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TransfiguraçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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medida que o apóstolo falava, formou-se uma nuvem (Luc. 9:34), evidentemente (como no caso da tenda de reunião no deserto) simbolizando a presença de Jeová ali, no monte da transfiguração. (Êxo. 40:34-38) Da nuvem procedeu a voz de Jeová, afirmando: “Este é meu Filho, aquele que foi escolhido. Escutai-o.” (Luc. 9:35) Anos depois, com referência à transfiguração, Pedro identificou a voz celeste como sendo a de “Deus, o Pai”. (2 Ped. 1:17, 18) Na transfiguração, evidentemente Moisés e Elias representavam a Lei e os Profetas, ambos os quais apontaram para Cristo, e cumpriram-se nele. Ao passo que, no passado, Deus havia falado por meio dos profetas, ele indicava naquele momento que passaria a fazê-lo mediante o seu Filho. — Gál. 3:24; Heb. 1:1-3.
O apóstolo Pedro considerava a transfiguração como maravilhosa confirmação da palavra profética, e, por ter sido testemunha ocular da magnificência de Cristo, pôde familiarizar seus leitores “com o poder e a presença de nosso Senhor Jesus Cristo”. (2 Ped. 1:16, 19) O apóstolo havia experimentado o cumprimento da promessa de Cristo de que alguns de seus seguidores ‘não provariam a morte, até que primeiro vissem o reino de Deus já vindo em poder’. (Mar. 9:1) O apóstolo João pode também ter feito uma alusão à transfiguração, em João 1:14.
Jesus disse a seus três apóstolos: “A ninguém conteis esta visão, até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos.” (Mat. 17:9) Eles se abstiveram de relatar então a qualquer outra pessoa aquilo que viram, pelo visto até mesmo aos outros apóstolos. (Luc. 9:36) Quando desciam do monte, os três apóstolos “discutiram entre si o que significava este levantamento dentre os mortos”, a respeito do qual Jesus comentara. (Mar. 9:10) Um ensino religioso judaico corrente era o de que Elias tinha de aparecer antes da ressurreição dos mortos, que inauguraria o reinado do Messias. Assim, os apóstolos indagaram: “Por que dizem então os escribas que Elias tem de vir primeiro?” Jesus lhes assegurou que Elias já tinha vindo, e eles perceberam que ele falava de João, o Batizador. — Mat. 17:10-13.
A transfiguração, segundo parece, serviu para fortalecer a Cristo para seus sofrimentos e morte, ao passo que confortou e robusteceu a fé de seus seguidores. Mostrava que Jesus tinha a aprovação de Deus e constituía uma antevisão de sua glória e de seu poder régio futuros. Predizia a presença de Cristo, quando sua autoridade régia seria completa.
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TrenóAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRENÓ
Veja IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS.
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Três TavernasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRÊS TAVERNAS
Um lugar de repouso na Via Ápia, a bem-conhecida rodovia que ia de Roma ao porto de Putéoli, no que é agora conhecida como a baía de Nápoles. Este local talvez tenha obtido seu nome de três tavernas ali existentes, em que os viajantes podiam parar para repousar e se revigorar. Três Tavernas, de acordo com escritos antigos, achava-se a c. 49 km de Roma, e, assim, a três quartos da distância de Roma à Feira de Ápio. Tendo ouvido falar da vinda de Paulo, alguns cristãos de Roma foram até a Feira de Ápio, ao passo que outros se encontraram com ele em Três Tavernas. — Atos 28:13-15.
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TriboAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRIBO
Um grupo de pessoas, abrangendo certo número de famílias ou clãs, unidos pela raça ou pelos costumes, sob os mesmos líderes.
As duas palavras hebraicas amiúde traduzidas “tribo” (mattéh e shévet) significam ambas bastão ou vara. (Êxo. 7:12; Pro. 13:24) Pelo visto, estas palavras vieram a significar “tribo” no sentido de um grupo de pessoas conduzidas por um chefe ou por maiorais que portavam um cetro ou bastão (vara). (Compare com Números 17:2-6.) Na maioria dos casos, onde o contexto mostra que qualquer destas palavras tem o sentido de “tribo”, ela é empregada com respeito a uma das tribos de Israel, tal como a “tribo [mattéh] de Gade”, ou a “tribo [shévet] dos levitas”. (Jos. 13:24, 33; veja ISRAEL N.° 2.) No entanto, ‘a tribo que Deus resgatou como sua herança’, mencionada no Salmo 74:2, refere-se evidentemente à inteira nação de Israel, falando-se dela como uma “tribo” ou um povo distinto de outras nações e povos. E o termo “tribo”, em Números 4:18, parece ser empregado em sentido mais restrito, conforme aplicado aos coatitas, que eram uma subdivisão da tribo de Levi. As “tribos” egípcias, de Isaías 19:13, tinham de aplicar-se a certas categorias de pessoas, seja de acordo com a região, a casta ou outra coisa.
O termo grego phylé significa “uma companhia de pessoas unidas por parentesco ou por habitação, um clã, tribo”. O vocábulo é amiúde empregado nas Escrituras Gregas Cristãs com respeito às tribos da nação de Israel. (Atos 13:21; Rom. 11:1; Fil. 3:5; Heb. 7:13, 14; Rev. 5:5) Em expressões como “dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação”, o termo “tribo” parece significar um grupo de pessoas aparentadas por descendência comum. (Rev. 5:9) Tais expressões, então, são de total abrangência, referindo-se a todas as pessoas, quer encaradas de acordo com as tribos dos indivíduos aparentados entre si, quer como sendo parte de um grupo linguístico, uma grande massa ou segmento da humanidade, ou uma divisão política. (Rev. 7:9; 11:9; 13:7; 14:6) Também, phylé aparece na expressão “todas as tribos da terra”, em Revelação 1:7, o que, evidentemente, significa todas as pessoas da terra, pois o versículo também afirma que “todo olho o verá”. — Compare com Mateus 24:30.
TRIBOS DO ISRAEL ESPIRITUAL
Revelação 7:4-8 divide os 144.000 membros do Israel espiritual em doze ‘tribos’ de doze mil cada uma. (Veja ISRAEL DE DEUS.) A lista difere ligeiramente das listas dos filhos de Jacó (incluindo Levi), que eram os cabeças tribais do Israel natural. (Gên. 49:28) O seguinte pode ser o motivo para tal diferença:
Rubem, primogênito de Jacó, perdeu o direito de primogenitura por causa de sua conduta errada. (Gên. 49:3, 4; 1 Crô. 5:1, 2) José (o primogênito varão de Jacó, com sua segunda esposa, mas a favorita, Raquel) obteve os privilégios de primogênito, incluindo o direito de ter duas partes ou porções em Israel. (Gên. 48:21, 22) Efraim, filho mais moço de José, tornou-se mais destacado em Israel do que Manassés (Gên. 48:19, 20), e, assim, na lista de Revelação, “José” evidentemente equivale a Efraim. E Manassés representa a segunda porção de José no Israel espiritual. Sendo alistada a tribo de Levi, pelo visto nenhuma tribo de Dã é incluída em Revelação 7:4-8, a fim de deixar lugar para a segunda porção de José, conforme representada por Manassés. A inclusão de Levi também serviria para mostrar que não há nenhuma tribo sacerdotal especial no Israel espiritual, a inteira nação espiritual sendo um “sacerdócio real”. — 1 Ped. 2:9.
‘JULGAR AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL’
Jesus disse aos apóstolos que, na “recriação”, eles ‘estariam sentados em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel’. (Mat. 19:28) E expressou um pensamento similar ao fazer um pacto para um reino com seus fiéis apóstolos. (Luc. 22:28-30) Não é razoável que Jesus tivesse presente que eles julgariam as doze tribos do Israel espiritual, mais tarde mencionadas em Revelação (Apocalipse), pois os apóstolos deviam fazer parte de tal grupo. (Efé. 2:19-22; Rev. 3:21) Diz-se que os “chamados para ser santos” julgam, não a eles mesmos, mas “o mundo”. (1 Cor. 1:1, 2; 6:2) Os que reinam junto com Cristo formam um reino de sacerdotes. (1 Ped. 2:9; Rev. 5:10) Por conseguinte, as “doze tribos de Israel” mencionadas em Mateus 19:28 e em Lucas 22: 30 referem-se, evidentemente, ao “mundo” da humanidade, fora da classe régia e sacerdotal, e serão julgadas por aqueles que estão sentados em tronos celestes. — Rev. 20:4.
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TribulaçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRIBULAÇÃO
O vocábulo grego thlípsis, geralmente traduzido “tribulação”, significa basicamente angústia, aflição ou sofrimento resultante das pressões causadas pelas circunstâncias. É empregado com referência à aflição relacionada ao parto (João 16:21), à perseguição (Mat. 24:9; Atos 11:19; 20:23; 2 Cor. 1:8; Heb. 10:33; Rev. 1:9), ao encarceramento (Rev. 2:10), à pobreza e a outras adversidades comuns aos órfãos e às viúvas (Tia. 1:27), à fome (Atos 7:11), e à punição pelo erro. (Rom. 2:9; Rev. 2:22) A “tribulação” mencionada em 2 Coríntios 2:4 refere-se, pelo visto, à angústia sofrida pelo apóstolo Paulo devido à má conduta dos cristãos em Corinto, e por ter de corrigi-los com severidade.
O CASAMENTO TRAZ TRIBULAÇÃO NA CARNE
Ao recomendar o estado de solteiro como o proceder melhor, o apóstolo Paulo observou: “Porém, mesmo se te casares, não cometes pecado. . . . No entanto, os que o fizerem, terão tribulação na sua carne.” (1 Cor. 7:28) O casamento é acompanhado de certas ansiedades e cuidados em relação ao marido, à esposa e aos filhos. (1 Cor. 7:32-35) A doença pode trazer cargas e stress sobre a família. Quanto aos cristãos, pode surgir a perseguição. Famílias podem ser expulsas de suas casas. Os pais podem verificar ser dificílimo prover as necessidades básicas da vida para suas famílias. Pais e filhos podem ver-se separados pela detenção, sofrer tortura às mãos de perseguidores, ou até mesmo perder a vida.
PERSEVERAR FIELMENTE DEBAIXO DE TRIBULAÇÃO
A tribulação, sob a forma de perseguição, pode ter um efeito debilitante sobre a fé dum indivíduo. Cristo Jesus, em sua ilustração do semeador, indicou que certas pessoas realmente tropeçariam por causa da tribulação ou perseguição. (Mat. 13:21; Mar. 4:17) Estando cônscio deste perigo, o apóstolo Paulo se mostrava preocupadíssimo com a recém-formada congregação de Tessalônica. Os associados com tal congregação tinham abraçado o cristianismo debaixo de muita tribulação (1 Tes. 1:6; compare com Atos 17:1, 5-10) e continuavam a enfrentá-la. Por conseguinte, o apóstolo enviou Timóteo para fortalecê-los e encorajá-los, “para que ninguém ficasse vacilante por causa destas tribulações”. (1 Tes. 3:1-3, 5) Quando Timóteo voltou com as notícias de que os tessalonicenses haviam permanecido fiéis na fé, Paulo ficou grandemente confortado. (1 Tes. 3:6, 7) Sem dúvida, os esforços do apóstolo em prepará-los para esperar a tribulação também ajudaram os tessalonicenses a continuar a ser fiéis servos de Deus. — 1 Tes. 3:4; compare com João 16:33; Atos 14:22.
Embora a tribulação seja desagradável, o cristão pode exultar enquanto a suporta, uma vez que sabe que Deus aprova a fidelidade e que esta levará por fim à realização de sua grandiosa esperança. (Rom. 5:3-5; 12:12) A própria tribulação é apenas momentânea e leve quando comparada com a glória eterna a ser obtida por se permanecer fiel. (2 Cor. 4:17, 18) O cristão também pode ficar tranquilo de que o amor leal de Deus jamais vacilará, seja qual for a tribulação que sobrevenha ao crente fiel. — Rom. 8:35-39.
As preciosas promessas de Deus, a ajuda de Seu espírito santo e Sua resposta às orações daqueles que sofrem tribulação constituem
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