trou no templo no mesmíssimo dia em que José e Maria trouxeram o menino Jesus. Tinha sido divinamente revelado a Simeão que, antes de sua morte, ele veria o Cristo. Por conseguinte, ele tomou o bebê em seus braços, abençoou a Jeová e, tendo sobre si o espírito santo, declarou à mãe do menino: “Este é posto para a queda e para o novo levantamento de muitos em Israel.” Simeão também profetizou que Maria seria gravemente afligida (como se fosse traspassada por uma espada) diante da morte agonizante deste seu filho. — Luc. 2:22, 25-35.

SIMEI

[Jeová ouve]. Um benjamita do povoado de Baurim. Simei, filho de Gera, duma família da casa do Rei Saul, nutria um espírito rancoroso para com Davi por muitos anos após a morte de Saul e a remoção da realeza da casa deste. Simei encontrou uma ocasião propícia para dar vazão à sua ira há muito contida quando Davi e seu grupo fugiam de Jerusalém por causa da rebelião promovida por Absalão. Apenas um pouco a E do monte das Oliveiras, Simei caminhava ao lado, lançando pedras e pó sobre eles e amaldiçoando a Davi. Abisai pediu a permissão de Davi para matar Simei, mas Davi a negou, esperando que, talvez, Jeová transformasse a maldição de Simei numa bênção. — 2 Sam. 16:5-13.

Com a volta de Davi, a situação se inverteu, Simei e 1.000 outros benjamitas sendo os primeiros a encontrar-se com ele, e Simei se curvando diante dele e expressando o arrependimento pelos seus pecados. De novo, Abisai queria matá-lo, mas novamente Davi não o permitiu, desta vez jurando que não mandaria matar Simei. (2 Sam. 19:15-23) No entanto, antes de morrer, Davi disse a Salomão que este ‘teria de fazer os seus cabelos grisalhos [os de Simei] descer com sangue ao Seol’. — 1 Reis 2:8, 9.

No início de seu reinado, Salomão chamou Simei e lhe ordenou que se mudasse para Jerusalém e permanecesse na cidade, sob pena de ser morto caso deixasse a cidade. Simei concordou com tais termos, mas, três anos depois, ele deixou a cidade para recuperar dois de seus escravos que haviam fugido para Gate. Ao ficar a par de tal violação, Salomão obrigou Simei a prestar contas da violação de seu juramento a Jeová, e ordenou que Benaia o executasse. — 1 Reis 2:36-46

SIMEÍTAS

Descendentes de Simei, filho de Gérson, e neto de Levi. (Êxo. 6:16, 17) Quando foi realizado o primeiro recenseamento no deserto, os simeítas e os libnitas (“as famílias dos gersonitas”) totalizavam 7.500 pessoas registradas. (Núm. 3:20b-22) Os simeítas estavam acampados junto com os libnitas “atrás do tabernáculo”, isto é, a O. Como gersonitas, seus deveres levíticos incluíam o transporte, a montagem e a manutenção da tenda do tabernáculo e de suas coberturas, bem como os cortinados do pátio, os reposteiros (tanto o da entrada do pátio como o da tenda), e os cordões da tenda. — Núm. 3:23-26.

Simei teve quatro filhos: Jaate, Zina, Jeús e Berias. Mas, uma vez que os dois últimos não tiveram muitos filhos, eles se juntaram para se tornar uma “casa paterna para uma classe oficial”. Isto é mencionado na época de Davi, quando parece que o serviço designado dos simeítas no tabernáculo foi dividido entre estas três famílias. (1 Crô. 23:6, 7, 10, 11) A profecia de Zacarias incluía especialmente a família dos simeítas entre os que lamentariam amargamente por causa de “Aquele a quem traspassaram”, uma profecia que se relaciona com Jesus. — Zac. 12:10-13; João 19:37.

SINAGOGA

[Gr. , synagogé, uma reunião]. Na tradução bíblica Septuaginta as duas palavras, ekklesía, que significa assembléia ou congregação, e synagogé são usadas de forma intercambiável. O vocábulo “sinagoga” com o tempo veio a designar o local ou prédio onde se realizava a assembléia. Entretanto, não perdeu por completo seu significado original, pois a Grande Sinagoga não era um prédio grande, e sim uma assembléia de notáveis doutores, à qual se credita a fixação do cânon das Escrituras Hebraicas para os judeus palestinos. Diz-se que ela teve início nos dias de Esdras ou de Neemias, e que continuou até a época do Grande Sinédrio, por volta do século III AEC. Em Revelação 2:9; 3:9, “sinagoga” se aplica a uma assembléia sob o domínio de Satanás. Também, lemos a respeito da “Sinagoga dos Libertos”. (Atos 6:9; veja LIBERTO, HOMEM LIVRE.) Tiago emprega esta palavra no sentido de uma reunião cristã ou assembléia pública. — Tia. 2:2.

Não se sabe em que época as sinagogas foram instituídas, mas parece ter sido durante o exílio de setenta anos em Babilônia, quando não existia o templo, ou pouco depois da volta do exílio, após o sacerdote Esdras ter sublinhado tão fortemente a necessidade de conhecimento da Lei. Nos dias do ministério terrestre de Jesus Cristo, cada povoado de qualquer tamanho apreciável na Palestina possuía sua própria sinagoga, e as cidades maiores possuíam mais de uma. Jerusalém tinha muitas. Há até um caso, nas Escrituras, de uma sinagoga ser construída, para os judeus, por um oficial do exército romano. — Luc. 7:2, 5, 9.

A sinagoga possuía uma arca, ou caixa, que continha os rolos das Escrituras. A estante (estrado ou plataforma) do orador se situava na parte da frente, e nas suas laterais se situavam as cadeiras tão cobiçadas pelos escribas e fariseus. Estas cadeiras da frente estavam voltadas para a assistência, e eram ocupadas pelas autoridades que presidiam a sinagoga e por quaisquer convidados ilustres. No entanto, era do centro da sinagoga que se dirigia a maior parte do ofício, isto tornan-