminados pelo que está abrangido nos livros de Samuel. O envio de mensageiros por parte do Rei Saul, para vigiar a casa de Davi, a fim de matá-lo, fornece o fundo para o Salmo 59. (1 Sam. 19:11) Os Salmos 34 e 56 fazem alusão às experiências de Davi em Gate, onde ele se fingiu de mentalmente insano para escapar da morte. (1 Sam. 21:10-15; evidentemente o nome Abimeleque, que aparece na epígrafe do Salmo 34, deve ser considerado como um título do Rei Aquis.) O Salmo 142 talvez reflita os pensamentos de Davi quando se escondia de Saul na caverna de Adulão (1 Sam. 22:1), ou na caverna do deserto de En-Gedi. (1 Sam. 24:1, 3) Talvez isto também se dê com o Salmo 57. Não obstante, uma comparação do Salmo 57:6 com 1 Samuel 24:2-4 parece favorecer a caverna do deserto de En-Gedi, pois ali Saul, por assim dizer, caiu no buraco que havia cavado para Davi. O Salmo 52 refere-se a Doegue informar a Saul sobre os tratos que Davi teve com Aimeleque. (1 Sam. 22:9, 10) A ação dos zifitas, em revelar ao Rei Saul a localização de Davi, supriu a base do Salmo 54. (1 Sam. 23:19) O segundo salmo parece fazer alusão às tentativas dos filisteus de destronar Davi, depois que ele capturou a fortaleza de Sião. ( 2 Sam. 5:17-25) As dificuldades com os edomitas, durante a guerra com Hadadezer, serve de fundo para o Salmo 60. ( 2 Sam. 8:3, 13, 14) O Salmo 51 é uma oração de Davi, suplicando perdão para seu pecado com Bate-Seba. (2 Sam. 11:2-15: 12:1-14) A fuga de Davi diante de Absalão fornece a base para o Salmo 3. (2 Sam. 15:12-17, 30) Possivelmente, o Salmo 7 obtenha seu fundo histórico da maldição que Simei lançou sobre Davi (2 Sam. 16:5-8) O Salmo 30 talvez faça alusão a eventos relacionados com o ter Davi erguido um altar na eira de Araúna. O Salmo 18 se compara com 2 Samuel 22, e diz respeito a Jeová livrar Davi de Saul e de outros inimigos.

      ESBOÇO DO CONTEÚDO

      1 SAMUEL

      I. Primórdios históricos de Samuel (1:1 a 6:21)

      A. Samuel nasce em resposta à oração da estéril Ana (1:1-20)

      B. Uma vez desmamado, Samuel é apresentado ao sumo sacerdote Eli, para servir no santuário (1:21–2:11)

      C. Infidelidade dos filhos de Eli se contrasta com proceder elogiável de Samuel (2:12-26)

      D. Anúncios proféticos da calamidade contra a casa de Eli e seu cumprimento (2:27–6:21)

      1. Certo homem de Deus revela o julgamento de Jeová: rejeitada a casa sacerdotal de Eli; dois filhos, Hofni e Finéias morrerão no mesmo dia como sinal (2:27-36)

      2. Samuel é chamado para ser profeta; instruído a dizer a Eli qual era o julgamento de Jeová contra a casa dele (3:1-21)

      3. Derrota dos israelitas pelos filisteus resulta na captura da Arca e na morte dos dois filhos de Eli; morte de Eli; filisteus devolvem a Arca depois de sofrerem a pesada mão de Jeová sobre eles, por causa da presença da Arca em sua terra (4:1–6:21)

      II. Juizado de Samuel (7:1–8:22)

      A. Samuel insta com Israel a abandonar a adoração falsa e realiza assembléia em Mispá (7:1-6)

      B. Filisteus atacam israelitas reunidos em Mispá, mas sofrem derrota (7:7-13)

      C. Filisteus persistem em sofrer reveses; continua a haver paz entre Israel e amorreus (7:14-17)

      D. Dirigem-se ao idoso Samuel pedindo um rei; a resposta dele (8:1-22)

      III. Saul torna-se primeiro rei de Israel (9:1–12:25)

      A. Vã procura das jumentas de seu pai resulta, providencialmente, em Saul encontrar-se com Samuel; tal encontro provê ocasião para Samuel ungir a Saul qual rei (9:1–10:16)

      B. Na assembléia em Mispá, Samuel apresenta Saul como o escolhido de Jeová para a realeza (10:17-27)

      C. Saul junta um exército e derrota os amonitas (11:1-13)

      D. Realeza de Saul é confirmada em Gilgal; Samuel fala a Israel (11:14–12:25)

      IV. Eventos do reinado de Saul, antes de Davi ser designado a chefiar os homens de guerra (13:1–17:58)

      A. Saul e seu filho, Jonatã, guerreiam contra os filisteus na vizinhança de Micmás (13:1–14:52)

      B. Saul combate os amalequitas; Deus o rejeita como rei por ter preservado vivos, de forma desobediente, o rei deles, Agague, e o melhor de seu rebanho e de sua manada (15:1-35)

      C. Samuel é divinamente comissionado a ungir Davi como rei (16:1-13)

      D. Espírito de Jeová abandona Saul; Davi torna-se harpista da corte de Saul (16:14-23)

      E. Acampam os filisteus em Efes-Damim para combater Israel (17:1-58)

      1. Exército filisteu confronta-se com exército israelita, situado do lado oposto da baixada de Elá (17:1-3)

      2. Campeão filisteu, Golias, zomba das linhas de batalha de Israel; Davi, quando visitava o acampamento israelita, aceita desafio e mata Golias; israelitas perseguem filisteus em debandada (17:4-58)

      V. Davi torna-se destacado em Israel, mas incorre na ira de Saul (18:1–20:42)

      A. Jonatã e Davi tornam-se amigos íntimos; Saul nomeia Davi como chefe do exército israelita (18:1-5)

      B. Davi guerreia com êxito; Saul passa a encará-lo com suspeita; após duas tentativas frustradas de matar Davi com uma lança, Saul planeja fazê-lo morrer às mãos dos filisteus, mas trama falha (18:6-30)

      C. Embora prometesse a Jonatã que não mataria Davi, Saul tenta fazê-lo; Davi foge para junto de Samuel, em Ramá (19:1-24)

      D. Davi e Jonatã se encontram e firmam pacto; Jonatã, ao cientificar-se de que é determinação de seu pai matar Davi, informa a Davi (20:1-42)

      VI. Vida de Davi qual fugitivo do Rei Saul (21:1–26:25)

      A. Foge para cidade filistéia de Gate; a caminho, recebe em Nobe, do sumo sacerdote Aimeleque, cinco pães da proposição e a espada de Golias (21:1-10)

      B. Em Gate, finge-se de mentalmente insano para escapar ileso (21:11-15)

      C. Refugia-se na caverna de Adulão; faz arranjos para que seus genitores morem em Moabe; vai para a floresta de Herete (22:1-5)

      D. Chegam a Saul notícias de que encontraram Davi e seus homens; Saul, informado do incidente de Aimeleque ajudar Davi, ordena a execução dos sacerdotes (22:6-19)

      E. Abiatar, o sacerdote, escapa do massacre e junta-se a Davi (22:20-23)

      F. Davi salva Queila dos filisteus, mas parte para evitar ser entregue às mãos de Saul (23:1-13)

      G. Perseguido por Saul, Davi e seus homens escondem-se nas regiões ermas; Davi poupa a vida de Saul (23:14–24:22)

      H. Morte de Samuel, os tratos de Davi com Nabal e Abigail; esposas de Davi (25:1-44)

      I. Davi poupa a vida de Saul pela segunda vez (26:1-25)

      VII. Permanência de Davi em território filisteu, e fim do reinado de Saul (27:1–31:13)

      A. Aquis dá a Davi a cidade de Ziclague; crendo que Davi fazia incursões contra os israelitas, Aquis convida a Davi e seus homens para unir-se a ele em combater Israel (27:1–28:2)

      B. Saul e seu exército acampam em Gilboa; Saul dirige-se à médium espírita em En-Dor e lhe solicita que faça aparecer o morto Samuel (28:3-25)

      C. Senhores do eixo filisteus pedem que Davi e seus homens não os acompanhem na luta contra Israel (29:1-11)

      D. Davi e seus homens voltam a Ziclague, apenas para verificar que tal cidade fora incendiada e as famílias levadas cativas; incursores são sobrepujados e tudo é recuperado (30:1-31)

      E. Filisteus triunfam sobre Israel; Saul é gravemente ferido e comete suicídio; três de seus filhos são mortos (31:1-13)

      O ESBOÇO DO CONTEÚDO

      2 SAMUEL

      I. Reação de Davi às notícias da morte de Saul; sua endecha por Saul e Jonatã (1:1-27)

      II. Casa de Davi versus a casa de Saul (2:1–4:12)

      A. Davi é ungido rei sobre Judá e governa de Hébron (2:1-7)

      B. Apoiado por Abner, Is-Bosete, filho de Saul, reina sobre o resto de Israel, sendo Maanaim a sede de seu governo (2:8-11)

      C. Há guerra entre os reinos rivais; por fim, Abner se passa para o lado de Davi, mas é morto por Joabe; Davi chora a morte de Abner (2:12–3:39)

      D. Is-Bosete é assassinado; Davi manda executar os homicidas (4:1-12)

      III. Davi como rei de todo o Israel (5:1–24:25)

      A. Davi é ungido rei de Israel, captura fortaleza de Sião e faz de Jerusalém a sua capital (5:1-16)

      B. Filisteus efetuam duas invasões, mas Davi os derrota ambas as vezes (5:17-25)

      C. Davi faz com que a Arca seja trazida para Jerusalém; seu modo de regozijar-se com isso desagrada sua esposa, Mical; ela fica sem ter filhos até à morte (6:1-23)

      D. Desejo expresso de Davi, de construir um templo para Jeová, fornece oportunidade de Deus fazer um pacto com ele, para um reino (7:1-29)

      E. Recapitulação das vitórias militares de Davi e da extensão de seu domínio (8:1-18)

      F. Davi exerce benevolência para com Mefibosete, filho de Jonatã, permitindo que coma constantemente à sua mesa (9:1-13)

      G. Eventos relacionados com a guerra contra os amonitas (10:1–12:31)

      1. Rei Hanum, amonita, humilha os mensageiros de Davi, destarte precipitando a guerra; fogem os amonitas e os exércitos mercenários sírios (10:1-19)

      2. Reinicia-se a campanha contra os amonitas; Joabe cerca Rabá, mas Davi permanece em Jerusalém e se torna culpado de adultério com Bate-Seba (11:1-4)

      3. Quando falham as tentativas de encobrir seu adultério, Davi faz arranjos para se deixar Urias, marido de Bate-Seba, virtualmente exposto à morte certa em batalha (11:5-25)

      4. Davi toma a Bate-Seba como esposa; é repreendido pelo profeta Natã; filho adulterino morre (11:26–12:23)

      5. Nasce Salomão, de Bate-Seba (12:24, 25)

      6. Joabe continua a lutar contra Rabá, mas, segundo sua solicitação, Davi conclui a captura da cidade (12:26-31)

      H. Dificuldades de Davi com Absalão, seu filho (13:1–19:8)

      1. Absalão mata Amnom, seu meio-irmão, por este ter violado Tamar, irmã de Absalão; foge para Gesur (13:1-39)

      2. Utilizando uma mulher tecoíta, Joabe faz com que Davi mande Absalão voltar (14:1-28)

      3. Absalão tem êxito em reconciliar-se com Davi; mais tarde, proclama-se rei em Hébron (14:29–15:12)

      4. Por causa da conspiração de Absalão, Davi, junto com sua família e seus servos, foge de Jerusalém, mas faz Husai voltar, para frustrar o conselho de Aitofel (15:13-37)

      5. Ziba, ajudante de Mefibosete, encontra- se com Davi, levando suprimentos; o benjamita Simei amaldiçoa Davi (16:1-14)

      6. Absalão entra em Jerusalém; Husai frustra o conselho de Aitofel (16:15–17:23)

      7. Absalão e suas forças perseguem Davi e são derrotados: contrário à ordem de Davi, Joabe mata Absalão (17:24–18:33)

      8. Davi pranteia morte de Absalão, mas é repreendido por Joabe (19:1-8)

      I. Davi é restaurado como rei em Jerusalém (19:9-43)

      J. Rebelião do benjamita Seba é sufocada e Joabe mata Amasa (20:1-26)

      L. Vingada a culpa de sangue da casa de Saul para com gibeonitas (21:1-14)

      M. Várias batalhas contra os filisteus (21:15-22)

      N. Escritos poéticos de Davi (22:1–23:7)

      O. Lista dos homens poderosos de Davi e alguns de seus feitos (23:8-39)

      P. Pecado de Davi em fazer recenseamento, suas conseqüências e a compra de novo terreno para altar (24:1-25)

      Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 51-61

      SEÇÕES OMITIDAS NA SEPTUAGINTA

      Os trechos de  1 Samuel 17:12-31 e 17:55 a 18:6a não aparecem na Septuaginta, conforme contida no Ms. Vaticano N.° 1209. Por conseguinte, numerosos peritos concluíram que tais omissões são posteriores adições ao texto hebraico. Argumentando contra este conceito, um comentário feito por C. F. Keil e F. Delitzsch observa: “A noção de que as seções em questão sejam interpolações que penetraram no texto não pode ser comprovada pela simples au toridade da Versão Septuaginta; visto ser óbvia a qualquer pessoa a maneira arbitrária em que os tradutores desta versão fizeram omissões ou adições a seu bel-prazer.” — Biblical Commentary on the Books of Samuel (Comentário Bíblico Sobre os Livros de Samuel), p. 177, nota de rodapé.

      Se se pudesse estabelecer definitivamente que existem reais discrepâncias entre as seções omitidas e o restante do livro, a autenticidade de 1 Samuel 17:12-31 e 17:55 a 18:6a seria razoavelmente posta em dúvida. Uma comparação de 1 Samuel 16:18-23 com 1 Samuel 17:55-58 revela o que parece ser uma contradição, pois, neste último trecho, apresenta-se Saul como perguntando sobre a identidade de Davi, músico de sua própria corte e seu escudeiro. No entanto, deve-se observar que ser Davi descrito anteriormente como “homem poderoso, valente, e homem de guerra” poderia basear-se em seus atos corajosos de matar sozinho um leão e um urso, para salvar as ovelhas de seu pai. (1 Sam. 16:18; 17:34-36) Também, as Escrituras não declaram que Davi realmente tivesse servido em batalha como escudeiro de Saul, antes de matar Golias. A solicitação de Saul a Jessé foi: “Por favor, deixa Davi assistir diante de mim, pois achou favor aos meus olhos.” (1 Sam. 16:22) Esta solicitação não elimina a possibilidade de que Saul, mais tarde, permitisse que Davi voltasse a Belém, de modo que, quando irrompeu a guerra contra os filisteus, Davi estivesse então pastoreando as ovelhas de seu pai.

      A respeito da pergunta de Saul: “Filho de quem é o rapaz, Abner?”, o comentário supracitado observa (p.178, nota de rodapé): “Mesmo que Abner não se tivesse incomodado de verificar a linhagem do harpista de Saul, o próprio Saul não poderia esquecer-se facilmente de que Davi era um dos filhos do belemita Jessé. Muito mais, porém, estava envolvido nessa pergunta de Saul. Não era apenas o nome do pai de Davi que ele queria saber, mas que tipo de homem era realmente o pai do jovem, o qual possuía a coragem de realizar um feito heróico tão maravilhoso; e a pergunta foi proposta, não só para que se lhe pudesse conceder uma isenção de impostos para sua casa, como recompensa prometida por vencer a Golias (V.25), mas também, com toda a probabilidade, para que pudesse agregar tal homem à sua corte, visto que Saul deduziu, pela coragem e bravura do filho, que existiam qualidades semelhantes no pai. É verdade que Davi simplesmente respondeu: ‘O filho de teu servo Jessé, de Belém’; mas é mui evidente da expressão no cap. xviii. 1, ’quando acabara de falar com Saul’, que Saul conversara ainda mais com ele sobre seus assuntos familiares, visto que as próprias palavras subentendem uma longa palestra.” (Quanto a outros casos em que “quem” envolve mais do que o simples conhecimento do nome duma pessoa, veja Êxodo 5:2; 1 Samuel 25:10.)

      Assim, existem motivos sólidos para considerarmos que 1 Samuel 17:12-31 e 17:55 a 18:6a fazem parte do texto original.

  • Sandália
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • SANDÁLIA

      Uma sola achatada de couro, de madeira ou de capim entrançado, amarrada aos pés por tiras, geralmente correias de couro traspassadas entre o dedão do pé e o segundo dedo, ao redor do calcanhar e sobre o peito do pé. Em alguns casos, a tira chegava até a envolver o tornozelo. Às vezes, as correias passavam por buracos na borda da sola, por argolas ou alças presas à sola, ou eram elas mesmas amarradas à sola.

      Diz-se que os sacerdotes serviam descalços no tabernáculo e no templo. (Compare com Êxodo 3:5; Josué 5:15; Atos 7:33.) Mas, sair descalço ao ar livre era um sinal de pesar ou de humilhação. (2 Sam. 15:30; Isa. 20:2-5; contraste com a ordem dada a Ezequiel [24:17, 23].) Numa longa jornada, era costumeiro levar-se um par extra de sandálias, uma vez que a sola delas poderia gastar-se ou as correias podiam rebentar. Jesus, ao enviar os apóstolos, e também setenta discípulos, ordenou-lhes que não levassem dois pares de sandálias, mas confiassem na hospitalidade dos que aceitassem as boas novas. — Mat. 10:5, 9, 10: Mar. 6:7-9: Luc. 10:1, 4.

      EMPREGO FIGURADO

      Desatar os cordões da sandália de outrem, ou levar as sandálias dele, era considerado uma tarefa servil, tal como as que amiúde eram executadas por escravos. João empregou este símile para indicar sua inferioridade diante de Cristo. — Mat. 3:11; Mar. 1:7.

      Sob a Lei, uma viúva tirava a sandália daquele que se recusasse a celebrar o casamento de cunhado com ela, e o nome dele era chamado, de forma vituperadora, de: “A casa daquele a quem se tirou a sandália.” (Deut. 25:9, 10) A transferência de propriedade ou do direito de resgate era representada por se entregar a sandália da pessoa a outrem. — Rute 4:7-10

      Jeová, por meio da expressão, “sobre Edom lançarei a minha sandália” (Sal. 60:8; 108:9), pode ter querido dizer que Edom viria a ficar-lhe sujeito. Isto possivelmente se referia ao costume de indicar a posse dum terreno por se lançar a sandália nele. Ou, poderia ter revelado o desprezo por Edom, uma vez que, no mesmo texto, chama-se Moabe de “minha panela de lavagem”. Atualmente, no Oriente Médio, lançar a sandália é um gesto de desprezo.

      Davi instruiu Salomão a punir Joabe, que fizera que “houvesse sangue de guerra . . . nas suas sandálias” durante um período de paz — uma declaração figurada que representava a culpa de sangue de Joabe por ter matado os generais Abner e Amasa. (1 Reis 2:5, 6) Isto, junto com o fato de que pôr alguém suas sandálias significava que

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