-
Kisangani retorna à vidaDespertai! — 1974 | 22 de julho
-
-
carrocinha que um homem tem de “empurrar e empurrar” — é isso que o nome significa. Os homens que empurram ou puxam tais carrocinhas deveras trabalham duro. Talvez transportem uma carga de mais de 130 quilos de um lado da cidade para o outro por uns Cr$ 6,50 ou menos, e nem tudo é no plano. As carrocinhas variam de construção, mas a maioria são de metal, soldado de ferro velho, com uma única roda de cada lado — amiúde não são exatamente do mesmo tamanho!
Do outro lado do rio há a ferrovia que, por meio de várias ligações, leva as cargas para a parte oriental de Zaire. Como é que se cruza o rio? Toma-se uma piroga. Pode ser uma aventura e tanto.
Uma piroga é uma canoa escavada, feita de um único tronco de árvore. Variam de tamanho desde as pequenas até as enormes — a maior delas podendo transportar até cinqüenta pessoas, embora, desde alguns acidentes fatais, a lei limite isso a trinta pessoas. Cada piroga fornece trabalho para dois homens — um para guiá-la e o outro para cobrar as passagens. Guiá-la? Sim. Estão equipadas de motores de popa, que impulsionam estas embarcações semelhantes a lanças pelo percurso de quase 800 metros de água em apenas cerca de cinco minutos! Além de pessoas, tudo vai nela — bicicletas, galinhas, mandioca, bananas — qualquer coisa que tiver consigo. Cada pessoa paga uns Cr$ 0,26 para uma viagem só de ida, além de outros Cr$ 0,26 para cada bicicleta. Há bastantes destes barcos rápidos.
Poderá, naturalmente, tomar a barca, movida por dois motores marítimos diesel, mas não há tanta graça nisso, embora seja gratuita. Poderá também colocar a sua vida em suas próprias mãos por alugar uma piroga sem motor, deixando que os pescadores lutem contra a forte corrente do poderoso Zaire apenas com seus remos.
Aqui, então, acha-se vibrante comunidade de pessoas corajosas que transformam uma ruína no que agora já foi declarado pelo presidente Mobutu Sese Seko como a terceira cidade do Zaire.
Despertar Espiritual
Apesar da prosperidade material e das conveniências modernas, a maioria das pessoas ainda são supersticiosas. Os costumes ancestrais ainda são escravizadoramente seguidos, mesmo por aqueles que dispõem de maiores rendas. Até mesmo aqui, na zona residencial da cidade, se alguém morrer, realizam um “velório”, com pranto, dança e bebericagem cerimoniais até altas horas da madrugada. Se nasce um filho, a criança é “protegida” dos maus espíritos por se amarrar nos punhos e nos tornozelos e na cintura cordões pretos que têm como pendentes ossinhos, pedaços de bambu ou pedras. Se alguém fica doente, fazem-se esforços de descobrir o “espírito” de quem ataca esta pessoa, e consultam o curandeiro local, que amiúde prescreve pequeno saquinho a ser usado junto à pele, pendurado no pescoço do paciente por um cordão preto. A adoração dos ancestrais, o temor dos mortos, a magia negra para causar a morte, o encantamento para fazer amigos ou amantes — todas essas coisas abundam na Kisangani moderna. A maioria lhe dirá que são católicos, mas, muitos, em especial as mulheres, não sabem ler nem escrever, e assim jamais puderam estudar por si mesmas a Palavra de Deus, a Bíblia. Na verdade, os protestantes fizeram bom trabalho na distribuição de Bíblias e até mesmo na tradução da Bíblia para o suaili e o lingala — mas não acompanharam isto com o estudo da Bíblia sistemático e regular.
Mas, aqui em Kisangani, duas testemunhas africanas de Jeová começaram a visitar as pessoas em 1965, oferecendo-lhes ajuda pessoal no estudo da Bíblia, e Jeová abençoou seu trabalho. Agora existem quatro congregações do povo de Jeová que pregam ativamente as boas novas do Reino de Deus. A assistência em 1973, na Refeição Noturna do Senhor, foi de quase 500 pessoas. Eis aqui almas felizes e que amam a Bíblia. Puseram de lado suas esposas secundárias, abandonaram a prostituição e enfrentaram a fúria da família e de seus conhecidos ao recusarem continuar as práticas pagãs. Assumiram corajosa posição não-política a favor da adoração verdadeira. Provêm de uma variedade de formações: auxiliar de médico, universitário, cozinheiro, executivo dos correios e de outras, mas todos têm uma coisa em comum — sua devoção ao Deus verdadeiro, Jeová. Sentimo-nos deveras telizes de poder conviver com eles em Kisangani, este fascinante lugar que experimenta um renascimento. — Contribuído.
-
-
Fornicação — por que não?Despertai! — 1974 | 22 de julho
-
-
Qual É o Conceito da Bíblia?
Fornicação — por que não?
ESTA geração presencia o mundo ser envolvido numa “revolução sexual”. As pessoas clamam por liberdade de ter relações sexuais com quem quiserem, de qualquer forma que quiserem.
A pressão de provar o sexo antes do casamento é atualmente forte em muitos lugares. Em certas áreas, talvez se espere que a mulher prove sua habilidade de ter filhos antes do casamento. Em outros locais, a “conveniência” é o motivo de muitos casais viverem juntos sem serem casados. A “troca de esposas” e o “sexo em grupo” são agora populares para muitos. O homossexualismo, tanto de homens como de mulheres, continua a aumentar.
Atitudes conflitantes quanto ao sexo provocam incerteza em muitas pessoas. Uma universitária conta um problema típico que enfrentou em certo namorado: “Ele dizia: por que não? Eu gastava a metade do tempo do encontro tentando explicar-lhe o que havia de especial quanto à moral. Daí, depois disso, eu me perguntava: por que não?”
Talvez também tenha indagado “Por que não?” no que se refere às relações sexuais fora do casamento. Conhece o conceito da Bíblia sobre este assunto? Por certo, ninguém sabe mais sobre o propósito e a função correta do sexo do que Jeová Deus, o Criador do homem. Por isso, o que diz a Palavra de Deus sobre as relações sexuais?
Jeová Deus criou o primeiro casal humano como “macho e fêmea”. Deu-lhes poderes reprodutivos, junto com a ordem: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.” (Gên. 1:27, 28) Assim, a Bíblia não condenou as corretas relações sexuais. Este é o modo em que a família humana reproduziria sua espécie, e Deus propôs que tivessem prazer em assim fazer. Mas, sob que condições deveria ocorrer tal reprodução?
Gênesis, capítulo dois, mostra que, depois de criar a Eva, Jeová passou a “trazê-la ao homem”. Daí, Deus disse: “Por isso é que o homem deixará seu pai e sua mãe, e tem de se apegar à sua esposa, e eles têm de tornar-se uma só carne.” (Gên. 2:22, 24) Assim, Deus casou Adão e Eva, e propôs que o casamento fosse o arranjo em que eles e sua prole usariam e usufruiriam os poderes sexuais dados por Deus. (Pro. 5:15-18) O casamento proveria a base para a segurança econômica e emocional dos membros da família.
A Bíblia se refere a todas as relações sexuais fora do vínculo do casamento como sendo “fornicação”
-