O Supremo Tribunal considerou o processo e decidiu acabar com a proscrição, restaurando plena liberdade religiosa às Testemunhas de Jeová. Com respeito à afirmação de alguns, tais como o Arcebispo Gilroy, de que as Testemunhas de Jeová não eram uma religião verdadeiramente cristã, o MM. Ministro Latham comentou:

“O que é religião para um, é superstição para outro. Algumas religiões são consideradas moralmente ruins pelos adeptos de outros credos. . . . A Seção 116 proclama, não só o princípio da tolerância de todas as religiões, mas também o princípio da tolerância da ausência de religião . . . [ela] não é exigida para a proteção da religião da maioria. A religião da maioria das pessoas pode cuidar de si mesma. A Seção 116 é exigida para proteger a religião (ou ausência de religião) das minorias e, em particular, das minorias impopulares.”

Desde que terminou a proscrição, há cerca de trinta anos, as Testemunhas de Jeová na Austrália se empenham em partilhar as verdades bíblicas com seu próximo. Agora, há mais de 27.500 Testemunhas de Jeová ativas nos “antípodas”. Em 1972, a Sociedade Torre de Vigia (EUA) abriu nova gráfica em Sídnei. Ali são impressos, cada mês, cerca de 800.000 revistas bíblicas educativas, fornecendo material educativo bíblico para vinte e cinco nações. As pessoas humildes, por toda a Austrália, sentem-se deveras felizes de que foi frustrada a conspiração contra a liberdade de adoração em sua terra natal.

‘Impressionado pela boa cidadania’

DURANTE muitos anos, a Igreja Católica Romana na Espanha teve êxito em influenciar o governo para que restringisse a atividade das Testemunhas de Jeová. Mas, desde julho de 1970, sob as provisões duma nova lei de liberdade religiosa, o governo espanhol concede reconhecimento legal as Testemunhas. E, agora, são o segundo maior grupo religioso do país, com mais de 30.000 pessoas participando cada mês na obra pública de testemunho.

Em agosto passado, as Testemunhas de Jeová realizaram nove Assembléias de Distrito “Serviço Sagrado” por toda a Espanha. O auge total de assistência foi de 51.420 pessoas, sendo que 1.733 pessoas simbolizaram sua dedicação ao serviço de Deus por serem batizadas. Pablo Morán, escrevendo na Hojá del Lunes de Gijón de 9 de agosto de 1976, relatou a respeito da reunião de mais de 10.000 Testemunhas em Gijón, Oviedo:

“As Testemunhas de Jeová me impressionaram por sua boa cidadania, que, nesta ocasião, é acima de tudo um símbolo de limpeza e higiene. . . .

“E, ser limpo não é apenas dispor dum chuveiro e mudar cada dia a roupa de baixo. Não, ser limpo é cuidar das cercanias em que vivemos, sejam elas a praia, o campo ou a rua. . . . Em outras palavras, ser limpo é o que as Testemunhas de Jeová têm sido em El Molinón, onde muitos milhares de pessoas compareceram e onde não se podia encontrar nem sequer uma ponta de cigarro, ou um pedaço de papel, ou lixo de comida.

“Imagina-se que, se Gijón em massa fosse convertida às crenças das Testemunhas de Jeová, Gijón seria a cidade mais limpa e melhor conservada do mundo.”