Adoradores unidos do único Deus verdadeiro

“Ó Jeová, . . . tu, só tu, és Deus.” — SALMO 86:9, 10.

1. (a) O que Jeová pôs em operação para produzir a unidade de adoração? (b) O que, em pouco tempo, resultou dessa administração?

UNIDADE de adoração! — quão agradável isso é! No entanto, a maioria da humanidade nunca a experimentou. Contudo, a unidade de adoração não é mero sonho. É do propósito de Deus. Há dezenove séculos, Jeová pôs em operação uma “administração”, cujo objetivo é a unidade — uma unidade similar a que se encontraria numa família bem achegada e amorosa. A unidade que esta “administração” produziu fez em pouco tempo que judeus cristãos adorassem em associação amorosa com samaritanos; depois foram acolhidos na congregação gentios incircuncisos. O que era mais importante, todos eles foram levados à unidade com Jeová Deus, à base de sua fé no valor expiatório de pecados do sacrifício de Jesus. Passaram a ter com ele o relacionamento de filhos com um Pai amoroso.

2. (a) O que é a “administração”, e quando entrou em operação? (b) Que significa o ajuntamento das “coisas nos céus”?

² Efésios 1:9, 10, traz à atenção esta “administração”, dizendo: “É segundo o seu beneplácito, que ele se propôs em si mesmo, para uma administração [ou, um procedimento para gerenciar os assuntos duma família] no pleno limite dos tempos designados [a partir de Pentecostes de 33 EC], a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e [mais tarde] as coisas na terra.” O ajuntamento das “coisas nos céus”, isto é, os que estariam com Cristo no seu Reino celestial, foi primeiro dentre os judeus, a seguir dentre os samaritanos e daí dentre os gentios.

3. Em que tem resultado o ajuntamento das “coisas na terra”?

³ Nos nossos dias, especialmente desde 1935 EC, vemos o ajuntamento das “coisas na terra”, isto é, pessoas que seriam favorecidas com a vida numa terra paradísica. Milhões de pessoas já reagiram favoravelmente a esta segunda fase da “administração” amorosa de Deus. Estão vindo de todas as nações e grupos lingüísticos. A unidade que encontram não é um mero ajuntamento literal de pessoas que continuam a apegar-se às suas crenças e práticas anteriores. Em vez disso, conforme predito em Isaías 2:3, aprendem os modos de Jeová para poderem ‘andar nas suas veredas’.

4. (a) Até que ponto chegará a unidade de adoração, e como a descreve a Bíblia? (b) Após a prova final, que relação com Jeová terão os humanos aperfeiçoados?

⁴ O que observamos atualmente, porém, não é ainda o pleno alcance da unidade a ser atingida. O propósito de Deus torna certo que toda a criação inteligente será unida na adoração verdadeira. O apóstolo João recebeu uma previsão da situação maravilhosa que existirá no fim do Reinado Milenar de Cristo, e ele a descreve em Revelação 5:13, dizendo: “Toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e todas as coisas neles, eu ouvi dizer: ‘Ao que está sentado no trono [isto é, a Jeová] e ao Cordeiro [Jesus Cristo] seja a bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre.’” João viu ali todos unidos, sob Jesus Cristo, na adoração de Jeová. Depois, quando a prova final tiver passado, e todos os que então se rebelarem forem destruídos, Jeová adotará amorosamente como filhos seus por meio de Cristo todos os humanos aperfeiçoados que se mostrarem leais. Eles se tornarão parte da unida família universal de Deus, sendo que para todos eles Jeová será para sempre o único Deus, o Soberano Universal e Pai amoroso. Quão animadora é esta perspectiva! Tem você o desejo sincero de ser incluído nesta família feliz de adoradores? — Romanos 8:20, 21.

“TU, SÓ TU, ÉS DEUS”

5, 6. No Salmo 86, o que escreveu Davi sobre Aquele que é o alvo de nossa adoração?

⁵ Um exame do Salmo 86 pode ajudar-nos a discernir o que precisamos fazer para ter parte nesta bênção. Davi, o escritor deste salmo inspirado, já era conhecido pela devoção em assuntos da adoração verdadeira. Mas ele se deu conta de que precisava pessoalmente continuar a progredir em sentido espiritual, e isso se reflete no que ele escreveu.

⁶ Nos Sal. 86 versículos 8-10, ele focaliza Aquele que era o alvo da sua adoração, dizendo: “Não há nenhum igual a ti entre os deuses, ó Jeová, nem há quaisquer trabalhos iguais aos teus. Todas as nações que fizeste chegarão e curvar-se-ão diante de ti, ó Jeová, e darão glória ao teu nome. Pois tu és grande e fazes coisas maravilhosas; tu, só tu, és Deus.”

7. Por que é tão importante reconhecer que só Jeová é Deus?

⁷ Nos dias de Davi, como hoje, as nações tinham muitos deuses. Mas Davi, com genuíno apreço, disse a Jeová: “Tu, só tu, és Deus.” Jesus Cristo enfatizou a mesma verdade. Na última noite, antes de sua morte, ele orou ao seu Pai, dirigindo-se a ele como “o único Deus verdadeiro”. (João 17:3) Todavia, a cristandade adora uma Trindade, milhões de pessoas se curvam diante de ídolos; outros tomaram por deuses a pessoas de destaque, o dinheiro, sua própria pessoa ou o sexo. Então, que dizer de você? Compartilha pessoalmente a convicção de que “não há nenhum igual a . . . Jeová”, que ele é “o único Deus verdadeiro”?

8. Como indica o Salmo 86:11, o que se exige da parte de todos os que querem adorar a Jeová?

⁸ Olhando para o futuro, Davi visionou pessoas de todas as nações virem para servir a Jeová. Davi, sem dúvida, dava-se conta de que, quando tais pessoas viessem para adorar a Jeová, elas teriam muito que aprender. Teriam de fazer mudanças na sua vida. Mas Davi também era realista quanto às suas próprias necessidades, reconhecendo que ele também teria de receber instrução e que requereria ajustes adicionais da sua parte. Ele disse no Salmo 86:11: “Instrui-me, ó Jeová, acerca do teu caminho. Andarei na tua verdade. Unifica meu coração para temer o teu nome.” É este também o seu desejo?

9. Por que somos um povo unido, e que responsabilidade temos neste sentido?

⁹ A unidade já existente entre as Testemunhas de Jeová é realmente notável. Isto se dá porque, como grupo, pensamos realmente o mesmo que Davi — procuramos a orientação de Jeová e agimos em harmonia com ela. Nós também devemos desejar contribuir pessoalmente para esta unidade, por nossa atitude e por nossa conduta. Além disso, podemos proteger nossa unidade e ajudar outros a compartilhá-la por nos esforçarmos a cultivar nos recém-interessados um apreço pelas diversas coisas que nos unem.

PODEROSOS FATORES DE UNIFICAÇÃO

10. Qual é o primeiro fator que nos une?

¹⁰ Primeiro vem o fato de que todos nós adoramos a Jeová e reconhecemos o direito dele de fixar normas quanto ao que é bom e ao que é mau. (Revelação 14:6, 7; Gênesis 2:16, 17) Que efeito maravilhoso isso tem sobre o povo de Jeová em todo o mundo! Jeová, conforme diz a Bíblia, é “o Enaltecido e Elevado, que reside para todo o sempre e cujo nome é santo”. (Isaías 57:15) Quando o adoramos e nos harmonizamos com as suas normas, isso tem um efeito animador sobre nós. E visto que essas normas se aplicam em todas as partes da terra, nossa harmonia com elas nos une como um só povo.

11. Como podemos ajudar novos a participar nesta unidade?

¹¹ Mas, às vezes acontece que alguns que se associaram conosco se envolvem em conduta muito errada. Por quê? Quando perguntados sobre a sua relação com Deus, alguns disseram: ‘Deus não era real para mim.’ De modo que tampouco levavam a sério os requisitos dele. É possível ajudar aqueles com quem estudamos a tornar Jeová real para eles? Devemos enfatizar que a verdadeira adoração não é mera questão de se aceitar certas doutrinas, freqüentar o Salão do Reino e de vez em quando talvez gastar algumas horinhas no serviço de campo. Os que querem servir a Jeová precisam ter uma relação pessoal, íntima, com ele. Devem aprender a orar a ele de modo regular e pessoal, procurando a Sua orientação em tudo o que fazem. (Filipenses 4:6; Provérbios 3:5, 6) Assim passarão a compartilhar a grandiosa unidade que usufruímos.

12, 13. (a) Como tem o segundo fator aqui alistado um efeito unificador sobre nós? (b) Para beneficiar-se plenamente disso, que deve a pessoa fazer?

¹² Em segundo lugar, vem o seguinte: Estamos unidos porque, onde quer que estejamos no mundo, temos a Palavra de Deus, a Bíblia, para nos orientar. Reconhecemos que a Bíblia é inspirada, e uma das coisas que atraiu muitos de nós às Testemunhas de Jeová foi que as Testemunhas aderem mesmo à Bíblia. — 2 Timóteo 3:16, 17.

¹³ Aqueles com quem estudamos talvez concordem conosco quando dizemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Mas, quanto da Bíblia já leram? Seria proveitoso incentivar a todos a ler toda ela, e, ao assim fazerem, ver como a Bíblia deve afetar as decisões que tomam na vida diária. Jesus conhecia tão bem a vontade de seu Pai, e ele a tinha tão profundamente gravada na mente e no coração, que podia dizer: “Faço sempre as coisas que lhe agradam.” (João 8:29) Que belo objetivo, para todos nós!

14. Por que é vital o terceiro fator aqui mencionado, e o que podemos fazer para edificar nos novos o apreço por isso?

¹⁴ Um terceiro fator que nos une é que todos tiramos proveito do mesmo programa de alimentação espiritual. Reconhecemos que o “escravo fiel e discreto” é o instrumento usado por Jeová para prover alimento espiritual no tempo apropriado. (Mateus 24:45-47) Não temos dúvida de que este “escravo” se compõe dos herdeiros, ungidos com o espírito, do Reino celestial, que se encontram hoje só entre as Testemunhas de Jeová. Apreciamos o que esse “escravo” e seu Corpo Governante estão fazendo para cuidar de nossas necessidades espirituais. E agradecemos a Deus a abundância de excelentes provisões espirituais que temos. (Isaías 65:13, 14) Tomamos também tempo suficiente para incutir apreço por este arranjo nos recém-associados com a congregação?

15, 16. (a) Quem consideramos ser o nosso Líder? (b) De que modo o apreço pelo papel de Jesus na nossa adoração afeta a nossa atitude de uns para com os outros?

¹⁵ O quarto fator unificador, na realidade, um fator vital, é que Jesus Cristo, e não algum humano, é nosso Líder, e é aquele por meio de quem todos nós nos chegamos em adoração a Jeová. Durante a última semana da sua vida como homem, Jesus salientou a importância disso. Ele disse, em Mateus 23:8, 10: “Não sejais chamados . . . ‘líderes’, pois o vosso Líder é um só, o Cristo.” Hoje, não importa onde esteja no mundo, se perguntasse a uma Testemunha de Jeová: ‘Quem é seu líder?’, obteria a mesma resposta: ‘É o Senhor Jesus Cristo.’

¹⁶ É somente por intermédio de Jesus que podemos chegar-nos aceitavelmente a Jeová em adoração. Por quê? Porque todos nascemos em pecado, sob a condenação à morte. Neste respeito, nenhum de nós é diferente dos outros. A única maneira em que fomos aceitos como servos de Deus foi à base de nossa fé no sacrifício de Jesus Cristo, e é somente por meio dele que nos podemos agora chegar a Jeová em oração. O sincero apreço disso é um fator vital na adoração verdadeira. — Romanos 3:23; João 14:6.

17. Como é que a nossa atitude para com o Reino de Deus nos fez ser diferentes da cristandade mas ao mesmo tempo uniu-nos quais Testemunhas de Jeová?

¹⁷ O quinto fator que nos une é: Não importa onde vivamos, consideramos o Reino de Deus como a única esperança da humanidade. (Mateus 6:9, 10; Daniel 2:44) Os clérigos da cristandade não fazem isso. Em resultado, envolvem-se nos assuntos políticos do mundo e nas guerras dele. As Testemunhas de Jeová, em nítido contraste, em todos os países, tomaram a peito que Jesus Cristo disse que seus discípulos “não fazem parte do mundo”. (João 17:15, 16) Em harmonia com a Palavra de Deus, forjamos das nossas espadas relhas de arado e das nossas lanças, podadeiras. Não levantamos armas carnais contra nosso próximo, nem aprendemos mais a guerra. (Miquéias 4:3) Estamos firmemente convencidos de que a única solução para os problemas da humanidade é o Reino de Deus. Em resultado, estamos unidos com as outras Testemunhas, em todo o mundo, numa verdadeira fraternidade internacional.

18. Como nos unem os frutos do espírito de Deus? Dê exemplos.

¹⁸ Como sexto fator na nossa unidade indicamos os frutos produzidos pelo espírito santo na vida dos adoradores de Jeová. E quão agradáveis são estes frutos — que tornam agradável estarmos juntos! Não importa em que pontos nós precisemos fazer melhora, a verdade é, conforme disse Jesus: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” — João 13:35; Gálatas 5:22, 23.

19. Ao participarmos no ministério cristão unimo-nos a quem?

¹⁹ A tudo isso acrescenta-se este sétimo ponto: Todos nós, como Testemunhas de Jeová, temos a responsabilidade de pregar as boas novas do Reino de Deus. Esta é uma responsabilidade, mas também um privilégio. Conforme explicou o apóstolo Paulo, por participarmos no ministério cristão, tornamo-nos colaboradores de Deus. Ao passo que um de nós planta, e outro rega, é Jeová Quem produz o crescimento que resulta em novos discípulos. — Mateus 24:14; 1 Coríntios 3:6-9.

FIRMES DO LADO DA ADORAÇÃO VERDADEIRA

20. (a) Por que alguns que talvez venham ao Salão do Reino não usufruem plenamente as bênçãos de tal adoração unida? (b) Por que é urgente que tomem agora uma posição firme ao lado de Jeová?

²⁰ Ao passo que os recém-associados das Testemunhas de Jeová pessoalmente aceitam essas verdades que nos unem e trabalham em harmonia com elas, eles também podem sentir a alegria da participação na adoração unida do único Deus verdadeiro. Alguns, porém, contentam-se com um conhecimento superficial da verdade. Aprendem alguma coisa sobre as bênçãos do Reino de Deus, mas não deixam a verdade arraigar-se no seu coração. Gostam de estar conosco, mas não querem afirmar que sempre vão fazer as coisas do modo de Jeová. Em alguns sentidos, são como certas pessoas nos dias do profeta Elias, às quais Elias disse vigorosamente: “Até quando ficareis mancando em duas opiniões diferentes? Se Jeová é o verdadeiro Deus, ide segui-lo; mas se é Baal, ide segui-lo.” (1 Reis 18:21) Quando chegar o tempo designado de Jeová para destruir o atual sistema iníquo, ele não demorará. Não vai adiar esse tempo, nem mudar as suas normas, para acomodar os que ainda procuram apegar-se ao mundo, os que apenas são tíbios quanto a aprender a vontade de Deus e fazê-la. Quão importante é, portanto, incentivar todos os que mostram interesse na verdade a tomar agora uma ação positiva para estabelecer uma relação real e duradoura com Jeová!

21. Devemos ajudar os nossos estudantes da Bíblia a fazer que progresso espiritual?

²¹ Não desejamos apenas estudar as verdades elementares com os que estão progredindo para o batismo, mas queremos ajudá-los a avançar à madureza cristã. Isto inclui cultivar um apetite pelo alimento espiritual sólido. Precisam aprender a gostar dele, derivando dele energia e discernindo como pode ajudá-los a tomar decisões pessoais, válidas. — Hebreus 5:12-14.

22. Por que é o nosso ministério realmente um grande privilégio?

²² Quão grande é o privilégio de nos beneficiar do arranjo de Jeová para unir pessoas de todas as nações consigo mesmo por meio de Jesus Cristo, e de trabalhar em harmonia com esse arranjo! O único Deus verdadeiro deu-nos o maravilhoso privilégio de ser testemunhas de seu santo nome, Jeová. Seu Filho amado, agora Rei reinante, foi e é nosso exemplo de adoração que nos habilita a usufruir uma relação calorosa e íntima com Jeová e união uns com os outros. Portanto, participemos plenamente em magnificar o nome de Jeová e em ajudar outros a entender como podem, também, usufruir as bênçãos que pertencem exclusivamente aos que estão unidos em adorar o único Deus verdadeiro.

Para Recapitulação

◻ Até que ponto será conseguida a unidade de adoração, e o que isso pode significar para você?

◻ Como podemos mostrar que compartilhamos os conceitos registrados no Salmo 86:11?

◻ Quais são alguns dos poderosos fatores que nos unem?

◻ Após estudarem verdades bíblicas básicas, devemos ajudar os estudantes a fazer que progresso adicional?

‘Unidade do espírito’ num rapidamente crescente rebanho

1. (a) Em Efésios 4:1-6, que conselho apropriado sobre união escreveu Paulo? (b) Por que é tal conselho também apropriado hoje?

AO ESCREVER aos cristãos da congregação em Éfeso, o apóstolo Paulo enfatizou a união, instando-os a ser humildes, a se suportar em amor e a diligentemente “observar a unidade do espírito no vínculo unificador da paz”. (Efésios 4:1-6) Paulo havia passado mais de dois anos em Éfeso e conhecia a variedade de formação dos irmãos ali. Ele também sabia que as influências unificadoras que Jeová havia colocado em operação entre seu povo podiam sanar essas diferenças, e Paulo instou com eles que tivessem apreço por essas influências e cooperassem com elas. Não é menos importante fazer isto nos nossos dias. Por quê? Porque pessoas “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” estão sendo ajuntadas à organização de Jeová em grandes números. — Revelação 7:9, 10.

2. Como preservou Jeová a união de sua organização visível?

² Em consonância com o seu propósito, Jeová uniu seus servos “como o rebanho no redil”. (Miquéias 2:12) Ele lhes dá a necessária direção, a fim de preservar essa união. Como? Ele designou pessoalmente seu Filho, Jesus Cristo, qual cabeça da congregação cristã. Na Bíblia, Jeová fez registrar detalhes sobre Seu propósito, e, por meio de sua organização visível, ele direciona os esforços de seus servos a canais que se harmonizem com tal propósito. Considerar a evidência dessa direção divina nos tempos modernos, desde 1919, fortalece a fé.

PREPARADOS PARA DAR UM TESTEMUNHO GLOBAL

3. Que atividade a ser feita na terminação do sistema de coisas em favor dos herdeiros do Reino predisse a Bíblia?

³ Ao falar sobre a terminação do sistema de coisas, as Escrituras predisseram um reajuntamento dos “escolhidos” espalhados a uma união organizacional, bem como uma colheita dos membros finais da classe do Reino. (Mateus 24:31; 13:37-43, 47-50) Como se tem feito isso?

4. (a) Que meios tangíveis Cristo e os anjos usaram para realizar esse ajuntamento e colheita do restante? (b) Portanto, que dois meios Jeová usou para unificar seus servos?

⁴ As Escrituras dizem que Cristo enviaria seus anjos para realizar essa tarefa. Ninguém na terra pode ver essas criaturas espirituais em ação, mas os efeitos de sua atividade na organização visível de Jeová são bem evidentes. Após a dura perseguição sofrida durante a Primeira Guerra Mundial, infundiu-se renovada força nos servos de Jeová por meio dos artigos de A Sentinela, em inglês, intitulados “Benditos os Destemidos”, publicados em 1919. Jeová tinha mais trabalho para eles. Na assembléia que realizaram naquele ano em Cedar Point, Ohio, EUA, no discurso “Anunciando o Reino”, anunciou-se uma nova publicação em inglês, A Idade de Ouro (agora Despertai!), para ampla distribuição pública, a fim de chamar à atenção das pessoas à “Idade de Ouro do glorioso reinado do Messias”. Incentivou-se a todos os “escolhidos” a participar nessa atividade. Em 1922, num outro congresso em Cedar Point, deu-se poderosa exortação a ‘Anunciar, anunciar, anunciar, o Rei e seu reino’. Em 1925, o entendimento do significado da atividade dos servos de Jeová no após guerra, à luz de Revelação, capítulo 12, deu outro poderoso ímpeto à obra. Daí, em 1931, por meio de uma resolução adotada numa assembléia em Columbus, Ohio, e em 50 assembléias similares depois disso, em todo o mundo, adotou-se o nome Testemunhas de Jeová, o que distinguiu esses cristãos de todas as seitas da cristandade e acentuou o trabalho deles, dado por Deus. (Isaías 43:10-12) Assim, Jeová unificava seus servos (1) por meio de um progressivo entendimento das Escrituras e (2) por motivá-los a zelosa atividade quais testemunhas Suas.

5. Em 1935, o que já se havia realizado por meio de ação unida sob a direção de Jeová?

⁵ Embora poucas em número, sua ação unida sob a direção de Jeová fez com que a mensagem do Reino alcançasse os confins da terra. De 1921 a 1935 colocaram 205.217.917 livros e folhetos em muitos idiomas. Distribuíram-se também centenas de milhões de tratados e fez-se uso extensivo do rádio. Em resultado, milhares mais dedicaram-se a Jeová, foram batizados e ungidos com espírito santo à medida que o ajuntamento da classe do Reino se completava. Todavia, seu ministério público não havia terminado. Jeová os preparava para o que estava à frente.

FORTALECIDOS PARA ENFRENTAR OPOSIÇÃO

6. Para o que mais Jeová preparava então os seus servos ungidos?

⁶ Durante a Primeira Guerra Mundial, os ungidos foram dispersos pelo inimigo. Violentos esforços adicionais para esmagar a sua obra estavam por vir. Mas, Jeová os fortificou, de modo que nunca mais se tornassem um rebanho disperso. Como foi feito isso?

7. Na época da reconstrução do templo, como habilitou Jeová seu povo a prosseguir unido apesar da oposição?

⁷ Quando houve oposição à reconstrução do templo de Jeová, depois que os exilados voltaram de Babilônia, Jeová fortaleceu seu povo por suscitar profetas, porta-vozes visíveis, fazendo-os divulgar oportunas mensagens da parte Dele. Ademais, o próprio espírito de Jeová venceu obstáculos montanhescos e habilitou seus servos a funcionar qual organização unida. — Ageu 1:1-8; Zacarias 4:1-14.

8. Em que sentido fortaleceu Jeová os irmãos no primeiro século?

⁸ Quando os verdadeiros adoradores, no primeiro século, passaram a sofrer intensa perseguição do inimigo, Jeová fez com que apóstolos escrevessem cartas que proviam orientação e exortação. Nestas, Satanás o Diabo, foi claramente identificado qual instigador principal da oposição, cujo objetivo era silenciar a pregação das boas novas, fazendo isso por meio de perseguição violenta ou por romper a união das congregações através da influência de falsos irmãos. Assim, ajudou-se a todos a ver claramente as questões envolvidas. (Efésios 6:10-13; 2 Coríntios 11:12-15; 1 Pedro 5:5-8) Amorosamente foram incentivados a ‘se manterem firmes em um só espírito, com uma só alma esforçando-se lado a lado pela fé das boas novas, em nenhum sentido sendo amedrontados pelos seus oponentes’. — Filipenses 1:27, 28.

9. (a) Como, nos tempos modernos tem Jeová provido tal ajuda? (b) Dê exemplos disso.

⁹ Nos tempos modernos, Jeová tem continuado a prover a necessária ajuda a seus servos, fazendo isso por meio do “escravo fiel e discreto”, o restante na terra hoje, do qual Jesus é o cabeça designado, e esta ajuda vem exatamente na hora certa. (Mateus 24:45-47) Assim, em 1925, a classe do “escravo”, por meio de A Sentinela (em inglês), ajudou seus leitores a compreender que o Reino de Deus estava em operação no céu desde 1914 e que, na verdade, existem apenas duas organizações — a de Jeová e a de Satanás. Em 1929, a obrigação cristã de sempre obedecer a lei de Deus qual superior à do homem, foi fortemente enfatizada. Progressivamente fizeram-se ajustes organizacionais até que, em 1938, todas as designações de superintendentes nas congregações eram feitas teocraticamente, em vez de por votação congregacional. Tudo isso unificou e fortaleceu os servos de Jeová, e quão oportuno foi!

10. (a) Como é que essa ajuda revelou ser muito oportuna? (b) À medida que a perseguição se desenrolava, que ajuda adicional lhes deu Jeová?

¹⁰ Nos anos 30 e durante a Segunda Guerra Mundial, as Testemunhas de Jeová em muitos países passaram a sofrer severa perseguição. Milhares foram levados aos tribunais. Em muitos países a sua obra veio a estar sob proscrição governamental. Muitos ficaram anos presos em campos de concentração totalitários. Quando esta perseguição começou a despontar, Jeová fortaleceu adicionalmente os seus servos. Em estudos da Sentinela (em inglês), em 1931, eles consideraram como os judeus nos dias da rainha Ester não só lutaram por suas vidas, mas, também, tomaram a ofensiva contra seus inimigos, e deu-se atenção a como isto se aplica hoje na guerra espiritual. Artigos sobre “A Provação”, em 1934, usaram o relato dos três hebreus na fornalha ardente para infundir nas Testemunhas de Jeová a determinação de ficarem firmes com plena confiança em Jeová. (Daniel 3:17, 18, 28) Jeová ainda tinha uma grande obra a ser feita, e não se iria permitir que a oposição satânica a frustrasse.

O AJUNTAMENTO DE UMA “GRANDE MULTIDÃO” PARA A SOBREVIVÊNCIA

11. (a) Para que pregação ainda mais extensiva vinha Jeová preparando seus servos? (b) Delineie alguns dos passos nesse divinamente manobrado programa de preparação.

¹¹ À medida que se completava o ajuntamento do “pequeno rebanho” de herdeiros do Reino, Jeová dirigia a atenção a uma obra ainda maior, o ensino de uma “grande multidão” que sobreviveria à “grande tribulação” para viver na terra num Paraíso restaurado. De modo que, em 1918, o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) proferiu um discurso em Los Angeles, Califórnia, sobre um assunto mais tarde repetido por centenas de outros oradores, sob o tema “O Mundo Findou, Milhões Hoje Vivos Talvez Nunca Morram”. Daí, em 1923, A Sentinela (em inglês) destacou que as “outras ovelhas” de João 10:16 são as mesmas que as “ovelhas” da parábola de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos, e que elas já começavam a se manifestar. Em 1931, mostrou-se que estas foram prefiguradas em Ezequiel 9:1-11 como os marcados em sua testa para a sobrevivência. Em 1932, revelou-se que esta mesma classe foi prefigurada por Jonadabe, que reconheceu quão vital é que seja prestada a Jeová a devoção exclusiva. Este programa de preparação, divinamente manobrado, atingiu seu clímax em 1935, quando, num congresso em Washington, DC, EUA, mostrou-se que a “grande multidão” de Revelação 7:9-17 também era aquela classe terrestre, e centenas de pessoas na assistência se identificaram quais pertencentes a esse grupo. Sob a direção do espírito de Jeová, o ajuntamento desse grupo agora avançava rapidamente.

12. (a) Por que o ajuntamento de pessoas com esperança terrestre à associação com os que têm esperança celestial não resultou em desunião? (b) Qual, com a bênção de Jeová, tem sido o resultado até esta data de seus esforços unidos?

¹² Resultou esse ajuntamento de uma classe terrestre à associação com os que têm esperança celestial em desunião na organização? Certamente que não. Como Jesus predisse, eles se tornaram “um só rebanho” sob ele qual seu “um só pastor”. (João 10:16) Entendem que terem esta ou aquela esperança é evidência da bondade imerecida de Jeová, que todos eles têm o privilégio e a responsabilidade de ser testemunhas do nome e do Reino de Jeová, e que o mesmo Padrão cristão de fidelidade se aplica a todos eles. Constituem realmente um povo unido. Juntos, têm-se empenhado em dar o testemunho do Reino em toda a terra habitada, isto resultando num grande ajuntamento. Após a Primeira Guerra Mundial havia apenas alguns milhares que participavam em publicamente anunciar o Reino de Jeová. Foi só em 1941 que o número de participantes nesta obra, mundialmente, chegou a mais de 100.000. Hoje, os unidos quais proclamadores públicos da mensagem do Reino totalizam 2.652.323. Tem sido como Jeová predisse por meio do profeta Isaías: “O próprio pequeno tornar-se-á mil e o menor, uma nação forte. Eu mesmo, Jeová, apressarei isso ao seu próprio tempo.” — Isaías 60:22.

ESFORÇOS UNIDOS PARA PROVER OS ESTABELECIMENTOS NECESSÁRIOS

13. Que efeito esse crescimento tem tido sobre as operações gráficas da Sociedade Torre de Vigia (EUA), e como se atende à necessidade?

¹³ Este grande aumento no número de Testemunhas de Jeová tem exigido a ampliação de estabelecimentos. Nos anos 20, a maior parte das publicações bíblicas usadas pelas Testemunhas era impressa em Brooklyn, Nova Iorque. Hoje, essa impressão é feita também em cerca de 30 outros países. Os necessários fundos são providos por contribuições voluntárias, e nos países em que são insuficientes estes são supridos por generosa ajuda de outros. — Veja 2 Coríntios 8:14.

14. Desde 1935, como se têm provido os necessários novos Salões do Reino?

¹⁴ No mesmo ano em que a “grande multidão” foi corretamente identificada qual classe terrestre, J. F. Rutherford, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), deu o nome de Salão do Reino a um local de reuniões das Testemunhas de Jeová no Havaí. Daí em diante, sempre se tem dado esse nome às salas de reuniões usadas pelas Testemunhas de Jeová. De 1940 até hoje, o número de congregações aumentou de 5.118 para bem mais de 46.000. Para fazer face ao aumento mundial, construíram-se milhares de novos Salões do Reino, bem como salões maiores para assembléias. Isto tem exigido esforço unido, tanto com respeito ao financiamento como à construção em si. O povo unido de Jeová tem apoiado entusiasticamente!

15. Por que é tão importante para nós termos locais adequados em que nos reunir?

¹⁵ Hoje, o número de pessoas que afluem aos Salões do Reino das Testemunhas de Jeová é maior do que nunca, e aumenta rapidamente. Acolhemos calorosamente a todos os que realmente querem ser instruídos sobre os caminhos de Jeová, de modo a poderem seguir os Seus passos. (Isaías 2:2, 3; Hebreus 10:23-25) Queremos também nos certificar de que existam locais adequados para atender os que estão demonstrando apreço por essa provisão de Jeová. Como pode isso ser feito?

16. (a) Se for necessário um novo Salão do Reino para a nossa crescente congregação, qual deve ser nosso conceito sobre o trabalho e as despesas envolvidos, independente de se pessoalmente usaremos ou não o novo salão? (b) Quando há bom aumento em regiões em que os custos de propriedade são muito elevados, como se podem conseguir novos Salões do Reino?

¹⁶ Embora nos reunamos em muitas congregações locais, somos “um só rebanho” um só povo unido. O interesse na expansão da adoração pura e o amor pelos irmãos nos moverá a ajudar de qualquer modo que nos for possível, independente de onde seja necessária a ajuda. O aumento no número de congregações que usam um mesmo Salão do Reino exige que seja construído um novo? Quão excelente é que as que permanecerem no local original dêem qualquer ajuda possível para a construção de um salão para a congregação que precisa mudar! Em certas regiões, irmãos se têm prontificado a ajudar na construção de outros Salões do Reino, sempre que estes são necessários. Com planejamento cuidadoso e cooperação unida, construíram-se muitos excelentes Salões do Reino novos em dois dias ou menos. Em certos países, no entanto, o custo vertiginoso de propriedades em áreas urbanas tornou difícil congregações financiarem o necessário local de reuniões. Mas, muito pode ser conseguido por meio de um esforço unido. Ao sermos informados de oportunidades para ajudar, como reagiremos?

17. Que princípios bíblicos são apropriados no se atender a essa necessidade?

¹⁷ Quando se deu aos israelitas a oportunidade de contribuir para a construção do tabernáculo sagrado de Jeová, corações voluntários os impeliram a prover mais do que o necessário. (Êxodo 35:5-9; 36:5-7) Grandes contribuições para apoiar a adoração pura não são as únicas valiosas. Jesus elogiou a generosidade representada pela modestíssima contribuição de uma viúva pobre. (Lucas 21:1-4) A respeito de provisões para ajudar conservos de Deus em sentido material, o apóstolo Paulo escreveu: “Se houver primeiro a prontidão, é especialmente aceitável segundo o que a pessoa tem, não segundo o que a pessoa não tem. . . . que o vosso excedente, por meio duma reciprocidade, contrabalance agora mesmo a deficiência deles . . . Assim como está escrito: ‘Quem teve muito, não teve de mais, e quem teve pouco, não teve de menos.’” (2 Coríntios 8:12-15) Esse princípio pode muito bem nos guiar em cooperar em prover Salões do Reino novos ou ampliados, onde quer que sejam necessários.

18. (a) O que motivou a Declaração de Nossa Unidade nas penúltimas assembléias de distrito? (b) Qual o significado do primeiro ponto nessa Declaração? (c) do segundo? (d) do terceiro? (e) Com que oração aquela Declaração concluiu apropriadamente?

¹⁸ A ‘Unidade do Espírito’ caracteriza a organização de Jeová, e pessoalmente temos o privilégio de dar a ela uma livre expressão. Nos nossos penúltimos congressos, realizados mundialmente, fizemos uma declaração oportuna sobre isso. Está reproduzida na página 23. Incentivamo-lo a rever essa Declaração, dando assim a si mesmo a oportunidade de novamente considerar meios em que pessoalmente pode aplicá-la nos dias à frente.

Como Responde?

◻ Como preservou Jeová a unidade de seus servos?

◻ Como dirigiu Jeová os assuntos de modo que a colheita da classe do Reino se completasse?

◻ Como foram as Testemunhas de Jeová fortalecidas para a intensa perseguição que ocorreu antes e durante a Segunda Guerra Mundial?

◻ De que modo Deus preparou suas Testemunhas para o ajuntamento que começou em 1935?

◻ Que participação podemos ter em prover Salões do Reino urgentemente necessários?