Dando-se Ajuda Espiritual a Clérigos

Reconhecimento do Objetivo das Visitas

Uma testemunha de Jeová na Carolina do Norte, EUA, conta a seguinte experiência: “Depois de remetermos a Despertai! especial sobre a Espanha para a maioria dos clérigos no nosso território, decidimos entregar uma pessoalmente a certo ministro metodista, visto que já havíamos tido com ele diversas palestras bíblicas. Entramos imediatamente numa palestra bíblica, e ele perguntou o que criamos que era o pecado contra o espírito santo. Fiz referência a Hebreus 6:4-6, e ele foi apanhar a sua própria Bíblia. Após ler os textos bíblicos, ele disse que, na verdade, nunca havia lido o referido texto antes. Perguntou em seguida o que criamos sobre o inferno. Quando lhe dissemos que era o túmulo comum da humanidade, ele disse que cria o mesmo que as Testemunhas sobre isso. Disse que não podia começar a ensinar na igreja que o inferno não é um lugar ardente porque poderia ofender a alguns, mas que desejava introduzir a verdade aos poucos na sua congregação. Dai, ele disse: ‘Acho que é por isso que continuam a visitar-me — para me ensinarem a verdade.”

Orando Por Ajuda

Outra Testemunha na Carolina do Norte conta a seguinte experiência sobre a visita que fez a um ministro da Igreja de Deus: “Ele me disse que havia adquirido as revistas de uma senhora na rua pela primeira vez na vida, embora sempre fosse advertido pelos seus superiores a nunca as ler. Entretanto, ultimamente havia coisas que o estavam perturbando ao ponto de não freqüentar a igreja e nem pregar por mais de um mês. Quando chegou em casa, sentou-se imediatamente para ler as revistas. Ficou tão interessado, que escreveu à Sociedade Torre de Vigia pedindo mais informações. Declarou que vinha orando ao Senhor para que o ajudasse, visto que se achava totalmente confuso.”

Depois De Muitos Anos

Uma Testemunha que estava fazendo o serviço com revistas na Virgínia, EUA, visitou a casa de um senhor idoso e colocou ambas as revistas A Sentinela e Despertai! Depois de visitar de novo, a Testemunha ofereceu-lhe o livro “Santificado Seja o Teu Nome”, em inglês, e iniciou-se um estudo. Certo dia, após o término do estudo, ele expressou quanta alegria estava obtendo do seu estudo da Bíblia. Declarou ainda mais que havia sido ministro por mais de sessenta anos e pensava que estivesse prestando serviço ao verdadeiro Deus. Agora estava começando a aprender a servir a Jeová e a ser ministro dele. Ele começou a assistir, assiduamente às reuniões no Salão do Reino, e a participar no ministério de campo. Após estudar um pouco mais de cinco meses, simbolizou a sua dedicação a Jeová e foi batizado na Assembléia “Ministros Corajosos”, em 1962, em Greensboro, Carolina do Norte — à idade de noventa e dois anos.

Coragem Mediante Fé e Esperança em Jeová

“ESPERA em Jeová; sê corajoso e fortifique-se o teu coração. Sim, espera em Jeová.” Assim fala Jeová Deus a seus servos fiéis sobre a terra hoje e isso a despeito do fato de que estamos vivendo no tempo mais perigoso da história da humanidade. O que significa ser corajoso? — Sal. 27:14.a

“Corajoso”, segundo certo dicionário, “implica uma espécie elevada e mais nobre de bravura, especialmente em resultado de uma qualidade inata da mente ou do espírito, que enfrenta ou suporta perigos ou dificuldades sem temor e até mesmo com entusiasmo”. Segundo a expressão hebraica usada no Salmo 27:14, ser corajoso significa manter uma força interna, manter-se unido como se estivesse fortemente vinculado de modo a não desmoronar sob a pressão, como no caso de barro seco, e não ir para os ares, pulverizando-se, sob o impacto da tribulação ou dos ataques do Inimigo, como se daria com um pedaço de porcelana fina se levasse um forte choque.

Um exemplo excelente de tal coragem está sendo dado pelas fiéis testemunhas de Jeová, os publicadores das boas novas do Reino, atrás da Cortina de Ferro e em outros países totalitários. Relativo aos que se acham na Rússia, o Anuário das Testemunhas de Jeová para 1962, em inglês, entre outras coisas declara: “Empregaram-se métodos diabólicos para quebrar a integridade dos servos de Jeová. Os publicadores são levados perante os chamados tribunais de co-trabalhadores, constituídos de trabalhadores de fábrica ou de lavradores, gerentes e funcionários de partido. São ameaçados de perder o emprego, vencimentos, lares, pensões, e assim por diante, se não denunciarem publicamente a organização e não se retirarem dela. Um irmão que corajosamente defendeu a sua posição há pouco tempo foi enviado a um campo de trabalho forçado. Há campos em que grupos inteiros de publicadores estão enclausurados por causa de sua posição fiel a favor do reino de Deus. São tratados com crueldade pelas autoridades, até pior do que se fossem criminosos.”

Não quer dizer que não requer coragem ser um ministro falante de Jeová, nos países em que há liberdade relativa. Requer, sim. Requer coragem levar de casa em casa, oferecer aos transeuntes nas ruas a mensagem impopular de Jeová. Requer coragem falar toda vez que surja uma oportunidade de dar testemunho incidental. Requer coragem manter-se fiel a Jeová quando há oposição amarga da parte dos membros da própria família da pessoa. Também requer grande coragem manter a Integridade se se tratar de um jovem que ainda esteja freqüentando a escola e tenha de fazer face a uma multidão de adolescentes mofadores, escarnecedores e zombeteiros que da mesma forma zombam de toda a justa autoridade humana, dos pais, dos professores e até mesmo da policia.

Como se pode ganhar esta grandemente necessitada e, toda-importante coragem? Não simplesmente desejando-a. Ela vem mediante o conhecimento e o entendimento da Palavra de Deus e da confiança nela de todo o coração. Não é um livro de covardes. Quando os seus preceitos e exemplos são adequadamente interpretados e aplicados, ela dá a fé e a esperança em Jeová que produzem a coragem. Entre os muitos bons exemplos de coragem que se acham contidos nela há os do Rei Davi e os Daquele a quem ele prefigurou, Jesus Cristo. Que coragem demonstrou Davi quando ainda simples jovem aceitou o desafio do gigante Golias! Que coragem manifestou Jesus quando calmamente falou à turba armada que veio prendê-lo naquela última noite do seu ministério terrestre! — 1 Sam. 17:34-51; Mat. 26:47-56.

Poderá ter coragem similar hoje em dia indo à Palavra de Deus com a atitude mental correta, estando apercebido de sua necessidade espiritual. Mas para que o seu estudo bíblico pessoal seja realmente produtivo, é preciso que tire proveito do meio que Jeová Deus proveu para que entenda a sua Palavra e a aplique na época atual. Esse meio consiste primàriamente em cinco reuniões semanais de congregação. Não permita que obstáculos como a inclemência do tempo impeçam que assista a essas reuniões e ganhe o alimento espiritual que se recebe ali para fortalecer a fé e inspirar esperança. A associação com outros ministros cristãos corajosos fará com que a sua própria coragem aumente, pois, se ‘as más companhias corrompem os bons costumes’, certamente é de concluir que as boas companhias fortalecem os bons costumes. — 1 Cor. 15:33, NTR.

Deseja ser um ministro corajoso? Um ministro corajoso é um ministro alegre. Um ministro corajoso é aquele que traz honra ao nome de Jeová e participa na vindicação dele. Um ministro corajoso é aquele que fortalece os seus co-ministros. Também, um ministro corajoso é aquele que produz com abundância tanto o fruto do espírito como o fruto do Reino, trinta, sessenta e cem vezes.

Durante o mês de maio, os ministros corajosos manifestarão á sua fé e esperança em Jeová, levando aos homens de boa vontade o livro “Seja Deus Verdadeiro”. Felizes, são todos aqueles que tomam parte nesta bendita obra.

[Nota(s) de rodapé]

Colheitas Proveitosas

Segundo Êxodo 35:20-29, os israelitas usaram um sistema incomum para a construção de um tabernáculo, a fim de adorarem a Jeová, fazendo com que todos participassem. As hodiernas testemunhas de Jeová de Costa Rica ainda estão usando o mesmo método. Ali, uma congregação rural precisa um Salão do Reino, mas a situação financeira não lhe permite ter dinheiro suficiente para comprar um terreno e construí-lo. Arranjaram então um local e plantaram arroz. Seis meses depois colheram o arroz e plantaram feijão. Depois de três colheitas quase têm o suficiente para a construção. Acham que com mais uma colheita poderão pagar o custo do Salão do Reino. — Yearbook de 1963, página 114.