Perigos de doenças e as transfusões de sangue
Durante décadas, as Testemunhas de Jeová, mediante publicações tais como os folhetos O Sangue, a Medicina e a Lei de Deus (1961) e As Testemunhas de Jeová e a Questão do Sangue (1977), têm alertado o público para o perigo de transmitir, para o paciente, doenças ou, condições indesejáveis presentes no doador de sangue. Na época, tais alertas não foram geralmente apreciados.
No decorrer dos anos 1983 e 1984, porém, os veículos noticiosos forneceram as seguintes informações:
Jornal O Globo, de 4 de abril de 1983:
Na seção Jornal de Ibrahim Sued ao comentar apelo do prof. Mário Negreiros dos Anjos para a adoção de medidas que evitassem proliferação da AIDS no Brasil, relata-se: “Entre, essas medidas, como já acontece nos States, está a proibição para que os bancos de sangue a em transfusões de homossexuais e viciados que compõem 89% das vítimas da Síndrome. O contágio ocorre exatamente pela transfusão de sangue.”
Jornal Notícias Populares, de 12 de junho de 1983:
“A doença surge entre os gays devido à promiscuidade sexual. Acreditamos que o agente transmissor esteja localizado no sangue
The Daily Telegraph (Londres, Inglaterra), 6 de agosto de 1983:
Ao noticiar o caso dum jovem hemofílico contraiu AIDS por meio duma transfusão de sangue, o jornal declarou: “Como precaução adicional, o Serviço de Transfusão de Sangue de West Midlands, Birmingham (Inglaterra), emitiu um panfleto que apela às prostitutas e parceiras sexuais múltiplas para não doarem sangue.”
Latin America Daily Post (Rio de Janeiro), 22 de nov. de 1983:
Ao noticiar uma reunião de 4 dias sobre a AIDS, realizada em Nova Iorque, patrocinada pela Academia de Ciências daquela cidade, disse em editorial: “Alguma idéia do escopo da pesquisa em progresso pode ser discernida dos tópicos da reunião da semana passada. Incluíam a possibilidade de um vírus ser a causa do defeito imunológico da AIDS; a epidemiologia da doença e o dilema que causa aos bancos de sangue.”
Zero Hora (Porto Alegre, RS), 8 de julho de 1984:
Sob a manchete “Transfusão de Sangue Causa Doença e Morte”, relata-se que Alfeu Martins Siqueira, de Porto Alegre, faleceu em 23 de junho “após nove anos de luta contra uma doença contraída pela transfusão de sangue contaminado”. Pergunta o jornal: “Qual a segurança que possui o paciente de não contrair doenças ao receber sangue doado?”
O Estado de São Paulo, 23 de out. de 1984:
Baseado na previsão do cientista Walter Belda, da Unv. São Paulo, de que cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil correm o risco de ser portadores de doenças venéreas, acrescenta-se: “Deste total, a metade tem sífilis (a mais perigosa). A uretrite gonocócica ataca mais de dois milhões, 1.500 tem blenorragia e o restante tem herpes genital, vaginite inespecífica, e outras doenças sexualmente transmissíveis de menor incidência e gravidade, que estão sendo contraídas pela transfusão de sangue e determinadas parasitoses intestinais como a giárdia.”
Time (Nova Iorque), 5 de nov. de 1984.
Cerca de 100.000 americanos contraem hepatite cada ano por meio de transfusões de sangue.”
Revista Veja, 28 de nov. de 1984
“Entre as 116 pessoas atacadas pela AIDS em São Paulo a semana passada, mais de 90% se declararam homossexuais ou bissexuais, segundo [o médico Paulo Roberto] Teixeira. Diagnosticada em 1981, a doença é transmitida por um vírus principalmente através de contato sexual ou transfusão de sangue.”
O Estado de S. Paulo, 20 de dez. de 1984:
Informa o médico Paulo Roberto Teixeira, diretor da Divisão de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Saúde de São Paulo: “O menino Marcos Hernandez de nove anos, é o terceiro caso dos últimos cinco meses e o segundo com morte, todos de hemofílicos, que contrariam a Aids após serem tratados com produtos derivados de sangue.”
Não é de se admirar que os apóstolos de Cristo, ao emitirem o decreto, sob orientação divina, de os cristãos se abaterem de ídolos, de sangue e de relações sexuais ilícitas, acrescentaram: “Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” — Atos 15:29.