A força de um vulcão

A violenta erupção do monte Sta. Helena [no estado de Washington, E.U.A.], em 18 de maio do ano passado [1980], foi uma das erupções vulcânicas da história que mais de perto foi monitorada, mais intensivamente fotografada e mais plenamente documentada”, diz a revista Scientific American. O artigo diz que a força de tais erupções é amiúde descrita em termos de energia da explosão nuclear — neste caso, equivalente a uma bomba de 400 megatons, ou seja “oito vezes mais poderosa do que a maior arma nuclear já detonada”. Mas este método de comparação é um tanto ilusório, segundo se diz, porque as explosões nucleares ocorrem num instante, ao passo que a erupção do monte Sta. Helena se estendeu por nove horas. Uma comparação mais precisa, sugerida pelo artigo, seria a “detonação em série de umas 27.000 bombas do tamanho das de Hiroxima: quase uma a cada segundo, por nove horas”. A revista diz também que “as erupções no século passado são provavelmente apenas pequenas amostras da energia vulcânica ainda sob o comando da terra”. — Março de 1981, página 68.

Vida longa e trabalho satisfatório

UM MUNDIALMENTE famoso regente de orquestra sinfônica assinou um contrato de cinco anos junto a uma grande gravadora para fazer quatro gravações por ano. Isso talvez não pareça incomum. Mas o regente, Leopold Stokowski, tinha 95 anos na ocasião e o contrato o manteria ocupado no seu trabalho árduo até seus 100 anos! Ele faleceu no seu 96.º ano.

Não se trata de um caso à parte. No palco de concertos, particularmente, parece haver muitos octogenários e nonagenários. O pianista Artur Rubinstein conta agora com 96 anos, o violinista Jascha Heifetz tem 81 e o guitarrista Andres Segovia tem 89, mencionando-se apenas alguns dos mais famosos. Entre os músicos do passado, Arturo Toscanini, o regente por excelência, permaneceu ativo até à idade de 90 anos, Arthur Fiedler dirigiu a famosa Orquestra Pops de Boston até morrer, aos 85 anos, há apenas dois anos, e o violoncelista espanhol Pablo Casals continuou como diretor do Festival Casals até à idade de 96 anos.

Ao compilar uma lista de 35 regentes falecidos, o Dr. Donald H. Atlas, professor-adjunto de medicina na Universidade da Califórnia, em San Diego, E.U.A., observou que a idade deles, em média, era de 73,4 anos. Em comparação, a duração da vida dos norte-americanos, em média, segundo o Dr. Atlas, é de 68,5 anos. O médico comentou que, “visto que não pude encontrar uma única morte neste grupo na faixa etária abaixo de 58 anos, acredito firmemente que estes homens foram protegidos, por certos fatores indeterminados, do flagelo atual de doenças vasculares isquêmicas prematuras que são fatais”.

As descobertas publicadas pelo Departamento de Saúde, Educação e Bem-estar, apresentadas num relatório de 1973 intitulado “Trabalho na América”, lançam talvez alguma luz sobre esses “fatores indeterminados”. O relatório sugeria a satisfação no trabalho e a felicidade geral como sendo os dois principais fatores contribuintes da longevidade.

Há uns 3.000 anos, o sábio Rei Salomão disse: “Eu vi que não há nada melhor do que o homem alegrar-se com o seu trabalho [gostar do seu trabalho, A Nova Bíblia Inglesa], porque este é seu quinhão.” (Ecl. 3:22) Contrário à opinião popular de que “não se esforçar” seja o segredo da vida longa, os estudos e exemplos acima mencionados parecem indicar que o trabalho significativo e satisfatório pode contribuir para a longevidade. O Dr. Atlas acrescentou: “Espero que o padrão de vida aparentemente pleno dos regentes nos mostre a maneira de acrescentar vida aos anos, bem como anos à vida.”