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  • Indo avante no serviço de Jeová
    A Sentinela — 1968 | 15 de junho
    • ouço as palavras: “Está dispensado do exército.” Com fervor, agradeço a Jeová a sua fiel ajuda.

      MAIS PASSOS A FRENTE

      Mais tarde, no verão de 1923, outro dia notável chega à minha vida. Quase no mesmo dia que sou informado de que fui nomeado Secretário-Tesoureiro duma instituição do estado, apesar de minha posição na questão da neutralidade, recebo também o convite da sucursal da Sociedade Torre de Vigia em Berna para ingressar no ministério de tempo integral!

      Dois caminhos se abrem para mim, um oferecendo-me “carreira e prestígio” e o outro exortando: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.” (Mat. 9:37) Compreendo que há apenas uma coisa certa a fazer, e esta é servir a Jeová de forma tão plena quanto eu possa! Assim, notifico o escritório de Berna da Sociedade Torre de Vigia a minha decisão. Daí, entro no escritório de meu superior para entregar-lhe minha resignação do serviço público. Bondosamente, ele coloca a mão em meu ombro e calorosamente me deseja alegria e êxito em minha nova carreira.

      Minha primeira designação no ministério de tempo integral é uma excursão com o “Fotodrama da Criação”, uma coleção de filmes e diapositivos bíblicos, pela Bélgica, Sarre, o Vale do Reno, a Alsácia-Lorena e a Suíça, acompanhado por dois irmãos na fé. Toda semana, temos quatro noites de apresentação e de discursos depois da mesma. Os salões ficam superlotados com assistências atentas. Amiúde, quando olho o mar de rostos cheios de expectativa por trás da cortina, antes de começar o “Drama”, borbulham em meus lábios as palavras: “Meu Senhor e meu Deus! Que honra é esta que deste aos homens de pó, de lhes permitir disseminar as tuas gloriosas verdades do Reino!”

      Minha participação na obra do Fotodrama chega ao fim na primavera de 1925, bem depois de terem sido servidas centenas de cidades. O presidente da Sociedade Torre de Vigia, J. F. Rutherford, mandou dizer que chegou o tempo de se dar mais ênfase a outro método de proclamar o Reino, a saber, a pregação da mensagem de casa em casa, apoiada por discursos públicos. Chamam-me de volta a Berna, onde fui designado a trabalhar na revista A Idade de Ouro (Despertai!), trabalho este que me dá profunda satisfação. Mais tarde, deram-me outras designações na sucursal, ajudando a satisfazer as necessidades das congregações e de outros ministros de tempo integral sob os nossos cuidados.

      Inesquecíveis, também, são as minhas visitas anuais às congregações em França e na Bélgica, e a associação usufruída com o amigável grupo de ministros de tempo integral que veio da Inglaterra. Estão arando corajosamente o solo e semeando a semente do Reino neste território virgem, especialmente em França. Estas visitas, que tenho o privilégio de fazer junto com o irmão Harbeck, o encarregado da obra no escritório de Berna, são fonte de grande vigor espiritual para mim, apesar do grande esforço exigido.

      SURGE OPOSIÇÃO

      Nesta época, o cenário do mundo muda rapidamente, pois o nazismo ergueu sua cabeça feia na Alemanha. As ondas da inquietação política dentro em pouco se elevam tão alto que batem contra a fronteira e varrem a Suíça.

      Simultaneamente com a perseguição amarga dos judeus na Alemanha nazista, explode a hostilidade contra as testemunhas de Jeová. Na Suíça, também, há instrumentos voluntários do Diabo esperando atiçar as chamas do ódio contra as testemunhas de Jeová. Nossos inimigos amiúde nos apresentam em luz falsa às autoridades como sendo uma organização altamente suspeitosa, niilista, inimiga do Estado. Por certo tempo, parece que as autoridades são influenciadas por esta propaganda, visto que se iniciam processos legais contra nós à base da “degradação da religião”. No entanto, os resultados são, na maioria, sentenças deixadas em suspenso.

      No ínterim, na Alemanha, o furor nazista assola e nossos irmãos ficam expostos à chocante e desumana perseguição, que eles agüentam mesmo ao custo de suas vidas. Material documentado que chega ao nosso escritório a respeito de tal perseguição é cuidadosamente preservado. Daí, o irmão Rutherford aprova a publicação de um livro que fornece evidência dos sofrimentos das testemunhas de Jeová na Alemanha. Surge sob o título “Kreuzzug gegen das Christentum” [“Cruzada Contra o Cristianismo”] na língua alemã. Também é publicado em francês e polonês.

      No verão de 1940, o irmão Harbeck vai aos Estados Unidos assistir a um congresso das testemunhas de Jeová em Detroit. Verifica que não pode retornar à Suíça, visto que foi originalmente enviado pela Sociedade dos Estados Unidos. Assim, o irmão Rutherford me designa servo da filial.

      Com o irrompimento da Segunda Guerra Mundial, tantos irmãos tomam uma posição firme na questão da neutralidade que as autoridades suspeitam de sermos um movimento antimilitar organizado. Certo dia, em julho de 1940, nossas instalações da sucursal são ocupadas por um destacamento de soldados e dá-se uma busca rigorosa nelas. Alguns dias depois, um caminhão militar chega e confisca todas as publicações, que devem ser examinadas pela censura militar da imprensa. Esperam achar uma sentença que prove que a nossa Sociedade instigou a recusa do serviço militar. Sem esperar os resultados desta investigação, o exército ordena a censura de A Sentinela na Suíça. Com isto não podemos concordar e, assim, pára-se a publicação oficial da revista.

      Embora sejam interrompidos os contatos com o escritório central da Sociedade Torre de Vigia em Brooklyn, Nova Iorque, EUA, podemos entrar em contato com a Suécia, depois de certo tempo, e receber A Sentinela regularmente em sueco. Daí, um membro de nosso Betel em Berna, Alice Berner, aprende esta língua. Jeová abençoa os esforços dela, e assim é possível continuarmos a manter todas as congregações supridas de alimento espiritual.

      Outras medidas são tomadas contra nós. Em dada hora, são invadidos os lares de muitos servos de congregação e confiscados seus estoques de publicações. Ademais, nossas reuniões congregacionais ficam sob inspeção da polícia, um detetive estando presente até mesmo na Comemoração da morte de Cristo. Examinam a correspondência que chega e sou amiúde chamado pelos oficiais do governo para longos interrogatórios.

      Eventualmente, começam uma ação legal contra nós. Um colaborador, irmão Rutimann, é acusado de recusar-se a fazer o juramento militar. Sou acusado de quatro ofensas, duas das quais são “minar a disciplina militar” a “agir em contravenção à proscrição da propaganda perigosa ao estado”. Quase dois anos se passam antes de a ação legal ser julgada, em 23 e 24 de novembro de 1942. Há momentos de discussão acalorada durante o processo.

      No dia seguinte, anuncia-se a sentença. O irmão Rutimann foi sentenciado a três meses na penitenciária do estado, que ele cumpre, e a perda de certos direitos civis. Minha sentença é de dois anos na cadeia. Mas, nosso advogado interpõe um recurso, e, em 16 de abril de 1943, minha sentença é reduzida pelo Tribunal de Recursos a um ano de servidão penal, sentença suspensa, e cinco anos de perda de alguns direitos civis.

      O resultado desta ação legal produz reação favorável, e conseguimos evitar que a obra seja proscrita.

      PERIODO DO APÓS-GUERRA

      Por fim, finda na Europa a Segunda Guerra Mundial. Que dilúvio de cartas chega agora ao nosso escritório de todos os países circunvizinhos quando se torna conhecido que a obra permaneceu intacta na Suíça! Previamente, o novo presidente da Sociedade, irmão N. H. Knorr, escreveu-me para que fizesse tudo ao meu alcance a fim de manter aberta a obra em nosso país, de modo que, no fim da guerra, pudesse ser rapidamente restabelecido o contato com nossos irmãos no continente. E, agora, é nosso grandíssimo privilégio prestar os “primeiros socorros” a eles. Daí, em dezembro de 1945, temos o prazer de receber o irmão Knorr no nosso lar sucursal, acompanhado de seu secretário, Milton Henschel. Estes são dias de bênçãos especiais e de decisões importantes. O irmão Knorr deixa instruções para a obra.

      O verão do ano de 1050 me traz, junto com diversos outros colaboradores, a coroação de muitos anos de serviço. Somos convidados a assistir a grandioso congresso no Estádio Ianque em Nova Iorque. E, em 1953, é meu privilégio assistir à segunda assembléia do Estádio Ianque. Jamais esquecerei a esmagadora impressão que tive ao olhar pelo estádio no dia inicial e observá-lo ficar cheio e superlotado, milhares de assistentes até mesmo ouvindo em tendas próximas. Que poderosa demonstração foi isso do irresistível espírito de Jeová!

      Desde o ano de 1953, a carga de responsabilidade se tornou mais leve para mim, ao ser colocada sobre ombros mais jovens, pois entrei agora no outono da vida. Tenho agora cerca de setenta e cinco anos. Após mais de quarenta e cinco anos no serviço de Jeová, e ainda permaneço ereto na verdade, pelo que agradeço a Deus, visto saber que é Ele quem me tem sustentado. Pela sua bondade imerecida, continuo a ser membro da família de Betel no lar da filial da Suíça. Continuar como parte desta feliz equipe de trabalho, saber que encho ao máximo meu tempo com minha designação, é um privilégio que aprecio imensamente. Quão abençoados são aqueles que vão adiante no grandioso serviço de Jeová!

  • Lembra-se?
    A Sentinela — 1968 | 15 de junho
    • Lembra-se?

      Leu cuidadosamente os números recentes de A Sentinela? Se o fez, deve reconhecer estes pontos importantes.

      ● Quando começaram os 400 anos de aflição sobre a descendência de Abraão? (Gên. 15:13)

      O começo de tal aflição foi quando Ismael, filho da egípcia Hagar, zombou de Isaque no ano 1913 A. E. C. Quatrocentos anos depois, em 1513 A. E. C., Deus livrou os israelitas da escravidão egípcia. — P. 631.a

      ● Na organização de Jeová, o que significa uma pessoa “avançar”?

      Não é uma questão de tomar a frente dos outros, mas significa avançar com a organização, enquadrar-se nela, preencher as necessidades dela, poder assumir incrementadas responsabilidades. — P. 720

      ● Por que, no antigo Israel, o homem que se havia casado pela primeira vez era isento do serviço militar durante um ano?

      Isso era feito em consideração à sua esposa e para que pudesse ter oportunidade de ter um filho e vê-lo. — P. 725.

      ● Como se pode dizer que todas as testemunhas de Jeová são ministros de tempo integral?

      Porque todo aspecto de suas vidas é influenciado pelo seu ministério. — P. 496.

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