proclama, pelo seu modo de vida: ‘Não temos nenhum regente a não ser o Estado secular!’

Ao que isto conduzirá? Abra sua Bíblia e leia por si mesmo o que está registrado em Mateus capítulos 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21. É evidente que Jesus profetizava para esta geração muitas das mesmas coisas que profetizou para o mundo anterior à destruição de Jerusalém. As preditas guerras, escassez de víveres, aumento do que é contra a lei e a proclamação de falsas esperanças são claramente visíveis, como o são outros aspectos do “sinal” dado por Jesus. Assim como o egoísmo e a violência caracterizavam o mundo conhecido de então, o mesmo é verdade concernente ao mundo moderno. Por conseguinte, destruição é o que também jaz à frente — para o inteiro sistema mundial de coisas. — Pro. 2:21, 22.

Para os amantes da justiça, porém, as aflições do presente apontam para uma libertação por vir. Pois Jesus também disse: “Quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” — Luc. 21:28.

Libertação para o quê? Para uma nova ordem na qual todos amantes da justiça poderão viver em verdadeira segurança sob o reino de Deus. (Lucas 21:31; Miq. 4:3, 4) Agrada-lhe tal perspectiva? Em caso afirmativo, agora é o tempo de associar-se com o povo que crê nela e que em seus Salões do Reino estudam regularmente a Bíblia com o objetivo de conduzir a vida de tal modo que, não somente suas palavras, mas também suas ações, mostrem que realmente acreditam na regência da parte de Deus.

Interessa-lhe o artesanato?

Do correspondente de “Despertai!” na Austrália

“HÁ MUITOS anos, quando eu morava na Letônia, tinha uma amiga que sabia tosquiar uma ovelha, fiar a lã, fazer dela tecido e usá-lo para fazer suas próprias roupas.” À medida que Madge falava, seu rosto brilhava de apreciação pela desenvoltura e habilidade de sua amiga.

No passado, as muitas espécies de artesanato eram um modo de vida para muitas pessoas. Muitas coisas que se usava ou se vestia tinham de ser produzidas a mão por questão de necessidade.

Mas isso não se dá mais hoje.

Então, por que vemos tamanha ressurgência de interesse nas artes manuais? A uniformidade dos artigos produzidos em massa induz algumas pessoas a prezar itens feitos a mão, que levam as marcas da destreza dum artesão. Outros olham para trás, para o que acham serem os “bons tempos de outrora”, e tentam reaver o espírito dos tempos mais tranqüilos e mais constantes. Muitas pessoas encontram no artesanato uma atividade que lhes proporciona muita satisfação pessoal — algo que a pessoa amiúde não conquista numa sociedade industrializada.

O Papel do Artesanato na Educação

Algumas autoridades educacionais levam bem a sério o ensino do artesanato. Por quê? Encaram tais aulas como oportunidade de ajudar o estudante, não simplesmente a aprender como fabricar certos objetos, mas a desenvolver-se como pessoa. O produto final duma lição de artesanato é considerado secundário em relação ao desenvolvimento da iniciativa, desenvoltura, flexibilidade, adaptabilidade e criatividade, bem como da tolerância, compreensão e cooperação nas atividades em grupo.

O valor terapêutico dos trabalhos manuais é também reconhecido por aqueles que ajudam deficientes mentais. Tais trabalhos dão um senso de realização e podem ajudar a pessoa a relacionar-se com outras no sentido de partilhar com elas e ajudá-las. Isto a faz sentir-se necessária.

Interessa-me?

Interessa-lhe o artesanato? Em caso afirmativo, de que tipo? Para decidir se o artesanato poderia ser uma ocupação compensadora, precisa avaliar sua própria situação. O fator tempo precisa ser considerado. Seria uma distração que toma o tempo de outras coisas mais importantes?

No aspecto positivo, os benefícios são muitos. O artesanato pode proporcionar um senso de realização e um sentimento de produtividade no uso das próprias mãos. Muitos precisam de tal vazão, visto que seu serviço diário talvez seja rotineiro, não dando oportunidades para expressar seu talento criativo. O artesanato também pode ser de valor em prover itens que são tanto práticos como decorativos para a família e os amigos. Um presente feito a mão, que se adapta à personalidade ou às necessidades do recebedor dele, pode refletir muito amor e preocupação da parte de quem o dá. Visto que é uma forma de recreação, o artesanato pode servir também para a descontração do corpo e da mente, que todos precisam. Muitos preferem usar algum tempo em trabalhos construtivos, em vez de sentarem-se passivamente em frente de um aparelho de televisão.

Ao determinar que tipo de trabalho manual lhe seria conveniente, atente para suas circunstâncias pessoais. Por exemplo, caso more num apartamento pequeno, seria tolice escolher o curtume de peles e couros como sua ocupação. Isto exige grandes tambores e tinas, bem como abundantes quantidades de água corrente. Se escolher algo que causa desordem, dê consideração à pessoa que executa os serviços domésticos.

Naturalmente, o ideal é que a família inteira se envolva. Independentemente dos benefícios para as crianças, empenharem-se em atividades deste tipo fortalece os laços entre os membros individuais da família.

Deve-se analisar também o lado econômico do artesanato. Por utilizar itens disponíveis ao redor da casa, há muitos tipos de artesanato a que se pode dedicar sem muita despesa. A colcha de retalhos está nesta categoria. Quando se exige equipamento especializado, diversos amigos interessados talvez resolvam juntar-se e partilhar coisas tais como teares, rodas de fiar, rodas de oleiro, etc. Alguns trabalhos, tais como o macramé, não exigem mais instrumentos do que os próprios dedos da pessoa. Quanto a livros de instrução, a maioria das bibliotecas possui uma boa coleção sobre trabalhos manuais.

Algumas Artes Populares

Aqui estão alguns pormenores a respeito de algumas artes populares que talvez ache interessantes:

CERÂMICA é uma predileção antiqüíssima. Pode-se fazer muito em casa, mesmo sem uma roda, através de processos tais como a modelagem, o uso de rolos compridos dispostos em espiral para dar forma ao produto, o uso de lâminas lisas, ou mesmo moldar numa forma feita de gesso. Tão interessante quanto a fabricação da cerâmica é a vitrificação dela. De fato, muitos preferem a vitrificação à própria fabricação da cerâmica. Os esmaltes são compostos de substâncias químicas e minerais em pó coloridos por óxidos metálicos. Pode-se conseguir uma variedade aparentemente infindável de acabamentos.

BATIQUE é um processo de tingir tecido por utilizar cera para impedir a fixação do corante e produzir uma estampa. Isto proporciona muita liberdade de experimentos, e a surpresa do resultado final termina amiúde em contentamento. A TINTURA POR AMARRAÇÃO (TYE-DYEING) é prima do batique. Consegue-se a variação no padrão da tintura, como o nome sugere, por se amarrar o tecido de várias maneiras.

MACRAMÉ é uma arte fascinante. Com ela pode-se fazer ampla variedade de artigos úteis e decorativos de qualquer tipo de corda ou barbante, usando-se apenas dois nós básicos. Pode-se aprender a atá-los em duas horas, e daí em diante é só usar a sua imaginação. Pode-se “enfeitar” o macramé de maneira econômica por acrescentar “contas” feitas de pedaços de batata, cenoura, etc., cortados em formatos básicos e secados bem lentamente em forno brando. Depois de completamente secos, podem ser pintados.

FIAÇÃO tornou a ganhar muita popularidade nos anos recentes. Pode-se comprar barato uma roda de fiar pronta para armar. Lojas de artesanato têm velo à disposição. Criadores rurais e demonstrações de tosquia nas escolas são outras fontes de velo. Se a pessoa não estiver interessada em fazer ela mesma a tintura, pode-se obter uma variedade de velos coloridos. No entanto, a própria tintura em si mesma é outro empreendimento interessante, e há muita informação disponível sobre o uso de corantes vegetais naturais, cascas de cebola, casca da noz de nogueira, etc. Naturalmente, a fiação não está limitada a velos, mas pode incluir muitos tipos de fibra. Certa pessoa fez alguma fiação até mesmo do pêlo dum cachorro pequinês, a pedido do dono do cachorro!

De fato, há trabalhos manuais para pessoas de todas idades, gostos e capacidades. Outros exemplos são a fabricação de jóias, o trabalho em couro, a tecelagem, a rendaria, a gravura a água-forte, a pintura em casca de árvore, a construção de desenhos com pregos e linhas, a frivolité, o bordado, o tricô, o crochê, a escultura, a pintura decorativa (arte popular), os vitrais, a cestaria e a fabricação de redes.

Uma Palavra de Cautela

Um trabalho manual, que cativa a imaginação e preenche a necessidade de criatividade duma pessoa, pode facilmente passar dos limites e estorvar o cumprimento de suas obrigações. A pessoa pode ficar tão absorvida, a ponto de negligenciar coisas mais importantes. Também, se o horário da pessoa já está repleto, acrescentar um trabalho manual apenas imporia uma carga e perder-se-ia o inteiro objetivo.

É uma boa idéia, também, certificar-se antes de investir dinheiro numa série de equipamentos e materiais caros. Existem muitos estojos de materiais a disposição, que possibilitam à pessoa experimentar o trabalho antes de acumular itens que talvez nunca sejam usados, caso não o exerça. Talvez seja proveitoso conversar com outros que já exercem certo trabalho. Talvez o deixem experimentar sua habilidade no equipamento e nos materiais deles. Fazer assim lhe ajudará a evitar a frustração de cometer erros desnecessários.

Interessa-lhe o artesanato? Isto, o leitor terá de decidir. Todavia, tenha em mente que desenvolver tal arte poderá aumentar seu próprio prazer na vida e também beneficiar outros.

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[A matéria que segue foi extraída, condensada, de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

MALAQUIAS, LIVRO DE. O último livro das Escrituras Hebraicas nas Bíblias modernas em português. No cânon judaico tradicional, acha-se situado em último lugar entre os escritos dos chamados “Profetas Menores”, mas antes dos Escritos (Hagiógrafo). Constitui um pronunciamento oficial de Jeová sobre Israel por meio de Malaquias. — Mal. 1:1, veja MALAQUIAS.

CIRCUNSTÂNCIAS NO TEMPO DE MALAQUIAS

Na época em que Malaquias profetizou, existia uma situação deplorável entre os sacerdotes. Contrário à Lei, estavam aceitando animais coxos, cegos e doentes para serem sacrificados no altar de Jeová. (Mal. 1:8; Lev. 22:19; Deut. 15:21) Deixaram de fornecer a orientação e a instrução devidas ao povo, fazendo com que muitos tropeçassem. (Mal. 2:7, 8) Ao julgar os assuntos, mostravam parcialidade. (Mal. 2:9) Tudo isso exercia péssimo efeito sobre os israelitas em geral, fazendo com que considerassem o serviço a Jeová como tendo pouco valor. (Mal. 3:14, 15) Isto se evidencia de que os israelitas não mantinham o templo, por pagarem seus dízimos. Haviam-se afastado tanto de sua devoção a Jeová que, pelo que parece, divorciavam-se de suas esposas para casar-se com mulheres que adoravam deuses falsos. Também, a feitiçaria, o adultério, a mentira, a fraude e a opressão passaram a existir entre os israelitas. (Mal. 2:11, 14-16; 3:5, 8-10) Por este motivo, Jeová forneceu aviso de antemão sobre Sua vinda ao seu templo para julgamento. (Mal. 3:1-6) Ao mesmo tempo, incentivou os malfeitores a arrepender-se, dizendo: “Retornai a mim e eu vou retornar a vós.” — Mal. 3:7.

TEMPO DE SUA COMPOSIÇÃO

A evidência interna provê base para se datar a conclusão do livro de Malaquias. Foi escrito após o exílio babilônico, pois os israelitas eram administrados por um governador. A adoração era realizada no templo, indicando que havia sido reconstruído. (Mal. 1:7, 8; 2:3, 13; 3:8-10) Isto indica um período posterior ao de Ageu (520 A.E.C.) e de Zacarias (520-518 A.E.C.), uma vez que tais profetas estavam ativos em instar com os israelitas a terminar a construção do templo. (Esd. 5:1, 2; 6:14, 15) Ter Israel negligenciado a adoração verdadeira e deixar de aderir à lei de Deus parece ajustar-se às condições que existiam quando Neemias chegou de novo a Jerusalém, algum tempo depois do trigésimo segundo ano do Rei Artaxerxes (c. 443 A.E.C.). (Compare com Malaquias 1:6-8; 2:7, 8, 11, 14-16; Neemias 13:6-31.) Por conseguinte, como o livro de Neemias, o livro de Malaquias bem que poderia ter sido escrito depois de 443 A.E.C.

HARMONIA COM OUTROS LIVROS BÍBLICOS

Este livro acha-se de pleno acordo com o restante das Escrituras. O apóstolo Paulo citou Malaquias 1:2, 3 quando ilustrava que a escolha por parte de Deus depende, “não daquele que deseja, nem daquele que corre, mas de Deus, que tem misericórdia”. (Rom. 9:10-16) Identifica Jeová como sendo o Criador (Mal. 2:10; confronte com o Salmo 100:3; Isaías 43:1; Atos 17:24-26), e um Deus justo, misericordioso e imutável, que não deixa que o erro deliberado passe sem punição. (Mal. 2:2, 3, 17; 3:5-7, 17, 18; 4:1; compare com Êxodo 34:6, 7; Levítico 26:14-17; Neemias 9:17; Tiago 1:17.) Sublinha-se a importância do nome de Deus (Mal. 1:5, 11, 14; 4:2; coteje com Deuteronômio 28:58, 59; Salmo 35:27; Miquéias 5:4.) E se dá incentivo a que se lembre da lei de Moisés. — Mal. 4:4.

O livro também dirigiu a atenção de Israel para a vinda do Messias e o dia de Jeová. Ao passo que indicava que Jeová enviaria aquele que era chamado de “meu mensageiro”, este seria apenas o precursor do ainda maior “mensageiro do pacto”, que acompanharia Jeová, (Mal. 3:1) Os relatos inspirados de Mateus (11:10-14; 17:10-13), de Marcos (9:11-13) e de